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ANALISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS - Unidade 02

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RELATÓRIO DE ANÁLISE, ANÁLISE 
HORIZONTAL E VERTICAL
Professora
Me. Edna Mitiko Ota
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; OTA, Edna Mitiko.
 
 Análise das Demonstrações Contábeis. Edna Mitiko Ota.
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
 25 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Análises. 2. Contábeis. 3. EaD. I. Título.
ISBN: 978-85-459-0007-8
CDD - 22 ed. 657
CIP - NBR 12899 - AACR/2
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff / James Prestes / Tiago Stachon
Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho
Diretoria de Permanência Leonardo Spaine
Diretoria de Design Educacional Débora Leite
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie Fukushima
Gerência de Produção de Conteúdo Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Gerência de Processos Acadêmicos Taessa Penha Shiraishi Vieira
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Designer Educacional Rossana Costa Giani 
Editoração Ellen Jeane da Silva 
Qualidade Textual Maria Fernanda Vasconcelos
07
10
14
sumário
RELATÓRIO DE ANÁLISE
ANÁLISE VERTICAL: CONCEITOS, CÁLCULO E INTERPRETAÇÃO
ANÁLISE HORIZONTAL: CONCEITOS, CÁLCULO E INTERPRETAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Abordar sobre as características do relatório de análise.
 • Apresentar a metodologia de cálculo para efetuar a análise horizontal e sua 
interpretação.
 • Apresentar a metodologia de cálculo para efetuar a análise vertical e sua 
interpretação.
 • Efetuar o diagnóstico da empresa a partir da análise horizontal e vertical.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Relatório de Análise
 • Análise Horizontal: conceitos, cálculo e interpretação
 • Análise Vertical: conceitos, cálculo e interpretação
RELATÓRIO DE ANÁLISE, ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL
INTRODUÇÃO
introdução
Caro(a) acadêmico(a)!
Nos dias atuais, o mercado vem se tornando cada vez mais competitivo, 
fazendo com que a concorrência aumente, e como consequência, têm-se em-
presas cada vez mais preocupadas no gerenciamento de seus gastos, e isso faz 
reportar ao desempenho das empresas. Estas necessitam conhecer a sua saúde 
financeira, bem como os fatores internos e externos que influenciam a empresa 
para um melhor gerenciamento dos negócios, pois estas informações podem 
afetar diretamente nas tomadas de decisões.
Saber se a empresa tem capacidade de pagar suas dívidas, tem condições 
de realizar novos investimentos, se os investimentos estão trazendo retorno 
para seus acionistas, se a inflação afeta no preço do seu produto, se o aumento 
na produção terá demanda; esses são alguns exemplos de informações neces-
sárias para o bom gerenciamento dos negócios.
A análise econômico-financeira auxilia nesse processo fornecendo, por 
meio de indicadores, subsídios que auxiliam na formulação do relatório de de-
sempenho da empresa. Relatório esse que deve contemplar informações sobre 
a capacidade de pagamento, liquidez, rentabilidade, endividamento, entre 
outros, e também informações de dados de mercado que podem influenciar 
nos indicadores, tais como inflação, demanda, consumo, concorrência, políti-
ca tributária, entre outros.
Para que seja realizada a análise da situação econômico-financeira, são ne-
cessárias as demonstrações contábeis, elaboradas pela contabilidade, das quais 
serão extraídos os dados para a geração das informações. 
A contabilidade elabora, segundo a lei 6.404/76, o Balanço Patrimonial, 
Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração do Valor 
Adicionado. No entanto, a análise econômico-financeira trabalha mais efetiva-
mente com o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício.
INTRODUÇÃO
introdução
Conforme visto anteriormente, a análise das demonstrações financeiras se 
utiliza de indicadores para obtenção destes, podendo ser utilizadas algumas 
ferramentas como análise horizontal, análise vertical e indicadores financeiros 
e econômicos.
Nesta unidade, pretende-se abordar as ferramentas análise horizontal e 
análise vertical, expondo a sua utilidade, bem como os cálculos e interpreta-
ção dos índices obtidos. 
Pós-Universo 7
Segundo Matarazzo (2010, p. 3), “A análise de balanços objetiva extrai informações 
das demonstrações financeiras para a tomada de decisões”. O autor complementa 
que tais demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, 
sendo que a análise de balanços transforma estes dados em informações. Portanto, 
pode-se concluir que demonstrações financeiras confiáveis e bem estruturadas geram 
dados importantes, capazes de serem transformados em informações de qualidade. 
