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A importância da ludicidade no desenvolvimento de alunos com necessidades especiais

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A importância da ludicidade no desenvolvimento de alunos com necessidades especiais
MARIA DE FATIMA MAEHLER¹
DOUGLAS VARGAS LEIRIA²
RESUMO
O referido artigo tem por objetivo retratar questões que dizem respeito à importância da ludicidade no desenvolvimento dos educandos com necessidades especiais no ambiente escolar. Visando mostrar que a inclusão pode certamente acontecer basta o professor ter um olhar além da legislação percebendo o aluno com deficiência como um ser humano como outros alunos que não possuem deficiência alguma, verificando que eles têm limitações, mas diante as dificuldades analisando as suas capacidades, alunos estes com direitos a educação e a uma vida em sociedade, frequentando escolas regulares como todo e qualquer aluno. Neste contexto será desenvolvida uma pesquisa bibliográfica sobre o aluno e o professor a escola regular inclusiva, a ludicidade no ensino aprendizagem das crianças bem como a inclusão, considerações finais e as referencias bibliográficas. 
PALAVRAS - CHAVES: Aluno – Escola – Ludicidade - Inclusão
ABSTRACT
This article aims to portray issues that concern the importance of playfulness in the development of students with special needs in the school environment. In order to show that inclusion can certainly happen, it is enough for the teacher to have a look beyond the legislation, perceiving the student with disabilities as a human being like other students who do not have any disabilities, verifying that they have limitations, but in view of the difficulties analyzing their abilities, students with rights to education and a life in society, attending regular schools like any and all students. In this context, a bibliographic search will be developed on the student and the teacher at inclusive school, playfulness in teaching children's learning as well as inclusion, final considerations and bibliographic references.
KEYWORDS: Student - School - Playfulness - Inclusion
1- INTRODUÇÃO
O presente artigo é um requisito para obtenção de avaliação da Pós-Graduação em Educação Especial da Universidade Uniasselvi polo São Borja. Este artigo visa ressaltar a importância da ludicidade para o desenvolvimento de alunos com necessidade especiais no ambiente escolar, com o intuito de mostrar sua relevância no processo de ensino-aprendizagem. 
O objetivo principal deste artigo é analisar quão importante é a ludicidade para o desenvolvimento da aprendizagem das crianças com necessidades especiais. Com a finalidade de enfatizar a importância da figura do professor alfabetizador no processo de desenvolvimento psicomotor e intelectual das crianças, pois aceitar um aluno com deficiência, ou seja, um (PcD) Pessoa com Deficiência, é também aceitar suas diferenças e limitações valorizando que ele tem possibilidades e habilidades para desenvolver suas potencialidades que todos são capazes.
Segundo, Mazzotta (1996), “a organização de serviços para atender a cegos, surdos, deficientes mentais e deficientes físicos iniciou no Brasil em meados do século XIX, com inspirações nas experiências europeias e dos Estados Unidos”. 
Neste período, a política educacional brasileira somente vai tratar sobre a Educação Especial por volta do final da década de cinquenta, durante o século XX quando foram criadas várias instituições de educação especial pelo Brasil, com algumas escolas públicas e com escolas especiais privadas de caráter filantrópico, deixando o governo, de certa forma isento de sua obrigatoriedade em ofertar mais escolas para o atendimento e ensino aos alunos deficientes nas redes públicas de ensino.
Atualmente, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996, garante o direito desses educandos ao atendimento na rede regular de ensino, respeitando suas habilidades e individualidades. 
Neste contexto cabe à escola e os professores proporcionarem um ambiente favorável ao aprendizado desses alunos de forma lúdica, para que eles consigam um bom desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. A inclusão social não é recente, ela se originou por volta dos anos 80. Dessa forma, educar para inclusão acaba sendo um grande desafio para muitas pessoas, pois ainda há muitos preconceitos quanto a esta questão na Educação Infantil as crianças devem ser educadas para aceitar as diferenças, pois é a partir da educação do olhar que a inclusão social e escolar acontece. 
Há uma ligação entre a sociedade e a escola, ou seja, o que acontece em um reflete no outro. Por isso, a sociedade e a escola devem lutar juntas para que a inclusão social e escolar aconteça. Também, é necessário que os órgãos públicos, os administradores das escolas, o corpo docente e a comunidade estejam envolvidos. Pois é a partir do respeito ao próximo seja ele deficiente ou não que iremos formar uma sociedade igual para todas as pessoas.
Neste, contexto foi realizado uma Pesquisa Bibliográfica desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. (GIL, 2008), mediante o método descritivo, o processo descritivo visa à identificação, registro e análise das características, fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno ou processo. 
