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EM_V05_PORTUGUÊS LIVRO DE ATIVIDADES_PROFESSOR

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Livro do Professor
Volume 5
Livro de 
atividades
Língua Portuguesa
©Editora Positivo Ltda., 2017 
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem autorização da Editora.
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) 
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
S676 Soares, Rosalina Mariana Rathlew.
 Língua portuguesa : livro de atividades : livro do professor / 
Rosalina Mariana Rathlew Soares. – Curitiba : Positivo, 2017.
 v. 5 : il.
 ISBN 978-85-467-1506-0
 1. Ensino médio. 2. Língua portuguesa – Estudo e ensino. 
I. Título.
CDD 373.33
Rosalina Mariana Rathlew Soares
09
Reportagem: inform
ação 
e opinião jornalístic
as
Verbo
Flexões
Número: indica se a ação é praticada por uma ou mais pessoas do dis-
curso. Os verbos podem flexionar-se no singular e no plural. Ex.: Ele vê /
eles veem; O cão late. / Os cães latem. 
Pessoa: indica a pessoa do discurso que pratica a ação verbal. Ex.: Eu 
fazia doces. Eles ficavam gostosos.
Tempo: indica o momento da ação verbal. Os tempos situam essa ação 
no presente, no passado (pretérito) ou no futuro. Ex.: Leio o livro. / Li o 
livro. / Lerei o livro.
Modo: indica o ponto de vista do enunciador sobre a ação verbal.
1ª. pessoa (a que fala) – eu (singular), nós (plural)
2ª. pessoa (aquela com quem se fala) – tu (singular), 
vós (plural)
3ª. pessoa (aquela de quem se fala) – ele (singular), 
eles (plural)
Indicativo: o que se expressa no enunciado é tomado como 
certo. Ex.: Eu saio cedo de casa.
Subjuntivo: expressa uma ação incerta, duvidosa; uma pos-
sibilidade. Ex.: Minha mãe quer que eu saia cedo de casa.
Imperativo: o que se expressa no enunciado indica ordem, 
pedido, súplica, exortação. Ex.: Saia cedo de casa!
1. O modo como se apresenta o processo 
– se ele se apresenta completo (começo, 
meio e fim) ou incompleto.
Infinitivo – equivale a um substantivo. Correr 
faz bem à saúde. (Correr equivale à “corrida”)
2. A duração do processo – indica se há 
referência à duração, se essa duração é 
contínua ou se há ideia de repetição.
Gerúndio – assume função de advérbio. 
Chegou chorando à casa da irmã. (Expressa 
circunstância de modo)
3. O desenvolvimento do processo – indica 
se o processo é visto no seu início, durante 
o seu desenvolvimento ou no seu término.
Particípio – ao caracterizar um substantivo, 
expressa função adjetiva. (A negativa deixou-
-o com o coração partido) 
Refere-se ao valor paralelo que um tempo verbal assume em razão de seus diferentes usos na língua. 
Para entender o aspecto verbal, é preciso considerar três pontos de vista em relação ao processo verbal. 
Recebem esse nome por terem o valor de um nome (substantivo, advérbio ou adjetivo).
Aspecto verbal
Formas nominais
2 Volume 5
Locução verbal e tempos compostos 
As locuções verbais são expressões formadas por dois ou mais verbos que exprimem uma só ação. O verbo auxiliar não tem sentido próprio 
e o principal (no infinitivo, gerúndio ou particípio) expressa a ideia central.
Você já pode andar sem apoio?
 verbo auxiliar + verbo principal (infinitivo)
Você já está andando sem apoio?
 verbo auxiliar + verbo principal (gerúndio)
Você já tinha andado sem apoio?
 verbo auxiliar + verbo principal (particípio)
No tempo composto, a locução verbal é formada pelos verbos auxiliares + o particípio do verbo principal.
Você já tinha/havia feito a arrumação do escritório quando cheguei.
Atividades
1. (EsPCEx – SP) Assinale a alternativa que contém a classificação do modo verbal, dos verbos grifados nas frases abai-
xo, respectivamente.
– Esse seu lado perverso, eu o conheço faz tempo.
– Anda logo, senão chegarás só amanhã.
– Se você chegar na hora, ganharemos um tempo precioso.
– Acabaríamos a tarefa hoje, se todos ajudassem.
a) indicativo – imperativo – subjuntivo – subjuntivo – indicativo – subjuntivo – indicativo
b) subjuntivo – indicativo – indicativo – subjuntivo – indicativo – subjuntivo – indicativo
c) subjuntivo – imperativo – indicativo – infinitivo – indicativo – subjuntivo – indicativo
X d) indicativo – imperativo – indicativo – subjuntivo – indicativo – indicativo – subjuntivo
e) indicativo – subjuntivo – indicativo – subjuntivo – indicativo – subjuntivo – subjuntivo
2. Considerando a forma verbal em destaque nas frases a seguir, relacione-as ao modo verbal correspondente.
 1. Modo indicativo: a atitude de quem fala é de certeza diante do fato.
 2. Modo subjuntivo: a atitude de quem fala é de dúvida diante do fato.
 3. Modo imperativo: quem fala dá uma ordem, oferece um conselho ou faz um pedido.
Língua Portuguesa 3
( 3 ) Saiamos daqui antes que eu lhe diga umas verdades.
( 2 ) Uma vez que decida, não se fala mais nesse assunto.
( 3 ) Não fique aí parada, venha nos ajudar.
( 1 ) À noite, quando chegar em casa, farei o bolo de chocolate.
( 1 ) Sentia-me feliz sempre que ouvia aquela canção.
( 2 ) Aceitasse ou não a ajuda, isso não me importava.
