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ATIVIDADE PRÁTICA 01 - 2019-02

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
 
CURSO: ADMINISTRAÇÃO 
DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO E MEIO AMBIENTE 
PROFESSOR(A): Ms.Marie Rocha 
CRÉDITOS: 4 UNIDADE/EAD: 1000 
HORAS/AULA TOTAIS: 68 HORAS 
ANO/SEM.: 2019-02 
ATIVIDADE PRATICA Nº 01 
Esta Atividade pode ser realizada em grupo (no encontro presencial) ou individualmente pelo aluno, consiste em um exercício articulado com o FÓRUM DE 
CONTEÚDO 1 e a ATIVIDADE DISCURSIVA 1 na NetAula. Fundamenta-se no conteúdo dos capítulos 1, 2 e 3 do livro da disciplina e no texto abaixo para 
complementação dos estudos. Ressalta-se que esta atividade é para reforçar os conteúdos da disciplina e não conta nota para os graus G1 e G2. 
O capitulo 1 trata do relacionamento do homem com o meio ambiente ao longo de sua evolução e das consequências do desenvolvimento tecnológico para a 
natureza nos últimos 200 anos. O capítulo 2 aborda as últimas décadas do século XX, quando a sociedade começou a perceber o preço que está pagando em 
nome do progresso, por meio da poluição gerada sem controle e do uso desenfreado dos recursos naturais. Também veremos os movimentos governa- 
mentais que ocorreram pelo mundo para estudar, entender e tentar conter esses problemas. O capítulo 3 aborda o tema do efeito estufa, seus agentes 
causadores, seus efeitos previsíveis, o que é o Protocolo de Kioto e Protocolo Verde. Também veremos como se forma a camada de ozônio e a sua 
importância para a vida na terra. Por fim, como estão distribuídas as águas no nosso planeta, agentes poluentes e tratamento. 
A seguir reforçarmos pontos relevantes abordados nos capítulos 1, 2 e 3 em especial sobre impactos causados no meio ambiente, oportunizando 
embasamento e um maior entendimento a respeito desta temática. 
 
O ser humano possui uma capacidade de se adaptar ao ambiente natural maior que qualquer outra espécie, devido à sua característica de construir seu 
próprio espaço para viver, modificando seu ambiente natural. No período da pré-história, o homem vivia em constante estado de luta e defesa pela 
sobrevivência contra os animais que lhe eram superiores em força e contra as alterações climáticas da natureza. Com o passar do tempo, o homem aprendeu 
a superar essas dificuldades desenvolvendo ferramentas que multiplicavam sua força e, ao mesmo tempo, descobriu que, se vivesse em grupos mais 
facilmente, superaria as adversidades. Dias salienta que essa superação afetou de maneira significativa a natureza durante esse período, pois mostrou a 
importante diferença entre o ser humano e os outros animais. Suas ações eram primeiramente concebidas pelo pensamento, em forma de planejamento, e 
depois em ações. Ainda segundo Dias, desse modo se desenvolveu um processo de organização do trabalho e, por conseguinte, a distribuição de tarefas. Com 
este desenvolvimento o homem passou a fazer tudo que outros animais faziam, porém de uma maneira melhor. Construiu abrigos melhores do que outras 
espécies, aperfeiçoou métodos de caça e pesca, superou os animais mais ferozes, passando a ser o predador mais temido. Com isso, sua intervenção na 
natureza aumentou de forma gradativa e acumulativa. 
Com o domínio da agricultura, o homem deixou de ser nômade e passou a ser sedentário. Como sua produção de grãos precisava ser armazenada, surgiram 
os silos e, com a abundância de alimentos, a concentração de pessoas em determinados lugares passou a aumentar. Para a proteção da criação de animais 
domésticos, as terras precisavam ser protegidas, surgindo as propriedades privadas e concentrações de pessoas em determinados núcleos. As organizações 
começam a ficar mais complexas e com isso avançaram na alteração do meio ambiente ao seu redor. 
 
Foi no século XVIII, com a Revolução Industrial, na Inglaterra, que ocorreu a segunda Revolução Científica-Tecnológica. O surgimento da máquina a vapor deu 
ao homem uma nova perspectiva de produção, isto é, o que antes era feito de maneira artesanal, exigindo muito esforço físico e demora, passou a ser feito 
por máquinas, aumentando de forma exponencial a produtividade além da possibilidade de criação de novos produtos até então não imaginados. Com isso 
teve início o uso intensivo de recursos naturais. E, quanto maior o aperfeiçoamento dos processos, maior o consumo de recursos naturais, além de provocar 
mudanças de hábitos, impulsionando o crescimento demográfico. 
 
A década de 1960 foi o marco que deu início aos debates sobre a necessidade de mudança da relação do homem com a natureza. Tiveram início as 
contextualizações sobre a importância do gerenciamento da natureza, para garantir à geração presente e às gerações futuras a possibilidade de se 
desenvolverem. 
 
No ano de 1962, a bióloga Rachel Carson, que trabalhou durante 17 anos no departamento de Caça e da Vida Selvagem dos Estados Unidos, publicou o livro 
Primavera silenciosa (Silent spring), o qual denunciava o uso abusivo do dicloro difenil tricloroetano (DDT), um agrotóxico que, além de acarretar sérios riscos 
de câncer e de outras doenças, danificaria a terra a tal ponto que a primavera seria sem o canto dos pássaros, pois teriam sido exterminados pelo uso do 
inseticida amplamente utilizado para proteger a colheita contra os insetos. 
 
