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Aula 2 - Estágio Supervisionado Básico I em Psicologia

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Aula 2 – A Entrevista de Ajuda (Alfred Benjamin) 
Condições 
Capítulo 1 
Fatores Externos e Atmosfera 
· A sala
· Onde sentar, disposição das cadeiras 
· Proporcionar uma atmosfera que se mostre mais propícia à comunicação. 
· Interrupções
Fatores Internos e Atmosfera 
· Trazer-se a si mesmo; o desejo de ajudar. Presença do terapeuta. 
· Autenticidade, congruência. 
· A comunicação implícita, não verbal tem maior importância. 
· Conhecer a si mesmo; confiar nas próprias idéias e sentimentos. 
· Ser honesto, ouvir e absorver. 
“Muitas vezes os observadores principiantes estão tão preocupados com o que irão dizer em seguida que tem dificuldade em ouvir e absorver o que está acontecendo. Não é uma atitude benéfica, embora compreensível. Quando começamos, podemos estar tão inseguros que precisamos provar que estamos confiantes. Não conheço remédio para isso, exceto paciência e autoconsciência. O entrevistado em geral nos mostrará o caminho certo – se o permitirmos”.
Mecanismos de Defesa vs. Mecanismos de Enfrentamento 
Estágios 
Capítulo 2 
“A entrevista de ajuda é muito mais uma arte e uma habilidade do que uma ciência, e cada artista precisa descobrir seu próprio estilo e os instrumentos para trabalhar melhor. O estilo amadurece com experiência, estímulo e reflexão”.
Abrindo a Primeira Entrevista 
· Iniciada pelo entrevistado 
· É melhor deixar que a própria pessoa exponha o que a levou a buscar ajuda. No máximo, ajuda-la a começar, sem interferir muito em seu rumo. 
· O uso da palavra problema 
· O uso da palavra ajuda 
· Frases curtas, quebrar o gelo
· Iniciada pelo entrevistador 
· Situar com clareza aquilo que levou você a pedir que o entrevistado viesse conversar com você. 
· Perigo: se transformar em monólogo 
O Fator Tempo 
· Pontualidade é mais do que cortesia ou educação. Segurança, previsibilidade, confiança, respeito. 
· Dizer à pessoa quanto tempo vocês tem para a entrevista. Isso estrutura a entrevista. O fator tempo 
· Pontualidade é mais do que cortesia ou educação. Segurança, previsibilidade, confiança, respeito.
· Dizer à pessoa quanto tempo vocês tem para a entrevista. Isso estrutura a entrevista. 
Três Estágios Principais 
· Abertura ou Colocação do Problema 
· O assunto que motivou o encontro é apresentado. 
· Essa fase termina quando ambos compreendem o que será discutido e concordam que o será. 
· No entanto, muitas vezes, a entrevista pode não ficar exclusivamente centrada sobre o assunto estabelecido previamente. Conforme outros pontos vão sendo levantados, o que parecia tão central no início pode deixar de sê-lo com o andamento da entrevista. 
· Pode ocorrer que à medida em que o entrevistado se sente à vontade e um ambiente de segurança é estabelecido, ele se permita discutir o assunto principal que o motiva. Desenvolvimento ou exploração 
· Desenvolvimento ou Exploração 
· O corpo principal da entrevista foi alcançado. 
· A maior parte do tempo será despendida no exame mútuo do assunto, tentando verificar todos os aspectos e tirando algumas conclusões. 
· Não há regras sobre como proceder. Não há um modelo. 
· Talvez a única diretriz importante seja manter o equilíbrio entre entrevista estruturada e não-estruturada (estudaremos essas formas de entrevista em uma aula posterior). 
· A discussão com colegas e supervisores é fundamental para a aprendizagem. 
· A leitura de estudos de caso e gravações das próprias entrevistas são excelentes para o autoaperfeiçoamento. 
· Perguntas importantes para o entrevistador se fazer após a entrevista (autoavaliação):
· Você ajudou o entrevistado a ampliar seu campo de percepção até o limite possível? 
· Ele descobriu seu próprio eu, ou encontrou um eu que pensou que deveria encontrar? 
· Sua atitude o impediu de explorar seu próprio espaço vital, ou capacitou-o a movimentar-se dentro dele, sem o apoio de influências externas? 
· Você ajudou o entrevistado a se deslocar de uma estrutura de referência externa para uma interna? 
· Você o ajudou a chegar perto de si mesmo para explorar e expressar o que descobriu, em vez de envolver-se em lugares-comuns ou rótulos avaliativos? 
· Você o capacitou a dizer-lhe como se sente verdadeiramente, como as coisas parecem ser para ele de verdade? 
· Exemplo: Quando Michael disse que sabia ser errado roubar, você retrucou: “Então por que você faz isso?”. Você se mostrou como moralista dizendo “Estou certo de que, como você sabe que esse tipo de coisa é errado, isso não deverá acontecer de novo”? Ou tentou talvez fazê-lo sentir e expressar o que se passava em seu íntimo: “Você diz que isso é errado e continua roubando. Gostaria de saber o que isso significa para você, e como o compreende.” 