Segundo, Cervo, Bervian & Silva (2007) “o estudo descritivo pretende descrever" e retratar as características, suas propriedades ou relações existentes no objeto de estudo, de forma que o estudo descritivo é utilizado quando o intuito do pesquisador é identificar determinada comunidade, suas características, valores e culturas, sendo uma pesquisa ampla e completa. 
O primeiro subtítulo será explanado, o Aluno e o Professor no Processo de Ensino-aprendizagem, no segundo subtítulo descrevem-se sobre a temática. A Escola Regular Inclusiva que é aquela que garante a qualidade de ensino educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades, já no terceiro subtítulo descreve-se sobre. A Ludicidade na Inclusão que compreende a interação entre professores e alunos, a cooperação entre os educandos e o estímulo à criatividade das crianças. Mais do que transmitir conteúdos, uma educação baseada na ludicidade permite que o aluno desenvolva a sua capacidade cognitiva e seu senso crítico. No quarto subtítulo, O Processo de Inclusão. A seguir considerações finais e referencias bibliográficas que embasaram o referido artigo.
1- ALUNO E O PROFESSOR NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM
Neste, capitulo será descrito o trabalho do professor e o desenvolvimento do aluno mediante a intervenção do professor na perspectiva lúdica na educação inclusiva. O professor deve estimular a imaginação das crianças, incentivando o despertar de ideias, fazendo alguns questionamentos que as leve a procurar solução para os desafios que venham surgir.
O papel do professor é de fundamental importância para obter uma educação de qualidade, pois, ele é um articulador de todo o processo, por esse motivo deve começar por ele a iniciativa de ensinar por meio do lúdico, ele deve ter consciência que a ludicidade ensina de forma aprazível e têm vários outros benefícios para a formação da criança como individuo e cidadão. 
Brincar é coisa séria, também, por que na brincadeira não há trapaça, há sinceridade e engajamento voluntário e doação. Brincando nos reequilibramos, reciclamos nossas emoções e nossa necessidade de conhecer e reinventar. E tudo isso desenvolvendo atenção, concentração e muitas habilidades. É brincando que a criança mergulha na vida, sentindo-a na dimensão de possibilidades. No espaço criado pelo brincar nessa aparente fantasia, acontece à expressão de uma realidade interior que pode estar bloqueada pela necessidade de ajustamento às expectativas sociais e familiares (VIGOTSKY, 1994, p. 67).
Os alunos precisam de liberdade para aprender do seu modo de acordo com suas condições e isso vale para alunos com deficiência ou não. 
O papel da legislação na inclusão de alunos especiais é de fundamental importância também e preciso destacar que não e somente garantiro direito dos alunos previstos em leis, mas sim é preciso que estas leis sejam respeitas e principalmente cumpridas no ambiente escolar.
Portanto, para obterem-se resultados positivos em relação à inclusão, tendo o cuidado de verificar de que forma a inclusão ira contribuir para a formação e desenvolvimento dessa criança na escola. 
É, preciso proporcionar condições para que esse processo inclusivo aconteça não sendo somente mais uma ordem que se deve ser executada. A legislação é um grande começo para garantir o direito dos alunos com necessidades especiais e consequentemente com a finalidade de acabar com a exclusão no momento em que o aluno com deficiência seja inserido na escola regular de ensino.
Sendo assim, este aluno aceito e respeitado pelos demais alunos da instituição escolar, portanto, é fundamental destacar que as atividades lúdicas contribuem muito nesse processo. 
Pois, as atividades lúdicas são uns dos principais apoios para a formação da criança e o envolvimento entre elas. Todavia, é com essas atividades que a inclusão ocorrera de forma mais natural. 
 Autores como Stainback e Stainback (1999) afirmam que a escola é um lugar do qual todos fazem parte, em que todos são aceitos, onde todos ajudam e são ajudados por seus colegas e por outros membros da comunidade escolar. É a partir da convivência que se aprende a viver com a diferença.
Dessa forma percebe-se que apesar das leis serem um suporte para o inicio da inclusão, percebe-se o quanto é imprescindível o contato entre as crianças, principalmente por meio da ludicidade para o desenvolvimento do processo de inclusão no ensino aprendizagem dos alunos. Para assim, acontecer à inclusão, tão necessária para ambos.
Então, uma dos maiores empecilhos é porque as escolas não conseguem cumprir com a lei, a Constituição Federal garante o acesso de todos ao ensino fundamental, sendo que os alunos que apresentam deficiências devam receber atendimentos especializados, mas esse direito na prática não é efetivado como todas as políticas públicas sempre apresentam um déficit, sabe-se que ela tem o direito de ir para a escola de ensino regular.
2. A ESCOLA REGULAR INCLUSIVA
