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Filosofia do Direito: Ética, Moral e Consciência

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FILOSOFIA DO DIREITO 
PROFA IEDA 
 
Vimos em filosofia geral ... 
•O conceito: 
•Ética 
• ciência do comportamento moral, referente ao que é bom ou ruim 
•É a ciência da conduta humana 
 
Perspectiva Filosófia 
•ÉTHOS hábito, propriedade do caráter 
•Éthiké (Aristóteles) reflexão sobre as propriedades do caráter 
•Etiqueta pequenas regras de bons hábitos 
 
Aristóteles 
•Qual é o bem supremo que podemos conseguir em todos os atos da nossa Vida? 
 
Resposta segundo ARISTÓTELES 
•A palavra que designa o bem supremo é a FELICIDADE, e, segundo a opinião comum, viver bem, agir 
bem, é sinônimo de ser FELIZ 
 
Vimos em filosofia geral ... 
•O conceito: 
•Moral 
• objeto da ética substanciado em regras de comportamento fixadas por um determinado grupo social 
 
Vimos em filosofia geral ... 
•Associamos aos conceitos de ética e moral o assunto religião, onde: 
•O sagrado influencia fortemente a ação das pessoas sendo REGRA DE OURO comum a todas as 
religiões 
•A religião sendo dogmática trabalhará no contexto de fé, crença. 
 
Vimos em filosofia geral ... 
•Juízo, ou juízo de valor, é o ato de ligar, ou relacionar, mentalmente, qualidade a um ser ou a um ente 
•O JUÍZO DE VALOR EM ESQUEMA REFLEXIVO: 
 
Vimos em filosofia geral ... 
•Juízo, ou juízo de valor, é o ato de ligar, ou relacionar, mentalmente, qualidade a um ser ou a um ente 
•O JUÍZO DE VALOR EM ESQUEMA REFLEXIVO: 
 
O sujeito atribui predicados que são indicativos da valoração dada. Atribuir valor pode ser imperativo ou 
dever ser: a relação com o objeto pode ser necessária 
SUJEITO: aplica sua afetividade e atribui valor 
Objeto valorado a quem se atribui predicados, onde ocorrem adjetivações 
 
 
Moral Individual x Moral Social 
•Moral individual: forma de agir de um indivíduo como pessoa frente ao mundo, às outras pessoas e à 
sociedade em geral. 
•Na sua individualidade a pessoa pode ir contra os valores pregados socialmente e a moral social pode 
ser contestada. 
•Moral social conjunto de atitudes ou maneiras de agir que se impõe aos membros de uma sociedade 
como um todo. 
 
Consciência Coletiva 
•Conjunto de crenças e sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade que 
forma um sistema determinado com vida própria. Promove uma interação até intuitiva. 
•A participação ativa na História somente é possível enquanto consciência de grupo. 
•As mudanças nas normas, valores e regras acontecem lentamente e a partir da realidade presente do 
grupo social 
 
 
Consciência moral 
•O Homem é o único animal com consciência moral 
•Agir de forma contrária àquilo que os valores morais indicam nos dá a sensação de forma indevida. 
•A consciência moral é a porta de acesso ao mundo da ética. 
•A ética envolve a tomada de decisão por aquilo que não é necessariamente obrigatório 
 
 
Considerações sobre limites sociais e fatos sociais plenos 
•A coercitividade é fundante da sociedade e do comportamento social. Ela possibilita a humanização e a 
sobrevivência da Humanidade. 
•O grupo social estipula o quanto podemos nos desviar do comportamento médio esperado OS 
LIMITES SOCIAIS . Todo comportamento dentro destes limites são normais; o comportamento que 
extrapola o limite é patológico. 
•Mesmo quando estamos sozinhos, nossos comportamentos são subordinados à consciência coletiva e 
são fatos sociais plenos: vestir-se, tomar banho, hábitos de higiene, hábitos alimentares. 
 
SOMOS UM ANIMAL BIO PSICO SOCIAL 
Instinto 
Raciocínio 
Emoção 
Espiritualidade 
 
Somos um animal moral e temos sensibilidade para avaliar nossas ações. 
 
