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Mycoplasma genitalium Francine Fonseca, Janine Wacheleski, Lindsey Soares, Maria Eduarda Silva, Thais Costa. Definição da patologia Mycoplasma = utilizado para designar os microrganismos da Classe Mollicutes (Mollis: mole; cutis: pele). Diversos molicutes fazem parte da nossa microbiota normal, porém algumas espécies são associadas às infecções urogenitais, principalmente, uretrites, vaginites e vaginoses. O Mycoplasma (M) genitalium é um agente de infecção sexualmente transmissível (IST), sendo responsável por uma série de desordem do trato urogenital humano. Os homens com infecção por M. genitalium são, normalmente, sintomáticos e apresentam uretrite com corrimento. Já as mulheres podem apresentar aumento de sintomas geniturinários como corrimento, uretrite e cervicite, podendo também serem assintomáticas. Autor: Lindsey Soares Dados epidemiológicos ● A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que ocorram, no mundo, cerca de 340 milhões de caso de ISTs por ano (BRASIL, 2003). ● O M. genitalium é o agente causador de uretrite não gonocócica (UNG) aguda em 14 a 33% dos casos em homens, sendo mais frequentes na faixa etária entre 18 e 45 anos. E mesmo após o tratamento, tornam-se crônicas em 20 a 60% dos casos. ● Estima-se que 15% das infertilidades masculinas estejam relacionadas a infecções do trato genital. Autor: Lindsey Soares ● Um estudo realizado em SC, investigou a incidência de casos positivos para Mycoplasma e Ureaplasma em exames laboratoriais de rotina, de janeiro 2008 a dezembro de 2018. Neste período, houveram 878 solicitações médicas para exames destas bactérias, com média de idade de 32 anos. Apenas 3% eram do sexo masculino. Os resultados mostraram índice total de infecção de 21,8%. A associação com Clamídia ocorreu em 18,2% dos portadores. ● É comum que ele seja tratado como clamídia, aumentando o risco do mycoplasma se tornar mais resistente. Há 20 anos, 90% das infecções eram tratadas com uma dose única de Azitromicina. Em 2009, apenas 67% das infecções foram tratadas neste mesmo esquema. Autor: Lindsey Soares Os mycoplasmas são primariamente considerados parasitas de superfície das células da membrana mucosa, pois aderem tenazmente aos revestimentos epiteliais do trato respiratório ou urogenital, raramente invadindo os tecidos. O trato urogenital parece ser o tecido primário infectado por M. genitalium , mas a aderência não parece estar restrita às células uroepiteliais (SETHI et al, 2012). Fisiopatologia Autor: Janine Wacheleski ● As proteínas de membrana associadas a lipídios (LAMPs) de M. genitalium desempenham um papel importante na reação inflamatória do trato genito-urinário. ● Cruza as barreiras dos tecidos. ● Se liga a diferentes tipos de células, incluindo eritrócitos, células Vero, células das trompas de Falópio, células respiratórias e espermatozóides. SETHI et al, 2012 Autor: Janine Wacheleski Formas de contágio A Mycoplasma genitalium pode ser transmitida por via sexual (tanto por penetração quanto por sexo oral) e é responsável por uma pequena parcela dos quadros de uretrites em homens e infecções ginecológicas em mulheres. Autor: Janine Wacheleski https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/uretrites/ Sinais e sintomas A infecção pelo Mycoplasma genitalium pode levar à presença de corrimento aquoso no pênis ou sangramento fora do período menstrual, normalmente após o contato íntimo, no caso das mulheres. Outros sintomas característicos da infecção por essa bactéria que pode ocorrer tanto em homens quanto em mulheres são: ● Dor e ardor ao urinar (disúria); ● Dor ao ter relações íntimas (dispareunia); ● Dor na região pélvica; ● Irritação nos genitais; ● Febre. Autor: Maria Eduarda Complicações Caso a infecção não seja rapidamente identificada e tratada, pode haver algumas complicações tanto em homens quanto em mulheres. Nos homens, além de causar inflamação da uretra, a infecção pelo Mycoplasma genitalium, quando não tratada pode levar à inflamação dos testículos e da próstata. Nas mulheres, a infecção não