A escola inclusiva é aquela que conhece cada aluno, respeita suas potencialidades e necessidades, e a elas responde, com qualidade pedagógica. Para que uma escola se torne inclusiva há que se contar com a participação consciente e responsável de todos os atores que permeiam o cenário educacional: gestores, professores, familiares e membros da comunidade na qual cada aluno vive (BRASIL, 2004, p. 08).
Segundo, Mantoan (2003), defensora da educação inclusiva no Brasil iniciou sua carreira trabalhando como professora de educação especial achava que não era possível trabalhar com alunos com deficiência no ensino regular, mudou de ideia durante uma viagem a Portugal onde teve uma experiência em inclusão bem sucedida. “Passei o dia com um grupo de crianças que tinham um enorme carinho por um colega sem braços nem pernas,” conta. Finalizando a aula a professora perguntou a Maria Tereza se ela queria que os alunos cantassem ou dançassem para agradecer a visita. Ela escolheu a segunda opção. Na hora percebi a mancada. Como aquele menino dançaria? Para sua surpresa, um dos garotos pegou o colega no colo e os outros ajudaram a amarrá-lo em seu corpo. “E ele, então, dançou para mim.” Na volta para o Brasil ela deixou de se concentrar nas deficiências para estudar as diferenças. Para a autora começa na escola uma sociedade justa, que dá oportunidade a todos sem discriminá-los.
Segundo a autora inclusão é a capacidade de entender e reconhecer o outro, conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção, independente de sua deficiência, a inclusão é interagir com o outro, viver a experiência da diferença, para vencer os preconceitos, e por direito ocupam o seu espaço na sociedade e, além disso, para os professores é garantir a todos o direito à educação.
A escola inclusiva precisa de um bom projeto pedagógico que começa pela reflexão, porque inclusão é mais do que ter rampas e banheiros adaptados. A equipe da escola inclusiva deve compreender o motivo da repetência e indisciplina, e porque os pais não participam. A escola precisa se adaptar para a inclusão fazendo adaptações físicas, oferecendo atendimento especializado paralelo as aulas regulares de preferência no turno inverso e no mesmo local, isso integra o aluno dentro e fora da escola. A escola pública não oferece condições, e não recebe apoio pedagógico ou verba para garantir o atendimento especializado, é preciso fazer parceria com entidades de educação especial, manter vínculos com os atendimentos clínico e especializado.
A inclusão também se legitima, porque a escola, para muitos alunos, é o único espaço de acesso aos conhecimentos. É o lugar que vai proporcionar lhes condições de se desenvolverem e de se tornarem cidadãos, alguém com uma identidade sociocultural que lhes conferirá oportunidades de ser e de viver dignamente.
Incluir é necessário, primordialmente para melhorar as condições da escola, de modo que nela se possam formar gerações mais preparadas para viver a vida na sua plenitude, livremente, sem preconceitos, sem barreiras (MANTOAN, 2003, p. 30).
Não se podem contemporizar soluções, mesmo que o preço que tenhamos de pagar seja bem alto, pois nunca será tão alto quanto o resgate de uma vida escolar, uma evasão, uma criança estigmatizada sem motivos, afirma-se, ainda, mais uma razão de ser da inclusão, um motivo a mais para que a educação se atualize, para que os professores aperfeiçoem as suas práticas e para que escolas públicas e particulares se obriguem a um esforço de modernização e de reestruturação de suas condições atuais, a fim de responderem às necessidades de cada um de seus alunos, em suas especificidades, sem cair nas malhas da educação especial e de suas modalidades de exclusão.
Há um duplo movimento, ao mesmo tempo em que o ideal de inclusão torna-se mais popular vindo a ser pauta obrigatória para todos os interessados nos direitos dos alunos com necessidades educacionais especiais, surgem diversas controversas, não a respeito dos princípios, mas sobre as formas de efetivá-los (MENDES, 2001; 2006). 
Em uma perspectiva ampla, avalia que as raízes históricas da emergência do debate sobre a inclusão educacional no Brasil está relacionada a um modismo internacional e tem marcado de forma determinante as feições que o movimento vem ganhando. Identificam-se duas propostas com aspectos divergentes entre elas. Uma defende a “inclusão” argumentando que a classe regular é a melhor opção para as crianças com deficiência ou necessidades educacionais especiais, mas admitindo a necessidade de serviços de apoio. Outra defende que a “inclusão total” seria a colocação de todos os estudantes na classe comum da escola, independentemente do grau e tipo de incapacidade. 
O autor Sassaki, define inclusão social como: 
O processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos. (SASSAKI, 1999: 41). 
Desta, forma o processo de inclusão deve ser um trabalho em conjunto e diário dentro da instituição escolar, promovendo atividades onde possa ser cultivado o respeito à cidadania o cuidado de si e do outro, bem como a aceitação e o companheirismo assim como tantos outros valores necessários a formação de um cidadão de direitos adquiridos.
 