Somos um animal bio psico social 
 
•Assim disse Ulpiano no Corpus Iuris Civilis: “Ubi homo ibi societas; ubi societas, ibi jus.” 
•onde existe o homem, há sociedade; onde existe sociedade, há Direito 
 
A partir da máxima em Ulpiano começa-se o raciocínio do papel do Direito 
O antigo brocardo de Ulpiano já estabelecia como uma das principais características do Direito a sua 
socialidade. 
Só pode haver Direito onde o homem convive, onde se relaciona com os seus ou com o Estado. 
Este é seu caráter de intersubjetividade, isto é, da exigência do envolvimento de dois ou mais sujeitos 
na relação jurídica. 
A recíproca também é verdadeira: ubi jus, ibi societas onde há direito, existe 
sociedade. 
 
 
O surgimento do Direito para garantir uma convivência ordenada 
•Isto porque nenhuma sociedade sobrevive sem um mínimo de ordem, segurança e paz social; do 
contrário, não seria mais vantajosa ao ser humano do que a existência em estado de natureza. 
•É para suprir esta necessidade de uma convivência ordenada que surge o Direito, limitando as ações 
de seus membros para possibilitar a sua relação. Ele regulamenta e disciplina o convívio, e portanto 
aplica-se ao indivíduo integrado num contexto social, não sozinho. 
 
 
 
 
Normal ≠ Patológico 
1 Normalidade 
•Comportamento dentro dos limites da coercitividade 
•Padrões normais de comportamento 
 
Normal ≠ Patológico 
 
2 Patológico 
•Pode se indesejado e condenado pelo grupo social: 
•Homicício 
•Suicídio 
 
O comportamento patológico pode destruir um grupo social 
Este comportamento está além da generalidade observada ou dos padrões determinados 
 
Sociedade, educação(do grupo) e ordem social 
•A socialização a educação (em sentido amplo) resultam 
• em valores e normas que são os componentes do que se entende por ORDEM SOCIAL. 
 
 
•A partir do conhecimento dos Valores e Normas da Sociedade, fomentados pela socialização e pela 
educação em sentido amplo, ou seja, não reduzida aos ensinamentos formais ou de instituições, mas 
englobando todo o conhecimento adquirido, o sujeito moral entende seus papéis sociais que são: 
 
 
•A partir do conhecimento dos Valores e Normas da Sociedade, fomentados pela socialização e pela 
educação em sentido amplo, ou seja, não reduzida aos ensinamentos formais ou de instituições, mas 
englobando todo o conhecimento adquirido, o sujeito moral entende seus 
 
 
 
papéis sociais que são: DIREITOS E DEVERES 
 
O CONTROLE SOCIAL: ORDEM SOCIAL 
•As formas de controle social são: a religião, a moral, a ética e o direito 
•a família (pequeno grupo social) determina os primeiros condicionamentos da vida em sociedade. 
 
No esquema anterior, a socialização mais a educação, resultarão em valores e normas 
que são entendidos como ORDEM SOCIAL. 
 
A AUTORIDADE EXERCE O CONTROLE SOCIAL 
•A partir dos valores e normas, o indivíduo conhece seus papéis sociais direitos e deveres, dentro 
do conhecimento dos valores e normas é que a AUTORIDADE instituída exerce o controle social 
 
Diferenças entre a Moral e o Direito 
•O Direito regula condutas externas (comportamentos visíveis) e a Moral regula condutas internas e a 
intencionalidade (comportamentos encobertos. 
•A Moral impõe deveres, o Direito impõe deveres e garante direitos 
•A Moral é autônoma e só vale se o indivíduo aceita uma cultura, já o Direito independe de aceitação 
 
Diferenças entre a Moral e o Direito 
 
•A Moral é imposta pela coerção social, o Direito pela coerção jurídica e coerção física (uma pessoa 
pode perder a liberdade) 
•A Moral é subjetiva e unilateral, o Direito é subjetivo, (na aplicação pretende ser objetivo) e é bilateral. 
•A Moral busca a plenitude existencial, o Direito tem por objetivo organizar a sociedade para o bom 
desenvolvimento da vida social. 
 