A preocupação com o meio ambiente pelas sociedades civis vem de longa data. Já no século XVII existiam sociedades científicas dedicadas principalmente à 
botânica, à zoologia, à geografia entre outros, porém, foi no final século XIX que surgiram as primeiras organizações ambientalistas conhecidas atualmente, 
isto é, ativas na defesa do meio ambiente e por envolverem pessoas de diferentes segmentos da sociedade. O marco para desencadear uma mobilização 
mundial sobre a poluição foi a publicação do livro Primavera silenciosa, em 1962, o qual alertava sobre os malefícios do DDT. A partir da década de 1970, 
foram realizados vários encontros importantes tratando dos efeitos do uso dos recursos naturais e a poluição, sendo fundamental ressaltar: o Clube de Roma, 
que resultou no relatório “Limites do Crescimento”; a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, na Suécia, em 1972, 
na qual foi criado o plano de ação Pnuma; a criação da CMMAD, em 1983, na Noruega, resultando no Relatório “Nosso Futuro Comum”; e a Rio-92, em que, 
entre os documentos gerados, estava a agenda para o século XXI. Neste período, também ocorrem movimentos não governamentais (ONG’s) que denunciam 
as grandes organizações poluentes. E começa um grande movimento para a educação ambiental. 
A UNESCO promoveu, em Belgrado em 1975, um Encontro Internacional sobre Educação Ambiental. O encontro culminou com a formulação de princípios e 
orientações para um programa internacional de Educação Ambiental (EA), segundo o qual esta deveria ser contínua, interdisciplinar, integrada às diferenças 
regionais e voltada para os interesses nacionais. Em 1977, ocorreu a Primeira Conferência sobre Educação Ambiental, em Tbilisi, Geórgia, considerada o mais 
importante evento para a evolução da EA no mundo. A “Conferência de Tbilisi”, como ficou conhecida, contribuiu para precisar a natureza da EA, definindo 
seus objetivos, características, recomendações e estratégias pertinentes ao plano nacional e internacional. Foi recomendado que a prática da EA deva 
considerar todos os aspectos que compõem a questão ambiental, ou seja, aspectos políticos, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos, éticos, culturais e 
ecológicos, dentro de uma visão inter e multidisciplinar. Na Conferência de Tbilisi, a Educação Ambiental foi definida como uma dimensão dada ao conteúdo 
e à prática da educação, orientada para resolução de problemas concretos do meio ambiente através de enfoques interdisciplinares e de uma participação 
ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade, como podemos ver no conceito ratificado na conferência: “Formar uma população mundial 
consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas que lhe dizem respeito, uma populaçãoque tenha conhecimentos, as competências, o estado 
de espírito, as motivações e o sentido de participação e engajamento que lhe permitam trabalhar individualmente para resolver problemas atuais e impedir 
que se repitam” (UNESCO, 1971). Foram definidos os princípios básicos e a finalidade da EA. 
Princípios básicos da educação ambiental: Aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada disciplina, de modo que adquira 
uma perspectiva global; Considerar o meio ambiente em sua totalidade, ou seja, em todos os seus aspectos naturais e criados pelo homem (tecnológico e 
social, econômico, político, histórico cultural, moral e estético); Examinar as principais questões ambientais, do ponto de vista local, regional, nacional e 
internacional, de modo que os educadores se identifiquem com as condições ambientais de outras regiões; Insistir no valor e na necessidade da cooperação 
local, nacional e internacional para prevenir e resolver problemas ambientais; Ajudar a descobrir os sintomas e causas reais dos problemas ambientais. 
Finalidades da educação ambiental: Ajudar a fazer compreender, claramente, a existência e a importância da interdependência econômica, social, política e 
ecológica nas zonas urbanas e rurais; Proporcionar a todas as pessoas a possibilidade de adquirir os conhecimentos dos valores, o interesse ativo e as atitudes 
necessárias para proteger e melhorar o meio ambiente; Induzir novas formas de conduta nos indivíduos, nos grupos sociais e na sociedade, em seu conjunto, 
a respeito do meio ambiente. 
A educação ambiental no Brasil - Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Jornada Internacional de Educação 
Ambiental, realizada no Fórum Global na Rio-Eco 92, reafirma o compromisso crítico da EA no “Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades 
Sustentáveis e Responsabilidade Global”. O tratado diz, que a EA não é neutra, mas ideológica; é um ato político baseado em valores para a transformação 
social. O Tratado considera a EA para a sustentabilidade equitativa como “um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas 
de vida”. Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação humana e social e para a preservação ecológica. As definições são 
muitas, mas o importante a ressaltar é que a Educação Ambiental se caracteriza por apresentar uma abordagem integradora e holística das questões 
ambientais. 
Em 1988, a Constituição Federal define que a Educação Ambiental deve ser ofertada em todos os níveis, mas, na realidade, pouco se fez para incorporá-la ao 
currículo numa visão interdisciplinar. 
Em 1996, foram lançados pelo Ministério da Educação os “Parâmetros Curriculares”, os quais propõem que a Educação Ambiental seja discutida no currículo. 
Em 1997, foi sancionada a Lei Federal de Educação Ambiental, Lei 9.795, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental no Brasil. Esta Lei diz que a 
Educação ambiental deve ser um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os 
níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal (Art.13). Ou seja, as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da 
coletividade sobre as questões ambientais, com a participação e parceria de Escolas, Universidades e Empresas. "Entendem-se por educação ambiental os 
processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a 
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade." Política Nacional de Educação 
Ambiental - Lei nº 9795/1999, Art 1º. “A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade intencional da prática social, que deve imprimir ao 
desenvolvimento individual um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando potencializar essa atividade humana 
com a finalidade de torná-la plena de prática social e de ética ambiental.” Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, Art. 2°. 
Conforme a Lei nº 9795/1999, a Educação Ambiental pode ser formal ou Não-Formal. O artigo 9 trata da educação no Ensino Formal como sendo aquela 
desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, englobando: I - educação básica: a) educação infantil;b) ensino 
fundamental e c) ensino médio;II - educação superior; III - educação especial; IV - educação profissional; V - educação de jovens e adultos. 
O art. 13 trata da Educação Ambiental Não-Formal “Entendem-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização 
da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.Parágrafo único. O Poder Público, 
em níveis federal, estadual e municipal, incentivará:I - a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços nobres, de programas e 
campanhas educativas, e de informações acerca de temas relacionados ao meio ambiente; II - a ampla participação da escola, da universidade e de 
organizações não-governamentais na formulação e execução de programas e atividades vinculadas à educação ambiental não-formal; III - a participação de 
empresas públicas e privadas no desenvolvimento de programas de educação ambiental em parceria com a escola, a universidade e as organizações não-
governamentais; IV - a sensibilização da sociedade para a importância das unidades de conservação; V - a sensibilização ambiental das populações 
tradicionais ligadas às unidades de conservação; VI - a sensibilização ambiental dos agricultores; VII - o ecoturismo. Mais detalhes da lei no link 
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm). 
 