3. A LUDICIDADE NA INCLUSÃO
Será abordado sobre a ludicidade na inclusão. O conceito de ludicidade compreende os jogos e brincadeiras, mas não se restringe a elas. A ludicidade permite que os exercícios de aprendizagem na educação infantil sejam adaptadosà maneira como as crianças interpretam o mundo.
Trabalhar com o lúdico é de suma importância para o processo de aprendizagem da criança. A brincadeira deve ser uma base de formação essencial no desenvolvimento infantil, em seus aspectos motor, afetivo e psicológico, gerando possibilidades para que, através do lúdico elas também se conscientizem sobre o próprio corpo.
Para Oliveira (2004) a atividade lúdica favorece o envolvimento do aluno nas atividades escolares facilitando, assim, avanços no seu processo de aprendizagem e também em seu desenvolvimento intelectual e motor. 
No processo de inclusão é necessário o desenvolvimento de atividades lúdicas propiciando, assim um envolvimento natural de todos os alunos, fazendo com que, haja uma evolução na aprendizagem interativa e prazerosa, porque nada melhor do que aprender brincando. O olhar sobre o lúdico n’ao deve ser visto apenas como diversão mas, sim, de grande importância no processo de ensino-aprendizagem.
O ato de brincar pode ser conduzido independentemente de tempo, espaço, ou de objetos, isto proporciona que a criança crie, recrie, invente e use sua imaginação, tornando o espaço escolar atrativo e facilitando o relacionamento entre eles e evoluindo para o processo de inclusão com naturalidade. 
Segundo, Santos (2001) a atividade quando possui um caráter lúdico se torna uma alavanca para o processo de desenvolvimento do indivíduo.
A ludicidade como ciência se fundamenta sobre os pilares de quatro eixos de diferentes naturezas, Isto é, Sociologia, Psicologia, Pedagogia, Epistemológica, Sociológica porque na atividade Lúdica engloba demanda social e cultural Psicológica porque se relaciona com os processos de desenvolvimento e de aprendizagem do ser humano em qualquer idade em que se encontre. Pedagógica porque se serve tanto da função teórica existente, como das experiências educativas provenientes da prática docente. Epistemológica porque tem fonte de conhecimentos científicos que sustentam o jogo como fator de desenvolvimento (SANTOS, 2001, p. 42).
O papel da ludicidade tem uma importância no sentido de estimular o desenvolvimento do indivíduo nos seus mais diversos âmbitos, dando sua contribuição tanto para os alunos quanto para os profissionais e a escola como um todo. Basta conhecer e aprender para que seja aplicada de forma consciente.
As atividades lúdicas são ferramentas para o desenvolvimento psíquico. De acordo com Santos (2011), “brincar é viver” é uma afirmativa bem aceita e usada, pois o brincar faz parte da historia da humanidade, todas as crianças gostam de brincar e quando brincam sentem prazer e alegria, embora algumas crianças brincam para controlar as tristezas e angústias. 
Ele também aborda um enfoque teórico sobre o brincar: no ponto de vista filosófico, o brincar é opor a razão, emoção e razão ambas se unem; do ponto de vista, psicológico o brincar esta presente em todas as situações as quais a criança apropria-se de costumes, leis, regras e hábitos mediante a interação com meio, o brincar esta presente nas diferentes relações, o que permite a criança entender melhor o mundo.
Na relação pedagógica, o brincar é uma excelente ferramenta pedagógica para o aprendizado na formação da personalidade, e funções superiores. Do ponto de vista criativo, o ato de brincar está focado na busca do “eu”, revelando a criatividade, a imaginação e o desenvolvimento do potencial do sujeito.
4.	O PROCESSO DE INCLUSÃO.
Para compreender o processo de inclusão na escola regular é preciso rastrear um breve histórico da educação especial, com o objetivo de resgatar os diferentes movimentos vivenciados, para que se possa compreender acontecimentos ou fatos que influenciam na prática do cotidiano escolar, bem como as conquistas alcançadas pelos indivíduos que apresentam deficiências.
Em diferentes países inclusive no Brasil, pesquisadores em geral em períodos distintos analisam mudanças na concepção de deficiências.
Devido às condições atípicas na Antiguidade os deficientes eram perseguidos, abandonados e eliminados da comunidade como forma de exclusão. 
Na idade Média o tratamento predominava na comunidade em forma de castigo no qual o deficiente estava inserido. Na Idade Moderna no que diz respeito à pessoa com deficiência associada ao capitalismo dá-se início ao interesse da ciência, especificamente da medicina. O indivíduo que apresentava deficiência era menosprezado pela sociedade.