tratada pode resultar em inflamação do útero, cervicite, uretrite, gravidez ectópica e doença inflamatória pélvica. Além disso, o não tratamento da infecção pelo Mycoplasma pode resultar em parto prematuro, infertilidade e dor pélvica crônica. A ocorrência dos mycoplasmas genitais na flora vaginal de grávidas possibilita a disseminação da infecção para o feto e/ ou recém-nascido, associando-se a diversas complicações perinatais como natimortalidade, pneumonia congênita, meningoencefalite, bacteremia e abscessos subcutâneos em neonatos. Autor: Maria Eduarda Diagnósticos O diagnóstico é feito a partir da análise dos sintomas e sinais de inflamação recorrente da uretra e do útero descritos pelo paciente e avaliados pelo médico. Sendo solicitado: ➔ Exame microbiológico da urina ou de secreção do pênis ou vaginal: neste exame é feita a identificação da bactéria, que normalmente é descrita no laudo como Mycoplasma sp., que representa infecção por qualquer tipo de Mycoplasma. Autor: Thaís Costa Tratamento O tratamento da Mycoplasma genitalium é feito com antibióticos de acordo com a recomendação médica e tem como objetivo eliminar a bactéria. O tratamento deve ser feito tanto pela pessoa infectada quanto pelo seu companheiro, já que o companheiro pode ter sido exposto. Autor: Francine Fonseca Prevenção A camisinha ainda é o principal método para se prevenir das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Para as pessoas que têm uma vida sexual ativa, principalmente aquelas que têm parceiros ou parceiras casuais, recomenda-se o rastreamento de infecções periodicamente. Pois mesmo sem apresentar sintomas, uma pessoa pode ser portadora de uma IST e transmiti-la. Autor: Francine Fonseca Cuidados de Enfermagem Testes de urina ou swabs vaginais autocoletáveis utilizando NAAT são especialmente úteis para triagem de pessoas assintomáticas com alto risco de ISTs porque o exame genital não é necessário. As recomendações de triagem variam de acordo com o sexo, idade, praticas sexuais e ambiente. Mulheres não gestantes (incluindo aquelas que fazem sexo com mulheres) são examinadas anualmente se elas: ➔ São sexualmente ativos e têm < 25 anos ➔ Têm história de IST prévia ➔ Envolvem-se em comportamento sexual de alto risco (ex: têm um novo parceiro sexual ou múltiplos parceiros sexuais, estão envolvidas em trabalho sexual, usam preservativos de forma inconstante) ➔ Têm um parceiro que se envolve em comportamento de alto risco O enfermeiro deve reforçar a indicação e a importância de seus pacientes realizarem seus exames anualmente, com a ressalva de pessoas que mantém relação sexual sem uso de proteção constante, devem ser examinados pelo menos a cada 6 meses. Autor: Thaís Costa REFERÊNCIAS UENO, Priscilla Megumi. Mycoplasma genitalium: curva de crescimento e interação com células humanas de cérvix (HeLa) e endometriais (EM42). 2008. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. https://www.tuasaude.com/tratamento-para-mycoplasma-genitalium/ CAMPOS, Guilherme Barreto. Detecção de Mycoplasma hominis, M. genitalium e M. penetrans no trato urogenital feminino e a sua relação com polimorfismos genéticos e expressão de citocinas em mulheres atendidas no município de Vitória da Conquista-BA. 2013. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. PERONDI, C. K.; BAÚ, M. Estudo epidemiológico de culturas de mycoplasma e ureaplasma em um laboratório do Meio-Oeste catarinense. Unoesc & Ciência - ACBS, v. 10, n. 2, p. 137-144, 29 jun. 2020. SUNIL SETHI , GAGANDEEP SINGH , PALASH SAMANTA ,E MEERA SHARMA. Mycoplasma genitalium: An emerging sexually transmitted pathogen. Indian J Med Res. 2012 Dec; 136(6): 942–955. Por Sheldon R. Morris , MD, MPH, University of California San Diego. INFECÇÕES DA MUCOSA, MYCOPLASMA E UREAPLASMA POR CLAMÍDIA. Disponível em <https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doenças-infecciosas/doenças-sexualmente-transmissíveis-dsts/infecções-da-mucosa-micoplasma-e-ureaplasma-por-clamídia> Acessado em: 18/11/2020 