O Direito 
•Temos então o Direito como um fenômeno social, que não existe senão na sociedade e é 
imprescindível a esta. 
•Mesmo as formas mais rudimentares de convívio social já esboçavam alguma ordem jurídica, fosse 
por vias costumeiras, de costumes adquiridos ao longo de gerações, ou seguindo éticas religiosas. 
 
O Direito como fato teórico: a teorização além do fato concreto e da norma concreta 
•Apenas num estágio mais sofisticado de civilização houve a separação do Direito como ciência 
autônoma, com significado lógico ou moral paraalém do fato, da norma concreta. 
•Evoluiu-se então o Direito a fato teórico, embasado em raciocínio consciente de seus fundamentos 
valorativos e consequências na sociedade. 
 
Direito como realização da convivência ordenada 
Não é o Direito, portanto, apenas um conjunto de regras que proíbe comportamentos nocivos à 
sociedade. 
Seu estudo engloba o raciocínio por trás destas regras, como a definição de quais Comportamentos são 
de fato nocivos, e em qual proporção, e quais efeitos a limitação da conduta de um dado indivíduo terá 
sobre a liberdade em geral. 
Por isso o jurista Santi Romano define o Direito como a realização da convivência ordenada. 
 
ROTEIRO 2 
 
 
 Filosofia do Direito 
Ética moral e direito 
 
Alguns Conceitos diferenciais 
Ética: 
Conjunto de princípios morais que se devem observar. Exemplo: no exercício de uma profissão. 
Moral: 
Conjunto de regras que trata dos atos humanos, dos bons costumes e dos deveres do homem em 
sociedade ( no grupo em que vive) 
 
Direito: 
O que é justo e conforme com a lei e a justiça. 
A ética, a moral e o direito estão interligados. 
•A ética consiste num conjunto de princípios morais, na reflexão sobre eles. 
•a moral consiste em conjunto de regras, só que a moral atua de uma forma interna, ou seja, só tem um 
alto valor dentro das pessoas, ela se diferencia de uma pessoa para outra 
•A reprovação do grupo só atinge quem está inserido no grupo ou deseja pertencer. 
Um contexto de aplicação da ética 
•A ética tem uma relação maior com as profissões. 
•Ela seria como uma regra a ser seguida, um dever que profissional tem com aquele que contrata o seu 
serviço. 
•A partir do momento em que se começa a exercer uma profissão, deve-se começar a praticar a ética. 
 
 A moral e o direito tem a seguinte base: 
•a moral tem efeito dentro da pessoa, ela atua como um valor, aquilo que se aprendeu como certo 
•e o direito tem uma relação com a sociedade, o direito é aquilo que a pessoa pode exigir perante seus 
semelhantes, desde que esteja de acordo com a lei, e é imposto pela sociedade. 
 
Diferenças entre moral, ética e direito 
É necessário diferenciar a Ética da Moral e do Direito. 
Estas três áreas de conhecimento se distinguem, porém têm grandes vínculos e até mesmo 
sobreposições. 
Tanto a Moral como o Direito baseiam-se em regras que visam estabelecer uma certa previsibilidade 
para as ações humanas. Ambas, porém, se diferenciam 
 
A Moral 
A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir o seu bem-
viver. 
A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que sequer se 
conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral comum. 
 
O Direito 
•O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado. As 
leis tem uma base territorial, elas valem apenas para aquela área geográfica onde uma determinada 
população ou seus delegados vivem. 
•O Direito Civil, que é referencial utilizado no Brasil, baseia-se na lei escrita. 
•A Common Law, dos países anglo-saxões, baseia-se na jurisprudência. As sentenças dadas para cada 
caso em particular podem servir de base para a argumentação de novos casos. O Direito Civil é mais 
estático e a Common Law mais dinâmica. 
 
 Significados 
o direito tem vários significados, como por exemplo: 
• o Direito pode ser aquilo que é justo perante a lei e a justiça. 
•aquilo que se pode reclamar para si. 
 
Alguns autores afirmam que o Direito é um subconjunto da Moral. 
Esta perspectiva pode gerar a conclusão de que toda a lei é moralmente aceitável. 
Inúmeras situações demonstram a existência de conflitos entre a Moral e o Direito. 
 
