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Questionário Ciências Contábeis Integrada- Unidade II

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QUESTIONÁRIO CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA – UNIDADE II
Pergunta 1 - A Dona Corina, gerente de Recursos Humanos da Mel e Açúcar, concedeu um adiantamento de R$ 70.000,00 a título de formar um caixa para possibilitar apoio para a gravação de um spot publicitário (um comercial de TV) para a nova companha de vendas que utilizará os uniformes projetados pela confecção das gêmeas. 
A Josefa, sabendo disso, pediu para que reformassem rapidamente algumas instalações no galpão da confecção, de forma a receber com mais conforto os atores e modelos (*) que iriam participar da campanha e iriam provar as roupas/fazer ajustes. 
Sabendo disso, a Jussara não aprovou a decisão da Josefa. Por que não?
a) Porque reformar instalações por meio de adiantamento fere o princípio da oportunidade.
b) Porque reformar instalações por meio de adiantamento fere o princípio da competência.
c) Porque reformar instalações por meio de adiantamento fere o princípio da prudência.
d) Entende-se que melhorias em um imóvel deveriam ser realizadas com dinheiro oriundo dos lucros da empresa.
e) Entende-se que as melhorias em um imóvel de terceiros deveriam ser consideradas investimentos na empresa que disponibilizou os recursos financeiros.
Comentário: Essa é uma típica situação que surpreende os contadores de vez em quando. O empresário ou gestor decide realizar uma obra em um ativo permanente da empresa que, evidentemente, se incorporará a esse ativo após o uso. O mais confortável seria que o empresário utilizasse recursos de seu lucro para realizar uma obra de melhoramento em um ativo permanente. Se os gastos foram apenas superficiais e somem com o tempo, como a construção de uma tenda de plástico poder-se-ia desconsiderar a melhoria, porém se for de cunho permanente, essa entrada adicional de recursos na empresa deve ser registrada nos livros contábeis da empresa e enseja uma reavaliação do valor do ativo, de acordo com os conceitos de valor justo. 
Observação: (*) modelos são mulheres e homens que, dentro dos procedimentos típicos das empresas ligadas à moda e à publicidade, demonstram uma roupa ou conceito a partir de sua imagem. Trata-se de uma profissão. Exemplos amplamente conhecidos são o trabalho das brasileiras Luiza Brunet e Gisele Bundchen. Em uma empresa de confecções é muito comum a utilização dos “modelos de prova”, pessoas contratadas para experimentar e possibilitar ajustes nas roupas.
Pergunta 2 - A contadora da T´Oteal, subsidiária brasileira de uma importante marca mundial de cosméticos femininos, viu-se em uma situação um tanto inusitada. Ao analisar uma nota fiscal, viu que o departamento de serviços e manutenção resolveu instalar “janelas inteligentes” na sede própria da T´Oteal, que fica em um sofisticado bairro semirresidencial de São Paulo. Na verdade, a sede ficava em uma enorme casa, que no passado serviu como residência de um famoso industrial. Essas janelas tinham um valor elevado e como cumpriam funções muito sofisticadas, além de serem simples janelas como controlar a intensidade de luz dentro do ambiente, melhorar a comunicação via telefones celulares entre outras funcionalidades, resolveu não registrar as janelas inteligentes como uma despesa de manutenção (pela troca das janelas, que estavam em mau estado) e passou a considerá-las como um equipamento dentro do prédio, passível de depreciação por outros critérios que não o do próprio prédio. A atitude dessa contadora, de acordo com o CPC 27 (ativo imobilizado), pode ser considerada: 
a) Incorreta, uma vez que, como o equipamento foi incorporado ao imóvel, o correto seria depreciar o imóvel como um todo e não o equipamento em si. 
b) Incorreta, mas justificável. A contadora deve controlar as janelas inteligentes separadamente, porém utilizando o mesmo critério que utiliza para a depreciação do imóvel, uma vez que estará incorporado a ele. 
c) Está correta, mas não há nada no CPC que oriente a esse respeito, portanto, seria injustificada. 
d) Uma atitude coerente. Como as janelas têm um valor elevado e como têm uma função específica, servindo na realidade como equipamento multifuncional, é necessário de acordo com o CPC 27 utilizar um controle de depreciação separado.
e) Um controle de depreciação separado é importante nesse caso, mas o que o CPC 27 orienta é que os contadores devem sempre observar o menor custo para a empresa, portanto, não se justifica o cálculo da depreciação nesse caso.