Assaf Neto (2012) comenta que através das demonstrações contábeis de uma 
empresa, podem ser extraídas informações de sua posição econômica e financeira, 
além das causas que determinam a evolução apresentada e as tendências futuras, ou 
seja, através da análise de balanços, extraem-se informações sobre a posição passada, 
presente e futura de uma empresa.
A análise das demonstrações contábeis possibilita a obtenção de uma visão da 
estratégia e dos planos da empresa analisada, isto permite que cada usuário estime 
o futuro, as limitações e as potencialidades da empresa, de acordo com o aspecto 
particular que este esteja interessado (MATARAZZO, 2010).
RELATÓRIO DE 
ANÁLISE
Pós-Universo 8
Mas a quem interessa as informações da análise das demonstrações contábeis? 
Aos usuários, que podem ser pessoas ou organizações que necessitam de alguma 
informação contábil como base para tomarem determinada decisão. Os usuários se 
classificam em internos e externos (FAVERO et al., 2009).
Portanto, para atingir os objetivos da análise das demonstrações contábeis de 
forma eficiente, é fundamental um levantamento das características de cada usuário 
verificando as necessidades deste, de forma a serem oportunizadas informações com 
vistas à tomada de decisão.
Os usuários podem ser os investidores, instituições financeiras, concorrentes, 
governo, acionistas, entre outros, todos eles com as suas respectivas necessidades 
de informações para a tomada de decisão.
Vale lembrar também que o trabalho da análise das demonstrações contábeis 
somente atingirá seu objetivo de auxiliar na tomada de decisões caso a base para o 
seu trabalho, que são as demonstrações contábeis, estejam elaboradas de acordo 
com a realidade da empresa e respeitando a legislação, bem como as normas con-
tábeis. Por isso é importante verificar se as demonstrações contábeis estão auditadas 
e publicadas, isso mostra maior credibilidade e, assim, maior confiabilidade.
As demonstrações contábeis permitem, por meio de sua análise, a extração de 
informações que auxiliam o processo de tomada de decisões. No entanto, a análise 
das demonstrações financeiras exige o conhecimento do que representa cada conta 
que as compõe.
Somente através do entendimento da estrutura contábil das demonstrações é 
que se torna possível concluir avaliações mais apuradas das empresas, sendo que o 
processo de análise necessita de conhecimentos sólidos das formas de contabiliza-
ção e apuração das demonstrações contábeis, tendo risco de conclusões limitadas 
sobre o desempenho da empresa, caso haja dificuldade em compreenderalgum 
ponto das demonstrações contábeis analisadas (ASSAF NETO, 2012).
Com o objetivo de analisar de forma eficiente e exata uma demonstração con-
tábil, é necessário que o profissional envolvido detenha plenos conhecimentos de 
todas as contas que compõem tal demonstração. Somente desta forma as suas con-
clusões serão fidedignas, uma vez que todos os detalhes e dados envolvidos sejam 
verificados e interpretados.
Pós-Universo 9
Então, a partir das demonstrações contábeis elaboradas de forma correta, essas 
devem ser preparadas com a padronização e atualização, de forma que possam ser 
aplicadas as técnicas de análise para a elaboração do relatório de análise.
Relativamente ao relatório de análise, por ser a apresentação dos resultados da 
análise, Marion (2010) e Silva (2012) cita alguns pontos importantes que devem ser 
observados na elaboração de um relatório de análise: 
 • A linguagem deve ser inteligível para leigos, mesmo que não tendo conhe-
cimento de contabilidade;
 • As conclusões devem auxiliar os usuários para as suas tomadas de decisões;
 • Os relatórios devem apresentar informações sobre a situação econômica e 
financeira e também a tendência para o futuro, explicando de forma sintéti-
ca a causa de tais resultados encontrados, não necessitando de um grande 
número de informações;
 • As informações vão variar de acordo com as análises levantadas e a neces-
sidade da organização ao saber a profundidade dos resultados da análise.
Complementa Hale (apud SILVA, 2012), apontando seis regras para elaboração de 
um relatório: seja um analista e não um escritor; faça quadros que falem por si; use 
palavras simples; omita palavras desnecessárias; apresente primeiro o sumário e a 
conclusão e, por fim, siga uma estrutura planejada.
