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De acordo com as aulas, observando a ADI nº 4983/CE e a EC 96, a presente dissertação busca realizar uma análise em torno da vaquejada, considerada uma atividade tipicamente esportiva e cultural no Nordeste, porem, atualmente proibida em razão da ação direta de inconstitucionalidade nº 4983 proposta em fase da Lei cearense nº 15.299/2013, que regulamenta a prática. A irregularidade da lei 15.299/13 do ceara que regularizava a pratica de vaquejada, após a decisão do STF foi observado no lapso de tempo muito curto a edição de uma emenda constitucional n° 46/2017 foi editada, trazendo uma discussão sobre a superação legislativa e o efeito backlash. Os efeitos dessa decisão eram para as vaquejadas do estado do Ceara, o Supremo Tribunal Federal (STF) por maioria dos votos, julgou procedente a referida ação, o que consequentemente ocasionou a inconstitucionalidade da lei estadual porque atentava contra os direitos dos animais, ofendendo o art. 225, § 1°, VII da CFF/88 quando o supremo proferiu essa decisão em outubro de 2016, houve uma reação politica muito forte, contraria ao ativismo judicial, onde se quis manifesta o seu inconformismo diante do posicionamento do supremo pela inconstitucionalidade da lei 15.299, porem essa reação politica em fase ao ativismo judicial, e denominado efeito backlash que e uma reação politica ao ativismo judicial, o poder legislativo busca modificar a interpretação dada ao caso concreto pelo órgão responsável A vaquejada, por sua vez, é definida como uma atividade desportiva e cultural com regras expressamente estabelecidas, configurando-se como um evento de natureza competitiva, com intuito lucrativo na modalidade de espetáculo e exibição. Nesse sentido, no Ceará era prática regulamentada pela lei nº 15.299/2013, a qual, em seu artigo 1º, sendo atividade de natureza esportiva, competitiva e com caráter cultural, se levou uma discussão ate o tribunal, porque entrou em conflitos constitucionais, então foi questionado no supremo se essa pratica esportiva com características culturais, seria ou não considerada uma pratica considerada cruel aos animais, tanto aos bois quanto aos cavalos utilizados no ato porque fazem uso de técnicas e instrumentos que foi considerado por veterinários como cruéis como maus tratos que há claros indícios de graves danos à saúde dos animais participantes. Portanto se teve basicamente como fundamento nessa ADI 4383 esse conflito aparente, pois são conflitos entre normas constitucionais, entre o direito previsto no art. 225 da constituição federal que nos garante um meio ambiente, ecologicamente equilibrado e dentro essas garantias à proteção do meio ambiente esta também a proibição de praticas que envolva o animal que tenha caráter cruel ou que cause maus tratos aos animais, por outro lado encontramos o art. 215 da CF/88 que também e uma norma de relevância que estabelece o direito a manifestações culturais com expressão de pluralidade, ou seja, dentro dessa ponderação de direitos e normas o procurador da republica procurou fazer com que o STF tivesse uma intepretação que fosse favorável a preservação do meio ambiente e fazendo com que com se sobrepusesse ao caso concreto a norma prevista no art. 225, § 1°, VII da CFF/88 que veda essa pratica que seja ofensiva aos animais. Sendo seus aspectos favoráveis que é uma atividade esportiva tipicamente nordestina, não sendo só no nordeste, caracterizando-se por ser uma disputa em que duplas de vaqueiros derrubam um boi puxado pelo rabo entre duas faixas de cal. Vence, assim, a dupla que obtiver o maior número de pontos. Tendo a vaquejada como um movimento espontâneo popular, tendo em vista se tratar de manifestação expressa do povo. Segundo o artigo 215, §1º, da Constituição Federal de 1988, “o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais”. Neste comando constitucional, reside a proteção ao pleno exercício dos direitos culturais, determinando ao Estado proporcionar o acesso às fontes da cultura nacional, apoiando a valorização e a difusão das manifestações culturais. Além disso, a vaquejada traz também movimentação de investimentos, fazendo parte da economia do país, reunindo empresários, empresas de cavalos e criadores, que fazem investimentos altíssimos, levando muitos benefícios. E seus aspectos contrários à vaquejada que durante o evento, os animais são maltratados, perseguidos e derrubados, pois a vaquejada trata-se de um esporte que tem a finalidade de agredir e explorar animais. Dessa forma, por mais fortes parecem os bois durante a vaquejada, eles sentem dor, visto que os fortes puxões no rabo maltratam. Então precisa lembrar que essa proteção da fauna e da flora é uma forma de assegurar de promover o meio ambiente sadio e equilibrado e que essa proteção também reflete de forma direta no direito para futuras gerações porque a proteção do meio ambiente e uma proteção Inter geracional, não se devendo preserva o meio ambiente só se pesando no hoje, mas também nas futuras gerações, e um direito fundamental, ligado à dignidade da pessoa humana e um direito de terceira geração e esta ligada a um direito difuso a solidariedade, ultrapassando a esfera do direito individual e uma proteção humanística e universal. Não se permite nem na espera constitucional nem na esfera infraconstitucional a pratica de atividades culturais esportivas que seja ofensiva a nossa fauna e que tratem os animais de forma cruéis submetendo a maus tratos Portanto, diante do exposto, que a colisão entre dois direitos garantidos constitucionalmente exposto: o pleno exercício dos direitos culturais e a preservação dos direitos dos animais. Não sendo essa manifestação cultural um direito absoluto, principalmente quando se tem essas colisões de altas relevâncias tem que haver essa decisão de qual norma ira prevalecer, sendo analisado a esse direito diante de outros. Então, conclui que o desenvolvimento social que a vaquejada está atualmente inserida, e o tanto que ela afeta o meio ambiente tanto nos dias atuais como futuramente, se deixa claro a prática deste esporte não merece prosperar por fortes consequências, afetando futuras gerações.