https://www.tuasaude.com/tratamento-para-mycoplasma-genitalium/ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Sethi%20S%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=23391789 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Singh%20G%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=23391789 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Samanta%20P%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=23391789 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Sharma%20M%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=23391789 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3612323/# https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/doen%C3%A7as-sexualmente-transmiss%C3%ADveis-dsts/infec%C3%A7%C3%B5es-da-mucosa-micoplasma-e-ureaplasma-por-clam%C3%ADdia https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/doen%C3%A7as-sexualmente-transmiss%C3%ADveis-dsts/infec%C3%A7%C3%B5es-da-mucosa-micoplasma-e-ureaplasma-por-clam%C3%ADdia Ebola Definição Patológica Ebola é uma doença causada por um vírus de mesmo nome, e seu principal sintoma é a febre hemorrágica, que causa sangramentos em órgãos internos. Possui alta taxa de letalidade. O Ebola é provocado por um vírus da família Filoviridae, gênero Ebolavirus. Já foram descobertas cinco espécies. Quatro delas provocam doenças nos humanos: Vírus do Ebola (Zaire ebolavirus); vírus do Sudão (Sudan ebolavirus); vírus da floresta Tai (Tai Forest ebolavirus); e vírus Bundibugyo (Bundibugyo ebolavirus). A quinta espécie, o vírus Reston (Reston ebolavirus), provocou doenças em primatas (macacos). Autor: Lindsey Soares Dados Epidemiológicos ➔ Os primeiros casos de infecção foram relatados no Zaire (República Democrática do Congo) em 1976, com 318 casos e 280 mortes. ➔ Em 2014, na África Ocidental houve um surto pelo Zaire ebolavirus. E este vírus é 97% similar ao vírus de 1976. Houve mais de 28 mil casos (confirmados, prováveis e suspeitos) e mais de 11 mil mortes. ➔ A taxa de letalidade durante o surto de 2014 foi de até 64.3% em internações hospitalares, 31.5% em alguns centros de tratamento na África Ocidental e cerca de 20% em pacientes tratados fora da África Ocidental. ➔ O Sudan ebolavirus tem uma taxa de letalidade de 53% a 65%. O maior surto ocorreu em 2000 em Uganda, com 425 casos. Quanto ao Bundibugyo ebolavirus, houve apenas 1 surto em 2007, no oeste de Uganda, com taxa de letalidade de 25%. ➔ O risco de transmissão sexual por sobreviventes do sexo masculino pode persistir por pelo menos 12 meses. Autor: Lindsey Soares Fisiopatologia A fase inicial é de intensa viremia nos órgãos alvo, seguida de manifestações com reduzida atividade inflamatória. A síndrome hemorrágica nessa doença permanece ainda não completamente esclarecida. Observa-se no entanto, aumento da permeabilidade capilar, provavelmente induzida por disfunção da célula endotelial levando a efusões que, juntamente com as disfunções plaquetárias e plaquetopenia, ocasionam o sangramento. proliferação viral febre de início abrupto, fraqueza, dor muscular, dores de cabeça, [...] olhos avermelhados.. “derramamento” diminuição de plaquetas Autor: Janine Wacheleski Formas de Contágio “O vírus Ebola pode ser transmitido pelo contato direto entre as pessoas, pelo uso compartilhado de seringas e, por incrível que pareça, até depois da morte do hospedeiro. Ou ainda, caso o paciente tenha sobrevivido, o vírus Ebola pode persistir ativo em seu sêmen durante semanas. Possivelmente, uma das razões para ser tão mortal e resistente é que libera uma proteína que desabilita o sistema de defesa do organismo.” fonte: drauziovarella.uol.com.br Autor: Janine Wacheleski Sinais e Sintomas O período de incubação dura de 2 a 21 dias e metade dos pacientes vão a óbito. Os sinais e sintomas variam de um paciente para outro, geralmente os primeiros sintomas são: ● febre, dor de cabeça muito forte, fraqueza muscular, dor de garganta e nas articulações, calafrios. Com o agravamento do quadro, outros sintomas aparecem: ● náuseas; vômitos; diarreia (com sangue); garganta inflamada; erupção cutânea; olhos vermelhos; tosse; dor no peito e no estômago; insuficiência renal