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03 - VIGÊNCIA, APLICAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

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VIGÊNCIA, APLICAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO
TRIBUTÁRIA
I- Vigência da Legislação Tributária
Esse assunto é tratado nos artigos 101 a 104 do CTN.
Vigência é o atributo da lei que lhe confere plena disponibilidade para sua aplicação.
a) Vigência da legislação tributária no tempo
 Em princípio, vale o disposto na Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro -
LINDB (Decreto Lei n. 4657, de 04.09.1942 com a alteração da Lei 12.376 de
30.12.2010), “salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo país
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada” - artigo 1.º - 45 dias da
publicação.
Quando a vigência da lei não coincide com a da publicação, o período que se
intercala entre a publicação e a vigência é chamado vacatio legis, isto é, vacância
da lei.
Sabe-se que a maior parte das leis tributárias tem sua data de publicação coincidindo
com a data da vigência. Ex.: Lei X aumenta o ISS em 15 de março de 2012.
Publicação: 15/03/2012. Vigência: 15/03/2012
No direito tributário, contudo, há exceções às regras da LICC como, por exemplo, o
Princípio da Anterioridade Geral e Anterioridade Nonagesimal - artigo 150, III, “b” e
“c” da CF.:
Art. 150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)
III- cobrar tributos; (...)
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicado a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea “b”; “
Todavia, existe ainda outra exceção que não se aplica a Lei de introdução ao Código
Civil, mas sim o disposto no artigo 103 do Código Tributário Nacional. Os atos
administrativos expedidos pelas autoridades administrativas entram em vigor
na data da sua publicação, salvo disposição em contrário (art. 103, I CTN). As
decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativas, a
que a lei atribua eficácia normativa, entram em vigor 30 dias após a data da sua
publicação, salvo disposição em contrário (art. 103, II CTN). E quanto aos
convênios, entram em vigor na data que estabelecerem, salvo disposição em
contrário (art. 103, III CTN).
b) Vigência da lei tributária no espaço
Toda regra jurídica é editada para imperar em determinado espaço territorial: as leis
de uma país só valem dentro daquele país, as leis estaduais só têm aplicação no
território daquele Estado, as leis distritais só alcançam o Distrito Federal, assim como
as leis municipais só são aplicáveis dentro do território municipal.
A legislação tributária, quanto ao espaço, submete-se ao princípio da
territorialidade. Assim, ela vale, em tese, nos limites do território da pessoa
jurídica que edita a norma.
Nesse sentido, é o que determina o artigo 102 do CTN, a lei tributária federal vale
em todo o território nacional. As leis tributárias estaduais, as do Distrito Federal e as
municipais vigoram nos limites dos respectivos territórios, salvo convênio celebrado
entre eles ou determinação de lei sobre normas gerais expedida pela União que lhes
reconheça validade fora daqueles limites territoriais.
II- Aplicação da Legislação Tributária
Aplicar o direito é ato mediante o qual alguém interpreta a norma geral, fazendo-a
incidir no caso particular, criando a norma individual.
A regra de aplicação está contida no CTN, 105, segundo a qual a lei tributária aplica-
se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes.
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos gerados futuros e
aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não
esteja completa nos termos do artigo 116.
Como regra, a legislação não retroage. Todavia, Há, porém, duas exceções previstas
no artigo 106 CTN. A primeira exceção refere-se à lei interpretativa e, a outra
quando for mais benéfica.
III – Interpretação da legislação tributária
Interpretar é descobrir o sentido e o alcance da norma. Diante do caso concreto (fato