3. (FUVEST – SP) 
Revelação do subúrbio 
Quando vou para Minas, gosto de ficar de pé, contra a vidraça do carro*, 
vendo o subúrbio passar. 
O subúrbio todo se condensa para ser visto depressa, 
com medo de não repararmos suficientemente 
em suas luzes que mal têm tempo de brilhar. 
A noite come o subúrbio e logo o devolve, 
ele reage, luta, se esforça, 
até que vem o campo onde pela manhã repontam laranjais 
e à noite só existe a tristeza do Brasil. 
Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo, 1940. 
(*) carro: vagão ferroviário para passageiros
 Considerados no contexto, dentre os mais de dez verbos no presente, empregados no poema, exprimem ideia, res-
pectivamente, de habitualidade e continuidade:
a) “gosto” e “repontam”. 
b) “condensa” e “esforça”. 
X c) “vou” e “existe”. 
d) “têm” e “devolve”. 
e) “reage” e “luta”. 
4. Leia esta frase, observando o destaque: Segundo soube, a pintura do painel fora feita por um artista de renome, cujo 
nome agora não lembro.
 Qual das locuções verbais a seguir mantém o tempo, modo e significado da expressão destacada?
a) teria sido feita. b) terá sido feita. X c) havia sido feita. d) seria feita.
5. (UFPR) A sentença “Ele anda ouvindo música” pode ser interpretada de duas formas: a) ele ouve música enquanto 
caminha – neste caso, o verbo “andar” funciona como verbo pleno, significando “caminhar”; b) a atividade de ele ouvir 
música tem se repetido ultimamente – neste caso, o verbo “andar” se esvazia de seu sentido pleno e funciona como 
elemento gramatical, um auxiliar. Podemos identificar no português outros verbos que podem ter esses dois usos: 
um com seu sentido lexical pleno e outro funcionando como elemento gramatical. Tendo isso em vista, considere os 
conjuntos de sentenças abaixo:
 1. Ele chegou na festa e bagunçou o tempo todo.
 Ele chegou a interferir no processo, mas foi neutralizado.
 2. Ela está querendo comer camarão.
 Ela está querendo ficar doente.
 3. O que ela fez com a faca que estava no chão? Ela pegou e guardou na gaveta.
 Como ele agiu quando se deparou com o grupo? Ah, ele pegou e foi batendo em todo mundo.
 4. Todos trabalham pela causa.
 Eles trabalham vendendo computadores.
4 Volume 5
 Em qualquer caso, independente do contexto, o verbo grifado pode ser interpretado com sentido lexical pleno em 
ambas as ocorrências: 
a) do conjunto 3 apenas. 
X b) do conjunto 4 apenas. 
c) dos conjuntos 1 e 4 apenas. 
d) dos conjuntos 1 e 2 apenas. 
e) dos conjuntos 2, 3 e 4 apenas. 
6. Leia as frases a seguir e explique o efeito de sentido produzido pelo uso das formas verbais destacadas. 
A família mudou-se para a capital, mas, após alguns meses, voltou para o interior.
A família mudou-se para a capital, mas, após alguns meses, voltava para o interior.
O uso da forma verbal no pretérito perfeito apresenta a situação como completa – a família definitivamente voltou para o interior. No 
segundo caso,a situação apresenta-se como durativa, indeterminada no tempo, o que ocorre pelo uso da forma verbal no pretérito 
imperfeito. 
7. Leia o fragmento de texto a seguir, observando o uso dos tempos verbais.
Um belo dia, na falta de livro de poesias para ler, Gígio lançou mão de um manual de espiritismo 
que lhe caiu sob as vistas. Interessou-se pelo assunto, tornou-se ferrenho espírita, recebendo passes, 
vendo assombrações. Ao meio-dia, parava toda e qualquer atividade, concentrava-se, era a hora de 
passarem as almas por seu corpo.
GATTAI, Zélia. Anarquistas, graças a Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 69.
 Considerando que, nas duas primeiras frases, há predomínio do uso do pretérito perfeito, justifique o emprego do 
imperfeito em “Ao meio-dia, parava toda e qualquer atividade, concentrava-se, era a hora de passarem as almas por 
seu corpo.”
Enquanto as formas do pretérito perfeito indicam ações pontuais concluídas no passado, o pretérito imperfeito indica ação habitual em 
desenvolvimento no passado. 
8. (UNIFOR – CE)
O mistério do dicionário
“Inexplicável”, no dicionário “Caldas Aulet”, quer dizer: “1. Difícil ou impossível de ser explicado 
ou compreendido, ininteligível; 2. Insondável, imperscrutável; 3. Estranho, esquisito, bizarro”.
É a palavra para o que tem ocorrido nas escolas estaduais ocupadas no Rio de Janeiro. Os alunos 
têm encontrado livros encaixotados, nunca disponibilizados aos estudantes.
Em pelo menos três delas, das quais a coluna recebeu fotos, um título se repete: o “Novíssimo 
Aulete (Lexikon).
A coluna apurou que os volumes encontrados fazem parte de um lote de 290.690 exemplares, 
distribuídos pelo Programa Nacional do Livro Didático em 2013 (ano em que o MEC comprou 8,7 
milhões de dicionários). Portanto, estão encaixotados há três anos.
As escolas são a Visconde Cairu, a Oscar Tenório e a Gomes Freire de Andrade. A coluna tentou 
falar com a diretoria delas, mas não conseguiu, porque elas estão ocupadas.
Maurício Meireles. Painel das Letras. Folha de S. Paulo, 7 de maio de 2016.
Língua Portuguesa 5
 O presente do indicativo é usado em várias situações. Os verbos destacados no texto estão no presente do indicativo 
que apresenta a situação de
a) retratar um fato ocorrido no momento da fala.