Comentário: O avanço da tecnologia, muitas vezes, provoca nos contadores a necessidade de adaptação rápida a uma nova realidade. De fato, janelas sempre foram consideradas componentes de imóveis, para os quais não haveria a necessidade de um controle de depreciação separado. Vemos no CPC 27 o seguinte: Conforme a entidade deprecia separadamente alguns componentes de um item do ativo imobilizado, também deprecia separadamente o remanescente do item. Esse remanescente consiste em componentes de um item que não são individualmente significativos. Se a entidade possui expectativas diferentes para essas partes, técnicas de aproximação podem ser necessárias para depreciar o remanescente de forma que represente fidedignamente o padrão de consumo e/ou a vida útil desses componentes. Sendo assim, o contador deve verificar, dentro de uma política estabelecida pela empresa para imobilizado, como irá tratar de determinados assuntos. É muito comum ao invés de se controlar um imóvel de forma única, controlar instalações hidráulicas, elétricas, de ar condicionado, de reuso de água e outras de forma separada. Cabe, então, julgamento profissional. Saiba mais: as “janelas inteligentes” são uma tecnologia já existente e foram lançadas por uma empresa sueca de telecomunicações. http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/ericsson-mostra-vidro-inteligente-no-mobile-world-congress?page=1
Pergunta 3 - A geração da riqueza é medida na economia em geral pelo cálculo do PIB e é demonstrada pela contabilidade de uma empresa em específico na DVA, a Demonstração do Valor Adicionado. Em específico, o que o contador considera como “valor adicionado”?
a) A soma de tudo o que foi pago. 
b) O que foi comprado.
c) O custo das mercadorias vendidas, dos produtos vendidos ou dos serviços prestados.
d) Diferença aritmética entre o valor das vendas e os insumos pagos a terceiros mais as depreciações.
e) Diferença aritmética entre o valor das vendas e os insumos pagos a terceiros menos as depreciações.
Comentário: O conceito de valor adicionado na contabilidade, a parte de outros conceitos utilizados na ciência da economia ou em outras ciências, foi muito bem exposto por Santos (2007), a qual vale a pena relembrar: “do ponto de vista contábil, poder-se-ia afirmar que a medição ou apuração da riqueza criada pode ser calculada por meio da diferença aritmética entre o valor das vendas e os insumos pagos a terceiros mais as depreciações”.
Pergunta 4 - A seguir, apresenta-se a demonstração do valor adicionado da empresa Coteminas S/A:
Fonte: Demonstrações Financeiras da Coteminas S.A. Disponível on line em: http://www.mzweb.com.br/coteminas/web/default_pt.asp?idioma=0&conta=28 
O professor, intencionalmente, provocou um erro nessa demonstração. Que erro é esse?
a) Falta a demonstração de lucros cessantes.
b) Falta a demonstração de lucros e perdas.
c) Falta a demonstração auxiliar de lucros e perdas não operacionais.
d) Falta o valor adicionadonão gerado dentro da empresa.
e) Falta a distribuição do valor adicionado.
Comentário: De acordo com o CPC 09 Demonstração do valor adicionado, uma das informações importantes que o contador deve oferecer é a distribuição da riqueza gerada na empresa. Vale relembrar as partes 5 e 6 do CPC 09: 5. A DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis informações relativas à riqueza criada pela entidade em determinado período e a forma como tais riquezas foram distribuídas. 6. A distribuição da riqueza criada deve ser detalhada, minimamente, da seguinte forma: (a) pessoal e encargos;
(b) impostos, taxas e contribuições;
(c) juros e aluguéis;
(d) juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos;
(e) lucros retidos/prejuízos do exercício.
