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resenha -Emilio parte Shirley [1] (1)

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ROUSSEAU, Jean-Jacques. EMÍLIO OU DA EDUCAÇÃO. Trad. Sérgio Milliet. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Difel. 1979. (p. 11- 46). (ROUSSEAU, 1979, p. )
Em meado do século XVIII, o filósofo Jean-Jacques Rousseau publicou Emílio ou da Educação, cujo retrata um romance pedagógico, demonstrando o processo de educação do personagem Emílio. O filósofo analisava pelo prisma de que o homem nascia naturalmente bom, porém a sociedade que o corrompia, tornando-o mau. Tendo como principal objetivo evitar que a criança se torne má e fazer que seja um adulto bom.
A ideia de criança e adolescente é uma concepção recente, ou seja, no tempo de Rousseau a ideia de criança era inexistente, elas eram apresentadas como pequenos adultos, tendo a opinião igual para ambos. De acordo com o que foi abordado em seu texto, não se tinha o interesse de entender a concepção de infância, não se buscava pensar no que ele é antes de ser homem, haja vista que, naquela época para as pessoas as crianças já eram adultas porem pequenos, todavia para Rousseau, os jovens deveriam ser compreendidos em sua complexidade, isto é, por suas próprias características pessoais.
 
Nascemos fracos, precisamos de força; nascemos desprovidos de tudo, temos necessidade de assistência; nascemos estúpidos, precisamos de juízo. Tudo o que não temos ao nascer, e de que precisamos adultos, é-nos dado pela educação. (ROUSSEAU, 1979, p.12 )
Diante desse cenário, sob as ideologias rousseliana, a educação é o mecanismo que divergem os adultos das crianças. Dessa forma, é inegável que seu principal foco é tratar a criança como criança e, para ele, o meio educacional é o principal mecanismo de valorização. Assim, Ela deve ser tratada com cuidados, porem não em excesso; pois o excesso para ele é “manha”. é através da educação que vai diferenciar e moldar cada individuo.
Essa educação nos vem da natureza, ou dos homens ou das coisas. O desenvolvimento interno de nossas faculdades e de nossos órgãos é a educação da natureza; o uso que nos ensinam a fazer desse desenvolvimento é a educação dos homens; e o ganho de nossa própria experiência sobre os objetos que nos afetam é a educação das coisas. (ROUSSEAU, 1979, p.12 )
Isto posta, em analogia aos pensamentos rousseliano, nascemos sem nenhuma educação, todavia, por intermédio do convívio com a natureza vamos aos poucos fazendo uma leitura do mundo no qual estamos inserido e adquirido conhecimento de mundo. Sendo assim, em busca de aperfeiçoar a educação, é de suma importância que o homem busque manter constante a transmissão de conhecimentos por gerações.
Segundo Rousseau, as crianças querem falar desde que nascem, portanto através desse desejo devemos incentivar esta a falar suas primeiras palavras, sendo muito importante sempre falarmos de maneira correta para que ela não venha reproduzir de maneira errada a linguagem, percebe-se a diferença da criança criada por pais camponeses, daquela criada na cidade pela ama, onde se pode perceber que criança mais desenvolvida na fala é a camponesa, devido à necessidade de se fazer entender por seus pais, pois o mesmo não tem muito tempo para se dedicar a educação de seus filhos, assim esta criança se desenvolve bem mais rápido, diferente da criança da cidade onde nem mesmo a ama o deixa terminar a frase para tentar adivinhar o que deseja, prejudicando dessa forma seu desenvolvimento. Portanto, devemos aumentar o máximo possível o vocabulário a criança para que essa se desenvolva.
Nosso verdadeiro estudo é o da condição humana. Quem entre nós melhor sabe suportar os bens e os males desta vida é, a meu ver, o mais bem educado; daí decorre que a verdadeira educação consiste menos em preceitos do que em exercícios. Começamos a instruir-nos em começando a viver; nossa educação começa conosco; nosso primeiro preceptor é nossa ama. Por isso, esta palavra educação tinha, entre os antigos, sentido diferente do que lhe damos hoje: significava alimento. Educit obstetrix, diz Varrão; educat nutrix, instituit pedagogus, docet magister. Assim, a educação, a instituição, a instrução, são três coisas tão diferentes em seu objeto quanto a governante, o preceptor e o mestre. (ROUSSEAU, 1979, p.15-16)
A ideia centrada do livro de Rousseau trata do bebê, cujo denomina a ideia de natureza, que se inicia desde o nascimento ate dois anos de vida de uma criança. Sendo apresentado que é nesta fase que o indivíduo se encontra mais dependente de cuidados, sendo de suma importância a escolha de uma ama competente, a qual tem que ser forte e sabia, tanto de espírito como de corpo, para alimentar e educar o bebê, haja vista que esta será um dos primeiro contato da criança com mundo e em teoria a sua primeira educadora.
Rousseau vem retomando a sua visão no decorrer do texto de como o recém nascido deve ser cuidado e alimentado nos mostrando que o leite novo é muito generoso, devendo ser quase um aperitivo para a criança que acaba de nascer, pouco a pouco o leite se torna consistente e fortalecedor, um alimento mais sólido, à criança já se torna mais forte para digeri-lo. De maneira que este retorna a falar da ama e da necessidade de ser sadia para produzir um leite sadio.
Na impossibilidade de saber curar-se, que a criança saiba ficar doente: esta arte supre a outra e muitas vezes dá melhor resultado; é a arte da natureza.{...}A que ponto a impaciência, o temor, a inquietude, e principalmente os remédios puderam matar indivíduos que a doença teria poupado e que o tempo houvera curado! (ROUSSEAU, 1979, p. 28)
Rousseau nos mostra que ninguém pode tomar para si um papel que não o corresponde, como o de cuidar de uma criança enferma, pois está não trará nenhuma utilidade, pois seu corpo prejudica sua alma. Ele mostra que é preciso que outro lugar se encarregue desse enfermo, aprovando a caridade; porém deixando claro que este não é seu ofício, não dando para ensinar a viver aquele que só pensa em morrer. Dessa forma, este fala que quanto mais fraco for corpo, mas ele comanda; e quanto mais forte mais obedece, enfatizando que um corpo débil, enfraquece a alma e assim prejudica a educação desta.

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