X b) narrar um fato passado, de modo a conferir-lhe atualidade.
c) expressar processos habituais.
d) utilizar com valor imperativo.
e) indicar um fato no futuro próximo.
9. (UFSC)
POEMA DESENTRANHADO DA HISTÓRIA DOS PARTICÍPIOS
[...] 
A partir do século XVI 
Os verbos ter e haver esvaziaram-se de sentido
Para se tornarem exclusivamente auxiliares
E os particípios passados 
Adquirindo em consequência um sentido ativo
Imobilizaram-se para sempre em sua forma indeclinável.
MORAES, Vinicius de. Nova antologia poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2005, p. 220.
 Com base no texto, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
X (01) O poema faz menção ao uso de “ter” e “haver” como verbos auxiliares na Língua Portuguesa, conforme os que 
aparecem em destaque nas sentenças: Eles tinham tido muitos amigos na infância e O inspetor não havia falado 
sobre o caso. 
 (02) No poema, o vocábulo “adquirindo” (verso 5) é um exemplo de verbo no particípio, uma vez que não se flexiona 
em relação ao sujeito da frase, “os particípios passados” (verso 4). 
 (04) Os versos 5 e 6 do poema citam duas características do particípio usado como auxiliar: o fato de terem sentido 
ativo e de não sofrerem flexão. 
 (08) Quando, no segundo verso, o poeta diz que “os verbos ter e haver esvaziaram-se de sentido”, ele faz referência 
a sentenças do tipo “Tem alguém aí?” e “Houve um grande show ontem à noite”. 
 (16) Pode-se inferir a partir do texto que, do século XVI em diante, os verbos “ter” e “haver” são utilizados exclusivamente 
para formar a voz passiva, já que o sentido ativo é mantido pelo verbo principal. 
X (32) Segundo o poema, os particípios passaram a ser responsáveis pelo sentido, uma vez que os verbos “ter” e 
“haver” tornaram-se “exclusivamente auxiliares” (verso 3).
10. Leia o período a seguir: 
Ana está sobrecarregada. Ela de alguém para ajudá-la! (precisar)
 Reescreva essa frase, flexionando o verbo precisar, de modo que ele expresse
a) uma assertiva.
Ana está sobrecarregada. Ela precisa de alguém para ajudá-la!
b) uma possibilidade. 
Ana está sobrecarregada. Ela precisaria de alguém para ajudá-la! ou Ana está sobrecarregada. Ela pode precisar de alguém para
 ajudá-la!
1
5 
6 Volume 5
11. Analise as afirmações a seguir sobre as formas nominais do verbo.
 I. A principal característica do gerúndio é conferir ao verbo uma ideia de continuidade, isto é, de uma ação que ainda 
está em andamento.
 II. O “gerundismo” é considerado um vício de linguagem. Assim como ele, o uso do gerúndio também deve ser 
evitado.
 III. O particípio pode caracterizar um substantivo e ter função adjetiva.
 IV. Os verbos no particípio irregular serão empregados na voz passiva ao lado dos verbos auxiliares ter e haver.
 Estão corretas as proposições
a) II, III e IV.
b) I, III e IV.
c) III e IV.
X d) I e III.
e) I e IV.
12. (FGV)
Rodrigo conduziu o velho até o leito, apagou a luz do candeeiro e saiu, dirigindo-se ao quarto de Ân-
gelo. Encontrou-o deitado, os cabelos sobre os travesseiros, as mãos crispadas, apertando as cobertas. 
No assoalho – pois estava no quarto que fora de Elisa – ao pé da cama, viu o resto de leite no copo, 
pedaços de biscoitos. [...] 
Paulino Duarte, a fisionomia imóvel, sentia vontade de abrir os olhos, arrancá-los com as unhas, na 
ânsia de destruir aquelas criaturas. Esgotado, os mortos existindo dentro dele, vivos nas trevas, chegara 
assim à casa da fazenda. Percebera as palavras de Ângelo, roucas, sem nexo, e a voz de Rodrigo. Sentiu 
os filhos tirando-lhe as botas, mudando-lhe a roupa. 
Agora, depois que perguntara a Rodrigo pelo estado de Ângelo, e recebera a resposta, sentia-se des-
concertado. Pacientemente, desfazendo a crispação dos dedos, procurou idealizar como seria a sua 
vida no futuro, como aceitaria aquelas trevas. Quase alegre, pensou naquele fim, naquela cegueira, 
como um consolo. Sim, do mesmo modo que certos prisioneiros acabam amando os ferros da prisão, 
ele também, forçado pelo tempo, acabaria por amá-la. Amá-la? – e todo ele tremeu, agitado, ao peso 
daquela palavra. Como amá-la, se ela o enfraquecia, transformava-o em uma presa dos mortos, em uma 
inutilidade para os vivos? 
(Adonias Filho, Os servos da morte.)
a) Comparando as formas verbais perguntara e recebera com procurou e pensou, do terceiro parágrafo, nomeie os 
tempos em que estão flexionadas e comente a diferença de função desses tempos, no contexto.
As formas verbais “perguntara” e “recebera” (pretérito mais-que-perfeito do indicativo) indicam ocorrências passadas, anteriores a 
outras que também já aconteceram (“procurou”, “pensou”). 
b) Explique em que são distintas as formas sentia e sentiu, no segundo parágrafo, quanto à duração do processo.
“Sentia” (pretérito imperfeito do indicativo) indica uma ocorrência no passado não encerrada, ainda em processo, exprimindo a 
ação verbal em sua duração, em sua permanência no tempo. “Sentiu” (pretérito perfeito do indicativo) indica ocorrência pontual, 
inteiramente terminada. 