Os contadores da Coteminas providenciaram, como necessário, a distribuição da riqueza gerada na empresa, conforme segue:
Fonte: demonstrações financeiras da Coteminas S.A. Disponível online em: http://www.mzweb.com.br/coteminas/web/default_pt.asp?idioma=0&conta=28
Pergunta 5 - A seguir, apresenta-se uma imagem com a cadeia produtiva da moda, segundo Euratex (2004 p. 4):
Para conhecer a riqueza gerada por uma das empresas componentes dessa cadeia produtiva, é necessário:
a) Consultar a demonstração do resultado do exercício.
b) Consultar o balanço patrimonial.
c) Consultar o fluxo de caixa.
d) Consultar a demonstração de mutações do patrimônio líquido.
e) Consultar a demonstração do valor adicionado.
Comentário: com a adoção das normas contábeis internacionais, os contadores estão tendo que preparar além das demonstrações já conhecidas, a DVA, demonstração específica para que o analista das demonstrações contábeis conheça a riqueza que está sendo gerada e distribuída na empresa.
Pergunta 6 - Ao final do mês, a Jussara observou que irá entrar R$ 5.000,00 na conta bancária da empresa e que esse valor não será utilizado nos próximos 10 meses. Ao conversar com o gerente do banco, gostou das condições de uma aplicação financeira que remunera a 1,5% ao mês com juros simples. Toda contente, Jussara confirmou a aplicação financeira com o Sr. Samuel do Banco Exempel. Quanto será o montante que a Jussara irá verificar na conta corrente da empresa daqui a dez meses?
a) R$ 5.200,00
b) R$ 5.750,00
c) R$ 4.600,00
d) R$ 6.325,00
e) R$ 12.837,00
Comentário: Utilizando a fórmula de juros simples, vamos obter R$ 5.750,00. 
O cálculo será o seguinte: 
I = 0,015 
N = 10 
C = 5.000 
M= 5.000 . (1+0,015 x 10) 
M = 5.000 . 1,15 
M = 5.750
Pergunta 7 - Em um animado e agradável debate informal conduzido em um programa de entrevistas por um conhecido jornalista e apresentador de TV com ares de humorista, um famoso economista provocou um político dizendo que o país teria muitas máquinas de papel, um dos países mais significativos na produção de papel e celulose no mundo! E esse político retrucou que não estaria tão contente porque essas máquinas seriam muito antigas. O economista, em uma opinião pessoal, retrucou que não importa se as máquinas são antigas ou não, o que importa é que são máquinas produtivas. Analisando essa discussão, se um contador estivesse nesse debate informal (de acordo com as ciências e procedimentos contábeis) diria que:
a) De fato, não importa se as máquinas são antigas ou não, o que importa é que estão produzindo a todo vapor.
b) O fato de as máquinas serem antigas importa sim em uma análise da capacidade produtiva porque já seriam máquinas depreciadas. Isso enseja que não teriam mais a mesma capacidade de produção em comparação com máquinas novas.
c) Um contador não diria nada, porque a idade das máquinas não importa para ele.
d) Um contador diria que se as máquinas tiverem depreciação acima de dez anos, deveriam ser desativadas.
e) Um contador diria que máquinas antigas não são produtivas.
Comentário: de acordo com os principais autores de contabilidade, como os professores da USP Iudícibus et al (1986), a depreciação é um fator muito importante para o contador. Por isso, é comum vermos profissionais de outras áreas não dando tanta importância para o desgaste dos ativos e os contadores sempre orientando a um maior cuidado e esmero em relação a essa questão. Vale relembrar o que dizem Iudícibus et al (1986, p. 190) a respeito: A palavra “depreciação” é de uso muito frequente, tanto na linguagem popular como na linguagem tecnológica, econômica e contábil. Em sentido vulgar, está quase sempre ligada à ideia de valor, porém esse valor, em geral, nunca é bem definido. Na acepção tecnológica, a palavra é aplicada no sentido de perda de eficiência funcional dos bens, tais como máquinas, instalações, veículos etc. Para a economia, a depreciação está intimamente relacionada com a ideia de diferença entre valores. Tais valores podem ser objetivos (valores de mercado) ou subjetivos (valores atribuídos pelos proprietários aos seus próprios bens). 