A desobediência civil ocorre quando argumentos morais impedem que uma pessoa acate uma 
determinada lei. Este é um exemplo de que a Moral e o Direito, apesar de referirem-se a uma mesma 
sociedade, podem ter perspectivas discordantes. 
 A Ética 
A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para 
as regras propostas pela Moral e pelo Direito. Ela é diferente de ambos - Moral e Direito - pois não 
estabelece regras. 
Esta reflexão sobre a ação humana é que a caracteriza. 
 
 
ROTEIRO 03 
 A NORMA ÉTICA 
2020 
 
 
Para a Sociologia 
•Para a Sociologia, as avaliações jurídicas são um conjunto de relações normativas, transpessoais e da 
Sociedade, enquanto a Moral é o conjunto das relações normativas pessoais 
 
NORMAS ÉTICAS 
São obrigatórias dentro de uma coletividade. 
Buscam com relação ao valor: 
•Preservar a vida, os bens 
•Efetivar bens materiais impostos, ou meios de propiciar o bem comum 
 
Não são naturais 
•Lei Física Não há escala positiva ou negativa 
•Lei Social pode ser estudada segundo a lógica dos juízos de valor 
 
Norma ética juízo de valor sanção 
•Toda norma ética expressa a um juízo de valor ao qual se liga uma sanção. 
• Isso é uma forma de garantir a conduta 
•A norma indica o dever ser a sanção assegura o dever ser 
•Um conselho indica o poderia ser não são cabíveis sanções 
 
Normas Éticas 
•A norma é inócua quando não é cumprida a sua sanção 
•Uma norma ética se caracteriza pela possibilidade de sua violação 
•Normas compreendem atos humanos e estes são inerentes à existência do sim e do não. 
•O descumprimento da norma não atinge sua validade 
•A norma é válida até mesmo quando violada, ou sobretudo nesses casos. Nesse momento se identifica 
o destinatário da norma. 
 
 
•No mundo ético, exterior a cada um, se manifesta o mundo do dever ser. 
•No mundo do ser, o da liberdade, não há deveres a cumprir, apenas previsões a serem confirmadas. 
•Uma norma ética estabelece não só a direção a ser seguida, mas a medida do certo e do errado 
 
 
•Régula latim 
•Regra diretriz nos campos cultural e espiritual 
•Régua diretriz no campo físico 
 
Norma Ética 
•É geral, aplicável ao homem médio, mas nada impede normas especiais para casos de exceção 
•O Tratamento igualitário ideal conduzido por uma norma deveria ser o tratamento desigual 
•Alguns tipos de norma: 
Costumeira 
Trato social (etiqueta) 
Moral 
Jurídica 
religiosa 
 
ROTEIRO 04 
 
 
Filosofia do Direito: finalidades 
1 Crítica das práticas e das atitudes de atividades dos operadores do direito. Tem por escopo a crítica da 
prática. 
Exemplo: sistema jurídico nazista. Matriz kelseniana. Tribunal de Nuremberg. Deveria ter uma dignidade 
da pessoa humana. 
 
2 Avaliar e questionar a atividade legiferante. 
O Legislativo formula legislação adequada ou justa para a sociedade? 
A Reflexão da atividade do legislador. 
Pode-se criticar e melhorar a produção de leis. 
 
3 Proceder a avaliação do papel desempenhado pela ciência jurídica. 
•Será que um determinado método ou uma determinada ciência fornece todas as respostas para o ator 
jurídico ou operador jurídico e para o cientistas? 
 
