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A pergunta 
Será que o nosso principal papel é fazer 
perguntas? (Não, é um meio) 
Se não fizermos perguntas não somos 
competentes? (Não) 
Fazemos perguntas demais; Muitas sem 
importância; Algumas que confundem o 
entrevistado. 
Outras que o interrompem; Perguntas que o 
entrevistado pode não ter condições de 
responder; Perguntas para as quais não 
queremos respostas 
Que modelo de entrevista queremos estabelecer 
com nosso entrevistado? 
Devemos estar conscientes do fato de que 
estamos fazendo perguntas; 
Devemos contestar as perguntas que estamos 
prestes a fazer e pesar cuidadosamente a 
conveniência de fazê-las; 
Devemos examinar cuidadosamente os vários 
tipos de pergunta de que dispomos, e os tipos de 
pergunta que, pessoalmente, temos tendência a 
fazer; 
Devemos considerar alternativas à formulação 
de perguntas; 
Devemos receber com sensibilidade as perguntas 
que o entrevistado está fazendo, quer esteja 
perguntando abertamente ou não. 
O que realmente é importante? 
A pergunta que estou a ponto de fazer será útil 
para o entrevistado? 
Restrita; Limita a uma resposta específica; 
Restringe o campo perceptivo; Exige apenas 
fatos objetivos; Pode limitar o contato. 
“Você se sentiu muito bem depois do jogo, não 
foi?” - “Você gosta de estudar, não é?” - “Tenho 
certeza que vpcê gosta de sua nova irmãzinha. 
Ela é adorável, não é?” - “Tudo bem com você?” 
Que já inclui resposta: 
É mais que uma pergunta retórica (onde o 
entrevistador não deseja obter uma resposta, 
mas sim reforçar uma ideia ou critica sobre algo 
ou alguém). 
 - É mais fechada que a pergunta fechada! 
Exemplos: 
- “Está perfeitamente claro que é assim que ela 
se sentiria depois do que você disse, não é?” 
- “É melhor você se afastar de pessoas como 
aquelas. Todo o mundo sabe o que elas estão 
‘aprontando’ – isso é óbvio, não é? 
Que exige resposta com concordância: 
Esse tipo de pergunta, exige uma resposta, mas o 
entrevistador a formula de um modo que o 
entrevistado concorde com ele. - O entrevistado 
não tem escolha! 
EXEMPLOS: 
 - “Você não teve intenção de fazer isso, teve? 
Foi porque você estava transtornado e cansado 
que o atacou daquela forma, não foi?” 
- Você realmente não quer nos deixar ainda, 
quer? Só porque você está zangado agora, não 
vai querer por em risco sua saúde, vai?” 
Ampla; Permite ao entrevistado amplas 
possibilidades; Convida-o a alargar seu campo 
perceptivo; É um convite aos seus sentimentos e 
pensamentos; Amplia e aprofunda o contato. 
- “Como você se sentiu depois do jogo?” - 
“Algumas pessoas gostam de estudar, outras não. 
E voce?” - Sua nova irmãzinha me parece 
adorável, mas acontece que não sou o irmão 
dela. Como é que você se sente em relação a 
ela?” - “Como você está?” 
Interrogações precisas. 
‘”É duro trabalhar durante o dia e estudar a 
noite, não é?” - “Como você se sente ao fazer 
sua lição de casa com toda essa criançada em 
volta?” - “Como lhe parece seu novo aparelho?” 
Interrogações disfarçadas; Normalmente não 
possui um ponto de interrogação, mas fica claro 
que se trata de uma pergunta. 
“Deve ser duro trabalhar durante o dia e estudar 
a noite.” - “Estou tentando imaginar como lhe 
parece fazer sua lição de casa com toda essa 
criançada em volta.” - “Gostaria muito que você 
falasse sobre seu novo aparelho.” 
Qual a sua real utilidade? 
 Quando muito, limita o entrevistado a uma de 
duas alternativas. 
Ambos podem se confundir (entrevistado e 
entrevistador). 
O entrevistador pode não saber, para qual das 
duas perguntas, foi a resposta 
É o uso da pergunta dupla levada a um nível 
mais absurdo ainda. 
É uma “arma” apontada para o entrevistado. 
Não inspira confiança. 
Entrevistado normalmente “foge para o abrigo 
mais próximo”. 
É um interrogatório feito com a melhor das 
intenções (porém, não se consegue acompanhar 
o que está sendo dito, nem explorar sentimentos 
e pensamentos do entrevistado). 