 
Língua Portuguesa 7
Infográfico: inform
ação 
multimodal
10
Conjugação verbal
Conjugação
Modo indicativo 
Presente: eu ando/corro/divido
Pretérito imperfeito: eu andava/corria/dividia
Pretérito perfeito: eu andei/corri/dividi
Pretérito perfeito composto: eu tenho andado/tenho corrido/tenho dividido
Pretérito mais-que-perfeito: eu andara/correra/dividira
Pretérito mais-que-perfeito composto: eu tinha andado/tinha corrido/tinha dividido
Futuro do presente: eu andarei/correrei/dividirei
Futuro do presente composto: eu terei andado/terei corrido/terei dividido
Futuro do pretérito: eu andaria/correria/dividiriaFuturo do pretérito composto: eu teria andado/teria corrido/teria dividido
Modo subjuntivo 
Presente: que eu ande/corra/divida
Pretérito imperfeito: se eu andasse/corresse/dividisse
Pretérito perfeito composto: que eu tenha andado/tenha corrido/tenha dividido
Pretérito mais-que-perfeito composto: se eu tivesse andado/tivesse corrido/tivesse dividido
Futuro: quando eu andar/correr/dividir
Futuro composto: quando eu tiver andado/tiver corrido/tiver dividido 
Modo imperativo 
Imperativo afirmativo: 
anda tu /ande você /andemos nós/andai vós/andem vocês
corre tu/corra você /corramos nós/correi vós/corram vocês
divide tu/divida você/dividamos nós/dividi vós/dividam vocês
Imperativo negativo:
não andes tu/não ande você/não andemos nós/não andeis vós/não andem vocês
não corras tu/não corra você/não corramos nós/não corrais vós/não corram vocês
não dividas tu/não divida você/não dividamos nós/não dividais vós/não dividam vocês
Formas nominais 
Infinitivo impessoal (não se refere a nenhuma pessoa do discurso): andar/correr/dividir
Infinitivo impessoal composto: ter andado/ter corrido/ter dividido
Infinitivo pessoal (refere-se è pessoa do discurso): andares/correres/dividires
Infinitivo pessoal composto: teres andado/teres corrido/teres dividido 
Particípio: andado/corrido/dividido
Gerúndio: andando/correndo/dividindo
Gerúndio composto: tendo andado/tendo corrido/tendo dividido
8 Volume 5
Verbos regulares, irregulares, anômalos, defectivos e 
abundantes; formas verbais rizotônicas e arrizotônicas
Classificação dos 
verbos quanto à
Regulares: não há alteração do radical em suas formas. Ex.: analisar, prender, 
resistir.
Irregulares: há alteração no radical ou as desinências não seguem o modelo da 
conjugação a que pertencem (1ª., 2ª. ou 3ª.). Ex.: fazer, ouvir.
Anômalos: apresentam irregularidades muito acentuadas. Ser e ir.
Defectivos: não se flexionam em todos os tempos, modos ou pessoas. Ex.: 
reaver, colorir, falir.
Abundantes: apresentam mais de uma forma. Ex.: preso e prendido.
Primitivos: dão origem a novos verbos Ex.: ter.
Derivados: formam-se a partir do radical de verbos primitivos. Ex.: reter.
Principais: apresentam significação plena. Ex.: vou levar, havia comunicado, 
foi feito.
Auxiliares: acompanham infinitivo, gerúndio ou particípio para formar locuções 
verbais (vou levar, havia comunicado, foi feito).
formação
forma
função
Atividades
1. Leia a seguir o trecho inicial de uma crônica de Fabrício Carpinejar.
Na escola, odiava quando os guris me chamavam de Fabrícia. Gritava, corria atrás do bando; aquilo 
me enervava, não tolerava que me colocassem no feminino. 
CARPINEJAR, Fabrício. Nome hermafrodita. In: Borralheiro: minha viagem pela casa. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011. p. 36.
 O autor usou os verbos em destaque no pretérito imperfeito do indicativo, porque esse tempo verbal lhe permitiu 
apresentar fatos 
 a) que podem ocorrer a qualquer tempo.
X b) já ocorridos e que se repetiam com regularidade, isto é, eram habituais para o narrador. 
c) ocorridos no passado, mas vistos como possibilidades, hipóteses. 
d) que se relacionam a um futuro incerto para o narrador. 
e) já ocorridos e finalizados, não indicando regularidade. 
Formas rizotônicas: o acento tônico recai sobre vogal no radical (pulo, recebo 
e parto)
Formas arrizotônicas: o acento tônico recai sobre vogal fora do radical
(cantávamos, vendíamos, partirei)
tonicidade
Língua Portuguesa 9
2. (UFPR)
Ei, reaça, vaza dessa marcha
Não, reaça, eu não estou do seu lado. Não vem transformar esse protesto legítimo em uma ação 
despolitizante contra a corrupção. Não vem usar nariz de palhaço, não tem palhaço nenhum aqui. 
Agora que a mídia comprou a manifestação tu vem dizer que acordou? 
O povo já está na rua há muito tempo, movimentos sociais estão mobilizados apanhando da 
polícia faz muito tempo. São eles os baderneiros, os vândalos, os que atrapalham o trânsito. Movi-
mento pelo transporte, Movimento Feminista, Movimento Gay, Movimento pela Terra, Movimento 
Estudantil... Ninguém tava dormindo! Essa violência que espanta todo mundo não é novidade, 
não é coisa de agora. Acontece TODOS os dias nas periferias brasileiras, onde não tem câmera pra 
registrar ou repórter para se machucar e modificar o discurso da mídia. 