4 Depurar a linguagem jurídica ... 
Depurar a linguagem jurídica, os conceitos filosóficos e científicos do direito bem como analisar a 
estrutura lógica das proposições jurídicas 
A linguagem jurídica também se forma pelas hipóteses e pelos conceitos apresentados 
 
5 Investigar a eficácia dos institutos jurídicos, sua atuação social e seu compromisso com as questões 
sociais 
 
Exemplo: 
Será que determinado instituto ainda é válido e tem compromisso com as questões sociais. 
Reflexão. 
O Código Penal de 1940 previa pois guardava relação com sociedade daquela época. 
Mas não seria mais adequado a partir do século XXI. 
O crime de adultério foi retirado do ordenamento jurídico em 2005. 
Pode continuar a ser moralmente condenado, mas do ponto de vista jurídico não deve mais, segundo 
esta reflexão, provocar consequências jurídicas. 
6 desmascarar as ideologias que orientam a cultura da comunidade, os pré-conceitos que orientam as 
atitudes dos operadores do direito 
 
ROTEIRO 05 
 
 
 
 FILOSOFIA DO DIREITO4 TEORIA DOS CÍRCULOS 
 
Teoria dos Círculos 
•Círculos Concêntricos 
•Círculos Secantes 
•Visão Kelsiana 
•Mínimo Ético 
 
 
 
CIRCULO CONCÊNTRICO 
 
MORAL DIREITO 
 
 
 
 
 
 TEORIA DOS CÍRCULOS CONCÊNTRICOS 
•Iniciada com o Filósofo Inglês Jeremy Betham, concebeu a relação entre o Direito e a Moral, sendo o 
campo da Moral mais amplos que do Direito. 
•O Direito seria subordinado à Moral. 
•Jeremy afirma que a ordem jurídica estaria totalmente inserida no campo da Moral 
 
 
 
Círculos Secantes 
 
 
MORAL 
 DIREITO 
 
 
TEORIA DOS CÍRCULOS SECANTES 
•Segundo Claude Du Pasquier, jurista francês, o Direito e a Moral possuem um campo de competência 
comum, e ao mesmo tempo, uma área particular independente. 
•Existem portanto normas jurídicas fora da área abrangida pela Moral. 
•Direito e Moral possuiriam uma faixa de competência independente, com área de intersecção onde as 
duas acepções atuariam em conjunto. 
 
 
Mínimo Ético 
ÉTICO DIREITO 
TEORIA DO MÍNIMO ÉTICO 
•Teoria do Mínimo Ético, desenvolvida por Georg Jellinek, segundo a qual o direito representa apenas o 
mínimo de Moral obrigatório para que a sociedade possa sobreviver. 
•Diz que tudo que é Direito é Moral, mas nem tudo que é Moral é Direito. 
•Ele afirma que “ o Direito representa o mínimo de preceitos morais necessários ao bem estar da 
coletividade” 
•Significa que a Sociedade converte em norma jurídica todos aqueles preceitos morais necessários à 
garantia e à preservação de suas instituições 
 
 
Visão Kelsiana 
 
 
 DIREITO MORAL 
 
 
 
 
VISÃO KELSIANA: CRIAÇÃO DE HANS KELSEN 
•POSITIVISMO JURÍDICO 
•Para Hans Kelsen, Direito e Moral são independentes, e não possuem nem sequer uma intersecção. 
•Em sua Teoria Pura do Direito, Kelsen elimina toda e qualquer influência no estudo da Norma, com o 
objetivo de torná-la pura. 
 
 
PARALELO ENTRE MORAL E DIREITO 
•Em três aspectos 
1.Coercibilidade e Incoercibilidade 
 
2.Heteronomia e Autonomia 
 
3.Bilateralidade Atributiva 
 
1 COERCIBILIDADE E INCOERCIBILIDADE 
•Coercibilidade é uma expressão técnica que serve para mostrar a compatibilidade que existe entre o 
Direito e a Força. 
•Segundo Kelsen: o Direito é a ordenação coercitiva da Conduta Humana. 
•Portanto, sendo a Moral a conduta incoercível, porque não tem exigibilidade, e o Direito coercível por 
apresentar a exigibilidade 
 
2 HETERONOMIA E AUTONOMIA 
•HETERONOMIA é a sujeição às normas jurídicas de natureza obrigatória, ou seja, é quando um 
indivíduo se sujeita à vontade de terceiros ou de uma coletividade. 
•AUTONOMIA está associada à autossuficiência, a liberdade. 
•Portanto diz-se que o Direito é heterônomo visto ser posto por terceiros, aquilo que somos obrigados a 
cumprir. 
•A Moral é autônoma pois não é imposta e sim criada a partir de concepções do próprio indivíduo. 
 