e hepática. No estágio final da doença, o paciente apresenta hemorragia interna, sangramento pelos olhos, ouvidos, nariz e reto, danos cerebrais e perda de consciência. Autor: Maria Eduarda https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/febre/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/dor-de-cabeca-cefaleia/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/diarreia/ Complicações ● lesão renal aguda; ● sepse/choque séptico; ● coagulação intravascular disseminada; ● aborto espontâneo/morte materna; ● complicações tardias na convalescença. Autor: Maria Eduarda https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/1210/complications# https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/1210/complications# https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/1210/complications# https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/1210/complications# https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/1210/complications# Diagnóstico O diagnóstico de Ebola numa pessoa que foi infectada há poucos dias é difícil, uma vez que os primeiros sintomas, como febre, não são específicos do Ebola e surgem em pacientes com doenças mais comuns. Contudo, se uma pessoa apresentar os primeiros sintomas do Ebola e existirem razões para acreditar que a hipótese de Ebola deve ser considerada, o paciente deve ser isolado e os profissionais de saúde avisados. Podem ser recolhidas e analisadas amostras do paciente para confirmar a infecção. O vírus do Ébola só se manifesta no sangue após a manifestação de sintomas, especialmente febre, que acompanham um aumento na circulação do vírus no organismo do paciente. Pode demorar três dias desde o início dos sintomas até o vírus atingir níveis detectáveis. Autor: Thaís Costa Diagnóstico Testes para Diagnóstico: ➔ Anticorpos detectados por ELISA; ➔ Prova de soroneutralização; ➔ PCR para a transcriptase reversa (RT-PCR); ➔ Microscopia eletrônica; ➔ Isolamento de vírus na cultura celular. As amostras de pacientes são de extremo risco biológico; testes devem ser conduzidos sob condições de máxima contenção de materiais biológicos em laboratórios de nível 4. . O CDC e a OMS recomendam testar todas as pessoas com aparecimento de febre no prazo de 21 dias após uma exposição de alto risco. Teste ELISA Autor: Thaís Costa Diagnóstico A exposição de alto risco inclui: ➔ Exposição de membrana mucosa ou percutânea, ou contato direto da pele com fluidos corporais sem EPI; ➔ Processamento laboratorial de fluidos corporais sem EPI; ➔ Participação em ritos funerários ou outra exposição direta; A exposição de baixo risco inclui: ➔ Pessoas que passaram algum tempo em uma unidade de saúde em que os pacientes com doença pelo vírus Ebola estavam sendo tratados (o que abrange os trabalhadores da saúde que usavam EPI, os trabalhadores não envolvidos na assistência direta ao paciente e pacientes hospitalizados que não tiveram a doença pelo vírus Ebola e sua família e cuidadores); ➔ Os membros da família de um paciente com doença pelo vírus Ebola sem exposições de alto risco, como descrito acima; ➔ Pessoas que tiveram contato direto desprotegidas com morcegos ou primatas de países afetados por doença causada pelo vírus Ebola. Autor: Thaís Costa Tratamento Não há cura para Ebola. Os únicos tratamentos disponíveis são aqueles destinados a ajudar a aliviar os sintomas, evitar que a doença evolua, por meio de cuidados paliativos que envolvem manter a pessoa bem hidratada e afastada do contato com outros indivíduos. Autor: Francine Fonseca Prevenção Não existe vacina aprovada. As seguintes precauções podem ajudar a prevenir a infecção e disseminação do vírus: ➔ Evite áreas de surtos; ➔ Lave as mãos com frequência; ➔ Evite o contato com pessoas infectadas; ➔ Não manusearcorpos de pessoas infectadas. Autor: Francine Fonseca Cuidados de Enfermagem Casos suspeitos ou confirmados de febre hemorrágica Ebola, recomenda-se o emprego de precauções-padrão juntamente com precauções de contato. ➔ Isolamento do paciente em quarto privativo, com sistema de ar condicionado. Caso não seja