PROBLEMAS AMBIENTAIS 
 
Historicamente nota-se que os problemas ambientais provocados pelos humanos decorrem do uso dos recursos naturais necessários para produzir os bens e 
serviços de que estes necessitam e dos resíduos e rejeitos gerados. 
De acordo com (Barbieri, 2016, p.8) os recursos naturais são classificados como “renováveis, como energia solar, ar, água, plantas, animais, beleza cênica etc.; 
e não renováveis, como areia, argila, minérios, carvão mineral, petróleo etc. Recursos renováveis são aqueles que podem ser obtidos indefinidamente de uma 
mesma fonte, enquanto os não renováveis possuem uma quantidade finita, que em algum momento irá se esgotar se forem continuamente explorados”. 
O aumento da escala de produção e também de consumo tem sido um importante fator que estimula a exploração dos recursos naturais provocando os 
problemas ambientais que hoje conhecemos. Nesse contexto, a Revolução Industrial é um marco importante na intensificação dos problemas ambientais. A 
maior parcela de emissões ácidas, de gases do efeito estufa e de substâncias tóxicas resulta das atividades industriais em todo o mundo. O lixo gerado pela 
população cada vez mais está composto por restos de embalagens e de produtos industriais. O uso de inseticidas, herbicidas, fertilizantes, implementos e 
outros produtos industrializados fez com que a agricultura se tornasse uma atividade intensiva em degradação ambiental. O mesmo pode-se dizer da pesca, 
dos transportes e das atividades comerciais e de serviço. Grande parte dos problemas ambientais produzidos por agências bancárias, escritórios, consultórios, 
lojas, escolas, repartições públicas, hotéis, hospitais, aeroportos e outros estabelecimentos de serviço se deve aos materiais industrializados que dão suporte 
às suas atividades. (BARBIERI, 2016) 
Ainda conforme o mesmo autor, partir da Revolução Industrial surge uma diversidade de substâncias e materiais que não existiam na natureza. Milhões de 
substâncias químicas foram criadas, e esse número não para de crescer. A era industrial alterou a maneira de produzir degradação ambiental ao criar técnicas 
produtivasintensivas em materiais e energia para atender mercados de grandes dimensões, de modo que a exploração de recursos e as descargas de 
resíduos cresceram a ponto de ameaçar a subsistência de gerações futuras. 
A maneira como a produção e o consumo ocorrem desde então exige recursos e gera resíduos, ambos em quantidades vultosas, a ponto de já ameaçar a 
capacidade de suporte do próprio planeta, que é a quantidade de seres vivos que ele pode suportar sem se degradar. Há muitos sinais de que a Terra já se 
encontra nos limites ou esgotamento de sua capacidade para suportar as espécies vivas. Entre esses sinais estão os diversos problemas ambientais que vêm 
se agravando ao longo do tempo, sendo que alguns já adquiriram dimensões globais ou planetárias, como a perda de biodiversidade, a redução da camada de 
ozônio, a contaminação das águas, as mudanças climáticas decorrentes da intensificação das emissões de gases de efeito 
estufa e outros. 
 
O efeito estufa 
O aquecimento global refere-se o aumento das temperaturas médias do planeta ao longo dos últimos tempos, o que, em tese, é causado pelas ações 
antrópicas (ações do homem). A principal causa desse problema climático que afeta todo o planeta é a intensificação do feito estufa, fenômeno natural 
responsável pela manutenção do calor na Terra e que vem apresentando uma maior intensidade em razão da poluição do ar resultante das práticas humanas. 
Recentes estudos realizados por pesquisadores e cientistas, têm indicado que as ações antrópicas têm agravado esse processo por meio de emissão de gases 
na atmosfera, especialmente o CO2. 
O dióxido de carbono (CO2) é produzido a partir da queima de combustíveis fósseis usados em veículos automotores movidos à gasolina e óleo diesel. Esse 
não é o único agente que contribui para emissão de gases, existem outros como as queimadas em florestas, pastagens e lavouras após a colheita. O carbono 
é removido da atmosfera principalmente pela fotossíntese das plantas terrestres, sendo devolvido à atmosfera por meio da respiração de plantas, animais e 
microrganismos. Os animais realizam apenas a respiração, liberando o CO2 na atmosfera, e obtêm o carbono de que precisam de forma direta. 
 
