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Fundamentos da Bioquímica Profª. Alice Ornelas Semana 8 e 9: TEMA 3 – BIOMOLÉCULAS: PARTE II Bioquímica dos Carboidratos Conceitos, estruturas básicas, propriedades e funções biológicas dos carboidratos Carboidratos • São as biomoléculas mais abundantes no planeta; • Estão presentes em todos os seres vivos e desempenham funções essenciais nos organismos como por exemplo a função energética devido a alta energia acumulada nas suas ligações químicas. Carboidratos • São os principais elementos da dieta na maior parte do mundo e a sua oxidação é a principal via de produção de energia das células não-fotossintéticas. • Entretanto, os carboidratos também pode apresentar funções como reconhecimento celular e resistência. Carboidratos • São poli-hidroxialdeídos ou poli-hidroxicetonas. • Muitos carboidratos têm a fórmula empírica (CH2O)n; alguns também contêm nitrogênio, fósforo ou enxofre. • Os carboidratos também são chamados de sacarídeos, glicídios, oses ou açúcares e quanto ao número de subunidades glicosídicas, podemos classificar os carboidratos como: monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. Monossacarídeos • Os monossacarídeos, ou açúcares simples, são constituídos por uma única unidade poli-hidroxicetona ou poli-hidroxialdeído. • Monossacarídeos com quatro, cinco, seis e sete átomos de carbono no esqueleto são chamados, respectivamente, de tetroses, pentoses (presentes no DNA), hexoses (glicose, frutose e galactose) e heptoses. Monossacarídeos • Os monossacarídeos são sólidos cristalinos e incolores plenamente solúveis em água, mas insolúveis em solventes apolares. A maioria tem sabor adocicado. Monossacarídeos • Os monossacarídeos são compostos por cadeias de carbono, nas quais os átomos de carbono estão unidos por ligações simples. Nessa forma de cadeia aberta, um dos átomos de carbono está ligado duplamente a um átomo de oxigênio, formando um grupo carbonil; os outros átomos de carbono estão ligados, cada um, a um grupo hidroxila. Monossacarídeos • Quando o grupo carbonil está na extremidade da cadeia de carbonos (isto é, em um grupo aldeído), o monossacarídeo é uma aldose; quando o grupo carbonil está em qualquer outra posição (em um grupo cetona), o monossacarídeo é uma cetose. • Os monossacarídeos mais simples são as duas trioses de três carbonos: gliceraldeídos (aldotrioses) e di-hidroxiacetonas (cetotrioses); Monossacarídeos • Na realidade os monossacarídeos adotam uma conformação cíclica quando em solução aquosa. Oligossacarídeos • Os oligossacarídeos, são carboidratos que resultam da ligação o-glicosídica entre dois a dez monossacarídeos. Uma ligação o-glicosídica é formada quando um grupo hidroxil de um açúcar reage com o grupo hidroxil do carbono de outro açúcar. Oligossacarídeos • Os oligossacarídeos consistem em cadeias curtas de unidades de monossacarídeos unidas por ligações glicosídicas. Os mais abundantes são os dissacarídeos; todos os monossacarídeos e dissacarídeos comuns têm nomes terminados com o sufixo “-ose”. Polissacarídeos • Os polissacarídeos são polímeros de açúcar que contêm mais de 20 unidades de monossacarídeo; alguns têm centenas ou milhares de unidades. Alguns polissacarídeos, como a celulose, têm cadeias lineares; outros, como o glicogênio, são ramificados. • Ambos são formados por unidades repetidas de D-glicose, mas diferem no tipo de ligação glicosídica e, em consequência, têm propriedades e funções biológicas notavelmente diferentes. Polissacarídeos • Os homopolissacarídeos contém somente uma única espécie de monossacarídeo na sua composição. Já os heteropolissacarídeos, apresentam dois ou mais tipos diferentes de monossacarídeos. • Alguns homopolissacarídeos, como o amido e o glicogênio, servem como formas de armazenamento para monossacarídeos que são utilizados como combustíveis para a célula. Outros homopolissacarídeos como a celulose e a quitina, atuam como elementos estruturais em paredes celulares de plantas e em exoesqueletos de animais. Polissacarídeos • Já os heteropolissacarídeos, como por exemplo