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Universidade Federal Rural do Semi-Árido Campus Pau dos Ferros Bacharelado em Ciências e Tecnologia Eletrólise Gustavo Ferreira Costa Jefferson Kelvin Celestino Nogueira Júlia Teresa de Figueiredo Moura Lorena Lívina Lima Oliveira Soares Marcos Elias de Oliveira Júnior Pau dos Ferros - RN Março – 2016 Universidade Federal Rural do Semi-Árido Campus Pau dos Ferros Bacharelado em Ciências e Tecnologia Eletrólise Gustavo Ferreira Costa Jefferson Kelvin Celestino Nogueira Júlia Teresa de Figueiredo Moura Lorena Lívina Lima Oliveira Soares Marcos Elias de Oliveira Júnior Relatório Apresentado à Disciplina Laboratório de Química Aplicada à Engenharia ministrada pelo Prof. Marteson Cristiano dos Santos Camelo em complementação a Nota da Unidade I. Pau dos Ferros - RN Março – 2016 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 4 2 OBJETIVOS ....................................................................................................................................... 5 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................................... 6 4 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................................................. 6 4.1 MATERIAIS ..................................................................................................................................... 8 4.2 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ............................................................................................... 8 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................................................ 9 6 CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 12 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................................... 13 1 INTRODUÇÃO As reações redox que tem energia livre de reação positiva não são espontâneas, mas a eletricidade pode ser usada para fazê-las ocorrer. Por exemplo, não são comuns as reações químicas que tem como produto o flúor, assim não foi isolado por reações químicas comuns. E isso continuou até 1886, quando o químico francês Henri Moissan encontrou um caminho para forçar a formação do flúor pela passagem de corrente elétrica através de uma mistura anidra fundida de fluoreto de potássio e fluoreto de hidrogênio. E até hoje o flúor continua sendo preparado comercialmente pelo mesmo processo. A eletrólise é o processo de forçar uma reação a ocorrer na direção não- espontânea pelo uso de corrente elétrica. Uma célula eletroquímica na qual a eletrolise tem lufar. O arranjo dos componentes na célula eletrolítica é direfrente do da célula galvânica. Especificamente, os dois eletrodos usualmente estão no mesmo compartimento, e há somente um tipo de eletrólito, as concentrações e as pressões são normalmente distantes das condições-padrão. O processo eletrolítico se dá a partir do fornecimento de energia vindo de uma pilha, que serve de gerador. Com isso, ocorre a descarga de íons, onde ocorre uma perda de carga por parte de cátions e ânions. Consequentemente, os cátions irão receber elétrons, sofrendo redução, enquanto que os ânions irão ceder elétrons, sofrendo oxidação. Tais reações ocorrem entre dois ou mais eletrodos mergulhados em uma solução condutora, onde será estabelecida uma diferença de potencial elétrico. As substâncias iônicas conduzem corrente elétrica quando fundidas ou em soluções aquosas, e a condução de corrente elétrica se dá pela formação de substâncias nos eletrodos. Vale lembrar que a denominação "solução eletrolítica", empregada para designar qualquer solução aquosa condutora de eletricidade, deriva justamente desse processo. http://www.infoescola.com/fisica/geradores-eletricos/ http://www.infoescola.com/quimica/cations-e-anions/ http://www.infoescola.com/quimica/cations-e-anions/ http://www.infoescola.com/quimica/oxirreducao/ http://www.infoescola.com/quimica/oxidacao/ http://www.infoescola.com/fisica/potencial-eletrico/ http://www.infoescola.com/fisica/potencial-eletrico/ 2 OBJETIVOS Observar a eletrólise do iodeto de potássio (KI), da água (H2O) e do cloreto de sódio (NaCl), verificando os principais produtos e as condições necessárias para que ocorram. 