O efeito estufa é um efeito ocasionado pela concentração de gases como dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4), entre outros, lançados na atmosfera e 
que formam uma camada capaz de reter as radiações infravermelhas (raios do sol) e, por consequência, gerar o aquecimento da crosta terrestre. Em 
condições normais, essa camada de gases permite que tenhamos uma temperatura média de 16º C, caso contrário a temperatura seria de 30º C negativos e a 
existência da vida seria praticamente impossível. O que vemos hoje é um aumento constante dessa camada protetora provocado, principalmente, pela 
queima de combustíveis fósseis, madeira, gás natural de motores, de usinas e indústrias, resultando na retenção maior de radiação. (FREITAS, 2017). 
Com o intenso crescimento da emissão de gases e também de poeira que vão para a atmosfera, certamente a temperatura do ar terá um aumento de 
aproximadamente 2ºC em médio prazo. Caso não haja um retrocesso na emissão de gases, esse fenômeno ocasionará uma infinidade de modificações no 
espaço natural e, automaticamente, na vida do homem. Dentre muitas, as principais são: 
• Mudanças climáticas drásticas, onde lugares de temperaturas extremamente frias sofrem elevações e áreas úmidas enfrentam períodos de estiagem. Além 
disso, o fenômeno pode levar áreas cultiváveis e férteis a entrar em um processo de desertificação. 
• Aumento significativo na incidência de grandes tempestades, furacões ou tufões e tornados. 
• Perda de espécies da fauna e flora em distintos domínios naturais do planeta. 
• Contribuir para o derretimento das calotas de gelo localizadas nos polos e, consequentemente, provocar uma elevação global nos níveis dos oceanos. 
 
 
Consequências do efeito estufa 
1. Mudança nos padrões das chuvas regionais– Algumas regiões podem se tornar mais secas outras mais chuvosas. Com a mudança dos padrões de chuva 
podem ocorrer novas secas ou secas mais prolongadas, afetando a saúde pública. 
2. Zonas climáticas e agrícolas poderão migrar em direção aos polos – Os verões mais secos podem afetar diretamente a agricultura, deslocando as áreas de 
cultivo para as regiões mais frias. 
3. Elevação do nível dos mares – O derretimento de geleiras e dilatação térmica da água dos oceanos causará elevação nos níveis dos mares, ameaçando as 
zonas costeiras, áreas densamente povoadas e também pequenas ilhas. 
4. Elevação da intensidade das tempestades tropicais– Isso provocará chuvas e ventos fortes podendo deixar um grande saldo de desabrigados e mortes. 
5. Proliferação de insetos em regiões de clima quente – Esse fenômeno intensificará a propagação de doenças como a dengue e malária e a destruição de 
plantações. 
6. Impactos significativos nos recursos hídricos – Haverá escassez da água doce. 
7. Falta de recursos – Os países em desenvolvimento ou menos desenvolvidos não terão recursos suficientes para precaverem-se contra os impactos ou 
minimizar seus efeitos, gerando impactos sociais e econômicos. 
8. A regiões áridas poderão transformar-se em desertos. – poderá ocorrer um empobrecimento do solo substituindo a vegetação natural por uma superfície 
composta por um elemento arenoso desprovido de vida 
9. Redução da produção de alimentos – Poderá haver redução do potencial de produção de alimentos, gerando maior fome e miséria. 
10. Variação climática poderá causar impactos sobre diferentes ecossistemas – Poderá ocasionar o desaparecimento de espécies 
de fauna e flora. 
A convenção da Mudança do clima e o Protocolo de Kyoto são exemplos dos esforços empreendidos para desenvolver formas globais de controle de 
emissões e regular a utilização da atmosfera como um bem público global, de livre acesso. A estrutura obtida através destes esforços busca reduzir a 
emissão dos gases do efeito estufa em diferentes setores e países, começando por aqueles que mais contribuem para o agravamento do problema. 
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática 
Um marco na tomada de consciência sobre o aquecimento global foi o depoimento do físico James Edward Hansen, da NASA, em 1988, ao Congresso Norte-
Americano, no qual apontava evidências científicas de que os humanos estavam interferindo perigosamente no clima. Suas denúncias contribuíram para o 
estabelecimento, em novembro de 1998, do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPPC) ela Organização Metereológica Mundial (OMM) e 
pelo PNUMA, com o objetivo de reunir todas as evidências científicas sobre o assunto. O IPPC é constituído por cientistas de diversos países e áreas de 
conhecimento e, dois anos após ter sido estabelecido, publicou seu primeiro relatório de avaliação, no qual afirmava que a mudança climática representava 
de fato uma ameaça à humanidade e conclamava pela adoção de um tratado internacional sobre o problema. Durante a Conferência das Nações Unidas 
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), em junho de 1992, foi assinada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática 
por 155 países. O objetivo maior da Convenção e de todos os documentos derivados, gerados pelo seu órgão máximo, a Conferência das partes, é obter a 
estabilização das concentrações de gases que provocam o efeito estufa na atmosfera a níveis que não interfiram no sistema climático que sustenta a vida na 
Terra. A Convenção estabeleceu que os países, primeiramente, deveriam fazer inventários nacionais de suas emissões, estabelecer metas e programas 
nacionais e proceder a transferências tecnológicas. Além disso, para um grupo de países incluídos no Anexo I (países desenvolvidos ou com economias em 
transição para economia de mercado), estabeleceu-se a obrigação já para o ano de 2000 de reduzir suas emissões de gases que provocam o efeito estufa nos 
níveis que tinham sido observados em 1990. No entanto,como se avançou muito pouco rumo à meta estabelecida, em 1995 a Conferência das Partes, órgão 
supremo encarregado de revisar regularmente a implementação da Convenção, aprovou uma fase em que as atividades seriam realizadas de maneira 
voluntária e conjunta entre os países desenvolvidos. Este mecanismo é conhecido como de Implementação Conjunta. (DIAS, 2017). 
 
