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MÉTODOS DE OBSERVAÇÃO aula 3

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CURAR
E as pessoas ficaram em casa.
E leram livros e ouviram música
E descansaram e fizeram exercícios
E fizeram arte e jogaram
E aprenderam novas maneiras de ser
E pararam
E ouviram mais fundo
Alguém meditou
Alguém rezava
Alguém dançava
Alguém conheceu a sua própria sombra
E as pessoas começaram a pensar de forma diferente.
E as pessoas curaram.
E na ausência de gente que vivia
De maneiras ignorantes
Perigosos, perigosos.
Sem sentido e sem coração,
Até a terra começou a curar
E quando o perigo acabou
E as pessoas se encontraram
Eles ficaram tristes pelos mortos.
E fizeram novas escolhas
E sonharam com novas visões
E criaram novas maneiras de viver
E curaram completamente a terra
Assim como eles estavam curados.
Catherine O'Meara
 PESQUISA
CONSIDERANDO AS CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO A PESQUISA ENQUANTO FORMA DE PRODUZIR ESTE TIPO DE CONHECIMENTO É IGUALMENTE
RIGOROSA;
OBJETIVA;
METÓDICA;
FUNDAMENTADA;
ÉTICA
PLANEJADA: 
 SISTEMATIZADA, ORDENADA EM UMA DETERMINADA
 SEQUÊNCIA DE PASSOS INTERRELACIONADOS. 
 ELEMENTOS DO PLANO DE PESQUISA
METODOLOGIA
Tema
Título
Objetivos
Hipótese
Delimitação
Justificativa
Menu
Problema
Referências
Cronograma
 TEMA E PROBLEMA:
 Tema: 
 - Livre, desde que relacionado ao curso em andamento;
 - Fatores a serem considerados: interesse, atualização; tempo; limitações pessoais.
 Ex: O Trabalho do menor aprendiz.
 Problema: 
 - Mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Trata-se de uma questão para ser respondida através de uma hipótese, que poderá ser confirmada ou refutada.
 Ex: Quais os reais avanços da legislação para a proteção do menor aprendiz junto aos órgãos de fiscalização?
 JUSTIFICATIVA
 - Como o próprio nome sugere serve para justificar a relevância, isto é, a importância do estudo em questão e os motivos da escolha do tema. Não use a primeira pessoa do singular. Refira-se sempre ao estudo como protagonista.
Ex.: Estudo sobre o TDAH na Instituição escolar.
 O Transtorno do Déficit de Atenção e Hipertatividade é um transtorno atual que ainda apresenta uma série de desafios para os profissionais que lidam com o mesmo, especialmente no âmbito escolar. Há muitas discussões sobre formas de compreender e tratar o transtorno, mas ainda assim pais e professores ainda tem muitas dúvidas sobre como agir diante dos desafios que o transtorno apresenta. Assim sendo, este estudo pretende analisar o TDAH de formar a oferecer contribuições ....
 OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICOS):
 Geral: O que o pesquisador deseja obter com o estudo. Deve estar estritamente ligado ao problema. (usar verbos no infinitivo).
 Ex.: Analisar os benefícios do cumprimento das regras legais básicas na contratação o menor aprendiz.
 Problema: Quais são os benefícios do cumprimento das regras legais básicas na contratação do menor aprendiz?
 Específicos: Objetivos fundamentais para se responder ao objetivo geral. 
 Ex.: - Examinar conceitos de “menor aprendiz” na literatura;
 - Entender como se dá a contratação do menor
 aprendiz no Brasil.
 HIPÓTESE
 - Trata-se de uma suposição, uma possível resposta ao problema formulado. Ela será aceita ou refutada em função do trabalho de pesquisa. A hipótese poderá ser comprovada ou refutada.
 