jurídico), o que se faz é procurar identificar a norma a ele aplicável. Duas
dificuldades podem surgem neste momento: a) falta de informações sobre o caso
concreto, que pode ser solucionada através das presunções legais e da prova; b)
indeterminação dos conceitos contidos na norma.
Diante destas dificuldades, surge a necessidade da interpretação. 
Para orientar esta interpretação, o CTN estabeleceu as regras contidas nos artigos
107 a 112.
1- Métodos de Interpretação
a) Quanto ao sujeito que a realiza
Autêntica: é feita pelo Poder Legislativo por meio de leis interpretativas (lei
posterior interpretando lei anterior). O art. 106, I, do CTN dispõe que a lei tributária
interpretativa retroage à data da entrada em vigor da lei tributária interpretada.
Doutrinária: é feita pelos juristas.
Judicial: é feita pelo Poder Judiciário por meio de suas sentenças e seus acórdãos. A
cristalização das decisões judiciais forma a chamada jurisprudência.
b) Quanto aos meios de que se vale o intérprete
Gramática ou literal: é a simples leitura da lei. É um trabalho preliminar.
Lógica: vale-se de elementos sistemáticos e teleológicos.
c) Quanto aos resultados que produz
Extensiva: vai além da lei.
Restritiva: fica aquém da lei.
Declaratória: fica nos estritos limites da lei. Utilizada nos dias de hoje; no caso de
dúvida, devem prevalecer os estritos limites da lei (in dubio pro lege).
IV- Integração da legislação tributária
Quando, através da interpretação, não se encontra uma solução contida na norma
para enquadramento de uma situação de fato, o que resta é socorrer-se da
integração, que é o preenchimento da lacuna existente no sistema jurídico. 
Neste caso, estará o aplicador empregando recursos de integração. No direito
tributário, tais recursos ou métodos estão estabelecidos no artigo 108 do CTN:
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar
a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I - a analogia;
II - os princípios gerais de direito tributário;
III - os princípios gerais de direito público;
IV - a equidade.
§ 1º - O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não
previsto em lei.
§ 2º - O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de
tributo devido.
Usar analogia é aplicar a um fato a legislação que trata de hipótese similar.
Evidentemente por força do Princípio da Estrita Legalidade e, por isso, nem precisaria
estar registrado no CTN, do emprego da analogia não pode emergir a exigência de
tributo.
Depois da analogia, o Código prevê o uso dos “princípios gerais de direito tributário”,
na seqüência, apresenta “os princípios gerais de direito público”, e por fim, a
equidade.
Cabe frisar, que não cabe o emprego da equidade para dispensar o pagamento do
tributo devido. O tributo é criado por meio de lei, sua dispensa deve igualmente
atrelar-se à lei (Princípio da estrita legalidade).
Exercício 1:
 De acordo com o CTN, aplica-se retroativamente a lei tributária na hipótese de:
A)
 analogia, quando esta favorecer o contribuinte
B)
 extinção do tributo, ainda não definitivamente constituído.
C)
 graduação quanto à natureza de tributo aplicável, desde que não seja hipótese de
crime.
D)
 ato não definitivamente julgado, quando a lei nova lhe comine penalidade menos
severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prática.
E)
 N.D.A.
Comentários:
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Exercício 2:
 O emprego de analogia, em matéria tributária, poderá resultar na:
A)
 majoração de tributo
B)
 instituição de tributo
C)
 exclusão do crédito tributário
D)
 extinção do crédito tributário
E)
 impossibilidade de exigência de tributo não previsto em lei.
Comentários:
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Exercício 3:
 Na ausência de disposição expressa, o Código Tributário Nacional - CTN estabelece que a autoridadecompetente para aplicar a legislação tributária utilizará, sucessivamente, na ordem indicada:
A)
 