O Protocolo de Kyoto 
A terceira Conferência das Partes, realizada em Kyoto, em 1997, foi um marco no entendimento de uma relação maior entre os temas ambientais e 
econômicos, na medida em que os resultados obtidos no encontro assumem que é necessário revisar a tendências de desenvolvimento no mundo, bem 
como reconhecer que qualquer esforço em direção à sustentabilidade requer maior profundidade dos estudos, envolvendo a determinação de capacidades 
de carga dos ecossistemas e a criação de um arcabouço institucional global que permita regular o acesso ao bem público, como recurso comum, com critérios 
de eficiência econômica que levem em consideração a necessidade de diminuição das desigualdades sociais. O principal resultado do encontro de Kyoto foi 
o Protocolo, segundo o qual os países industrializados deveriam cortar suas emissões para baixo dos níveis de 1990. O acordo é assinado por 84 países, 
mas sua entrada em vigor depende da ratificação 55 países, que respondem por 55% das emissões de gases que provocam o efeito estufa. Em maio de 2001, 
o IPPC divulga seu terceiro relatório, confirmando os efeitos devastadores da atividade humana sobre o planeta. No mês de julho, a União Europeia e o Japão 
decidem dar continuidade ao Protocolo, mesmo sem a presença dos EUA, tornando-se daí então de fundamental importância a participação da Rússia, que 
detém 17% das emissões dos países industrializados (que constam do Anexo I), o que poderia completar as exigências mínimas que tornariam viável o 
acordo. No dia 5 de novembro de 2004, a Rússia assina o acordo e em 16 de fevereiro de 2005 o Protocolo entra em vigor. Um aspecto importante a ser 
considerado é a elevação do grau de conscientização mundial em relação à necessidade de implementar o Protocolo de Kyoto e reduzir o perigo 
representado pelo aquecimento global. Os principais pontos do Protocolo são os seguintes: Os países desenvolvidos (do Anexo I) se comprometem a reduzir 
entre os anos de 2008 e 2012 suas emissões abaixo do registrado no ano de·1990. De maneira conjunta e não diferenciada, devem reduzir suas emissões em 
5,2% (artigo 3.1 e Anexo B); os países do Anexo I poderão participar de sistemas de intercâmbio de direitos de emissão (artigo 3.10 e artigo 6). Os países que 
não estão incluídos no Anexo I deverão) na medida do possível) formular programas para melhorar seus sistemas de informação e de inventários de emissões 
(artigo 10); os países que não fazem parte do Anexo I deverão formular) na medida do possível) programas para mitigar a mudança climática que 
contemplem a remoção de obstáculos para limitar ou abater as emissões ou incrementar a capacidade de captação de carbono) através de eficiência 
energética, preços de mercado) reforma no setor energético, regimes regulatórios, uso de energia renovável, melhoramento de tecnologias no setor de 
transporte e industrial) acordos voluntários com a indústria (artigo 10); estabelece-se um Mecanismo para o Desenvolvimento Limpo) no qual os países em 
vias de desenvolvimento poderão receber investimentos dos países do Anexo I (Desenvolvidos) destinados a abater emissões que aqueles realizem em seu 
território) através de um mecanismo de compensação baseado no aumento da captação de gases que provocam o efeito estufa no país em desenvolvimento 
favorecido. Os procedimentos que assegurem a transparência e eficiência serão estabelecidos pela Reunião das Partes) através de sistemas independentes 
de auditoria (artigo 12); o Protocolo entrará em vigor 90 dias depois de que haja sido ratificado pelo menos por SS países) incluindo um conjunto de países do 
Anexo I que representem pelo menos SS% de suas emissões totais (artigo 24); reduções obrigatórias de gases que provocam o efeito estufa entre os anos de 
2008-2012 para os países do Anexo I da Convenção (porcentagem do total de emissões registradas no ano-base de 1990). (DIAS, 2017). 
Mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL) 
Visto que alguns países não conseguem atingir as metas estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto, criou-se um sistema de compensação, através do qual países 
que não precisam reduzir as emissões e têm práticas de preservação ao meio ambiente atuam como voluntários, vendendo seus créditos para países 
investidores e que precisam reduzir suas emissões. Este mecanismo representa uma forma de cooperação, através de implementação conjunta e comércio de 
emissões, permitindo que países desenvolvidos cumpram suas metas através de financiamento de projetos em países em vias de desenvolvimento, tais 
como: conservação de áreas naturais protegidas, reflorestamento, iluminação eficiente, eficiência energética nos processos industriais etc. (DIAS, 2017). É um 
dos mecanismos de flexibilização criados pelo Protocolo de Kyoto para auxiliar o processo de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) ou de 
captura de carbono (ou sequestro de carbono) onde os países em desenvolvimento poderão receber investimentos dos países desenvolvidos (do Anexo I, tal 
como Estados Unidos, Alemanha, entre outros). O MDL visa o alcance do desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento (país anfitrião), a partir 
da implantação de tecnologias mais limpas nestes países, e a contribuição para que os países do Anexo I cumpram suas reduções de emissão. Os projetos de 
MDL podem ser baseados tecnologias que gerem fontes renováveis e alternativas de energia, eficiência e conservação de energia ou reflorestamento. 
Existem regras claras e rígidas para aprovação de projetos no âmbito do MDL. Estes projetos devem utilizar metodologias aprovadas, devem ser validados e 
verificados por Entidades Operacionais Designadas (EODs), e devem ser aprovados e registrados pelo Conselho Executivo do MDL. Estes projetos devem 
utilizar metodologias aprovadas e ser validados e verificados por Entidades Operacionais Designadas (EODs), além de ser habilitados e registrados pelo 
Conselho Executivo do MDL. Também o governo do país anfitrião, através da Autoridade Nacional Designada (AND), assim como o governo do país que 
comprará os CERs, devem avalizar os projetos. No Brasil, a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima, estabelecida em 1999, atua como AND 
Brasileira. O primeiro projeto de MDL, aprovado pela ONU, no mundo, foi o do aterro sanitário de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro, que utiliza 
tecnologias bem precisas de engenharia sanitária, tendo os créditos de carbono sido negociados diretamente com os Países Baixos. Créditos de carbono ou 
Redução Certificada de Emissões (RCE) são certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE). Por convenção, uma 
tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivalente corresponde a um crédito de carbono. Este crédito pode ser negociado no mercado internacional. Créditos 
de carbono criam um mercado para a redução de GEE dando um valor monetário à poluição. Acordos internacionais como o Protocolo de Quioto determinam 
uma cota máxima que países desenvolvidos podem emitir. Os países, por sua vez, criam leis que restringem as emissões de GEE. Assim, aqueles países ou 
indústrias que não conseguem atingir as metas de reduções de emissões, tornam-se compradores de créditos de carbono. Por outro lado, aquelas indústrias 
que conseguiram diminuir suas emissões abaixo das cotas determinadas, podem vender o excedente de "redução de emissão" ou "permissão de emissão" no 
mercado nacional ou internacional.As nações desenvolvidas podem promover a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE) em países em 
desenvolvimento através do mercadode carbono quando adquirem créditos de carbono provenientes destes países. Ministério Público de Goiás < 
http://www.mpgo.mp.br/portal/noticia/mecanismos-de-desenvolvimento-limpo-mdl#.WfyXcHZryic>. 
 