Para a contabilidade, a depreciação é um custo amortizado. A depreciação de um período é o custo amortizado nesse período, assim como a depreciação global de um é a parte do custo amortizado durante a vida útil do bem. Embora o preço de custo seja um valor, trata-se na verdade de um valor muito especial, daí a grande diferença entre o conceito contábil de depreciação e os demais.
Pergunta 8 - Há cerca de dois anos, o Seu Wilson teve um forte desentendimento com um de seus clientes, que desaguou na justiça. A Dona Deoclécia, promotora de eventos muito requisitada, preparou um concerto de música como parte de atividades culturais de uma empresa de bebidas e refrigerantes. Os materiais promocionais que foram impressos na gráfica do Seu Wilson utilizaram uma cor especial, de acordo com especificações da empresa para a qual a dona Deoclécia estava trabalhando. Como procedimento padrão nas artes gráficas, antes de um trabalho ser impresso passou por provas antes das impressoras off set serem ligadas e o gráfico encontrou a cor correta, de acordo com as especificações. Porém, por se tratar de um sistema off set, nem todos os impressos saíram exatamente com a cor solicitada, alguns ou eram mais escuros ou eram mais claros. Por conta disso, a Dona Deoclécia resolveu não pagar o “Seu” Wilson e ainda o processou por ter prejudicado o trabalho dela, em uma acusação completamente infundada. A variação de cor estava em um nível aceitável e é comum no setor gráfico. Então, provavelmente, o juiz não irá punir a gráfica do Seu Wilson, porém o processo está tramitando na Justiça. O Seu Wilson não gostou do seu contador ter mantido uma provisão para passivo contingente. Essa atitude do Seu Wilson:
a) É completamente justificada, uma vez que o juiz ainda não decidiu sobre o caso, mas deve entender que o contador, por prudência, deve realizar uma provisão para passivo contingente.
b) É injustificada, uma vez que se não há probabilidade de condenação, não se justifica a provisão. 
c) É justificável, porém deve ser registrada a valor zero na contabilidade.
d) É justificável, mas tem que entender que o valor a contabilizar como provisão deve ser cinco vezes superior ao provável prejuízo supostamente causado à cliente.
e) É injustificável, o Seu Wilson não deveria ter ficado desapontado com seu contador porque se trata de uma provisão normal, aberta mesmo que não haja uma justificativa plausível.
Comentário: de acordo com CPC 25 - Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes,os contadores devem reconhecer nas demonstrações contábeis casos de passivos contingentes como esse, em que um fato que está em discussão na justiça, por prudência, deve ser considerado como passível de pagamento na contabilidade da empresa, mesmo que as previsões indiquem que o caso venha a ser considerado não imputável no futuro. 
Saiba mais: a situação relatada de impressos com variações de cores existe de fato e é muito comum no setor gráfico. 
Para saber mais sobre procedimentos do setor gráfico, visite o site da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica – ABTG 
http://www.abtg.org.br/
Pergunta 9 - No estudo de caso da confecção das irmãs gêmeas, após a compra de equipamentos com tecnologia inovadora de um fornecedor austríaco, as empresárias não conseguiram encontrar empregados com o conhecimento necessário para operar as máquinas. Os fornecedores então, em uma atitude de ajuda, ofereceram o serviço de um especialista que iria operar os equipamentos da Áustria. Esse serviço foi realizado em tom de cortesia e colaboração, dada a situação. Mas se esse serviço fosse remunerado a uma pessoa física, a um trabalhador no exterior, qual seria o procedimento a ser adotado pela empresa de contabilidade da Marina?
a) Por ser um trabalho realizado no exterior, o contador deveria calcular o salário sem os impostos, de acordo com a CLT.
b) Por ser um trabalho realizado no exterior, o contador deveria calcular o salário com impostos semelhantes aplicados na Áustria.
c) O trabalhador, independente de estar no exterior, precisaria ser registrado, ter a sua CTPS e ter todos os cálculos da CLT exatamente da mesma forma como é calculado para um trabalhador brasileiro.
d) De acordo com entendimentos internacionais, nesse caso deve-se aplicar o procedimento orientado pela ONU - OIT (Organização Internacional do Trabalho), ou seja, folha de pagamento sem impostos.
e) Pela CLT, o trabalhador estrangeiro deve receber a metade do salário de um trabalhador brasileiro.