Ex: O contrato entre menor e empresa (empregador) deverá trazer benefícios para ambos, possibilitando uma formação profissional e ética ao jovem aprendiz , fundamentando-o para a auto afirmação pessoal e social, bem como reduzindo o custos, em termos de obrigações acessórias para a empresa.
Obs.: Caso a pesquisa seja exploratória do tipo: O que é? Ou Quais são? É provável que ainda não se tenha um hipótese a ser formulada. Trata-se de uma primeira aproximação com o tema. Nesse caso você pode utilizar:
Pesquisa de caráter exploratório sem hipótese prévia.
 DELIMITAÇÃO
 - Estabeleça limites para a investigação do ponto de vista metodológico.
Ex: Utilizará o questionário como instrumento de coleta de dados.
Delimitação: Quantos serão entrevistados? Homens? Mulheres? Onde?
Ex: Fará uso da pesquisa bibliográfica.
Delimitação: Livros, revistas e artigos. Ou só livros? Ou só materiais a partir de 2006? Usará também a pesquisa webgráfica? 
Assim a delimitação está diretamente ligada aos procedimentos e o alvo dos mesmos, estabelecendo limites do será investigado e do que será estudado.
 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
- Diz respeitos aos instrumentos e procedimentos de coleta e análise de dados utilizados na pesquisa.
- É preciso explicitar desde o porquê da escolha metodológica (Ex.: Por que escolher um questionário e não uma entrevista ou um trabalho de campo? Ou ainda por que uma entrevista online e não uma presencial?
Explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa;
- Deve-se esclarecer o tipo de pesquisa, os instrumentos de coleta de dados utilizados (questionário, entrevista, etc.), teoria de base, principais autores, detalhes relativos ao tempo previsto, formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se pretende utilizar no trabalho de pesquisa.
	
 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
 METODOLOGIA
- Diz respeitos aos instrumentos e procedimentos de coleta e análise de dados utilizados na pesquisa.
- É preciso explicitar desde o porquê da escolha metodológica (Ex.: Por que escolher um questionário e não uma entrevista ou um trabalho de campo? Ou ainda por que uma entrevista online e não uma presencial?
Explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa;
- Deve-se esclarecer o tipo de pesquisa, os instrumentos de coleta de dados utilizados (questionário, entrevista, etc.), teoria de base, principais autores, detalhes relativos ao tempo previsto, formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se pretende utilizar no trabalho de pesquisa.
	
METODOLOGIA - COLETA DE DADOS: 
ESCOLHA DA TÉCNICA
 METODOLOGIA
 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
 METODOLOGIA
 METODOLOGIA
 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Números
Números
O SOL (JOTA QUEST)
Ei, dor! 
Eu não te escuto mais 
Você não me leva a nada 
Ei, medo! 
Eu não te escuto mais 
Você não me leva a nada 
E se quiser saber 
Pra onde eu vou 
Pra onde tenha sol 
É pra lá que eu vou 
E se quiser saber 
Pra onde eu vou
Pra onde tenha sol 
É pra lá que eu vou
Ei, dor! 
Eu não te escuto mais 
Você não me leva a nada 
Ei, medo! 
Eu não te escuto mais 
Você não me leva a nada 
E se quiser saber (...)
ENQUANTO HOUVER SOL (Titãs)
Quando não houver saída
Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma ideia vale uma vida
Quando não houver esperança
Quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança
Em cada um de nós
Algo de uma criança
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Ainda haverá (2x)
Quando não houver caminho
Mesmo sem amor, sem direção
A sós ninguém está sozinho
É caminhando
Que se faz o caminho
Quando não houver desejo
Quando não restar nem mesmo dor
Ainda há de haver desejo
Em cada um de nós
Aonde Deus colocou.
MÉTODOS DE OBSERVAÇÃO:
LABORATORIAL X NATURALISTA
PARTICIPANTE X NÃO PARTICIPANTE
 METODOLOGIA
 METODOLOGIA
OBSERVAÇÃO LABORATORIAL
        É utilizada ao nível do método experimental. A realização da experiência em condições controladas, leva a que a situação observada seja uma situação artificial.
        Esta observação implica uma sistematização prévia, em que se define o que se pretende observar, com a construção de grelhas de registro. Para além da observação direta temos ainda outros instrumentos de observação como as entrevistas, questionários e testes.
        