O Acordo de Cancun na COP 16 
A 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-16), que ocorreu em novembro de 2010 em Cancun, México, contou com a 
participação de mais de 190 países. Os resultados embora modestos constituíram um avanço pois foi assinado um documento denominado Acordo de 
Cancun, onde se estabelece um série de medidas para proteção do meio ambiente. O acordo estabelece um adiamento do segundo período de vigência do 
Protocolo de Kyoto e elevam a perspectiva para a redução de emissões de gases poluentes. No documento foi incluída a perspectiva de manutenção da 
elevação da temperatura global a 2° C, com previsões de revisão deste objetivo entre 2013 2015 para 1,50 C - como recomendado pela comunidade científica 
internacional. O texto também estabelece a operação de um Fundo Verde que até 2020 deverá liberar US$ 100 bilhões por ano, administrado pelas Nações 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mecanismos_de_flexibiliza%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gases_do_efeito_estufa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sequestro_de_carbono
https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_renov%C3%A1vel
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reflorestamento
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Entidade_Operacional_Designada&action=edit&redlink=1
Unidas, com a participação do Banco Mundial. Este fundo visa o desenvolvimento de ações de mitigação e adaptação em países em desenvolvimento. Em 
matéria de desenvolvimento e transferência de tecnologia se obteve a criação de um mecanismo que facilitará o acesso a tecnologia verde e permitirá o 
trânsito a uma economia de reduzido uso de carbono. Foi incluído no acordo a criação de centros de pesquisa e tecnologia em países em desenvolvimento. 
Foram adotados mecanismos para reduzir as emissões por desmatamento e degradação dos solos e a instrumentação do mecanismo REDD (Redução de 
Emissões por Desmatamento e Degradação). Esse princípio prevê que países com florestas recebam incentivos financeiros pela redução de emissões 
florestais. Os incentivos viriam de nações desenvolvidas, que poderiam ou não utilizar o REDD para compensar as próprias emissões, constituindo aí um 
mercado de créditos. Como o desmatamento responde por aproximadamente 20% das emissões mundiais de CO2 a aprovação do REDD é uma das decisões 
tomadas COP 16 que poderá beneficiar diretamente o Brasil. 
 