3 BILATERALIDADE ATRIBUTIVA 
•A Bilateralidade Atributiva é uma proporção intersubjetiva, em função da qual os sujeitos de uma 
relação ficam autorizados a pretender, exigir, ou fazer garantidamente, algo. (Miguel Reale). 
•Por isso o Direito tem a qualidade Atributiva, pois as normas correspondem a um dever, a exigibilidade 
e a Moral apenas impõe deveres.(ninguém pode exigir a conduta de outrem) 
 
MIGUEL REALE 
•O DIREITO é a ordenação heterônoma, coercível e bilateral atributiva das relações de convivência, 
segundo uma integração normativa de fatos conforme valores. 
 
raciocínio da tridimensionalidade 
•Apenas num estágio mais sofisticado de civilização houve a separação do Direito como ciência 
autônoma, com significado lógico ou moral para além do fato, da norma concreta. 
 
•Evoluiu-se então o Direito a fato teórico, embasado em raciocínio consciente de seus fundamentos 
valorativos e consequências na sociedade. 
•A partir deste raciocínio, descreve-se a chamada tridimensionalidade do Direito: 
 
Fato / valor / norma 
A valoração de fatos sociais, transmutada em norma. 
O fato ocorre em sociedade e é atribuído um peso axiológico, de acordo com os valores da cultura em 
que se encontra. 
É então formalizado em norma, que disciplina condutas em torno desta valoração. 
 
Por exemplo: 
É um fato social o homicídio, que ocorre com determinada frequência no convívio humano. 
Atribui-se ao homicídio uma valoração negativa baseada na cultura, que preza pela vida e integridade 
física dos membros da sociedade. 
A valoração é então formalizada em norma, expressão material do Direito, que tipifica homicídio como 
ato de “matar alguém”. 
 
casos 
•Aborto em caso de anencéfalos 
•Casamento homoafetivo 
 
ROTEIRO 06 
 
Dissincronia 
•Direito e justiça não são sinônimos 
•Mas não tem como falar de um sem o outro 
•Não há sincronia absoluta no mundo do direito com o mundo da justiça. 
 
O que é justiça? 
•Finalidade primária do Direito: fornecer justiça. 
•A justiça é um elemento intrínseco. 
•A alma que habita o corpo do Direito. 
•O que é justiça para o Direito? 
 
Justiça 
• Trata-se de um conceito presente no estudo do direito, filosofia, ética, moral e religião. 
• Suas concepções e aplicações práticas variam de acordo com o contexto social e sua perspectiva 
interpretativa, sendo comumente alvo de controvérsias entre pensadores e estudiosos. 
 
O fundamento do Direito 
•Quando se funda o Estado de Direito, em si ele não é justo e nem injusto. 
 
Conceito de Justiça 
•Termo plurívoco: 
•várias acepções 
•Em um sentido mais amplo, pode ser considerado como um termo abstrato que designa o respeito pelo 
direito de terceiros, a aplicação ou reposição do seu direito por ser maior em virtude moral ou material. 
 
•A justiça pode ser reconhecida por mecanismos automáticos ou intuitivos nas relações sociais, ou por 
mediação através dos tribunais, através do Poder Judiciário. 
 
•Na Grécia, a justiça era representada por uma deusa, Têmis, e mais tarde, Dice, que era representada 
de olhos abertos. 
•Já na Roma Antiga, a Justiça (Iustitia) era representada por uma estátua com olhos vendados, cujos 
valores máximos seriam: 
•"todos são iguais perante a lei" e "todos têm iguais garantias legais", ou ainda, "todos têm direitos 
iguais". 
 
•Justiça também "é uma das quatro virtudes cardinais", e ela, segundo a doutrina da Igreja Católica, 
consiste "na constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido“. 
 