OBSERVAÇÃO LABORATORIAL
	Em todo o caso, o sujeito observado tem consciência dessa observação o que pode condicionar o seu comportamento. Numa tentativa de eliminar esse condicionamentoo observador recorre a meios técnicos (espelhos de uma via, câmaras de vídeo) para poder observar sem ser notado.
        A vantagem deste tipo de observação é o seu rigor pois permite a presença de observadores independentes que anotam todo o tipo de comportamento de uma forma descritiva para posterior análise. Contudo ao ser produzida em condições experimentais fica limitada.
        
OBSERVAÇÃO NATURALISTA
 
Consiste na observação sistemática do comportamento humano e animal conforme ocorre natural e espontaneamente no seu meio habitual. Pode também definir-se como a observação e a descrição sistemática do comportamento no contexto em que ocorre naturalmente. É igualmente designada observação ecológica, uma vez que ocorre em meio ecológico.
Mas atenção, a observação naturalista não é necessariamente observação do ambiente natural. Significa que se observa o comportamento em ambientes e situações que não são criados artificialmente. Assim, não é necessário ir para a serra das Arasras para que possamos efetuar observações naturalistas do comportamento. Em cafés, restaurantes, escolas ou jardins-de-infância podem efetuar-se observações deste tipo. 
MODOS DE OBSERVAÇÃO NATURALISTA:
Há dois modos de observação naturalista: a observação naturalista participante e a observação naturalista não participante.
1.    OBSERVAÇÃO NATURALISTA NÃO PARTICIPANTE: é um modo de observação em que o observador não interfere no campo observado, isto é, nas atividades que observa. É muito frequente o psicólogo observar sem ser visto (observação oculta). É o caso de quem utiliza um espelho de via única para, por exemplo, observar atividades de crianças numa creche. O psicólogo estuda assim as atividades das crianças sem que elas disso se apercebam (pode também utilizar uma câmara de vídeo escondida).
MODOS DE OBSERVAÇÃO NATURALISTA:
2.    OBSERVAÇÃO NATURALISTA PARTICIPANTE: é um modo de observação em que o observador se integra nas atividades dos sujeitos cujo comportamento observa, interferindo assim no campo observado. Mas esta participação não deve prejudicar a observação. Por isso, apesar do psicólogo estar presente e se envolver nas atividades da população observada, os sujeitos observados não devem saber que estão a ser objeto de estudo.
        Em suma: há observação naturalista quando, em contexto ecológico, os sujeitos observados são objeto de estudo sem saberem disso e não influenciados pelos objetivos do observador.
VANTAGENS DA OBSERVAÇÃO NATURALISTA:
 
 O comportamento dos sujeitos observados, é mais natural, espontâneo e genuíno (mais variado) do que em contexto laboratorial. 
O seu comportamento não é afetado pela inibição e ansiedade dos contextos laboratoriais. Uma vez que se trata de observação de comportamentos espontâneos, o ambiente e a situação não são determinados pelo psicólogo, isto é, não há manipulação de variáveis (embora se pretenda controlar as variáveis não relevantes para o que se pretende estudar).
 
VANTAGENS DA OBSERVAÇÃO NATURALISTA:
 
É de grande utilidade no estudo do comportamento de sujeitos que não se adaptam a condições laboratoriais.
 
Pode ser utilizado em situações nas quais o método experimental (ou outro) não seria apropriado ou difícil de ser avaliado.
 Ex.: o estudo da relação entre o comportamento dos automobilistas e o grau de sinistralidade nas estradas.
 