Não podemos admitir que nossa luta seja convertida pela direita numa passeata contra a corrup-
ção. Não é uma causa de neoliberais. Não é uma causa pelos valores e pela família. Não estamos 
pedindo o fim do Estado – pelo contrário! – Esse “Acorda, Brasil” não tem absolutamente NADA a 
ver com a mobilização das últimas semanas. Então se tu realmente acredita que a mídia tá do nosso 
lado, abre os olhos! São muitas as maneiras de se acabar com um levante: força policial, mídia opor-
tunista, adoção e desconstrução do discurso... [...]
(Texto do Blog de Natacastro, 17 jun. 2013.)
 A autora do blog usa uma linguagem bastante informal, desviando-se em alguns momentos da norma culta. Observe 
os fatos extraídos do texto: 
 1. As formas verbais do indicativo com o pronome “tu”, de segunda pessoa (“tu vem”, “tu acredita”– linhas 3 e 13). 
 2. A forma usada do imperativo afirmativo com o pronome “tu” de segunda pessoa (“abre os olhos” – linha 14). 
 3. A forma usada do imperativo negativo com o pronome “tu” de segunda pessoa (“não vem” – linhas 1 e 2). 
 4. O uso das expressões “há muito tempo” e “faz muito tempo”, retomando fatos passados (linhas 4 e 5). 
 Que fatos constituem exemplos de transgressão à linguagem escrita culta? 
a) 2 e 4 apenas. 
b) 1, 2 e 3 apenas. 
X c) 1 e 3 apenas. 
d) 3 e 4 apenas. 
e) 2, 3 e 4 apenas.
3. (UFRN)
O TRAPICHE
SOB A LUA, NUM VELHO TRAPICHE ABANDONADO, as crianças dormem.
Antigamente aqui era o mar. Nas grandes e negras pedras dos alicerces do trapiche as ondas ora se 
rebentavam fragorosas, ora vinham se bater mansamente. A água passava por baixo da ponte sob a 
qual muitas crianças repousam agora, iluminadas por uma réstia amarela de lua. Desta ponte saíram 
inúmeros veleiros carregados, alguns eram enormes e pintados de estranhas cores, para a aventura das 
travessias marítimas. Aqui vinham encher os porões e atracavam nesta ponte de tábuas, hoje comidas. 
Antigamente diante do trapiche se estendia o mistério do mar oceano, as noites diante dele eram de um 
verde escuro, quase negras, daquela cor misteriosa que é a cor do mar à noite. 
Hoje a noite é alva em frente ao trapiche. É que na sua frente se estende agora o areal do cais do porto. 
Por baixo da ponte não há mais rumor de ondas. A areia invadiu tudo, fez o mar recuar de muitos 
metros. Aos poucos, lentamente, a areia foi conquistando a frente do trapiche. Não mais atracaram na 
sua ponte os veleiros que iam partir carregados. Não mais trabalharam ali os negros musculosos que 
vieram da escravatura. Não mais cantou na velha ponte uma canção um marinheiro nostálgico. A areia 
se estendeu muito alva em frente ao trapiche. E nunca mais encheram de fardos, de sacos, de caixões, 
o imenso casarão. Ficou abandonado em meio ao areal, mancha negra na brancura do cais.
AMADO, Jorge. Capitães da Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 25.
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10 Volume 5
 Em relação aos tempos verbais presentes no fragmen-
to, o narrador emprega 
a) o pretérito perfeito e o presente, tempos básicos da 
narração, para simular a presença do leitor na reali-
dade degradante do trapiche. 
b) o pretérito imperfeito e o presente nos trechos nar-
rativos, para construir uma imagem decadente do 
trapiche. 
c) o pretérito perfeito e o presente, tempos básicos da 
descrição, para relatar o processo contínuo, do pas-
sado até o presente, de invasão da areia no trapiche. 
X d) o pretérito imperfeito e o presente nos trechos des-
critivos, para construir duas imagens do trapiche 
contrastantes entre si.
4. Leia, a seguir, o título e a linha-fina de um artigo publi-
cado na revista Galileu e observeos usos do verbo ser. 
©
Ed
ito
ra
 G
lo
b
o/
Re
vi
st
a 
G
al
ile
u
KIST, Cristine. 
Fluente em 
português, 
inglês e... emoji. 
Galileu, n. 285, 
abril 2015. São 
Paulo: Globo, p. 8.
 Em relação às formas do verbo ser, 
a) ambas estão no modo subjuntivo e, por isso, expres-
sam os fatos como possibilidades. 
b) ambas estão no modo indicativo e, por isso, expres-
sam os fatos como verdades.
X c) ambas estão no modo indicativo, no entanto, “seria” 
expressa o fato como possibilidade.
d) a primeira está no modo indicativo, e a segunda, no 
modo subjuntivo; por isso, respectivamente, expres-
sam os fatos como possibilidade e como verdade.
e) a primeira está no modo imperativo e a segunda, no 
modo indicativo.
5. (Insper – SP) Se, na frase “Quando a encontrar, dê o 
seguinte recado a ela: seu marido acreditou que se 
prendesse o animal, este não desejaria mais ficar com 
a família”, os verbos destacados fossem substituídos, 
respectivamente por “ver”, “crer”, “deter” e “querer”, 
mantendo o tempo verbal, teríamos: 
a) Quando a ver, dê o seguinte recado a ela: seu mari-
do crêu que se detesse o animal, este não quereria 
mais ficar com a família.
b) Quando a ver, dê o seguinte recado a ela: seu mari-
do creu que se detivesse o animal, este não quere-
ria mais ficar com a família.
X c) Quando a vir, dê o seguinte recado a ela: seu marido 
creu que se detivesse o animal, este não quereria 
mais ficar com a família.
d) Quando a ver, dê o seguinte recado a ela: seu mari-
do creou que se detesse o animal, este não queria 
mais ficar com a família.
e) Quando a vir, dê o seguinte recado a ela: seu marido 
crêu que se detivesse o animal, este não queria 
mais ficar com a família. 