Assim, pode-se concluir que o relatório de análise deve expressar de forma 
simples e com clareza a situação econômica e financeira de uma empresa, fornecen-
do, dessa forma, informações para a tomada de decisão do usuário. Então, quanto 
mais simples e autoexplicativo for o relatório, melhor será sua compreensão; a utili-
zação de quadros, gráficos, tabelas pode auxiliar nesse processo.
Portanto, um relatório de análise em linguagem muito técnica, com muitas in-
formações ou falta de certa ordenação dessas informações, pode inviabilizar todo o 
trabalho do analista.
Pós-Universo 10
Mas o que significa Análise Horizontal?
Observa-se em Matarazzo (2010), Assaf Neto (2012) e Silva (2012) que consiste em 
se verificar a evolução histórica dos elementos patrimoniais ou de resultado durante 
um determinado período, com o objetivo de elaborar tendências. 
Ainda sobre análise horizontal, Assaf Neto (2012, p. 115) esclarece que: “A análise 
horizontal é a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo 
de contas, em diferentes exercícios sociais”. Iudícibus (2009) complementa, informan-
do que o apontamento do comportamento dos itens das demonstrações financeiras 
através dos períodos possibilita a caracterização de tendências da empresa.
Reis (2006) alerta que os resultados obtidos por meio da análise horizontal devem 
ser interpretados com certo cuidado, uma vez que nem sempre os maiores percen-
tuais de aumento são os mais significativos. Isso ocorre, pois este tipo de análise não 
leva em consideração a situação relativa do saldo dentro do grupo a que pertence 
ou dentro da própria demonstração contábil.
ANÁLISE 
HORIZONTAL: 
CONCEITOS, 
CÁLCULO E 
INTERPRETAÇÃO
Pós-Universo 11
Segundo Assaf Neto (2012), a grande importância da análise horizontal é permi-
tir que se analise a tendência passada e futura de cada valor contábil. O autor sugere 
uma metodologia para o estudo comparativo da análise horizontal em balanços em 
três segmentos, conforme segue:
 • Evolução dos ativos (investimentos) e passivos (financiamentos) de 
curto prazo: Visa avaliar a existência de certa “folga” financeira, na condi-
ção em que os ativos circulantes tenham crescido mais rapidamente que 
os passivos circulantes, ou de um aperto na liquidez, caso contrário. 
 • Evolução do ativo permanente produtivo: Esse grupo deve refletir a 
capacidade estabelecida de produção/vendas de uma empresa, devendo 
corresponder a um nível maior de investimentos em bens fixos produtivos 
a um adequado crescimento de vendas.
 • Evolução da estrutura de capital: Busca avaliar como a empresa está 
financiando seus investimentos em ativos, analisando a relação entre os fi-
nanciamentos adquiridos através de empréstimos e o uso de capital próprio, 
ou ainda, analisar a relação entre as dívidas de curto e longo prazos.
Assim, pode-se concluir que a análise horizontal mostra a evolução de contas e 
grupos de contas no decorrer dos anos. Sendo possível, a partir de sua análise, ve-
rificar quais são as tendências futuras para a empresa. Por exemplo: se a empresa 
ao longo dos anos apresenta um aumento nos índices do Passivo Circulante, então 
pode ser possível que a empresa futuramente possa ter problemas na sua capacida-
de de pagamento. 
Pós-Universo 12
Aplicação Prática
Exemplo de cálculo da análise horizontal e interpretação
Tabela 1 - Análise Horizontal - Passivo
Passivo
Circulante 100,00 100% 40,00 40% 160,00 160%
Não Circulante 240,00 100% 260,00 108% 300,00 125%
Patrimônio Líquido 160,00 100% 180,00 113% 360,00 225%
Total 500,00 100% 480,00 96% 820,00 164%
Ano 1 Ano 2 Ano 3
B a la n ç o P a tr im o n ia l
Valor Análise 
Horizontal
Valor Análise 
Horizontal
Valor Análise 
Horizontal
Fonte: a autora
Lembre-se, caro(a) aluno(a), que o Passivo e o Patrimônio Líquido são origens de re-
cursos, ou seja, são valores aportados na empresa por meio de terceiros ou dos sócios.