 a analogia; as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa e as súmulas do Supremo Tribunal Federal - STF. 
 
B)
 a equidade, os princípios gerais de direito tributário e os princípios gerais de direito público
C)
 as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa; as práticas reiteradamente observadas pelas
autoridades administrativas e a equidade.
D)
 
a analogia; os princípios gerais de direito tributário; os princípios gerais de direito
público e a equidade.
 
E)
 apenas os princípios gerais de direito público e a equidade.
Comentários:
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Exercício 4:
Interpretar a norma jurídica consiste em identificar o seu sentido e alcance.
Chama-se hermenéutica a ciência da interpretação. A interpretação (ou
exegese) é necessária para que se possa aplicar a lei às situações concretas
que nela se subsumam.
Luciano Amaro. Direito tributário brasileiro. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p.
205.
A partir do texto acima, é correto afirmar que se interpreta literalmente a
legislação que disponha sobre:
A)
dispensa do cumprimento de obrigações tributárias principais.
B)
exclusão do crédito tributário.
C)
extinção do crétido tributário.
D)
prescrição e decadência.
E)
n. d. a
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Exercício 5:
Caso determinado município venha a atualizar o valor monetário da base de
cálculo do IPTU, tal hipótese
A)
deve vir regulada por lei ordinária
B)
deve vir regulada por lei complementar
C)
enquadra-se como majoração de tributo.
D)
poderá ser disciplinada mediante decreto
E)
n.d.a
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Exercício 6:
Lei instituidora de tributo, publicada em 30 de dezembro, omissa quanto à data de início de sua
vigência, tornar-se-á obrigatória:
A)
na data de sua publicação
B)
no primeiro dia do exercício financeiro seguinte.
C)
Trinta dias após a data de sua publicação.
D)
na data definida em outra lei que vier a preencher a lacuna deixada pela primeira.
E)
n.d.a..
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Exercício 7:
A aplicação retroativa de lei tributária não é admitida quando:
A)
estabelecer hipóteses de isenção.
B)
for interpretativa.
C)
deixar de definir ato não definitivamente julgado como infração.
D)
estabelecer penalidade mais branda que a prevista na lei vigente ao tempo da prática do ato.
E)
deixar de tratar ato não definitivamente julgado como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão,
respeitados os demais requisitos legais.
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Exercício 8:
Em Direito Tributário, cumpre à lei ordinária:
A)
majorar ou reduzir as alíquotas do imposto sobre produtos industrializados.
B)
estabelecer normas gerais em matéria tributária, especialmente sobre adequado
tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
C)
estabelecer normas gerais em matéria tributária, especialmente sobre a definição de
tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno
porte.
D)
estabelecer a cominção ou dispensa de penalidades para as ações ou omissões
contrárias a seus dispositivos.
E)
N.D.A
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Exercício 9:
Sobre vigência e aplicação da lei tributária, podemos dizer que:
I. Quanto à vigência espacial ou territorial, a lei tributária vigora, via de
regra, dentro dos limites territoriais do ente tributante que a editou.
II. Os atos normativos editados pelas autoridades administrativas entram
em vigor na data de sua publicação, conforme o artigo 103, I, combinado
com o artigo 100, I do Código Tributário Nacional, salvo disposições em
contrário.
A)
I e II estão corretas
B)
I e II estão incorretas
C)
I está correta e a II está incorreta
D)
I está incorreta e a II está correta
E)
Ambas estão corretas e a II complementa a I
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Exercício 10:
No tocante à integração da legislação tributária, é correto dizer que:
A)
a analogia consiste em resolver um caso concreto mediante a aplicação de norma
que regula um caso semelhante àquele.
B)
a integração por equidade em resolver um caso concreto mediante a aplicação de
norma que regula um caso semelhante àquele.
C)
o emprego da analogia poderá originar novo tributo, não previsto em lei.
D)
Inexistindo disposição expressa, a integração da legislação tributária deverá ser
realizada mediante o emprego, sucessivamente: da analogia, princípios gerais de
direito público, dos princípios gerais de direito tributário e da equidade.
E)
N.D.A
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Exercício 11:
Analise as assertivas abaixo:
I. O início da vigência temporal da lei tributária é o mesmo para as normas
jurídicas em geral, com as exceções previstas, apenas, no artigo 103 e
seguintes do CTN.
II. Com base na equidade poderá a autoridade administrativa conceder a
dispensa do pagamento do tributo devido.
A)
I e II estão corretas
B)
I e II estão incorretas
C)
I está correta e a II está incorreta
D)
I está incorreta e a II está correta
E)
ambas estão corretas, e a segunda justifica a primeira.
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Exercício 12:
No tocante à legislação tributária, analise as assertivas abaixo:
I. Os tratados e convenções internacionais submetem-se à legislação
tributária interna.
II. A concessão de anistia deve operar-se por meio de lei complementar.
III. A observãncia das normas complementares das leis, dos tratados e das
convenções internacionais e dos decretos exclui a imposição de
penalidades.
A)
I, II e III estão corretas
B)
I e II estão corretas e III está incorreta.
C)
I e II estão incorretas e III está correta
D)
I, II e III estão incorretas.
E)
I e III estão incorretas e II está correta.
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