6. Em qual alternativa o verbo vir está sendo adequada-
mente flexionado no presente do indicativo?
X a) Vimos convidá-lo para presidir a mesa-redonda so-
bre ecoturismo.
b) Viemos pegar as ferramentas.
c) Espero que todos venham a colaborar com a cam-
panha.
d) Nós vínhamos ajudar nas festas promovidas pela 
escola.
e) Venha conhecer uma nova maneira de economizar!
7. Preencha as lacunas com uma das formas verbais en-
tre parênteses.
 I. Amanda na discussão entre os netos. 
Não os queria brigando. (interviu – interveio)
 II. Os professores como positivas as mu-
danças no currículo. (veem – vêm)
 III. Se os antigos donos as terras, plantariam 
soja ali. (reouvessem – reavessem)
IV. Apesar de amigos há muito tempo, -se 
por questões de dinheiro. (desavieram – desaveram)
 A sequência correta é
Língua Portuguesa 11
a) interviu/veem/reouvessem/desavieram.
b) interviu/vêm/reouvessem/desaveram.
c) interveio/vêm/reavessem/desavieram
d) interveio/veem/reavessem/desaveram
X e) interveio/veem/reouvessem/desavieram
8. (UFRN)
9. (UEPG – PR)
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha porque alta vive.
(Fernando Pessoa. Odes de Ricardo Reis) 
 Sobre a flexão dos verbos para a terceira pessoa do 
singular, assinale o que for correto. 
 (01) Façais (fazes – 4º. verso). 
 (02) Ponha; seja (põe; és – 3º. verso).
X (04) Seja (sê – 1º.; 3º. versos).
 (08) Sede (sê – 3º. verso).
X (16) Exagere; exclua (2º. verso).
10. A alternativa cujo texto apresenta um verbo defectivo é:
a) Coube à mãe decidir quem ganharia bônus na me-
sada.
X b) A prefeitura resolveu demolir o viaduto que apresen-
tou rachaduras.
c) Sempre ouço música enquanto dirijo.
d) Aquele menino é o xodó do avô.
e) A lareira foi acesa pelo pai, mas o menino achou que 
fora a mãe quem a tinha acendido.
11. (FUVEST – SP) Leia os seguintes versos, extraídos de 
uma canção de Dorival Caymmi.
Balada do rei das sereias
O rei atirou
Sua filha ao mar
E disse às sereias:
– Ide-a lá buscar,
Que se a não trouxerdes
Virareis espuma
Das ondas do mar!
Foram as sereias...
Quem as viu voltar?...
Não voltaram nunca!
Viraram espuma
Das ondas do mar.
 A figura é uma capa da revista Planeta. Em sua chama-
da principal, cujo tema é o crescimento populacional, 
X a) o emprego dos tempos verbais presente e futuro es-
tabelece uma relação de projeção entre a realidade 
atual e os desafios a serem enfrentados.
b) os termos “água”, “ar” e “combustíveis” mantêm 
uma relação de sinonímia com a expressão “recur-
sos naturais”. 
c) os termos “estudos” e “desafios” mantêm uma re-
lação de oposição com o conteúdo probabilístico da 
matéria. 
d) o emprego dos verbos nascer e ser, no tempo 
futuro, estabelece uma relação de contradição com 
a afirmativa “Somos 7 bilhões”.
12 Volume 5
a) Aponte na fala do rei (primeira estrofe), um efeito expressivo obtido por meio do emprego da segunda pessoa do 
plural.
A segunda pessoa do plural conota formalidade e antiguidade.
b) Sem alterar o sentido, reescreva a fala do rei, passando os verbos para a 3a. pessoa do plural e substituindo, por 
outra, a conjunção que. 
Sugestão: Vão lá buscá-la, pois, se não a trouxerem, virarão espuma das ondas do mar.
12. (UFRGS – RS)
Se, em um tempo futuro, muito distante, só tivessem sobrado de nós vestígios e alguns deles fossem 
encontrados, e entre esses, fotografias, pensemos que um fato seria possível: por meio delas, para os 
que as encontrariam, poderia se operar uma revelação. As fotografias diriam sobre quem fomos e como 
vivemos. Caso os habitantes do futuro encontrassem, por acaso, soterrado um arquivo de fotografias 
de guerra, quem sabe deduziriam a ignóbil condição daquela humanidade perdida e suspirariam de 
alívio pela nossa extinção. Se, ao contrário, o que encontrassem fossem álbuns de uma prosaica família, 
apreciariam crianças fotografadas, ao longo dos anos, sempre tão divertidas, cenas de trivial alegria. 
Por um lado, redução: há como superar a finitude. Por outro, castigo: não se esquecerá enquanto 
houver a fotografia. O que se lembra diante do retrato de um anônimo fotografado no séc. XIX? Há 
sempre um encanto imanente nessas imagens do passado; são como pontos que não se cruzam, como 
caminhos indicados por setas que parecem levar a lugar nenhum.
Mas nos fazem desejar, pela expectativa do que se pode ver do outro lado, cruzá-los.
Um postulado pode ser enunciado nos termos de que, se está na imagem, existe; ou, tratando-se de 
fotografia, se está na foto, existiu e pode ou não ainda existir. Na esteira dessa lógica, então, seria aceitável 
considerar que esquecer é humano e lembrar é fotográfico. Se remontarmos às nossas experiências, consi-
derando o álbum de família, seguramente a maioria de nós dará como depoimento a surpresa do encontro 
com o passado. A palavra encontro talvez seja um superlativo do que realmente acontece, visto que o 
máximo que a fotografia nos oferece é a possibilidade de uma projeção do aproximar-se com o que foi. 