Em meados do século XX, visando oferecer a pessoa deficiente uma educação diferenciada cria-se as classes especiais em escolas públicas, integrando socialmente em ambientes escolares indivíduos que apresentavam deficiência.
A sociedade dominada pela religião e pelo divino considerava que a deficiência eram forças malignas, demoníacas associadas a imagem do diabo, por isso eram perseguidos julgados e executados. Por ser semelhança de Deus o ser humano deveria ser perfeito fisicamente e mentalmente.
Nos tempos medievais surgiram as primeiras atitudes de caridade nas instituições religiosas, hospícios e albergues que recolhiam deficientes e marginalizados, os deficientes mentais que sobreviviam eram abandonados totalmente e mandados para orfanatos e hospital onde os leitos eram miseráveis, dormiam juntos independente do problema de saúde. As instituições eram construídas longe da cidade, afastados da família, permaneciam incomunicáveis e privados de liberdade.
Entre os séculos XVIII e XIX, podemos identificar a fase da institucionalização, em outros países do mundo, que foi marcada pela concepção organicista, cujo pressuposto consistia em que a deficiência mental era hereditária com evidências de degenerescência da espécie.
A história da Educação Especial no Brasil tem como marcos fundamentais a criação do “instituto dos Meninos Cegos” (hoje “instituto Benjamim Constant”) em 1854, e do “Instituto dos Surdos Mudos” (hoje, “Instituto Nacional de Educação de Surdos- INES”) em 1857, ambos na cidade do Rio de Janeiro, por iniciativa do governo Imperial (JANUZZI, 1992; BUENO, 1993; MAZZOTTA,1996).
Após a fundação desses dois institutos abriu-se um espaço para a conscientização e a discussão sobre a sua educação, uma conquista para o atendimento dos indivíduos deficientes, assim a educação especial se caracterizou por ações isoladas e o atendimento se voltou mais as deficiências visuais, auditivas, e em menor proporção as deficiências físicas, em relação a deficiência mental houve uma estagnação.
O atendimento na Educação Especial no Brasil, inicialmente atendia os deficientes a partir de duas vertentes: médico-pedagógica e a psicopedagógico; pois a vertente médico-pedagógica estimulava a criação de escolas em hospitais, preocupando-se com a criação de serviços de higiene e de saúde pública no Brasil.
A vertente psicopedagógico defendia a educação dos indivíduos considerados anormais, diagnosticando por meio de escalas métricas de inteligência, encaminhando para as escolas de classes especiais ou atendimento por professores especializados. 
O tema da inclusão escolar no Brasil, a partir, dos anos 90 tem estado presente nos estudos, debates e proposições de professores, pesquisadores, gestores, pais e alunos, direta ou indiretamente, envolvidos com a educação especial. Para um melhor entendimento o autor ressalta o que é a educação especial que tanto os professores abordam e estudam. 
"Educação Especial é um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais organizados para apoiar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, para garantir a educação formal dos educandos que apresentam necessidades educacionais muito diferentes das da maioria das crianças e jovens" (MAZZOTTA, 1989, p.39).
A inclusão escolar é um desafio do futuro que os professores têm que construir e ir em busca de uma aprendizagem conjunta entre todas as crianças sem levar em consideração as diferenças entre elas. Por isso, pensar na escola democrática é pensar uma ordem social que possibilita isso. A escola que queremos construir para a nossa sociedade deve estarvoltada para a uniformidade, onde a inclusão seja um componente para a formação de um universo diversificado. 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pensar em inclusão é pensar tanto no que já́ foi feito, como no que ainda pode ser realizado para promover a inserção efetiva das pessoas com necessidades especiais no contexto dos demais pares. É certo que adaptações precisam ser executadas, mas resta saber se a principal adequação está, de fato, acontecendo: a colaboração da sociedade como um todo no processo de inclusão. Com a instituição de leis e normas e, recentemente, com a promulgação do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei no 13.146/2015), é possível perceber que muito se impôs e muito ainda há de ser feito. Pode-se dizer que a inclusão é um fenômeno bastante recente quando nos referimos aos parâmetros jurídicos, teóricos e práticos. Trata-se de um processo bastante lento e complexo que demanda transformações não apenas na pessoa portadora de necessidade especial, mas, também, no