LIMITAÇÕES DA OBSERVAÇÃO NATURALISTA:
1. As observações naturalistas são de muito difícil replicação;
2. O controlo sobre as variáveis estranhas é reduzido, pelo que não se podem estabelecer relações causa-efeito: as conclusões são suposições;
3. Se os participantes têm consciência de que estão a ser observados, os eu comportamento será menos natural; se não sabem que estão a ser observados e o seu comportamento não tem carácter público, podem colocar-se problemas que invalidem a observação (violação de privacidade);
4. Onde há só um observador – como muitas vezes acontece – é difícil verificar autenticidade e fidelidade dos dados.
O QUE É A OBSERVAÇÃO NÃO PARTICIPANTE? 
Na observação não participante o investigador assume o papel de observador exterior, não tomando assim qualquer iniciativa no evoluir das no evoluir das situações que observa.
Este tipo de observação apresenta as seguintes características:
- por se realizar num ambiente natural, fornece informação que é impossível obter num laboratório;
- permite a percepção do não verbal e daquilo que ele revela;
- os sujeitos não sabem que estão a ser observados;
- permite observar uma situação como ela realmente ocorre, sem existir qualquer interferência do investigador;
- permite a recolha de comportamentos e atitudes espontâneos;
DESVANTAGENS DA OBSERVAÇÃO NÃO PARTICIPANTE:
No entanto,a observação não participante também oferece algumas desvantagens, tais como: 
- nem sempre são fáceis de realizar;
- pode não se ter acesso a dados que poderão ser importantes;
41
O QUE É A OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE? 
A observação participante é um método qualitativo com raízes na pesquisa etnográfica tradicional. O termo foi usado pela primeira vez pelo antropólogo social Bronislaw Malinowski na década de 1920 e a abordagem foi posteriormente desenvolvida pela Escola de Chicago sob a liderança de Robert Park e Howard Becker (Given, 2008, Mack et alli, 2005). 
O método de coleta de dados na observação participante consiste em que o pesquisador participe de atividades cotidianas relacionadas a uma área da vida social, a fim de estudar um aspecto de vida por meio da observação de eventos em seus contextos naturais (Given, 2008). 
O que é a Observação Participante? 
Marietto (2011) amparando-se em Maanen (1979, p.540) explica que essa abordagem permite ao pesquisador (fieldworker) utilizar o contexto sociocultural do ambiente observado (os conhecimentos socialmente adquiridos e compartilhados disponíveis para os participantes ou membros deste ambiente) para explicar os padrões observados de atividade humana. 
Ou seja, consiste na inserção do pesquisador no interior do grupo observado, tornando-se parte dele, interagindo por longos períodos com os sujeitos, buscando partilhar o seu cotidiano para sentir o que significa estar naquela situação (Given, 2008; Queiroz et alli, 2007). 
Mac An Ghaill (1994) argumentou que o pesquisador, na Observação Participante, coleta dados por meio da participação na vida cotidiana das pessoas que ele ou ela está estudando. 
A abordagem está na interação cotidiana envolvendo conversas para descobrir as interpretações dos participantes nas situações que estão envolvidos, onde o objetivo da observação participante é produzir uma "descrição densa" da interação social em ambientes naturais. 
O propósito da observação participante é obter uma compreensão profunda de um tema ou situação particular através dos significados atribuídos ao fenômeno pelos indivíduos que o vivem e experimentam, sendo especialmente adequada para o estudo de fenômenos sociais sobre o qual pouco se conhece.
O método é diferenciado porque o pesquisador se aproxima dos participantes da pesquisa em seu próprio ambiente, assim, de um modo geral, o pesquisador envolvido na observação participante tenta aprender como é a vida de um "nativo", mantendo-se, inevitavelmente, um "estranho" (Mack et alli, 2005, p.13). 
PARTICIPANTE COMO OBSERVADOR:
Neste contexto o pesquisador negocia e obtém um consentimento prévio do grupo para poder observá-los e realizar o estudo. 
Ou seja, o grupo esta ciente da sua presença e seus objetivos e com o passar do tempo tende a ser “aceito” pelo grupo e com o aumento da confiança a pesquisa tende a se desenvolver com mais eficácia.. 
OBSERVADOR COMO PARTICIPANTE:
Neste caso, o observador tem envolvimento mínimo no contexto social estudado. Existe algum tipo de conexão com o grupo ou contexto, mas o observador não é naturalmente ou normalmente parte do ambiente social. 