o peptideoglicano, fazem parte da camada rígida da parede celular bacteriana. Nos tecidos animais, o espaço extracelular é preenchido por alguns tipos de heteropolissacarídeos, como os glicosaminoglicanos, que fornecem proteção, forma e suporte para células, tecidos e órgãos. Glicoconjugados • Muitos carboidratos podem fazer parte também de proteínas ou de lipídeos, são os chamados glicoconjugados. • Alguns exemplos de glicoconjugados são as glicoproteínas, os proteoglicanos e os glicolipídeos. • As glicoproteínas ocorrem em todas as formas de vida e desempenham funções que compreendem desde funções enzimáticas, de transporte, receptoras, hormonais e até estruturais. O conteúdo de carboidrato das glicoproteínas pode variar de < 1% até > 90% em peso. Glicoconjugados • Os proteoglicanos, são glicoconjugados nos quais um ou mais glicanos grandes, chamados glicosaminoglicanos sulfatados estão covalentemente ligados a uma proteína central. • Os proteoglicanos podem promover pontos de adesão, reconhecimento e transferência de informação entre as células ou entre as células e a matriz extracelular. • Os glicolipídeos estão presentes na superfície celular de plantas, animais e bactérias (ex.: lipopolissacarídeo ou LPS) e podem servir como pontos específicos para o reconhecimento por lectinas ou então na transdução de sinais intracelulares. Semana 10: TEMA 4 – BIOQUÍMICA ENERGÉTICA E METABOLISMO Introdução ao Metabolismo Introdução ao metabolismo, anabolismo e catabolismo. Metabolismo • Os conjuntos de vias metabólicas determinam todo o funcionamento de um organismo. • Estas reações químicas podem estar associadas à produção de energia através da degradação de moléculas ou a síntese de novos compostos mais complexos, com investimento de energia; dessa forma o que chamamos de metabolismo, CORRESPONDE ao funcionamento celular ou tecidual. Catabolismo x Anabolismo Aminoácidos → Proteínas Carboidratos simples → Polissacarídeos Ácidos graxos → Triglicerídeos (lipídeos) Quebra de Proteínas, Polissacarídeos e Lipídeos → geram moléculas mais simples como gás carbônico (CO2), água e amônia (NH3). C at ab o lis m o x A n ab o lis m o Intermediários úteis ao funcionamento e viabilidade celular Anabolismo • Pode ser considerado como o conjunto de processos metabólicos em que um organismo, a partir de precursores mais simples, como aminoácidos, carboidratos simples e ácidos graxos formam macromoléculas necessárias para a viabilidade celular, como as proteínas, os polissacarídeos e triglicerídeos Catabolismo • Para a manutenção da vida de um organismo, o funcionamento celular depende da produção de energia. Essa energia é obtida através de processos metabólicos de degradação de macromoléculas (proteínas, os polissacarídeos, lipídeos), em geral conhecido como catabolismo e no final geram moléculas mais simples como gás carbônico, água e amônia. Catabolismo x Anabolismo Semana 11 e 12: TEMA 4 – BIOQUÍMICA ENERGÉTICA E METABOLISMO Metabolismo dos Carboidratos Glicólise, via glicolítica, fermentação, metabolismo dos carboidratos. Metabolismo dos carboidratos • Dentre os carboidratos, a glicose ocupa posição central no metabolismo de todos os organismos vivos. – é um composto rico em energia (elétrons). • A célula estoca grandes quantidades de glicose por meio do seu armazenamento: amido (nas células vegetais) e o glicogênio (nas células animais). Metabolismo dos carboidratos • Quando a demanda de energia aumenta, a glicose pode ser liberada (a partir da quebra) e utilizada para produzir ATP de maneira aeróbica (pelo processo de respiração celular) ou anaeróbica (pelo processo de fermentação). (citoplasma) Glicólise (citoplasma) → Não utiliza oxigênio NAD+ é uma coenzima derivadada vitamina b3 → capturador (aceptor) de elétrons e de hidrogênios → captura energia pra produzir ATP Investimento energético de 2 ATPS Pagamento: Produção de 4 ATPS Saldo final: 2 ATPS Vem da alimentação → digerido → corrente sanguínea → células através de receptores GLUT Hexoquinase (HK) Fosfofrutoquinase (PFK-1) Piruvato quinase (PK) Glicólise