Comentário: um trabalhador estrangeiro, mesmo trabalhando no exterior, deve receber exatamente o mesmo tratamento e procedimento de um trabalhador brasileiro. Inclusive, deve tirar uma CTPS brasileira. O contador deve calcular a sua folha de pagamento exatamente igual aos outros trabalhadores. Apesar de já ser comum o trabalho de pessoas físicas no estrangeiro, ainda não há definições sobre tratamentos diferenciados. Há alguns países, por exemplo, o Canadá e o Japão que mantém convênios com o Brasil e o valor depositado como FGTS ou INSS pode ser utilizado em programas semelhantes nos países de origem. Essas e outras evoluções precisam ser incorporadas na CLT, que apesar de ser uma legislação antiga vem sendo continuamente atualizada, embora seja considerada por muitos como insuficiente para atender as novas demandas. Por exemplo, não há nenhum incentivo ou tratamento para parte do salário pago em treinamento, tão necessário nos dias atuais. O contador deve estar sempre atento às mudanças na legislação, mas nesse caso exposto no enunciado não teria nenhum procedimento especial.
Pergunta 10 - Uma empresa especializada na refrigeração de alimentos construiu um armazém capaz de receber 500 caixas de carnes especiais. Esse armazém conta com um aparelho de refrigeração especial construído por encomenda, que conserva as características originais do produto por um bom tempo. A empresa que instalou o aparelho de refrigeração estimou o tempo de vida em doze anos de uso ininterrupto, considerando uma média de quarenta aberturas de portas por dia. O armazém em questão irá receber caixas com carne de jacaré com criação controlada de acordo com as normas do IBAMA e as portas serão pouco abertas porque encomendas desse produto são muito restritas. Assim, estima-se que as portas serão abertas uma vez por semana. Os técnicos estimaram uma vida de 30 anos, caso o equipamento seja utilizado realmente dessa forma. Sendo assim, o contador (de acordo com o CPC 27) deve:
a) Depreciar o aparelho em 30 anos.
b) Depreciar o aparelho em 10 anos.
c) Depreciar o aparelho em 12 anos.
d) Não deve depreciar o aparelho, uma vez que equipamentos com mais de vinte anos de uso não são passíveis de depreciação.
e) Depreciar o aparelho considerando uma média entre o tempo de vida útil e econômica, o que daria 21 anos.
Comentário: De acordo com o CPC 27, entende-se que o contador deve depreciar um ativo pelo tempo de vida estimado nas condições de trabalho dentro da empresa e não por estimativas ou estudos de engenharia que levam em conta o uso médio ou sob condições comuns. Nesse caso, o fabricante estima a vida do aparelho em 12 anos, mas com várias aberturas de portas ao longo do dia, o que desgasta o motor e outros componentes. Como o equipamento, no ambiente de trabalho da empresa terá as portas abertas apenas uma vez por semana, naturalmente o motor e outros componentes irão durar mais. No entanto, o contador (ou melhor, os profissionais da empresa em um trabalho de equipe) deve verificar se de fato o que havia sido planejado é o que ocorre. Digamos que vários restaurantes comecem a fazer encomendas de carne de jacaré, fazendo com que o equipamento seja aberto várias vezes ao dia (para fazer o chamado picking, ou seja, a separação do pedido do cliente), deve-se mudar o critério de depreciação para essa nova realidade. Saiba mais: é importante comentar que carne de jacaré é um alimento interessante e muito saboroso e pode ser o prato principal de um programa diferenciado com a família ou com os amigos, mas é necessário que o consumidor tome cuidado e verifique se a carne servida é de procedência legal, de animais criados de acordo com as normas de controle ambiental. Uma matéria jornalística interessante: http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2013/03/restaurante-surpreende-clientes-com-opcao-de-carne-de-jacare-no-cardapio.html

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