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA É conhecido pelo nome de eletrólise todo o processo químico não espontâneo provocado por uma corrente elétrica proveniente de um gerador (mais especificamente, uma pilha). A palavra eletrólise é a combinação de dois termos gregos: "elektró" (eletricidade) e "lisis" (quebra), unidas para se referir a uma reação ocorrida por meio de energia elétrica. Algumas reações químicas acontecem apenas quando fornecemos energia na forma de eletricidade, enquanto outras geram eletricidade no momento em que ocorrem. Trata-se de um processo químico inverso ao da pilha, que é espontâneo e transforma energia química em elétrica. As das formas comuns de eletrólise são a eletrólise ígnea e a eletrólise aquosa: na eletrólise ígnea, não há presença de água, e a passagem da corrente elétrica acontece em uma substância iônica no estado de fusão (liquefeita ou fundida). É um tipo de reação muito utilizado na indústria, principalmente para a produção de metais, como por exemplo, o alumínio a partir da bauxita (minério de alumínio). Já a eletrólise aquosa se dá com a passagem elétrica através de um líquido condutor. Neste tipo, apenas um dos cátions e um dos ânions são participantes. É na eletrólise do cloreto de sódio em meio aquoso que são produzidos a soda cáustica (NaOH), o gás hidrogênio (H2) e o gás cloro (Cl2). Eletrólise Ígnea É uma eletrólise onde não há presença de água. Metais iônicos são fundidos (derretidos). Ao se fundirem, eles se ionizam formando íons. A partir desses íons, é formada a corrente elétrica. Reação de fusão (transformação do estado físico sólido para líquido) do NaCl a 808°C: O eletrodo positivo é chamado de ânodo e nele ocorre a reação de oxidação. O eletrodo negativo é chamado de cátodo e nele ocorre a reação de redução. Eletrólise Aquosa É uma eletrólise onde há a dissociação de um composto iônico em solução aquosa. O eletrodo deve ser inerte. É necessário considerar a reação de auto ionização da água, onde produz íon H+ e íon OH-. http://www.infoescola.com/fisica/corrente-eletrica/ http://www.infoescola.com/quimica/eletrolise-ignea/ http://www.infoescola.com/quimica/substancia-quimica/ http://www.infoescola.com/rochas-e-minerais/bauxita/ http://www.infoescola.com/compostos-quimicos/cloreto-de-sodio/ http://www.infoescola.com/compostos-quimicos/soda-caustica/ http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/hidrogenio/ O composto iônico é dissolvido em água, ocorrendo a formação de íons livres, que produzirão a corrente elétrica. Deve ser montada as quatro reações para obter a reação global desta eletrólise. Nesta cuba eletrolítica deve haver água e o composto iônico dissolvido. Da auto ionização da água, formará íons H+ e íons OH-. Se o composto for um sal, o NaCl, em contato com a água, formará o íon Na+ e o íon Cl-. Os íons positivos serão atraídos pelo eletrodo negativo e os íons negativos serão atraídos pelo eletrodo positivo. Cada par de íons (positivo e negativo) competirão entre si para ver qual se formará ao redor do seu respectivo eletrodo. 4 MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 MATERIAIS 3 Placasde Petri (10 cm de diâmetro); Eletrodos de aço-inox; Fonte de corrente; Dois conectores tipo jacaré; Dois fios de conexão; Indicadores de pH – Azul bromotimol; Iodeto de Potássio (KI) 5% m/v; Hidróxido de sódio (NaOH) 5% m/v; Solução de um eletrólito inerte ( sulfato de potássio 2 4K SO a 5%); Solução de NaCl 5% m/v; 4.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Numa placa de Petri, adicionou-se 40 mL de solução de KI 5% e os eletrodos de aço inox opostamente colocados. Logo, foi conectado à fonte de corrente pelos cabos. Por fim, a ligação do circuito. Neste primeiro experimento foi mostrada a eletrolise de iodeto de potássio com a formação de iodo elementar. No segundo experimento, foi realizada a eletrolise de cloreto de sódio. Inicialmente, na placa de Petri, foi inserido os eletrodos de aço inox em posição oposta. Em seguida, foi conectado os eletrodos à fonte de corrente pelos cabos e conexões. Sendo assim, foi adicionada 40 mL de solução de NaCl 5% na placa de Petri e fez-se a ligação do circuito, após ser observado, adicionou-se duas gostas de fenolftaleína. Foi inserido em uma placa de Petri a solução 2 4K SO (40 mL). Em seguida, adicionou-se 20 gostas do indicador azul bromotimol. Montando os eletrodos de aço inox na placa de forma oposta, da mesma forma como os procedimentos anteriores. Logo, foi deixado o circuito ligado durante alguns minutos pode-se perceber a evolução da eletrólise. Neste último experimento, foi demostrado a decomposição eletrolítica da água, sendo percebidos os efeitos mediantes os indicadores de pH. 