· Esteja interessado naquilo que é central para o entrevistado, e não para você. 
· Se ele diz: “Espero para seu próprio bem que não tenha irmão; elas são terríveis”, você não vai responder algo como “Tenho uma irmã e nos damos muito bem”. Se você afirmar algo como “Você e suas irmãs não devem estar se dando muito bem agora”, você mantém a estrutura interna de referência do entrevistado. 
· Você conseguiu manter o foco naquilo que é central para o entrevistado, e não para você? 
· Ex: Se ele diz: “Espero para seu próprio bem que não tenha irmão; elas são terríveis”, você não vai responder algo como “Tenho uma irmã e nos damos muito bem”. Se você afirmar algo como “Você e suas irmãs não devem estar se dando muito bem agora”, você mantém a estrutura interna de referência do entrevistado. 
· Interrupções que deslocam o foco da entrevista para o que é do interesse do entrevistador e não do entrevistado acontecem com mais frequência do que imaginamos. Isto pode acontecer por diversos motivos. O entrevistador pode estar se sentindo pressionado pelo tempo, suspeitar que o entrevistado está inventando coisas, ou simplesmente não estar consciente de não desejar saber sobre o que realmente está acontecendo. 
· Ex: Entrevistado: Ontem à noite, pela primeira vez em semanas, dormi perfeitamente bem, sem ter tomado o remédio. 
· Entrevistador: Aquele remédio que é importante para você? Agora, vejamos, você estava tomando...três vezes ao dia certo? 
· Cooperar com o entrevistado significa escutar e responder àquilo que ele está dizendo. Significa capacitá-lo a se expressar completamente. Significa seguí-lo, em vez de pedir-lhe que nos siga. 
· Desenvolvimento ou Exploração: Silêncio 
· Os entrevistadores principiantes costumam ter dificuldade para suportar os momentos de silêncio. Eles parecem considerar que o momento de silêncio é um erro a ser corrigido imediatamente. Com o tempo, os entrevistadores aprendem a diferenciar os silêncios, a apreciar e a reagir diante de cada um de maneira diferente. 
· Silêncio em que o entrevistado precisa de um tempo para organizar seus pensamentos e sentimentos. 
· O silêncio do “olhar para dentro”. “Quando você puder, me dê notícias”. 
· O silêncio após um momento em que algo importante foi expressado (algo terno, trágico, chocante ou amedrontador). Ambos precisam de tempo para absorver o que foi expressado. 
· Confusão/mal-entendido. Nesse caso, quanto menor o silêncio, melhor. 
· Não saber o que fazer/dizer em seguida. “Percebo que você não sabe o que dizer, nem por onde começar...” 
· O silêncio de resistência. O entrevistado resiste ao que considera um interrogatório. É importante não responder como se estivesse sendo pessoalmente atacado. Mostrar ao entrevistado que podemos aceitar essa forma de resistência. “Seu silêncio não me incomoda, mas imagino que de alguma forma você está ressentido comigo. Gostaria que você me falasse sobre isso, para que possamos discutí-lo juntos”. Ou “Não acredito que nenhum de nós dois esteja a vontade com esse silêncio. Posso esperar, mas, se existe alguma coisa que você está sentindo, pode ser útil que você me diga o que é para que a examinemos juntos.” 
· Silêncios breves, pausas curtas. O entrevistado pode estar procurando palavras adequadas, encadeando ideias ou sentimentos para expressar. Pode estar buscando uma maneira de expressar sentimentos.Aqui, a interrupção do silêncio atrapalha, pois destrói a cadeia de pensamentos. 
· Entrevistado e entrevistador falam ao mesmo tempo. “Desculpe a interrupção; prossiga e eu falarei depois”. 
· Encerramento 
· Precisamos moldar um final para o contato e a separação.
· Os dois participantes devem ter consciência do fato de que o encerramento está ocorrendo, e aceitar esse fato, em particular o entrevistador. 
· Durante a fase de encerramento, nenhum material novo deverá ser introduzido ou discutido de alguma forma; caso exista material novo, deve-se marcar outra entrevista para discuti-lo. 
· É responsabilidade do entrevistador lidar com esses dois fatores do modo mais eficaz que puder. 
· O encerramento é especialmente importante porque o que ocorre durante esse último estágio tende a determinar a impressão do entrevistado como um todo. 
· Devemos reservar tempo suficiente para esse estágio, de modo a não apressarmos o entrevistado, o que poderia criar a impressão de que o estamos rejeitando.
Aula
 