Acordo climático de Paris na COP 21 
O acordo alcançado em Paris em dezembro de 2015 durante a COP 21 com participação de 195 países é considerado o primeiro acordo climático global da 
história. Foi o primeiro acordo em que tanto as nações desenvolvidas como os países em desenvolvimento se comprometeram a administrar a transição para 
uma economia de baixo carbono. O acordo de Paris passa a vigorar a partir de 2016 em substituição ao Protocolo de Kyoto. Estabelece o objetivo de 
conseguir que o aumento das temperaturas se mantenha abaixo de dois graus centígrados e o compromisso de realizar esforços para limitar o 
aumento das temperaturas a 1,5 graus em comparação com a era pré-industrial. Para alcançar estes objetivos os países se comprometeram a fixar a cada 
cinco anos seus objetivos nacionais para reduzir a emissão dos gases do efeito estufa (GEE). Acordo de Paris aponta para o fim da utilização dos combustíveis 
fósseis como meta alcançável ainda neste século, assim como a expectativa de haver um esforço global para sua viabilização no mais curto prazo possível, em 
vista das evidências da progressão de altas temperaturas no planeta, devido ao efeito estufa. Este ponto foi consensual no encontro e traz um enorme 
significado para nossa civilização industrial. O Acordo de Paris possibilita o surgimento de um modelo de produção integral e inclusivo que leva em 
consideração as variáveis ambiental e social, se pautando por baixas emissões de carbono com a utilização predominante de energias renováveis e uso 
racional e sustentável dos recursos naturais. Para ser possível o gradativo abandono dos combustíveis fósseis é necessário que as sociedades avancem no 
desenvolvimento de inovações verdes que permitam a obtenção de energia de fontes alternativas a um custo mais baixo. Neste aspecto, o Acordo do Paris 
abre uma ampla possibilidade de renovação industrial que provocará mudanças significativas em processos, produtos e serviços nos 
próximos anos. Muitos investimentos que priorizaram os combustíveis fósseis nos últimos tempos deverão ser repensados e provavelmente abandonados. 
(DIAS, 2017). 
 
Protocolo Verde 
O Governo Federal, através de seus ministérios e bancos oficiais brasileiros, baseados na Lei n° 6938, de 31 de agosto de 1981, instituída como a Política 
Nacional do Meio Ambiente, criou, em 1995, o Protocolo Verde. Esse documento incorpora a variável ambiental na gestão e concessão de crédito oficial e 
benefícios fiscais e com isso foram criados mecanismos que evitam a utilização de créditos e benefícios em atividades e empreendimentos que sejam 
prejudiciais ao meio ambiente. 
 
As águas do planeta Terra 
A água cobre 71% da superfície da Terra e é fundamental para a existência da vida. Foi dela que todos os seres vivos surgiram, sendo impossível imaginar 
alguma forma de vida sem água. A água sempre foi um recurso natural essencial para a sobrevivência do homem e o seu desenvolvimento. 
Os principais poluentes das águas são as atividades humanas que podem atingir águas superficiais e subterrâneas de formas bastante diversas. Podem ser 
através dos esgotos domésticos, os efluentes industriais, as drenagens de áreas agrícolas e urbanas e ainda por fontes naturais. Algumas delas são: 
a) Esgotos domésticos – Provêm dos vasos sanitários, ralos de banheiro, dos tanques de lavar roupa, das pias da cozinha. Nas cidades são gerados outros 
resíduos provenientes de outras atividades como: padaria, posto de combustível, restaurantes, açougues e outros. E, quando despejados em um rio, 
provocam na água alterações físicas, químicas e biológicas. 
b) Efluentes industriais – Sólidos em suspensão, metais pesados, compostos tóxicos, substâncias teratogênicas, microrganismos patogênicos, cancerígenos, 
entre outras. É importante salientar que podem ser encontradas em proporções diferentes, tanto qualitativas como quantitativas. 
c) Drenagem de áreas agrícolas e urbanas – Nas áreas agrícolas, encontramos os fertilizantes e os defensivos, e nas zonas urbanas, os lixos urbanos, galhos, 
folhas, terra e areia. Ambos são arrastados pelas chuvas até os cursos d’água, poluindo e provocando o assoreamento dos rios. 
d) Fontes naturais – São folhas, galhos, partículas decorrentes de arrastes do solo, restos de animais. Não provocam alterações significativas na água. 
 
Consumo Consciente 
Conforme Ministério do Meio Ambiente (2016), consumo consciente ou sustentável é o “uso de bens e serviços que atendam às necessidades básicas, 
proporcionando uma melhor qualidade de vida, enquanto minimizam o uso dos recursos naturais e materiais tóxicos, a geração de resíduos e a emissão de 
poluentes durante todo o ciclo de vida do produto ou serviço, de modo que não se coloque em risco as necessidades das futuras gerações” (MMA, 2011). 
Descreve ainda que o consumo consciente é uma questão de hábito de pequenas transformações em nosso cotidiano é extremamente relevante para o 
futuro. Assim, o consumo consciente é uma ação voluntária, rotineira e solidária para preservar a sustentabilidade da Terra. Segundo o Instituto Akatu (2016), 
consumir conscientemente é ter um olhar de que o ato de consumir um produto ou serviço está num contexto maior de ciclo de vida da produção. É um ato 
que considera a sustentabilidade ambiental, social, econômico e individual uma maneirade conservar a vida no planeta. Portanto, o consumo consciente é 
um tema atual de transformações de ideias e atitudes, buscando preservar o meio ambiente e minimizar o consumo exagerado e prejudicial. O resultado 
desse quadro caracterizado pela escalada dos problemas ambientais de toda ordem é o comprometimento do próprio futuro da Terra e de todos os seres 
vivos, e não apenas dos humanos. Assista o vídeo “A história das coisas” disponível no link http://www.youtube.com/watch?v=Q3YqeDSfdfk – o vídeo mostra 
problemas sociais e ambientais criados como consequência dos nossos hábitos consumistas. No Vídeo Hábitos de Consumo – ver em 
http://www.youtube.com/watch?v=0aW_TYLz4ew - o biólogo Vinicius Thees mostra que pequenas mudanças de atitude podem fazem uma enorme 
diferença tanto para o custo de dia de consumidores quanto para o planeta. 
Neste contexto surge o conceito de pegada ecológica, que conforme Dias (2017) é um “indicador ambiental de caráter integrador do impacto que exerce 
uma certa comunidade humana – país, região ou cidade - sobre o seu entorno considerando tanto os recursos necessários como os resíduos gerados para a 
manutenção do modelo produtivo e do consumo da comunidade”. Segundo o WWF-Brasil, a Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade 
ambiental que avalia a pressão do consumo das populações humanas sobre os recursos naturais, seu objetivo é medir a quantidade de recursos naturais 
renováveis para manter o estilo de vida da sociedade (alimentação, transporte, vestimenta, passeios, casa, etc.), permitindo comparar diferentes padrões de 
consumo e verificar se estão dentro da capacidade do planeta. Portanto, constitui uma ferramenta de contabilidade de recursos naturais para medir a 
sustentabilidade, pois o método traça uma comparação entre o consumo humano e a capacidade de regeneração dos recursos naturais de suportá-lo. 
 