 
•Segundo a Igreja Católica Apostólica Romana, e conforme a Bíblia Sagrada, no Livro da Sabedoria, 
Capítulo 8, Versículo 7 ("E se alguém ama a justiça, saiba que as virtudes são frutos da Sabedoria: ela 
ensina a temperança e a prudência, a justiça e a fortaleza, que são os bens mais úteis na vida"), 
 
Virtudes cardeais 
•existem quatro virtudes cardinais (ou virtudes cardeais) que polarizam todas as outras virtudes 
humanas. 
•O conceito teológico destas quatro virtudes foi derivado inicialmente do esquema de Platão e adaptado 
por Santo Ambrósio de Milão, Santo Agostinho de Hipona e São Tomás de Aquino. 
 
 
•são perfeições habituais e estáveis da inteligência e da vontade humanas, que regulam os nossos atos, 
ordenam as nossas paixões e guiam a nossa conduta segundo a razão e a fé. 
•Adquiridas e reforçadas por atos moralmente bons. 
 
As virtudes cardeais são quatro: 
•a prudência (originalmente “sapientia” que em latim significa conhecimento ou sabedoria), dispõe a 
razão para discernir em todas as circunstâncias o verdadeiro bem e a escolher os justos meios para o 
atingir. Ela conduz a outras virtudes, indicando-lhes a regra e a medida", sendo por isso considerada a 
virtude-mãe humana. 
•a justiça, que é uma constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido; 
•a fortaleza (ou Força) que assegura a firmeza nas dificuldades e a constância na procura do bem; 
•e a temperança (ou Moderação) que "modera a atração dos prazeres, assegura o domínio da vontadesobre os instintos e proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados", sendo por isso descrita como 
sendo a prudência aplicada aos prazeres 
 
Céfalo 
• Afirmou que a justiça consiste em falar a verdade e devolver ao outro o que lhe tomou. 
• Após apontamentos feitos por Sócrates acrescenta que só pode falar a verdade e entregar o pertence, 
após uma analise da condição mental da pessoa. 
 
•CONCEITOS /ACEPÇÕES 
 
•1 justiça como retribuição 
•homicídio clamor público o indivíduo deveria ser igualmente morto justiça como 
vingança lei de talião. Habituou os ordenamentos jurídicos na Antiguidade. 
 
2 justiça como igualdade 
as sociedades antigas foram construídas com muitas diferenças sociais distinção entre pessoas 
século 5 a.C Sócrates, Platão, Aristóteles discutiram a igualdade 
Reunião na Ágora que decidiam sobre os destinos da sociedade. 
Em assembleia decidiam sobre os assuntos (nas Cidades-Estados gregas) 
 
3 justiça como liberdade 
abolição da escravatura no Brasil final do séculos XIX. O tema da liberdade é recente e atual e 
colocado nas constituições do século XIX. Nem sempre a justiça significando liberdade, as vezes há 
contradição entre os conceitos de liberdade. 
 
REGRA DE OURO: O JUSTO 
•4 a regra de ouro: fazer aos outros o que gostaria que lhe fizessem.(Ulpiano)ISTO É TAMBÉM 
JUSTIÇA 
 
O que é justiça? 
• Ulpiano teria dito: “Juris praecepta sunt haec: honeste vivere, alterum non laedere, suum cuique 
tribuere”. (Alterum nom laedere, neminem laedere.) 
•Ou seja: “Tais são os preceitos do direito: 
•viver honestamente, não lesar a outrem, dar a cada um o que é seu.” Em outra tradução: viver 
honestamente, não ofender ninguém, dar a cada um o que lhe pertence”. 
 
•“Dar a cada um o que é seu” parece ser, de fato, o conceito jurídico que mais se aproxima do ideal de 
justiça, a medida de todas as coisas em Direito. Nem mais, nem menos. 
• Tanto assim que essa régua ética é a base de todas as normas processuais que pregam a lisura 
processual, a ética entre as partes e o dever de colaborar com o juiz na busca da verdade no processo. 
 
Justiça como valor absoluto 
•Sentimento inato humano sobre expectativas de que determinada ação seja realizada. 
•O sentimento de justiça é Universal. A partir de um valor absoluto. 
 
 
•O conceito é variável conforme o tempo e o espaço, podendo ser discutido historicamente, 
socialmente e culturalmente. 
•quanto mais hetorogenia é a sociedade mais diversificado o senso de justiça 
•diversos assuntos que não temos unanimidade 
•exemplo: aborto.

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