2 
–
 
A Entrevista de Ajuda (Alfred Benjamin) 
Condições 
 
Capítulo 1 
 
Fatores Exter
nos e Atmosfera 
 
·
 
A sala
 
·
 
Onde sentar, disposição das cadeiras 
 
·
 
Proporcionar uma atmosfera que se mostre mais propícia à 
comunicação. 
 
·
 
Interrupções
 
 
Fatores Internos e Atmosfera 
 
·
 
Trazer
-
se a si mesmo; o desejo de ajudar. Presença do 
terapeuta. 
 
·
 
Autenticidade, congruência. 
 
·
 
A comunicação implícita, não verbal tem maior importância. 
 
·
 
Conhecer a si mesmo; confiar nas próprias idéias e 
sentimentos. 
 
·
 
Ser honesto, ouvir e absorver. 
 
 
“Muitas vezes os observadores principian
tes estão tão preocupados com o que irão dizer em seguida que tem dificuldade em ouvir e absorver o 
que está acontecendo. Não é uma atitude benéfica, embora compreensível. Quando começamos, podemos estar tão inseguros que pre
cisamos 
provar que estamos conf
iantes. Não conheço remédio para isso, exceto paciência e autoconsciência. O entrevistado em geral nos mostrará o 
caminho certo 
–
 
se o permitirmos”.
 
 
Mecanism
os de Defesa vs. Mecanismos de E
nfrentamento 
 
Estágios 
 
Capítulo 2 
 
“A entrevista de ajuda é muito mais uma arte e uma habilidade do que uma ciência, e cada artista precisa descobrir seu própri
o estilo e os 
instrumentos para trabalhar melhor. O estilo amadurece com experiência, estímulo e reflexão”.
 
 
Abrindo a 
P
rimeira 
E
nt
revista 
 
·
 
Iniciada pelo entrevistado 
 
Ø
 
É melhor deixar que a própria pessoa exponha o que a levou a buscar ajuda. No máximo, ajuda
-
la a começar, sem interferir muito 
em seu rumo. 
 
o
 
O uso da palavra problema 
 
o
 
O uso da palavra ajuda 
 
o
 
Frases curtas, quebrar o 
gelo
 
·
 
Iniciada pelo entrevistador 
 
Ø
 
Situar com clareza aquilo que levou você a pedir que o entrevistado viesse conversar com você. 
 
Ø
 
Perigo: se transformar em monólogo 
 
 
O 
F
ator 
T
empo 
 
·
 
Pontualidade é mais do que cortesia ou educação. Segurança, previsibilidad
e, confiança, respeito. 
 
·
 
Dizer à pessoa quanto tempo vocês tem para a entrevista. Isso estrutura a entrevista. O fator tempo 
 
·
 
Pontualidade é mais do que cortesia ou educação. Segurança, previsibilidade, confiança, respeito.
 
·
 
Dizer à pessoa quanto tempo você
s tem para a entrevista. Isso estrutura a entrevista. 
 
 
Três 
E
stágios 
P
rincipais 
 
·
 
Abertura ou C
olocação do 
P
roblema 
 
Ø
 
O assunto que motivou o encontro é apresentado. 
 
Ø
 
Essa fase termina quando ambos compreendem o que será discutido e concordam que o será.

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