A noção de esgotamento ou renovação de recursos envolve a dimensão de tempo, e a perspectiva de tempo dos humanos nem sempre é a mesma daquela 
que seria necessária para a renovação de certos recursos. A perspectiva de tempo humana e o modo de usar os recursos são as condições que os tornam 
renováveis ou não, por exemplo, as plantas são consideradas recursos renováveis, mas uma árvore que leva mais de 200 anos para fornecer um determinado 
tipo de madeira é na realidade um recurso não renovável na escala humana. Os combustíveis fósseis são consumidos no ato da sua utilização, e os estoques 
dos recursos naturais usados para produzi-los (petróleo, gás natural, carvão mineral) não se renovam. Já os metais e outros produtos minerais, como areia, 
argila, granito, podem ser reutilizados e reciclados, embora seus estoques também não se renovem. Os metais são produzidos graças ao fato de que os 
recursos minerais de onde são extraídos encontram-se acumulados em grandes depósitos, tornando técnica e economicamente viável a sua exploração. O 
uso dos produtos desgasta os metais pelo atrito, corrosão, fragmentação, quebras e outras formas de perdas, disseminando-os em porções diminutas pelo 
planeta, o que inviabiliza a sua recuperação de forma econômica. Assim, com o uso continuado, esses materiais irão acabar em algum momento, mesmo que 
seja só daqui a milhares de anos, embora continuem existindo enquanto elementos da natureza, pois os seus átomos não são destruídos com o uso. 
Excetuando a energia solar que incide diretamente sobre o planeta, os demais recursos renováveis podem se exaurir dependendo de como são usados ou 
como a natureza é afetada pelas transformações naturais e humanas. (BARBIERI, 2016). 
A poluição é um dos aspectos mais visíveis dos problemas ambientais, e a percepção dos seus impactos se deu de forma gradativa ao longo do tempo. 
Primeiro, no nível local, nas proximidades das unidades geradoras de poluição, depois descobriu-se que ela não respeita fronteiras entre países e regiões, e, 
finalmente, verificou-se que certos problemas atingem proporções planetárias. A percepção dos danos causados pela poluição se deu também de forma 
fragmentada quanto a seu meio receptor, resultando daí uma repartição do meio ambiente em ar, água e solo, ou atmosfera, hidrosfera e litosfera, 
respectivamente. 
O autor (Barbieri, 2016, p.15) define: Poluir é sujar, corromper, contaminar, degradar, manchar; poluição é o ato ou efeito de poluir; e poluente é o que polui, 
ou seja, poluente é qualquer forma de material ou energia que produz impactos adversos no meio ambiente físico, biológico e social. Poluição é a presença e 
poluentes no meio ambiente e, consequentemente, uma causa de sua degradação. 
 
Esta produção lhe permitirá participar do FORUM DE CONTEÚDO 01 na NETAULA e a Discursiva 1. Esta atividade NÃO conta nota e não é necessário postar 
na NetAUla. 
Com relação as temáticas conforme os capítulos 1, 2 e 3 do livro da disciplina, do texto acima e pesquisas complementares, reflitam e respondam: 
1) O que o Brasil está fazendo, atualmente, para evitar a poluição do meio ambiente e o agravamento do efeito estufa? 
2) Por que é importante a consciência ecológica e quando começou este despertar? Faça uma relação entre o processo da industrialização e o meio 
ambiente. 
Aprofunde seus estudos e não perca os prazos das atividades avaliativas na NetAula. 
 
Referencias: 
Barbiere, José Carlos. Gestão ambiental empresarial: conceitos modelos e instrumentos. São Paulo: Saraiva, 2016 
Fonte FREITAS, Eduardo de. "Efeito Estufa"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/efeito-estufa.htm>. Acesso em 20 de julho 
de 2017. 
Instituo Akatu. Pesquisa Akatu 2012: Rumo à Sociedade do Bem-Estar. Disponível em: <http://www.akatu.org.br/pesquisa/2012/PESQUISAAKATU.pdf>. 
Acesso em: 26 jul 2017. 
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. O que é consumo consciente? 2016.. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/responsabilidade-
socioambiental/producao-e-consumo-sustentavel/consumo-consciente-de-embalagem/quem-e-o-consumidor-consciente/item/7591>. Acesso em: 26 jul. 
http://www.akatu.org.br/pesquisa/2012/PESQUISAAKATU.pdf
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumo-sustentavel/consumo-consciente-de-embalagem/quem-e-o-consumidor-consciente/item/7591
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumo-sustentavel/consumo-consciente-de-embalagem/quem-e-o-consumidor-consciente/item/7591
2017.

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