Há uma tendência em acreditarmos na foto, desde, é claro, que a informação nela contida não deses-
tabilize nossas certezas projetadas em imagens mentais sobre o passado. Uma personagem de Virginia 
Wolf comenta: “Não possuímos as palavras. Elas estão por trás dos olhos, não sobre os lábios”. E sem 
as palavras, o que contariam as fotografias? Talvez não possam contar, mas seguramente alguma coisa 
do passado vem evocada nelas, como a dúvida, ou no mínimo a nostalgia daquele fato fragmentado em 
imagem, na referência a outra pessoa em uma festa perdida na lembrança.
Adaptado de: MICHELON, F. F. Introdução. In: MICHELON, F. F.; TAVARES, F. S. (orgs.). Fotografia e memória. Pelotas, RS: EdUFPel, 
2008. p. 7-15.
 Considere as seguintes afirmações a respeito do emprego correto de tempos verbais no texto.
 I. A supressão da expressão quem sabe (l. 5) tornaria necessária a alteração do tempo verbal empregado nas formas 
deduziriam (l. 5) e suspirariam (l. 5).
 II. A supressão do advérbio talvez (l. 17) tornaria necessária a alteração do modo verbal empregado na formaseja (l. 17).
 III. A forma verbal possam (l. 22) poderia ser substituída por pudessem, sem a necessidade de outras alterações das 
formas verbais no seguimento da frase.
 Quais estão corretas?
a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. X d) Apenas II e III. e) I, II e III.
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Língua Portuguesa 13
13. (FGV)
(...) Antes de concluir este capítulo, fui à ja-
nela indagar da noite por que razão os sonhos 
haviam de ser assim tão tênues que se esgarça-
vam ao menor abrir de olhos ou voltar de corpo, e 
não continuavam mais. A noite não me respondeu 
logo. Estava deliciosamente bela, os morros pa-
lejavam* de luar e o espaço morria de silêncio. 
Como eu insistisse, declarou-me que os sonhos já 
não pertenciam à sua jurisdição. Quando eles 
moravam na ilha que Luciano** lhes deu, 
onde ela tinha o seu palácio, e donde os fazia 
sair com as suas caras de vária feição, dar-me-
-ia explicações possíveis. Mas os tempos mu-
daram tudo. Os sonhos antigos foram aposen-
tados, e os modernos moram no cérebro das 
pessoas. Estes, ainda que quisessem imitar os 
outros, não poderiam fazê-lo; a ilha dos so-
nhos, como a dos amores, como todas as ilhas 
de todos os mares, são agora objeto da ambi-
ção e da rivalidade da Europa e dos Estados 
Unidos.
Era uma alusão às Filipinas. Pois que não amo 
a política, e ainda menos a política internacio-
nal, fechei a janela e vim acabar este capítulo 
para ir dormir.
(Machado de Assis, Dom Casmurro. Adaptado)
* palejar = tornar-se pálido, empalidecer.
** Luciano= escritor grego, criador do diálogo satírico. 
 Reescreva os trechos, substituindo os verbos em des-
taque pelos indicados nos parênteses, e mantenha os 
mesmos tempos verbais.
a) ...declarou-me que os sonhos já não pertenciam à 
sua jurisdição. (circunscrever-se).
“[...] declarou-me que os sonhos já não se circunscreviam à 
sua jurisdição.”
b) ...a ilha dos sonhos, como a dos amores, como to-
das as ilhas de todos os mares, são agora objeto da 
ambição e da rivalidade da Europa e dos Estados 
Unidos. (prestar-se)
“[...] a ilha dos sonhos, como a dos amores, como todas 
as ilhas de todos os mares, prestam-se agora a objeto da 
ambição [...]”
14. (UFSM – RS) Diante do aumento de doenças relacio-
nadas à alta ingestão de sódio, diversas entidades têm 
lançado campanhas para redução do consumo de sal, 
veiculadas em diferentes mídias, como exemplificam 
os textos a seguir.
 TEXTO 1
 TEXTO 2
 Os produtores desses textos escolheram diferentes re-
cursos linguísticos para alertar os leitores sobre o con-
sumo de sal. Considere as afirmativas acerca desses 
recursos:
14 Volume 5
 I. No texto 1, são usadas duas frases nominais cuja 
disposição permite inferir que a melhora da saúde é 
consequência da diminuição do consumo de sal.
 II. No texto 2, as reticências, depois de “Escolha”, ser-
vem para indicar uma interrupção da frase e, antes 
de “a opção com menos sal”, sinalizam o comple-
mento da frase interrompida.
 III. No texto 2, o uso dos verbos “consumimos”, “está” 
e “compramos” no modo indicativo contribui para 
compor uma informação que justifica o apelo à lei-
tura do rótulo e à escolha de produtos com menos 
sal.
 Está(ão) correta(s) 
a) apenas I.
b) apenas III.
c) apenas I e II.
d) apenas II e III.
X e) I, II e III.
15. (PUCPR) Assinale a alternativa que preenche correta-
mente os espaços abaixo:
 I. agora pedir-lhe que interfira em favor 
do rapaz.
 II. Se o diretor , conseguiríamos o do-
cumento hoje.
 III. Se alguém as crianças, poderemos 
trabalhar sossegados.
 IV. Se todos, poderemos fazer o trabalho.
 V. Se você meu irmão, avise-me.
a) Viemos – intervisse – entretiver – vieram – vir
b) Vimos – intervisse – entreter – vierem – vir
X c) Vimos – interviesse – entretiver – vierem – vir
d) Viemos – interviesse – entretiver – virem – ver
e) Vimos – interviesse – entretiver – virem – ver 
16. (UNIMEP – SP) Não fales! Não bebas! Não fujas! Pas-
sando para a forma afirmativa, teremos: 
X a) Fala! Bebe! Foge! 
b) Fala! Bebe! Fuja! 
c) Fala! Beba! Fuja! 
d) Fale! Beba! Fuja! 
e) Fale! Bebe! Foge!