meio social no qual está inserida. O espaço da convivência e do contexto vivenciado pelo portador de necessidade especial é que define as distinções entre inclusão e integração. Em razão de aparentemente estar se referindo ao direito à igualdade, a integração atribui à pessoa portadora de necessidade especial a responsabilidade por sua segregação, e até pelo estigma que carrega, uma vez que tal visão decorre da percepção de sua incompletude. Tanto a educação especial na rede regular ou a educação inclusiva demandam ações no âmbito do Estado e da sociedade civil. Trata-se de um objetivo que depende de uma soma de esforços para que verdadeiramente possa ser contemplada e atendida toda a diversidade de condições educacionais especiais. Uma ação dupla sempre deve ser considerada: de uma parte, o Estado e a sociedade como um todo devem oferecer serviços que possam sanar demandas dos cidadãos com alguma necessidade especial; de outra parte, devem garantir o direito ao acesso a tudo que já́ se dispõe, a despeito da especificidade da necessidade especial da qual o cidadão tenha. Entender as políticas públicas e as leis que permeiam esta trajetória envolve esforço e habilidades, pois perpassa pela modernização e reestruturação de muitas condições existentes na maioria das escolas. Enfrentamos muitos obstáculos para mudar as condições excludentes de ensino e aprendizagem. É um grande desafio encaixar um projeto novo, como é o caso da inclusão, em uma matriz arcaica de concepção escolar; daí a necessidade de se recriar o modelo educacional vigente.
REFERÊNCIAS:
ARANHA, M.S.F. Paradigmas da relação da sociedade com as pessoas com deficiência. Revista do Ministério Publico do Trabalho, ano XI, n. 21, p. 160-173, mar. 2001.
BRASIL, LDB nº 9394, de 20 dez. 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Brasileira. Brasília, DF: Ministério da educação e Cultura.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. MEC: Vol. 6. Brasília, 2000.
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial/ Educação Inclusiva. A Escola - Brasília – 2004. Disponível em. http://portal.mec.gov.br/acessado em. 30 de Julho, 2020.
BRASIL, LEI Nº 13.146, De 6 De Julho De 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em. http://www.planalto.gov.br/acessado em. 30 de julho 2020.
BUENO, J. G. S. Educação especial brasileira: integração/segregação do aluno diferente. São Paulo: EDUC, 1993.
CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A.; SILVA, Roberto da. Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
JANNUZZI, G. A luta pela educação do deficiente mental no Brasil. Campinas/SP:
Editores Associados, 1992.
MAZZOTTA, M. J. S. (1989). Evolução da educação especial e as tendências da formação de professores de excepcionais no Estado de São Paulo. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.
________. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996.
 ________ (1997). Educação especial: significação dos termos. In Brasil, Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial. Desafios para a educação especial frente à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: SEESP.
MANTOAN. Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? / Maria Teresa Eglér Mantoan. — São Paulo: Moderna, 2003. — (Coleção cotidiano escolar)
MENDES, E. G. Raízes históricas da educação inclusiva. Trabalho apresentado em agosto de 2001 durante os Seminários Avançados sobre Educação Inclusiva, ocorrido na Unesp de Marilia.
OLIVEIRA, P. S. O que e brinquedo (2) São Paulo, Brasiliense – 1984.
SANTOS, Santa. M. P. A ludicidade como ciência. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2000-2001.
SANTOS, S, M.P. dos. (org). Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. RJ:
Vozes, 1997-2011.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão. Construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1999.
STAINBACK, S; STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Trad. Magda
França Lopes. Porto Alegre: Artmed, 1999.
¹Licenciatura em Pedagogia- Habilitação Educação Infantil e Series Iniciais do Ensino Fundamental, pela Universidade da Região da Campanha – URCAMP. São Borja. Especialização em Educação Infantil e Alfabetização nas Series Iniciais/ área do conhecimento Educação. UNICS-Centro Diocesano do Sudoeste do Paraná. E-mail. fatimamaehler@gmail.com 
² Bacharel em direito, pelo Instituto Cenecista de ensino superior de santo angelo- IESA. Pós-Graduação em Latu Sensu em Direito Previdenciário e Direito do Trabalho- IESA. Pós-Graduação em Metodologia de Ensino na Educação Superior-UNINTER. douglasleiria@hotmail.com
¹
Licenciatura em Pedagogia
-
 