O que devo fazer com as perguntas que o 
entrevistado me dirige? 
Não há uma resposta exata! • Não devemos 
responder a todas as perguntas. • Observar 
questões éticas. 
Por sua vez, devemos responder as perguntas 
que nos forem feitas; 
Nem todas as perguntas exigem respostas, mas 
todas exigem atenção respeitosa, e geralmente 
uma reação pessoal de nossa parte. 
“A mulher que saiu na hora em que cheguei 
parecia bastante transtornada. Você a tratou 
com muita severidade?” 
Não ignorar. 
Não responder diretamente. 
Resposta adequada: “Não posso lhe falar sobre 
ela, naturalmente, da mesma forma como não 
poderei falar de você com ela. Será que você 
está preocupado, pensando que poderei ser 
rigorosa com você?” 
“Você está usando um vestido diferente hoje de 
novo. Quantos vestidos você tem?” 
Responda diretamente, quando for conveniente. 
Não fique muito tempo com a palavra e devolva 
a ele o mais rapidamente possível. 
Resposta adequada: “Na verdade não são 
tantos assim; simplesmente alterno muito. Você 
presta muita atenção nas minhas roupas. Como 
você se sente usando o uniforme que tem que 
usar aqui?” 
“Pareço estar doente hoje?” 
Resposta: “Você está se sentindo doente hoje?” 
“Você já decidiu sobre que ‘tipo’ eu sou?” 
Resposta: “Sinceramente, minha cabeça não 
funciona dentro desse tipo de coisa. Não vejo 
você como um ‘tipo’. Estou tentando ver você 
como você mesmo, como Paulo. Será que você 
sente necessidade de classificar pessoas e talvez 
pense que eu também faço o mesmo?” 
“Você acha que devo aceitar aquele 
emprego?” 
Resposta: “Percebo que você está tendo 
dificuldade para decidir. Não posso lhe dizer se 
você deve ou não aceitar, mas posso tentar 
resumir os prós e os contras. Não é uma decisão 
fácil de tomar, e quero ajudar você no máximo 
que puder, para que decida por uma coisa ou 
outra.” 
É a expressão mais empregada em um 
interrogatório e também a mais usada para fazer 
perguntas. 
Utilização indevida levou significado original a 
ficar distorcido. 
Hoje, a palavra por que conota reprovação, 
desconforto. 
Quando utilizada pelo entrevistador , o seu efeito 
sobre o entrevistado será visivelmente negativo. 
Probabilidade de reagir tentando defender-se, 
recuar, evitar a situação, ou atacar. 
Educação em ambiente onde o “por que” 
implicava culpa ou condenação. 
Quando criancinha, a palavra é capaz de abrir 
os segredos do mundo ao redor (provoca 
divertimento). 
Depois aprendem que essa mesma palavra é 
usada pelos adultos para colocá-las na “linha de 
fogo”, para mostrar que estão se comportando 
de maneira pouco aceitável. 
Respondendo ou não, muitas vezes, são punidas. 
Passam a usá-las também contra os outros. 
Independente do significado pretendido pelo 
entrevistador, o “por que” é entendido com 
demasiada frequencia como “Não faça isso”, ou 
“Considero isso muito mal”, ou “Você devia ter 
vergonha de fazer isso”. 
Em consequência, o entrevistado se refugiará em 
si mesmo, atacará ou racionalizará, mas não se 
aproximará mais de nós, ou dele mesmo. 
Não se sentirá livre para explorar e examinar, 
mas, sentindo-se ameaçado, precisará se 
defender da melhor forma que puder. 
“Por que você chegou atrasado de novo hoje, 
Paulo?” 
“O transito estava engarrafado. Muito.” 
X 
“Tenho notado, Paulo, que você tem chegado 
atrasado nessas últimas semanas. Gostaria de 
saber se há alguma coisa impedindo, e se eu 
posso lhe ajudar. Talvez possamos conversar 
sobre o assunto. O que você acha?” 
Então, a expressão “por que” nunca deverá ser 
usada? 
Usá-la com parcimônia. 
Ter a segurança que o entrevistado não se sentirá 
ameaçado, aguilhoado ou pressionado. Nem 
tampouco, rejeitado, incompreendido ou 
molestado. 
Recuam, mentem, reagem ou ficam em silencio. 
Devemos usá-la para chegar a fatos e não a 
sentimentos (emoções) ou a pensamentos. 
Se percebermos que colocamos o entrevistado 
em uma situação embaraçosa,podemos ainda 
retirá-la e formulála de outro modo.

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