17. (UEL – PR) A flexão da forma verbal destacada está 
correta na frase: 
a) Os advogados interporam novo recurso.
b) Não admito que as razões dele se sobreponhem às 
minhas. 
c) O árbitro interviu e acabou com as provocações.
X d) Se você o revir, será que o reconhecerá? 
e) Teríamos reclamado, se os guardas o detessem.
18. (ITA – SP) Assinale a opção cujas formas verbais pre-
enchem corretamente as respectivas lacunas do texto. 
É notável o fato de que as civilizações clássi-
cas – gregos e romanos – não marcam a história 
da humanidade por contribuições práticas ou 
inventos que o esforço humano no 
desempenho do trabalho. Isso não significa que 
não exemplos de dispositivos que 
se a essa finalidade e que a 
essa época. Em contraposição, as contribuições 
dessas civilizações no desenvolvimento da Filo-
sofia, da ciência pura, das artes, da Política e do 
Direito os fundamentos e os rumos de 
parte considerável do conhecimento humano.
(YOUSSEF, A. N.; FERNANDEZ, V. P. Informática e sociedade. São 
Paulo: Ática, 1988.) 
a) atenuassem – existissem – prestem – remontam – 
estabelecem 
b) atenuem – existem – prestam – remontam – esta-
belecem 
c) atenuam – existissem – prestam – remontem – es-
tabelecem 
d) atenuassem – existam – prestam – remontem – es-
tabeleceram 
X e) atenuem – existam – prestem – remontem – esta-
beleceram
19. (PUC-Campinas – SP) Assinale a alternativa em que os 
verbos estão correta e adequadamente empregados: 
X a) Para que possamos discutir tudo com calma, pre-
tendo vir às cinco horas, a não ser que não dê para 
sair em tempo e tenha de deixar nosso encontro 
para mais tarde. 
b) Quero que vocês tentam novamente e progridam 
nesses estudos, para que comprovamos a validade 
dessa teoria. 
Língua Portuguesa 15
c) Se supormos que eles desistem do empreendimen-
to na hora da decisão final, talvez devemos provi-
denciar outros profissionais que estejam realmente 
interessados. 
d) Será que existem cientistas que retêm o segredo 
que fará com que, numa bela manhã, acordamos 
sem ameaças de guerra atômica? 
e) Quando eles proporem o acordo que tanto aguar-
damos, é necessário que nos comprometemos a 
cumprir nossa parte.
20. Indique a alternativa em que os verbos destacados es-
tão no infinitivo pessoal. 
X a) A canção intitulada “Cajuína”, de Caetano Veloso, 
começa com o seguinte verso: “Existirmos: a que 
será que se destina?” 
b) O filme “Comer, amar, rezar” foi sucesso de público. 
c) Gonzaguinha, na canção intitulada “O que é, o que 
é”, afirma: “ Viver e não ter a vergonha de ser feliz”. 
d) Uma canção da banda Titãs diz “É preciso saber vi-
ver”.
e) Shakespeare, dramaturgo inglês, é o autor da famo-
sa frase “Ser ou não ser, eis a questão”, falada pelo 
personagem Hamlet.
21. (FCMSCSP) Assinale a alternativa correta quanto ao 
uso de verbos abundantes. 
X a) Por haver aceitado as normas, o candidato foi aceito 
na Faculdade. 
b) Por haver morto o passarinho, o menino chorou. 
Realmente, o bicho estava bem morto. 
c) Foi elegido pelas mulheres apesar de haver eleito a 
maioria dos homens. 
d) O pastor tinha emergido os crentes depois de ser 
emergido ele mesmo pelo bispo. Era emersão que 
não acabava mais. 
e) Todos os casos serão omitidos da pauta tal como 
você já tivera omisso os seus casos ontem.
22. (EFOA – MG) Assinale a alternativa que contém a forma 
correta dos verbos medir, valer, caber e datilografar, na 
primeira pessoa do singular do presente do indicativo, 
pela ordem. 
a) meço, valo, cabo, datilógrafo 
X b) meço, valho, caibo, datilografo 
c) mido,valo, caibo, datilógrafo 
d) mido, valho, caibo, datilografo 
e) meço, valho, caibo, datilógrafo
23. (FGV) A primeira pessoa do singular do presente do 
indicativo dos verbos indignar-se, afrouxar, caber e ex-
tinguir é, respectivamente:
a) indiguino-me, afroxo, caibo, extínguo.
X b) indigno-me, afrouxo, caibo, extingo.
c) indiguno-me, afróxo, cabo, extínguo.
d) indiguino-me, afrouxo, cabo, extínguo.
e) indigno-me, afrouxo, caibo, extínguo.
24. (FUVEST – SP) Assinale a alternativa que preenche cor-
retamente as lacunas: Não ( ) cerimônia, ( ) que 
a casa é ( ), e ( ) à vontade.
a) faças, entre, tua, fique 
x b) faça, entre, sua, fique
c) faças, entra, sua, fica
d) faz, entra, tua, fica
e) faça, entra, tua, fique
25. (FECAP – SP) Numa das alternativas há formas rizotô-
nicas. Assinale-a:
a) virei, respeitou, estava
b) comprando, negaceou, virou
X c) conto, entra, imagina
d) pensou, tossindo, fazia
e) respondi, serrar, elogiando
26. Aponte a alternativa em que todas as formas são arri-
zotônicas.
X a) descansarei, partíamos, soubéssemos
b) amo, sento, dança
c) falei, partirei, cansa
d) fizer, odiamos, vendo
e) limpo, cala, tira
16 Volume 5

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