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES No primeiro experimento, observou-se a redução do íon iodeto, aparecendo à coloração amarelada, formando o iodo na forma elementar, como é mostrado na figura. Figura 1 Reação do KI Neste caso, o potássio se oxidou e o iodo se reduziu. A transferência dos elétrons foi possível a partir de um eletrodo inerte, de inox. A eletrólise do iodeto de potássio é descrita pelas seguintes semirreações, com os seus respectivos potenciais padrão: 𝐾+ + 𝑒 = 𝐾, 𝐸𝑜 = −2,93 V 𝐼2 + 2𝑒 = 𝐼, 𝐸 𝑜 = −0,54 V Portanto, o potencial padrão da reação global é: 𝐸𝑜 = −2,93 − 0,54 = −3,47 V Como o potencial é negativo, então a reação direta é favorecida e trata-se de um processo não espontâneo. Na eletrólise do cloreto de potássio (NaCl), este se ionizou originando os íons Na+, que se reduziu, e Cl–, substância oxidada (agente redutor). A eletrólise do NaCl é descrita pelas seguintes equações: 2𝑁𝑎+ + 2𝑒 → 2𝑁𝑎, 𝐸𝑜 = −2,71 V 2𝐶𝑙− → 𝐶𝑙2 + 2𝑒, 𝐸 𝑜 = 1,36 V --------------------------------------------- 2𝑁𝑎+ + 2𝐶𝑙− → 2𝑁𝑎 + 𝐶𝑙2, 𝐸 𝑜 = −4,07 V Como na reação de eletrólise do iodeto de potássio, 𝐸𝑜 < 0, e, portanto, um processo não espontâneo. Figura 2 Reação do NaCl Nesse experimento, que consistiu em observar a eletrólise da água, esta se decompôs produzindo hidrogênio (cátodo) e oxigênio (ânodo) em estado gasoso. 2 𝐻2𝑂 → 𝑂2 + 4 𝐻 + + 4 𝑒− 4 𝐻2𝑂 + 4 𝑒 − → 2𝐻2 + 4 𝑂𝐻 − --------------------------------------------------- 2 𝐻2𝑂 (𝑙) → 2 𝐻2 (𝑔) + 𝑂2 (𝑔) O K2SO4 também se decompôs originando os íons K + e SO4 2-. Figura 3 Eletrólise da água No experimento do Hidróxido de Sódio, o lado negativo liberou hidrogênio e gerou a fumaça, há formação de bolhas em ambos os lados, e o lado positivo liberou oxigênio. Os polos positivos e negativos foram conectados a fios de Cobre. Observou-se com a medição no aparelho (Fonte Contínua), que houve a liberação de Hidrogênio no lado negativo, onde houve a redução. E no positivo houve a oxidação, onde ocorreu a liberação de Oxigênio. Neste experimento tivemos íons a disputarem nos eletrodos: 𝑁𝑎+ 𝑂𝐻− 𝐻+ Dissociação: NaOH → Na+ + OH- dissociação da água → 2H2O → 2H + + 2OH- Semi-redução: 2H+ + 2e- H2 Semi-Oxidação: 2OH- ½ O2 + H2O + 2e - NaOH → Na+ + OH- 2H2O → 2H + → 2OH- 2H+ + 2e- H2 E = 0 2OH- ½ O2 + H2O + 2e - E = +0,40 ________________________________________________________________ NaOH + H2OH2 + ½ O2 + Na + + OH- (Equação Global) Figura 4 Reação do NaOH 6 CONCLUSÃO Com os experimentos realizados, conclui-se que no experimento com a água destilada, não houve a oxidação da água, pois a agua por ser destilada não contém sais minerais e outros compostos fazendo com que não haja eletrólitos. No experimento do Iodeto de Potássio houve a oxidação do Iodeto para Iodo e a redução do gás Hidrogênio para Hidrogênio. No experimento do Cloreto de Sódio houve a oxidação de Cloreto para Cloro e a Hidroxila é liberada pelo pólo que reduziu. E no experimento do Hidróxido de Sódio há formação de bolhas, e há redução liberando o Hidrogênio e oxidação liberando o gás Oxigênio. Conclui-se que houve a presença nas reações de oxirredução em cada experimento, formando a precipitação de bolhas tornando o meio ácido e resultando em diferentes reações em cada solução de um determinado experimento. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BROWN, T. L., LEWAY JR., H. E., BURSTEN, B. E., BURDGE, J. R., Química – A Ciência Central, Capítulo 20, 9a Edição, Pearson, 2007. KOTZ, J. C., TREICHEL JR., P. M. Química Geral 2 e Reações Químicas, Capítulo 20, Tradução da 9a Edição americana, Cengage Learning, São Paulo, 2009. Site: http://www.pontociencia.org.br acessado em 25 de Outubro de 2009. Site: http://www.uff.br/gqi/ensino/disciplinas acessado em 24 de Outubro de 2009.
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