Pode-se observar na Tabela 1 que para o cálculo dos índices de análise horizon-
tal, os valores devem estar padronizados e atualizados para o último ano da análise 
(amostra). 
A base utilizada é o primeiro ano da amostra, no caso o ano 1, independente-
mente dos números de anos a serem analisados na amostra. 
Visualizando o Passivo Circulante do ano 1, temos 100% e no ano 2, 40%. Esse 
índice foi obtido pela divisão de R$ 40,00 por R$ 100,00, multiplicado por 100, então 
no primeiro ano, o valor de R$ 100,00 representa 100%, assim o valor de R$ 40,00 do 
segundo ano representa 40% dos R$ 100,00.
O mesmo procedimento utilizou-se para o ano 3, comparando com o ano 1, que 
é à base da amostra. Os R$ 160,00 do terceiro ano representa 160% dos R$ 100,00 
do primeiro ano.
Portanto, o Passivo Circulante apresentou uma variação menor que 60% do ano 
1 para o ano 2 obtidos por 100% - 40% e uma variação maior que 60% do ano 1 para 
o ano 3, obtido por 160% - 100%.
Pós-Universo 13
O Passivo Não Circulante apresentou variação maior de todos os anos, comparados 
com o ano 1, de 8% (108% - 100%), para o ano 2 e 25% (125% - 100%) para o ano 3. 
O índice apresentado na análise horizontal não é a variação. A variação é a 
diferença entre os indicadores.
atenção
Pelo aumento das variações, deduz-se que a empresa está contraindo dívidas ao 
longo dos anos, tanto a curto prazo como a longo prazo. Com o aumento da varia-
ção do Passivo Circulante de 60% do ano 1 (100%) para o ano 3 (160%), houve um 
aumento nas dívidas que vencem dentro de 360 dias. As dívidas a longo prazo, ou 
melhor, que vencem após 360 dias, também aumentaram, apresentando uma varia-
ção maior que 25% do ano 1 (100%) para o ano 3 (125%). 
O Patrimônio Líquido teve uma queda no ano 2 de 4% comparado com o ano 1 
(100% - 96%), e uma variação maior que 64% para o ano 3, comparados com o ano 
1 (164% - 100%). Isso demonstra que do ano 1 para o ano 3 houve uma melhora na 
captação de recursos próprios.
Portanto, pela avaliação dos índices da análise horizontal, é possível apresentar 
a projeção de tendências para os próximos períodos. É possível afirmar que nos pró-
ximos anos, a empresa deverá continuar aumentando o seu capital de terceiros e o 
capitalpróprio, no entanto, para entender as razões que levam a essa situação, bem 
como se isto pode ser uma situação favorável ou desfavorável, é necessário conside-
rar outros indicadores, como a análise vertical, indicadores econômicos e financeiros 
e também os fatores externos que podem influenciar os indicadores, sem isso, tra-
balha-se com hipóteses. 
Pós-Universo 14
Processo comparativo, no qual apresenta-se o percentual de participação de cada 
conta ou grupo de contas em relação ao total de seu grupo em termos relativos, des-
tacando sua representatividade no conjunto. 
Segundo Silva (2012, p. 199 - 201):
 “
O primeiro propósito da análise vertical (AV) é mostrar a participação relati-
va de cada item de uma demonstração contábil em relação a determinado 
referencial. No balanço, por exemplo, é comum determinarmos quanto por 
cento representa cada rubrica (e grupo de rubricas) em relação ao ativo total 
[...]. A simples identificação da representatividade de um item do ativo ou do 
passivo em relação a determinado referencial pode não ser suficiente para 
possibilitar ao analista tirar conclusões sobre a situação da empresa. Observar 
a tendência da representatividade de um item ao longo de dois ou mais exer-
cícios é um processo que ajuda o analista a visualizar mudanças ocorridas na 
estrutura do demonstrativo que esteja analisando.
ANÁLISE 
VERTICAL: 
CONCEITOS, 
CÁLCULO E 
INTERPRETAÇÃO
Pós-Universo 15
Dessa forma, no cálculo da análise vertical no balanço patrimonial, o total do ativo e 
o total do passivo mais o patrimônio líquido são os valores de referência (base), e na 
demonstração do resultado do exercício, o item referencial é a receita operacional 
líquida. Assim, cada item desses grupos representa uma parcela do total, devendo 
ser expressa em termos percentuais, visando, dessa forma, facilitar a leitura e o pro-
cesso de comparação.