Fermentação Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa Presença de oxigênio Hipóxia (pouco oxigênio) ✓ Láctica → Lactato (ac. Láctico) • exercícios de alta intensidade e nos eritrócitos ✓ Alcoólica → Etanol + CO2 • alguns microorganismos, como as leveduras. Lactato desidrogenase Ciclo de Krebs ou do ácido cítrico (matriz mitocondrial) O complexo PDH é um grupo de três enzimas, todas localizadas nas mitocôndrias. Em condições aeróbias, especialmente em tipos celulares com alta densidade mitocondrial o piruvato sofre uma reação de decarboxilação e é direcionado para a matriz mitocondrial. Ciclo de Krebs ou do ácido cítrico Cadeia transportadora de elétrons e Fosforilação oxidativa (cristas mitocondriais) Consiste em pegar toda a energia dos NADH e FADH2 produzidos na glicólise e CK para a produção de ATP. Durante a fosforilação oxidativa, os NADH e FADH2 gerados na glicólise ou no CK, doam seus elétrons de alta energia para uma cadeia de transportadores de elétrons que está presente na membrana mitocondrial interna. Os elétrons são rapidamente passados ao longo da cadeia até o oxigênio molecular (O2) para formar uma molécula de H2O. A energia liberada durante a passagem dos elétrons ao longo da cadeia transportadora é utilizada para bombear prótons (H+) através da membrana mitocondrial interna e o gradiente de prótons resultante é o que promove a síntese de ATP, por meio do complexo ATP-sintase. Semana 13: TEMA 4 – BIOQUÍMICA ENERGÉTICA E METABOLISMO Síntese e degradação do glicogênio, gliconeogênese. Metabolismo de carboidratos, glicogênese, glicogenólise e gliconeogênese. Metabolismo dos carboidratos • Dentre os carboidratos, a glicose ocupa posição central no metabolismo de todos os organismos vivos. – é um composto rico em energia (elétrons) Gliconeogênese Síntese de glicose a partir de compostos não glicídicos Gliconeogênese Lactato é convertido em glicose Piruvato é convertido em glicose • A maior parte dos aminoácidos são catabolizados a piruvato ou em intermediários do ciclo de Krebs. Tais aminoácidos podem, portanto, ser convertidos a glicose e são chamados de glicogênicos. • A alanina e a glutamina são aminoácidos glicogênicos particularmente importantes em mamiferos. Após a retirada de seus grupos amino, os esqueletos de carbono (piruvato e a-cetoglutarato, respectivamente) sao prontamente canalizados para a gliconeogênese. Aminoácido é convertido em glicose Os mamíferos não podem converter ácidos graxos em glicose • Nos mamíferos não ocorre a conversão líquida de ácidos graxos em glicose. • Podem usar a pequena quantidade de glicerol (produzido na quebra das gorduras - triacilgliceróis) para a gliconeogênese. GLICEROL Glicerol é convertido em glicose Gliconeogênese Glicogênese e Glicogenólise Síntese e degradação de glicogênio Glicogênio ✓ Nos organismos, desde as bactérias até as plantas e os vertebrados, o excesso de glicose é convertido em glicogênio nos vertebrados e em muitos microrganismos, amido nas plantas. ✓ Nos vertebrados, o glicogênio e encontrado principalmente: • no fígado (podendo representar ate 10% do peso) e no músculo esquelético, (1 a 2% do peso) ✓O glicogênio do músculo fornece uma fonte de energia rápida para o metabolismo aerobio e anaerobio; e pode ser gasto em menos de uma hora durante atividade intensa. ✓ O glicogênio hepático serve como um reservatório de glicose para os outros tecidos quando não há glicose disponivel (entre as refeicoes ou no jejum); isto e especialmente importante para os neuronios do cérebro, que não podem usar ácidos graxos como combustível. O glicogênio do figado pode ser exaurido de 12- 24 h ✓ A glicogênio-fosforilase age repetidamente sobre as extremidades das ramificações do glicogênio ate que alcance um ponto a quatro resíduos de glicose de um ponto de ramificação. ✓ A enzima transferase remove as ramificações ✓ Em seguida, o residuo glicose é quebrado; ✓ E a atividade da glicogênio-fosforilase pode continuar. ✓ A glicose-1-fosfato pode entrar na glicólise ou, no fígado, repor a glicose sanguínea Glicogenólise
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