Habilitação Educação Infantil e Series Iniciais do Ensino 
Fundamental, pela Universidade da Região da Campanha 
–
 
URCAMP. São Borja. Especialização 
em Educação I
nfantil e Alfabetização nas Series Iniciais/ área do conhecimento Educação. UNICS
-
Centro Diocesano do Sudoeste do Paraná. 
E
-
mail. 
fatima
maehler@gmail.com
 
 
² 
B
acharel em direito, pelo Instituto Cenecista de ensino superior de santo angelo
-
 
IESA. Pós
-
Graduação em Latu Sensu em Direito P
revidenciário e Direito do Trabalho
-
 
IESA. Pós
-
Graduação 
em Metodologia de Ensino na Educação Superior
-
UNINTER. douglasleiria@hotmail.com
 
 
A importância da ludicidade no desenvolvimento de alunos com 
necessidades especiais
 
MARIA DE FATIMA MAEHLER
¹
 
DOUGLAS VARGAS LEIRIA²
 
 
RESUMO
 
O referido artigo tem por objetivo retratar questões que dizem respeito à importância da 
ludicidade no desenvolvimento dos educandos com nec
essidades especiais no ambiente escolar. 
Visando mostrar que a inclusão pode certamente acontecer basta o professor ter um olhar além da 
legislação percebendo o aluno com deficiência como um ser humano como outros alunos que não 
possuem deficiência alguma,
 
verificando que 
eles têm
 
limitações
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as diante as dificuldades
 
analisando as suas capacidades, alun
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educação
 
e a uma vida em sociedade, 
frequentando escolas regulares como todo e qualquer aluno.
 