Assim, pode-se afirmar que a análise vertical mostra a importância de cada conta 
em relação à demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com 
padrões do ramo ou percentuais da própria empresa em anos anteriores, permite 
inferir se há itens fora das proporções normais. Por exemplo: na DRE, a participação 
dos itens de custos e despesas elevados, comparados às vendas, pode afetar direta-
mente no resultado (lucro). 
Aplicação Prática
Exemplo de cálculo da análise vertical e interpretação
Tabela 2 - Análise Vertical – Passivo
Passivo
Circulante 100,00 20% 40,00 8% 160,00 20%
Não Circulante 240,00 48% 260,00 54% 300,00 37%
Patrimônio Líquido 160,00 32% 180,00 38% 360,00 43%
Total 500,00 100% 480,00 100% 820,00 100%
B a la n ç o P a tr im o n ia l
Ano 1 Ano 2 Ano 3
Valor Análise 
Vertical
Valor Análise 
Vertical
Valor Análise 
Vertical
Fonte: a autora
Pela Tabela 2, verifica-se que do total de recursos da empresa, 100%, o Passivo Circulante 
no ano 1 representa 20%, enquanto o Passivo Não Circulante, 48%, e o Patrimônio 
Líquido, de 32%. Esses percentuais foram obtidos pela divisão do valor de cada conta 
pelo total do grupo, ou seja, no passivo circulante, o valor de R$ 40,00 foi divido por 
R$ 480,00 multiplicado por 100, resultando em 20%, sendo efetuado o mesmo pro-
cedimento para as demais contas.
Pós-Universo 16
Os resultados mostram que 20% das origens de recursos têm como origens 
valores aportados por terceiros que vencem dentro de 360 dias, enquanto 48% são 
de terceiros a serem quitados após 360 dias e, por fim, os recursos aportados pelos 
sócios representam 32%. 
No ano 2, a alteração verificada está no capital de terceiros, que está mais concen-
trada no Passivo Não Circulante (54%), no capital próprio percebe-se um aumento 
do percentual de 32% para 38%. 
No ano 3, o capital próprio teve novo aumento, de 38% para 43% do ano 2 para 
o ano 3. Enquanto o capital de terceiros reduziu o percentual de longo prazo (após 
360 dias) para 37% e aumentando o percentual de curto prazo (até 360 dias) para 
20%; representando dívidas com terceiros mais concentradas no curto prazo.
Por esses índices, observa-se que o capital de terceiros (passivo circulante e passivo 
não circulante) teve, ao longo dos anos, pequena redução, totalizando 68% para o 
ano 1; 64% para o ano 2 e 57% para o ano 3, enquanto o capital próprio (Patrimônio 
Líquido) 32% para o ano 1; 38% para o ano 2 e 43% para o ano 3. Isso é positivo para 
a empresa, visto que ao longo dos anos a empresa tem captado mais recursos pró-
prios do que terceiros, pois sobre os recursos de terceiros normalmente são acrescidos 
encargos financeiros que reduzem o lucro da empresa.
Verifica-se que a análise vertical veio complementar a análise horizontal. Quando 
analisado somente horizontalmente, não podia-se afirmar se a situação era favorável 
ou desfavorável, somente apresentava tendência de aumento. Quando associada à 
análise vertical, ainda continua o impasse, no entanto, pode-se dizer que a situação 
não é tão desfavorável pelo fato de apresentar um crescimento maior em termos 
de representatividade do capital próprio (Patrimônio Líquido), isso pode represen-
tar um aumento nos lucros, mas para confirmar essa hipótese, é necessária a análise 
da Demonstração do Resultado do Exercício. 
Os indicadores de análise horizontal e vertical podem auxiliar no desempe-
nho das empresas?
Fonte: a autora.
reflita
Pós-Universo 17
Aplicação Prática
Interpretação dos índices de análise horizontal e vertical.