possível as janelas devem ter telas-mosquiteiro; ➔ Uso de EPI. As luvas devem ser duplas, aventais de plástico recobrindo capotes, máscaras com filtro HEPA e botas de borracha; ➔ Termômetros, estetoscópios e aparelhos de pressão devem ser exclusivos do paciente. Entre cada uso deve-se proceder à limpeza e fricção com álcool 70%, durante trinta segundos, por três vezes; ➔ Limitar o uso de procedimentos invasivos e medicações injetáveis e o número de profissionais e visitantes no quarto. A enfermagem deve orientar visitantes e familiares quanto ao uso de roupas de proteção e a técnica de lavagem das mãos; Autor: Thaís Costa Cuidados de Enfermagem ➔ Utensílios como talheres, copos e outros devem preferencialmente ser descartáveis, ou caso contrário, devem ser imersos em solução clorada a 0,05%. Materiais descartáveis devem ser incinerados; ➔ Roupas de cama e de uso do paciente no hospital devem ser manipuladas com cautela e utilizando EPI; devem ser acondicionadas em sacos identificados, transportadas adequadamente e lavadas como de rotina para qualquer paciente hospitalizado; ➔ ➔ Para o cuidado com o corpo após morte devem ser usados todos os EPI’s, inclusive par de luvas duplas, botas de borracha e máscaras com filtro HEPA; ➔ Para limpeza de equipamentos e superfícies de móveis deve-se usar água e sabão ou detergentes, seguidos do uso de solução clorada a 0,05% (diluição 1:100). Para respingos de fluidos corporais no chão deve-se usar solução clorada a 0,5% (diluição 1:10); Autor: Thaís Costa Cuidados de Enfermagem ➔ Cuidado especial deve ser tomado pelo profissional a fim de se evitar a autocontaminação durante a retirada dos EPI’s: ◆ Lavar com água e sabão as luvas externas e depois esfregá-las com solução clorada (1:100) por um minuto; ◆ Desinfetar o avental de plástico e as botas de borracha usando solução clorada (1:100); ◆ Remover o par de luvas externas e descartá-las em recipiente adequado; ◆ Fora do isolamento retirar o avental plástico, o capote e então lavar o par de luvas internos da mesma forma feita com as luvas externas; ◆ Retirar os óculos protetores, o gorro e a máscara; ◆ As botas devem ser removidas sem contato com a mãos; ◆ Remover o par de luvas internas descartando em recipiente adequado; ◆ Lavar as mãos novamente; ◆ Remover as roupas internas; ◆ Lavar novamente as mãos antes da saída do quarto de troca; Autor: Thaís Costa Referências Infecção pelo vírus Ebola: Epidemiologia. BMJ Best Pratic. Disponível em: <https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/1210/epidemiology> Acesso em: 16 nov 2020. Doenças e Sintomas: Ebola. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/ebola/> Acesso em: 18/11/2020. Falci Ercole, Flávia; Dos Santos Costa, Roberta. PROTOCOLOS DE CUIDADOS FRENTE A DOENÇAS DECORRENTES DE BIOTERRORISMO. Scielo, 2003. Disponivel em <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-1169200300040001 5#:~:text=Não%20existe%20vacina%20e%20nem,infecções%20secundárias%2C%2 0transfusões%2C%20etc> Acesso em: 15/11/2020. Organização Mundial de Saúde. DOENÇA DO VÍRUS EBOLA. Informativo nº 103. Atualizado em abril de 2014. Disponível em: <http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs103/en/> Acesso em: 02/11/2020. https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/1210/epidemiology https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/ebola/ https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692003000400015#:~:text=N%C3%A3o%20existe%20vacina%20e%20nem,infec%C3%A7%C3%B5es%20secund%C3%A1rias%2C%20transfus%C3%B5es%2C%20etc https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692003000400015#:~:text=N%C3%A3o%20existe%20vacina%20e%20nem,infec%C3%A7%C3%B5es%20secund%C3%A1rias%2C%20transfus%C3%B5es%2C%20etc https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692003000400015#:~:text=N%C3%A3o%20existe%20vacina%20e%20nem,infec%C3%A7%C3%B5es%20secund%C3%A1rias%2C%20transfus%C3%B5es%2C%20etc http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs103/en/ Covid-19 Sars-CoV-2 Definições patológicas A COVID-19 é a patologia resultante da infecção