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Botulismo Raquitismo Bouba Aviária

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Avicultura: Botulismo, Raquitismo e Bouba Aviária.
Professor: Sandro José Paixão
Alunos: Anderson Racke, Mateus Ruchel, Milena Zanon e Vanessa Miotto.
Botulismo
Definição: 
	Botulismo é uma doença de natureza tóxica, decorrente da ingestão de toxina botulínica que acomete as aves de qualquer espécie, caracterizada por prostação, paralisia e morte.
Etiologia:
	O agente causador do botulismo é o Clostridium botulinum. Os clostrídios são bastonetes grandes, gram positivos, móveis, anaeróbios estritos ou não, formadores de esporos, fermentadores e negativos para a catalase.
	O microorganismo cresce melhor sob condições anaeróbicas e temperatura entre 30C, embora algumas cepas possam crescer a temperaturas tão baixas quanto 6C. O pH levemente alcalino estimula o crescimento de alguns tipos, mas o pH de 5,7 é ótimo para cepas do tipo C. Os clostrídios são comumente encontrados no solo, na forma de esporos, com distribuição mundial.
Causa
	O botulismo é causado pela intoxicação do animal por neurotoxinas produzidas pelo C.botulinum ( A, B, C1, C2, D, E, F, G ), baseados em suas neurotoxinas distintas antigenicamente.
	
	Todas as toxinas são aproximadamente do mesmo tamanho e tem o mesmo efeito neurotóxico, exceto a C2, que não é considerada neurotoxina pois só altera a permeabilidade vascular e causa diarréia em caso de botulismo em aves. Os tipos A, B e F estão associados principalmente com doenças em humanos. A maioria dos casos de botulismo em animais são causados pelo tipos C e D.
	A toxina botulínica é uma proteína liberada principalmente pelas células vegetativas após a lise das mesmas, ou pela difusão da parede celular. A quantidade da toxina dentro dos esporos é de apenas 1% daquela encontrada nas células vegetativas, mas tal toxina é resistente a desnaturação pelo calor. A toxina botulínica é destruída pelo calor a 80 C por 30 minutos ou a 100 C por 10 minutos.
Ocorrência: 
	O botulismo pode acontecer em qualquer parte do mundo. Existem evidências que esta doença já ocorreu em mais de 100 espécies de aves pertencentes a 22 famílias. Aves aquáticas, principalmente patos, é a espécie mais acometida. Galinhas, perus e faisões também podem se intoxicar com a toxina do tipo C. Corvos, urubus e similares são naturalmente resistente a toxina botulínica.
	Quando a ave morre, o C. Botulinum presente no intestino pode multiplicar-se e sintetizar toxinas botulínicas. Por esta razão, as carcaças de aves mortas não recolhidas podem estimular o canibalismo, resultando num surto de botulismo nas criações comerciais. 
	Larvas de mosca e cascudinhos, que se alimentam de carcaças, também podem conter a toxina.
Principais Fatores
	Dentre os fatores ecológicos anormais que influenciam o aparecimento da doença, pode-se destacar a estiagem prolongada em regiões alagadas: a cadeia epizoótica tem início com a multiplicação do C. Botulinum no fundo de coleções de água estagnada, local rico em matéria orgânica em decomposição.
	À medida que o tempo passa o calor diminui o volume e a movimentação das águas que aliado ao consumo do oxigênio restante pela fauna e flora aquática estabelece um ambiente de anaerobiose adequado à multiplicação bacteriana e consequente produção de toxina.
	Quando os animais ingerem a água há também ingestão de grande quantidade de toxina e bactérias.
Sinais Clínicos: 
	O sinal clínico mais comum e evidente é a paralisia das pernas, asas, pálpebras e pescoço. As aves podem apresentar ainda, sinais de fraqueza, incoordenação motora, penas eriçadas e diarréia com eliminação de uratos nas fezes. Dependendo da dose, estes sinais podem manifestar-se poucas horas após a ingestão da toxina.
	As penas, principalmente do pescoço, podem se desprender facilmente, mas isso não tem sido observado em perus. O período de incubação médio é de 1 a 2 dias. A morbidade, mortalidade e taxa de recuperação variam conforme a dose da toxina.
Lesões:
	Raramente observa-se leões macro e microscopias no caso de botulismo. A presença de larvas ou ingesta putrefata no papo, proventrículo ou moela pode ser indício de ocorrência de ingestão da toxina.
	Aves que sobreviveram por algum tempo, podem apresentar uma enterite discreta com aumento de uratos nas fezes e esplenomegalia.