Tabela 3 - Análise Horizontal e Vertical - Passivo
Passivo
Circulante 50,00 20% 100% 20,00 8% 40% 80,00 20% 160%
Não Circulante 120,00 48% 100% 130,00 54% 108% 150,00 37% 125%
Patrimônio Líquido 80,00 32% 100% 90,00 38% 113% 180,00 43% 225%
Total 250,00 100% 100% 240,00 100% 96% 410,00 100% 164%
Análise 
Vertical
Análise 
Horizontal
Análise 
Horizontal
Análise 
Horizontal
Ano 1 Ano 2 Ano 3
Valor Análise 
Vertical
Valor Análise 
Vertical
Valor
Fonte: a autora
Os indicadores de análise horizontal e vertical apresentados na Tabela 3 demonstram 
que houve crescimento tanto no capital de terceiros como no capital próprio. Um 
dado preocupante é o percentual mais elevado do capital de terceiros (passivo cir-
culante acrescido de passivo não circulante) com percentuais de 68% no ano 1; 62% 
no ano 2 e 57% no ano 3, enquanto o capital próprio (patrimônio líquido), de 32% 
no ano 1; 38% no ano 2 e 43% no ano 3. Entretanto, um dado positivo é o capital de 
terceiros estar mais concentrado a longo prazo (passivo não circulante), 48% no ano 
1; 54% no ano 2 e 37% no ano 3; dessa forma, sofrendo menos pressão na obtenção 
de valores para seu pagamento. 
Verifica-se, portanto, que no relatório de análise não devem ser utilizados 
somente os índices de análise horizontal ou somente da vertical, mas a junção desses. 
Relembrando, é necessária também a utilização de outras ferramentas e também de 
fatores externos que possam afetar esses indicadores.
Para a análise, devem ser utilizadas as ferramentas de forma conjunta para 
que o resultado seja menos propenso a erros.
atenção
atividades de estudo
1. A análise das demonstrações contábeis tem como objetivo:
a) Fornecer dados econômicos e financeiros para a tomada de decisões.
b) Auxiliar no processo de tomada de decisões com o fornecimento de dados eco-
nômicos e financeiros.
c) Auxiliar na tomada de decisão de seus usuários, com informações econômicas e 
financeiras.
d) Fornecer informações econômicas e financeiras para que as pessoas físicas possam 
tomar decisões.
e) Fornecer na tomada de decisão de seus dados econômicos.
2. Avalie as afirmativas a seguir:
I. São algumas características do relatório de análise: leitura agradável, usuários, 
mostrar informações sobre tendências futuras, explicar as causas de fatos que 
possam afetar a situação econômica e financeira das empresas.
II. Os cuidados para uma boa análise são: demonstrações contábeis confiáveis, pa-
dronização e atualização e aplicação deindicadores padrão.
III. Na análise das demonstrações financeiras, exige-se do analista um conhecimen-
to do que representa cada conta que as compõe.
IV. Nos trabalhos de análise das demonstrações contábeis, devem ser levadas em 
consideração as necessidades dos usuários a quem se destina as informações. 
Diante da avaliação dos itens acima, é correto afirmar que:
a) As alternativas I, II e III estão corretas.
b) As alternativas II, III e IV estão corretas.
c) As alternativas I, III e IV estão corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas estão corretas.
atividades de estudo
3. A partir dos dados a seguir, assinale a alternativa correta:
ATIVO ANO 1 ANO 2
Ativo Circulante 5.000,00 100% 6.000,00 120%
Ativo Não Circulante 18.000,00 100% 25.000,00 139%
PASSIVO E P. LÍQUIDO
Passivo Circulante 2.000,00 100% 3.000,00 150%
Passivo Não Circulante 13.000,00 100% 20.000,00 154%
Patrimônio Líquido 8.000,00 100% 8.000,00 100%
a) A variação do passivo circulante do ano 1 para o ano 2 foi de 150%.
b) O ativo circulante cresceu em proporção maior que o ativo não circulante.
c) A empresa poderá ter problemas de pagamento, pois o percentual do passivo 
circulante cresceu em proporção maior que o passivo não circulante.
d) O patrimônio líquido se alterou do ano 1 para o ano 2.
e) O passivo não circulante teve uma variação de 54% do ano 1 para o ano 2.