de um novo vírus respiratório (SARS-CoV-2), que apresenta um espectro clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves. Os coronavírus são um grande grupo de vírus que causam infecções em várias espécies de animais, incluindo camelos, gado, gatos e morcegos. Esses vírus também podem ser transmitidos com o contato entre humanos e animais e em alguns casos também entre humanos. Autor: Lindsey Soares Dados Epidemiológicos Até 17 de novembro de 2020, no BR: ● 5.361.592 milhões de pessoas curadas; ● 35.294 novos casos nas últimas 24h; ● 685 óbitos registrados nas últimas 24h; No RS: ● 3.479 casos novos; ● 283.351 casos novos acumulados; ● 71 óbitos novos; ● 6.314 óbitos acumulados. Autor: Lindsey Soares Fisiopatologia Autor: Janine Wacheleski Autor: Janine Wacheleski Formas de Contágio Autor: Janine Wacheleski Sinais e Sintomas Os sinais e sintomas clínicos são principalmente respiratórios, semelhantes aos de um resfriado comum: febre de início súbito, acompanhada de tosse, dor de garganta e pelo menos um dos sintomas: dor de cabeça, dor muscular e dor articular. Alguns podem apresentar ainda sintomas gastrointestinais. Em casos mais graves, podem também causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. Autor: Maria Eduarda Complicações As complicações mais comuns são a síndrome respiratória aguda grave-SRAG (17-29%), lesão cardíaca aguda (12%) e infecção secundária (10%). A taxa de mortalidade para pacientes hospitalizados está entre 11% e 15%. Autor: Maria Eduarda Diagnóstico O quadro clínico inicial da doença é caracterizado como síndrome gripal, no entanto, casos iniciais leves, subfebris, podem evoluir para elevação progressiva da temperatura e a febre ser persistente além de 3-4 dias, ao contrário do observado nos casos de Influenza. O diagnóstico depende da investigação clínico-epidemiológica e do exame físico. Diagnóstico Clínico: Diagnóstico Laboratorial: O diagnóstico laboratorial para identificação do vírus SARS-CoV2 é realizado por meio das técnicas de RT-PCR em tempo real e sequenciamento parcial ou total do genoma viral. Teste Rápido: O teste rápido SARSCoV-2 é utilizado para detecção anticorpos IgM e IgG contra o coronavírus e tem por base a metodologia de cromatografia de fluxo lateral. As amostras humanas que podem ser utilizadas neste teste são: ➔ Soro; ➔ Plasma; ➔ Sangue total (por coleta venosa ou punção digital). Autor: Thaís Costa Tratamento Por se tratar de uma nova doença, a COVID-19 ainda não possui um tratamento específico. Desta forma, as pessoas infectadas recebem apenas uma intervenção terapêutica para aliviar os sintomas e garantir o bem-estar do paciente. Entre os cuidados indicados estão: ● Fazer repouso; ● Beber bastante água; ● Utilizar umidificador no quarto; ● Tomar banho quente para aliviar dores e tosse; ● Usar medicamentos para dor e febre (antitérmicos e analgésicos), conforme orientação médica. Autor: Francine Fonseca Prevenção A vacina contra o coronavírus seria o principal método de prevenção contra a transmissão e do surgimento de novos casos de COVID-19. Enquanto isso, as seguintes recomendações devem ser seguidas: ● Lavar as mãos com água e sabão frequentemente (até a altura dos punhos); ● Higienizar as mãos sempre que possível com álcool gel 70%; ● Mesmo com as mãos limpas, evitar tocar olhos, nariz e boca; ● Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; ● Manter os ambientes bem ventilados. Autor: Francine Fonseca Cuidados de EnfermagemAssistência de Enfermagem na Atenção Primária à Saúde ➔ Paramentar-se com os EPI’s indicados ao atendimento direto ao paciente ou circulação e apoio à Unidade Básica; ➔ Estabelecer triagem para pacientes com sintomas de síndrome gripal (febre maior ou igual a 38ºC, aferida ou referida, mais tosse ou dificuldade respiratória ou dor de garganta); ➔ Conforme recomendado pelo Ministério da Saúde (MS), inseridos na triagem, terão alta prioridade as pessoas acima de 60 anos, imunossuprimidos (HIV+, transplantados, entre outros) pacientes com doenças crônicas, gestantes e puérperas; ➔ Colocar máscara na pessoa antes e