Em geral, como exemplo,temos as pesquisas organizacionais, onde, muitas vezes, o pesquisador identifica-se como tal, contudo apenas observa o andamento das rotinas laborais sem envolver-se diretamente nas mesmas como observações feitas nas áreas operacionais das organizações (produção) ou nos acompanhamentos de reuniões do alto escalão. 
ANTES DE IR A CAMPO:
Determine o propósito da atividade de observação participante relacionando-os com os objetivos gerais da pesquisa; 
Determine a(s) população(ões) a ser(em) observado. 
Analise a acessibilidade da(s) população(ões) e o(s) local(is) em que você gostaria de observá-los. 
 Tente definir qual tipo de observador você pretende enquadrar-se para desempenhar as observações; 
 Investigar antecipadamente os possíveis locais para a observação participante. 
 Selecione o(s) contexto(s), hora(s), data(s) e antecipe-se quanto tempo você irá coletar dados de observação participante em cada incursão. 
ANTES DE IR A CAMPO:
Pense em como você vai apresentar-se, inclusive em termos de aparência, e como você vai explicar o seu propósito de pesquisa para os outros, se necessário. 
 Planeje antecipadamente como você pretende tomar notas durante a atividade de observação (utilização de recursos audiovisuais – se possível e necessário)
EM CAMPO:
Em geral, no campo, você não sabe de antemão onde está “aterrissando”, caindo geralmente de “paraquedas” no território a ser pesquisado, portanto, aproxime-se com cautela do grupo a ser observado; 
Se for necessário, negocie sua entrada em campo;
Lembre-se sempre que o pesquisador, quase sempre, desconhece sua própria imagem junto ao grupo pesquisado. Seus passos durante o trabalho de campo são conhecidos e muitas vezes controlados por membros da população local. O pesquisador é um observador que está sendo observado o tempo todo; 
EM CAMPO:
A observação participante implica saber ouvir, escutar, ver, fazer uso de todos os sentidos. É preciso aprender quando perguntar e quando não perguntar, assim como que perguntas fazer na hora certa.
 As entrevistas formais são muitas vezes desnecessárias, devendo a coleta de informações não se restringir a isso. Com o tempo os dados podem vir ao pesquisador sem que ele faça qualquer esforço para obtê-los; 
Tome notas detalhadas de todas as situações que você considera relevante para seus objetivos de pesquisa; 
Se necessário, possível e dentro do pressuposto ético recorra a TI (gravadores de áudio e som) para auxiliar na obtenção das notas de campo;
EM CAMPO:
As notas de campo devem incluir um relato de eventos, como as pessoas se comportam e reagem, o que foi dito na conversa, onde as pessoas foram posicionados em relação ao outro, suas idas e vindas, gestos físicos, suas respostas subjetivas para que você observou, e todos os outros informações e observações necessárias para tornar a história da experiência de observação participante completa. 
Notas de campo devem ser escritos de forma discreta durante a observação participante ou após a atividade, dependendo de onde você vai e quanto você participar. 
Lembre-se que estes dados são os registros do que você experimentou, o que você aprendeu por meio da interação com outras pessoas, e o que você observou; 
EM CAMPO:
Desenvolver uma rotina de trabalho é fundamental. O pesquisador não deve recuar em face de um cotidiano que muitas vezes se mostra repetitivo e de dedicação intensa. Mediante notas e manutenção do diário de campo (field notes), o pesquisador se autodisciplina a observar e anotar sistematicamente. Sua presença constante contribui, por sua vez, para gerar confiança na população estudada; 
- O pesquisador aprende com os erros que comete durante o trabalho de campo e deve tirar proveito deles, na medida em que os passos em falso fazem parte do aprendizado da pesquisa. Deve, assim, refletir sobre o porquê de uma recusa, o porquê de um desacerto, o porquê de um silêncio; 
LOGO APÓS DEIXAR O CAMPO:
A Observação Participante possui a caraterística de “ir e vir” no processo de coleta e analise dos dados. Assim sempre planeje um tempo para, logo após o retorno do campo, expandir suas notas o mais rápido possível antes que os detalhes contidos em sua memória se percam.
Digite suas notas no computador utilizando-se já do formato padrão eu você pretende usar na apresentação e analise de seus dados; 
Se necessário utilize-se de softwares (AtlasTi – por exemplo) para ajuda-lo na organização de suas notas e procedimentos analíticos. 
 LOGO APÓS DEIXAR O CAMPO:
Sempre que possível, para um maior rigor e confiabilidade da pesquisa, realize a triangulação dos dados obtidos em campo por meio de outras fontes. 
Ex.: documentos, atas, matérias de jornais, entrevistas e/ou conversas com outros pesquisadores e/ou especialistas do mesmo assunto, entre outras formas.

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