Diagnóstico:
	O diagnóstico baseia-se nos sinais clínicos e na detecção da toxina botulínica, verificando sempre o histórico e o quadro clínico apresentado pelos animais. Sua comprovação requer o auxílio de testes laboratoriais em amostras coletadas de animais suspeitos sendo que o soro é o material de eleição.
	A toxina se encontra em elevada concentração no sangue das aves, sendo possível usar o soro destes animais para determinar especificamente qual a toxina envolvida por meio da técnica de soroneutralização em camundongo.
	Deve fazer o diagnóstico diferencial de cólera aviária e intoxicação por chumbo, principalmente em aves aquáticas. Em galinhas e perus, deve-se diferenciar de intoxicações por ionóforos e da doença de Marek.
Controle:
	Não existe tratamento prático e economicamente viável contra o botulismo. Recomenda-se dar um destino adequado às aves mortas que podem ser fontes de toxinas ou de crescimento de C. Botulinum.
	A prevenção é baseada fundamentalmente no controle no acesso da ave a fontes de toxinas. A imunização com vacinas preparadas com toxóides tem sido efetiva para prevenir botulismo em faisões. Em condições experimentais, também é efetiva para galinhas, porém, não tem aplicação prática em criações comerciais.
Raquitismo
O raquitismo é uma doença metabólica generalizada caracterizada por menor mineralização da matriz óssea com redução de cálcio e fósforo. Pode ocorrer devido à pouca ingestão desses minerais ou por problemas metabólicos, desequilíbrio nutricional, endócrino ou fisiológico.
	Acomete aves nas duas primeiras semanas de vida e caracteriza-se pelo retardo no crescimento, dificuldade de locomoção, articulações aumentadas de volume, ossos e bico moles e flexíveis. As aves de crescimento rápido, principalmente frangos de corte, são os mais susceptíveis.
As principais causas da doença estão relacionadas à ingestão inadequada de vitamina D, cálcio e/ou fósforo (rações desbalanceadas) e relação Calcio X fósforo inadequada ou baixa disponibilidade destes nos alimentos utilizados e mistura inadequada de seus ingredientes. 
	O raquitismo em animais está relacionado a qualquer fator que reduz o produto cálcio X fósforo. A deficiência de cálcio e/ou fósforo pode baixar o produto a ponto de não permitir a mineralização do osteóide.
	A deficiência de cálcio ou fósforo pode ser primária ou secundária (deficiência de vitamina D na dieta, redução da síntese cutânea de vitamina D, não metabolização do colecalciferol, má absorção causada por doenças entéricas, pancreáticas e hepáticas).
Sintomas:
	Os animais doentes apresentam depravação do apetite, pois começam a comer coisas que não comiam antes como, por exemplo, terra, tijolos, madeira, etc. e tudo que lhes ficar ao alcance. 
	Ficam magros, tristes, com ventre volumoso, conformação fora do normal, pêlos arrepiados e sem brilho, pele pouco lustrosa, timpanismo e prisão de ventre ou diarréia, alternadamente.
	A coluna vertebral, ao se curvarem, podem causar o aparecimento de aprumos defeituosos. Os ossos da cara ficam tumefatos e mais moles do que o normal, o que faz com que as cavidades nasais fiquem menores. Isso, além de dificultar a respiração, ainda a pode tornar ruidosa.
	
	Movimentam-se com dificuldade e ficam deitados muito tempo. Além disso, há atraso no seu crescimento. Vêm, então, as lesões ósseas nas extremidades, cujas articulações ficam quentes, mais ou menos inflamadas e doloridas.
Diagnóstico:
	O diagnóstico é fácil e se baseia, principalmente, no aumento de volume das articulações e no encurtamento e desvio das extremidades. Não pode ser confundida com nenhuma outra doença. De qualquer forma, devemos ressaltar que um diagnóstico correto e sem erros deverá ser feito
apenas por médicos veterinários.
Prognóstico:
	Varia de acordo com o início e a rapidez do tratamento. Quando o animal já apresenta deformações ou o seu estado de nutrição é muito deficiente, o prognóstico é grave pois, como já foi mencionado, o animal vai emagrecendo, apresenta dificuldades na marcha, na respiração e na alimentação, vai definhando e morre.
Causas:
	O raquitismo pode ser congênito, quando é herdado de um dos pais, macho ou fêmea, que estejam em mau estado de nutrição. Pode aparecer na época de lactação ou, então, o que é mais comum, depois da desmama, pois nestes casos o papel da alimentação é de máxima importância.
	Pode haver casos de raquitismo, embora os animais recebam doses suficientes de minerais e vitaminas. Isto ocorre quando um defeito alimentar ou outra causa como vermes, por exemplo, provocam uma desmineralização ou descalcificação do organismo.