4. Quando em uma análise horizontal o patrimônio líquido for maior que o passivo:
a) O capital de terceiros é maior que o capital próprio.
b) Existe uma captação menor de recursos.
c) Existem muitos investimentos sendo realizados no Ativo Não Circulante.
d) O capital próprio é maior que o capital de terceiros.
e) As dívidas de longo prazo são maiores que as dívidas de curto prazo.
atividades de estudo
5. A partir dos dados a seguir, relativamente à análise vertical, assinale a alternativa 
correta:
Demonstração de Resultado do Exercício 
Receita Líquida 50.000,00 100%
Custo das Mercadorias Vendidas (10.000,00) 20%
Despesas Operacionais (15.000,00) 30%
Despesas Financeiras (15.000,00) 30%
Lucro líquido 10.000,00 20%
a) O lucro líquido sempre aumenta quando a receita aumenta.
b) As despesas operacionais foi o item que mais contribuiu para o lucro em termos 
percentuais.
c) O custo das mercadorias sempre aumenta de acordo com o volume de vendas.
d) As despesas financeiras são reflexo de utilização de capital próprio.
e) A receita líquida é base para calcular a representatividade de todas as outras contas.
6. Quando em uma análise vertical o ativo circulante for menor que o passivo circulante:
a) Certamente não haverá condições de quitar suas dívidas.
b) O capital 
c) de terceiros está muito elevado, tanto a curto como a longo prazo.
d) As dívidas são maiores que os valores para seu pagamento.
e) Não terá capacidade de pagamento.
f ) O capital próprio é maior que o capital de terceiros.
resumo
No mundo globalizado, onde a concorrência predomina, informações para a tomada de deci-
sões, como investir ou não, produzir ou comprar, contratar empréstimos ou captar recursos dos 
sócios, são cada vez mais necessárias. 
Nesse contexto, a Contabilidade e a análise das demonstrações contábeis têm se tornado recur-
sos eficientes para auxiliar no subsídio das decisões, isso atentando-se para a informação a ser 
gerada e o público a ser atendido, direcionando a informação de forma mais eficiente ao usuário.
As ferramentas de análise horizontal e vertical têm por meta atender a essa atividade, a primeira 
podendo elaborar tendências e projeções a partir de transações já ocorridas.
A segunda, a análise vertical, informando a participação de cada grupo de contas ou contas com 
relação ao seu total, bem como a sua evolução ao longo dos tempos. 
material complementar
Estrutura e Análise de Balanços
Autor: Alexandre Assaf Neto
Editora: Atlas
Sinopse: o livro mostra grupos de indicadores que podem ser utilizados 
na análise das demonstrações contábeis. Também reserva um capítulo 
inteiramente direcionado para a análise de instituição financeira.
referências
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 
10ª ed. São Paulo: Atlas, 2012.
BREALEY, Richard A.; MYERS, Stewart C. Principles of corporation finance. New York: McGraw-
Hill, 2003.
BERENSTEIN, Leopold A.; WILD, John J. Analysis of Financial statements. New York: McGraw-
Hill, 1999.
BRASIL. Lei nº. 6.404 de 15 de dezembro de 1976 [online]. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm>. Acesso em: 25 set. 2013.
BRASIL. Lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007 [online]. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 25 set. 2013.
FAVERO, Hamilton Luiz; LONARDONI, Mário; SOUZA, Clóvis de; TAKAKURA, Massakazu. Contabilidade: 
teoria e prática. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
IUDÍCIBUS, Sérgio de et al. Manual de Contabilidade Societária, aplicável a todas as socie-
dades. São Paulo: Atlas, 2010.
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: Contabilidade Empresarial. 6ª 
ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Básica e Gerencial. 
7ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PORTAL BRASIL. Disponível em: <http://www.portalbrasil.net/ipca.htm>. Acesso em: 22 nov. 2013.
REED, Edward W. Commercial bank management. New York: Harper & Row, 1963.
SILVA, José Pereira da. Análise financeira das Empresas. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2012.
WESTON, J. Fred; BRIGHMAN, Eugene F. Managerial finance. New York: Holt, Rinehart and Winston, 
1972.
resolução de exercícios
1. c) Auxiliar na tomada de decisão de seus usuários, com informações econômicas e 
financeiras.
2. c) As alternativas I, III e IV estão corretas.
3. e) O passivo não circulante teve uma variação de 54% do ano 1 para o ano 2.
4. d) O capital próprio é maior que o capital de terceiros.
5. e) A receita líquida é base para calcular a representatividade de todas as outras contas.
6. d) As dívidas são maiores que os valores para seu pagamento.
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