orientá-la a higienizar as mãos (ofertar álcool gel); A pessoa deve ser conduzida para uma área separada ou para uma sala específica visando o isolamento respiratório. A sala deve ser mantida com a porta fechada, janelas abertas e ar-condicionado desligado; Autor: Thaís Costa Cuidados de Enfermagem ➔ Caso o paciente apresente febre e tosse ou dificuldade respiratória (sem dispnéia ou sinais e sintomas de gravidade) ou dor de garganta e ausência de comorbidades descompensadas que contraindicam isolamento domiciliar, permanecerá em acompanhamento da equipe de saúde; ➔ Notificar imediatamente, por meio do formulário Formsus2, através do link: http://bit.ly/notificaCOVID19; ➔ O acompanhamento do paciente deve ser feito a cada 48 horas, seja frente a frente (realizar visita domiciliar com medidas de precaução de contato) ou preferencialmente por telefone, solicitando consulta presencial se necessidade de exame físico. ➔ Caso apresentem sinais e sintomas de gravidade, a equipe da APS/ESF fica responsável pelo encaminhamento do paciente para o Centro de Referência. Autor: Thaís Costa http://bit.ly/notificaCOVID19 Cuidados de Enfermagem ➔ Os pacientes com sintomas de infecções respiratórias devem utilizar máscara cirúrgica ao chegar, até o isolamento, assim como durante remoções de uma área a outra; ➔ A precaução padrão deve ser utilizada para todos os pacientes internados e precauções adicionais (para gotículas e contato); ➔ Alguns procedimentos realizados em pacientes com infecção suspeita ou confirmada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) podem gerar aerossóis. Para esses casos, as Precauções para Gotículas devem ser substituídas pelas Precauções para Aerossóis; ➔ Os procedimentos que podem gerar aerossóis devem ser realizados preferencialmente em uma unidade de isolamento respiratório com pressão negativa e filtro HEPA; ➔ Caso não haja local para isolamento conforme supracitado, colocar o paciente em um quarto com portas fechadas (com janelas abertas) e restringir o número de profissionais durante estes procedimentos. Para tais procedimentos, é obrigatório o uso da máscara de proteção respiratória (respirador particulado) com eficácia mínima na filtração de 95% de partículas de até 0,3µ (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3) pelos profissionais de saúde. Assistência à Saúde em Ambiente Hospitalar Autor: Thaís Costa Referências BRASIL, Ministério da Saúde. Covid-19 no Brasil, 2020. Disponível em: <https://susanalitico.saude.gov.br/extensions/covid-19_html/covid-19_html.html> Acesso em: 17 nov 2020. Associação Nacional de Atenção ao Diabetes - ANAS. COVID-19: Fisiopatologia, Transmissão, Diagnóstico e Tratamento da Doença de Coronavírus 2019 (uma revisão). Disponível em: <https://www.anad.org.br/covid-19-fisiopatologia-transmissao-diagnostico-e-tratamento-da-doen ca-de-coronavirus-2019-uma-revisao/> Acesso em: 18/nov de 2020. COREN. Assistência de Enfermagem aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Disponível em: <http://ba.corens.portalcofen.gov.br/assistencia-de-enfermagem-aos-casos-suspeitos-ou/-confirm ados-de-infeccao-pelo-novo-coronavirus-sars-cov-2_55192.html> Acessado em: 17/11/2020 Ministério da Saúde. DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL COVID-19. Disponível em <https://coronavirus.saude.gov.br/diagnostico-clinico-e-laboratorial> Acessado em: 15/11/2020. https://susanalitico.saude.gov.br/extensions/covid-19_html/covid-19_html.html https://www.anad.org.br/covid-19-fisiopatologia-transmissao-diagnostico-e-tratamento-da-doenca-de-coronavirus-2019-uma-revisao/ https://www.anad.org.br/covid-19-fisiopatologia-transmissao-diagnostico-e-tratamento-da-doenca-de-coronavirus-2019-uma-revisao/ http://ba.corens.portalcofen.gov.br/assistencia-de-enfermagem-aos-casos-suspeitos-ou-confirmados-de-infeccao-pelo-novo-coronavirus-sars-cov-2_55192.html http://ba.corens.portalcofen.gov.br/assistencia-de-enfermagem-aos-casos-suspeitos-ou-confirmados-de-infeccao-pelo-novo-coronavirus-sars-cov-2_55192.html https://coronavirus.saude.gov.br/diagnostico-clinico-e-laboratorial