N
este 
contexto 
será
 
desenvolvida uma 
pesquisa 
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ibliográfica
 
sobre o aluno e o professor a escola regular inclusiva, a ludicidade no ensino 
aprendizagem das 
crianças
 
bem com
o
 
a 
inclusão
, 
considerações
 
finais e
 
as refer
e
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bibliográficas
.
 
 
 
 
PALAVRAS 
-
 
CHAVES:
 
A
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–
 
E
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–
 
L
udicidade 
-
 
I
nclusão
 
 
 
ABSTRACT
 
 
This article aims to portray issues that concern the importance of playfulness in the dev
elopment of 
students with special needs in the school environment. In order to show that inclusion can certainly 
happen, it is enough for the teacher to have a look beyond the legislation, perceivingthe student 
with disabilities as a human being like othe
r students who do not have any disabilities, verifying 
that they have limitations, but in view of the difficulties analyzing their abilities, students with 
rights to education and a life in society, attending regular schools like any and all students. In t
his 
context, a bibliographic search will be developed on the student and the teacher at inclusive
 
school, 
playfulness in teaching children's learning as well as inclusion, final considerations and 
bibliographic references.
 
 
KEYWORDS:
 
Student 
-
 
School 
-
 
Playfulness 
-
 
Inclusion
 
 
 
¹Licenciatura em Pedagogia- Habilitação Educação Infantil e Series Iniciais do Ensino 
Fundamental, pela Universidade da Região da Campanha – URCAMP. São Borja. Especialização 
em Educação Infantil e Alfabetização nas Series Iniciais/ área do conhecimento Educação. UNICS-
Centro Diocesano do Sudoeste do Paraná. E-mail. fatimamaehler@gmail.com 
² Bacharel em direito, pelo Instituto Cenecista de ensino superior de santo angelo- IESA. Pós-
Graduação em Latu Sensu em Direito Previdenciário e Direito do Trabalho- IESA. Pós-Graduação 
em Metodologia de Ensino na Educação Superior-UNINTER. douglasleiria@hotmail.com 
 
A importância da ludicidade no desenvolvimento de alunos com 
necessidades especiais 
MARIA DE FATIMA MAEHLER¹ 
DOUGLAS VARGAS LEIRIA² 
 
RESUMO 
O referido artigo tem por objetivo retratar questões que dizem respeito à importância da 
ludicidade no desenvolvimento dos educandos com necessidades especiais no ambiente escolar. 
Visando mostrar que a inclusão pode certamente acontecer basta o professor ter um olhar além da 
legislação percebendo o aluno com deficiência como um ser humano como outros alunos que não 
possuem deficiência alguma, verificando que eles têm limitações, mas diante as dificuldades 
analisando as suas capacidades, alunos estes com direitos a educação e a uma vida em sociedade, 
frequentando escolas regulares como todo e qualquer aluno. Neste contexto será desenvolvida uma 
pesquisa bibliográfica sobre o aluno e o professor a escola regular inclusiva, a ludicidade no ensino 
aprendizagem das crianças bem como a inclusão, considerações finais e as referencias 
bibliográficas. 
 
 
PALAVRAS - CHAVES: Aluno – Escola – Ludicidade - Inclusão 
 
 
ABSTRACT 
 
This article aims to portray issues that concern the importance of playfulness in the development of 
students with special needs in the school environment. In order to show that inclusion can certainly 
happen, it is enough for the teacher to have a look beyond the legislation, perceiving the student 
with disabilities as a human being like other students who do not have any disabilities, verifying 
that they have limitations, but in view of the difficulties analyzing their abilities, students with 
rights to education and a life in society, attending regular schools like any and all students. In this 
context, a bibliographic search will be developed on the student and the teacher at inclusive school, 
playfulness in teaching children's learning as well as inclusion, final considerations and 
bibliographic references. 
 
KEYWORDS: Student - School - Playfulness - Inclusion

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