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ESTAGIO DE EF E EM DA EDUCAÇÃO BÁSICA.pdf ADRIANA DOS SANTOS OLIVEIRA VIANA – 195967 – ESTUDO DE CASO “Na área educacional, o número de pesquisas e publicações envolvendo o tema dificuldades de aprendizagem vêm aumentando e chamando a atenção de educadores, pais e diversos especialistas (Almeida 1995, Bardelli 1986, Coll 2001, Collares 1992, Corsini 1998, Cruz 1999, Fernández 1991; Fonseca 1984, Johnson 1987, Leal 1991, Paín 1985, Sisto 2000, 2001, Smith 2001, Weiss 2000). Desde 1980, com a fundação da Associação Brasileira de Psicopedagogia em São Paulo, um grupo de profissionais já atuantes na área desenvolveram cursos de especialização e publicações referentes à temática dos processos de aprendizagem, voltados mais especificamente à análise dos problemas de aprendizagem. Essa preocupação em compreender os processos e as dificuldades que afetam a aprendizagem de alunos concorre com a constante preocupação em tentar explicar o fracasso escolar, que tem sido definido como uma resposta insuficiente do aluno à uma exigência ou demanda da escola (Weiss, 2000)” Pretende-se aqui discorrer de forma breve e simplificada os desafios do ensino da leitura e escrita em sala de aula. Sabe-se que a leitura e escrita são elementos importantes em nossa vida e o ensino das mesmas encontra-se defasadas. Muitas crianças dos anos iniciais do ensino fundamental ainda não dominam esses saberes. Algo muito grave, pois foram implantados programas para que crianças de 8 anos já tenham dominado essa capacidade e isso infelizmente na prática não está ocorrendo. A leitura é um ponto presente e muito importante em nosso cotidiano. As letras e palavras estão presentes em quase tudo (embalagens de alimentos que consumimos, placas de trânsito, nas fachadas de lojas, produtos de higiene) e etc. Vivemos em um mundo letrado, onde a incorporação funcional das capacidades que conduz o aprender a ler e a escrever é de suma importância. Entretanto, por ser rodeada de diferentes representações no que está relacionado as técnicas presentes na escrita, à alfabetização configura-se como um desafio que assombra muitos educadores. Com base no pressuposto acima é preciso nortear toda equipe escolar qual as causas de distorção idade-série que se encontra o aluno. “Pela legislação que organiza a oferta de ensino no país (Lei 9.394/1996), a criança deve ingressar aos 6 anos no 1º ano do ensino fundamental e concluir a etapa aos 14. Na faixa etária dos 15 aos 17 anos, o jovem deve estar matriculado no ensino médio. O valor da distorção é calculado em anos e representa a defasagem entre a idade do aluno e a idade recomendada para a série que ele está cursando. O aluno é considerado em situação de distorção ou defasagem idade-série quando a diferença entre a idade do aluno e a idade prevista para a série é de dois anos ou mais.” Uma das principais causas da distorção idade-série é quando o aluno precisa trabalhar ou cuidar de irmãos mais novos, e evade da escola cada vez mais cedo. Outra causa e a desestrutura familiar, a oferta iludida de uma prazerosa evasão escolar, a falta de uma escola mais atrativa e/ou falta de diagnóstico correto. Fatos esses que contribui para comportamentos indisciplinados e a prática de atos infracionais, que por vez prejudica o desenvolvimento do aluno, resultando num quadro de repetências que agrava e estimula a evasão escolar. Para diagnosticar fatos relevantes citados acima que pode enquadrar corretamente o aluno primeiramente devemos convocar uma reunião com os pais ou responsáveis pelo aluno para anamnese e também para colocá-los ciente das dificuldades do mesmo e orientá-los a procurar um especialista para analisar o seu lado cognitivo. Após constatar real condição em que se enquadra o aluno devemos começar a agir propondo alternativas para que possamos de melhor forma achar solução. Alternativas essas que permeiam desde avaliação e laudo médico feito por especialistas na área – se precisar da indicação do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), pois infelizmente alguns pais não aceitam ou não tem condições financeiras para lauda seu filho que tem alguma deficiência. Caso tenha laudo confirmado com problema cognitivo e se encaixar nos CID´S que dá direito ao atendimento da Professora de Apoio e ao Atendimento Educacional Especializado (AEE), ambos tem como função adaptar, identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos de acessibilidade para que ele participe plenamente das atividades na sala comum. Se for de direito do aluno a Professora de Apoio, ela deverá organizar subsídios que favoreçam o desenvolvimento do aluno estimulando o cognitivo e a aprendizagem, adaptando, elaborando e organizando recursos para sua interação com os conteúdos e os demais alunos. Não sendo de direto a professora de apoio essa função de adaptação fica a cargo da professora regente, função essa de fornecer-lhe um aprendizado diferenciado, utilizando de jogos didáticos, brincadeiras, material manipulativo e outros, sempre buscando parcerias com a professora do AEE e equipe pedagógica. Outra proposta seria as classes de aceleração, que é uma estratégia de intervenção pedagógica além de uma estratégia de resgate de autoestima, cuja metodologia alternativa objetiva sanar lacunas de aprendizagem e melhorar o desempenho dos alunos, possibilitando a todos a recuperação do tempo perdido ao longo de sua trajetória escolar. Como consequência dessas ações, espera-se corrigir o fluxo, superando a questão do fracasso escolar, que tem raízes tanto na desigualdade social, quanto em mecanismos internos à escola. A proposta das classes de aceleração de maneira geral, visa diminuir a defasagem idade-série, corrigindo o fluxo escolar ao readaptar alunos com dois anos ou mais de repetência no ensino regular. Tais alunos, em função dessas múltiplas reprovações, veem-se desgarrados de seu grupo ou classe e reunidos a crianças bem mais jovens, com interesses bem diferentes dos seus, o que dificulta a organização escolar. Para o sucesso no processo de alfabetização é imprescindível que o aluno entre em contato, manipule, utilize de um aprendizado diferenciado, atividades adaptadas de acordo com suas dificuldades, utilize de jogos, brincadeiras, interaja com os alunos em grupos para socializar, participe de passeios em museus, cidades históricas abordando temas de história e também criem diferentes textos, que circulem em sua comunidade de maneira não simulada e que tenha sentido para ele. É importante que compreenda os objetivos dos diferentes gêneros textuais e suas características particulares. Ao realizar atividades que envolvam a reflexão sobre estes aspectos, possibilitamos que eleve seu nível de letramento e possam fazer o uso efetivo da língua escrita em diferentes contextos sociais. Sem o uso correto da leitura e escrita os demais conteúdos ficam um pouco mais difícil, pois todos dependem dela (leitura e escrita) de forma a tornar mais fácil a leitura de mundo para ser um cidadão crítico e participativo. “O ato de ler é um processo abrangente e complexo; é um processo de compreensão, de intelecção de mundo que envolve uma característica essencial e singular ao homem: a sua capacidade simbólica e de interação com o outro pela mediação da palavra. Da palavra enquanto signo, variável e flexível, marcado pela mobilidade que lhe confere o contexto. Contexto entendido não só no sentido mais restrito de situação imediata de produção do discurso, mas naquele sentido que enraíza histórica e socialmente o homem. (BRANDÂO e MICHELETTI, 2007, p.17)”
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