Tratamento:
	Várias são as medidas que podem ser tomadas para prevenir ou combater o raquitismo, sempre sob orientação de médicos veterinários. Entre essas medidas, podemos citar:
Dar alimentos ricos em sais minerais, principalmente cálcio e fósforo;
Não dar alimentos ou medicamentos que possam provocar a eliminação do cálcio e do fósforo do organismo;
Expor os animais ao sol ou fazer aplicações de raios ultra-violeta, quando necessário.
Bouba Aviária
	A Bouba Aviária é uma doença que afeta vários tipos de aves entre elas galinhas, perus, pombos e pássaros que é causada por um vírus chamado Pox vírus.
	A bouba aviária pode ocorrer a qualquer momento na vida das aves, mas é mais frequente entre os três e cinco meses de idade. Outros sintomas da bouba aviária são a letargia, perda de apetite, perda de peso, diarreia, crescimento lento e produção reduzida de ovos.
	Trata-se de uma doença viral que afeta a pele e as vias respiratórias, sendo uma das doenças mais comuns em galinhas. O causador é o vírus Variola avium, pertencente à família Poxviridae, muito resistente às condições ambientais. É capaz de sobreviver no ambiente por vários meses, especialmente com baixas temperaturas.
	O período de incubação da bouba aviária varia de 1 a 10 dias e o vírus pode ser transmitido por contato direto ou por qualquer objeto contaminado.
	Os Poxvírus contêm DNA e estão entre os maiores vírus conhecidos. Eles têm formato de tijolos e são envoltos por um invólucro externo.
	Como a maioria dos vírus grandes e com invólucros, são facilmente destruídos pela maioria dos desinfetantes comuns. Porém, se os vírus tornarem–se extremamente ressecados, ficam muito mais resistentes a desinfetantes fenólicos e formalínicos.
Sintomas:
	Apresenta-se tanto em pintos quanto em aves adultas porém adultos são menos susceptíveis por já possuírem um certo grau de imunidade portanto pintos são mais frágeis e susceptíveis. O animal infectado apresenta tristeza, arrepio, se torna retraído e febril. Surgem manchas amareladas que se desenvolvem e se tornam castanho escuras. Os nódulos apresentam-se principalmente na cabeça e a doença ataca áreas que não tem penas.
Transmissão:
	Pode ser transmitindo pelas escamas dos nódulos secos que são levadas pelo vento, contato com pus e o mosquito também pode transmitir ao alimentar-se de sangue de um animal contaminado e sequentemente alimentar-se do sangue de um animal sadio, isso causará a propagação da doença.
Prevenção:
	A prevenção consiste na aplicação da vacina contra a Bouba que podem ser liquidas ou em pó e podem ser aplicadas na pele depenada ou ferida, o mais aconselhável é usar vacina feita a partir do vírus da Bouba de pássaros, liquida e na pele depenada, depois de alguns dias da aplicação surge inchaço no local se isso não acontecer em algumas aves significa que já são resistentes a doença caso não ocorra em nenhuma significa que a vacina já perdeu seu poder ativo e deve ser refeito com outra vacina.
	O poxvírus é bastante resistente no ambiente e a desinfetantes. Podem sobreviver nas descamações da pele por meses ou anos. Sua inativação é feita por soda cáustica a 1% ou aquecimento a 50° C por 30 minutos. Recomenda-se a limpeza, desinfecção e vazio sanitário entre os lotes de aves.
	A bouba aviária acontece com mais frequência em épocas quentes e chuvosas, e em locais próximos a águas paradas, essa quadro se dá devido ao fato do transmissor da doença ser o mosquito.
	Geralmente as lesões causadas pela bouba agride somente a região da cabeça e região superior do pescoço, porém podem ocorrer também lesões generalizadas em todo o corpo das aves.
	Tratamento geral: injetar no músculo do peito 2 ml diariamente de urotropina 40 g + água destilada 100 ml ou 2 a 3 ml de leite fervido e resfriado que também pode ser aplicado diretamente no músculo do peito, para pintos metade da dose, fazer uso até que a doença regrida.
Tratamento:
	A ave deve ser bem abrigada, bem alimentada e protegida de frio, chuva, umidade e impedir que mosquitos as piquem o que poderá transmitir a doença a aves que ainda não possuam a doença. Caso os nódulos se desenvolvam pode-se passar vaselina fenicada para evitar que virem feridas. Placas na garganta podem ser retiradas com uso de algodão embebido em glicerina iodada e o algodão preso em uma estaca ou arame.
	As formas de tratamento são vacinação (com vírus vivo), desinfecção dos galinheiros e drenar poças de água estagnada para combater o vetor (mosquito).
Obrigado a todos pela atenção!
Anderson Hacke
Mateus Ruchel
Milena Zanon
Vanessa Miotto

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