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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO: ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO E MEIO AMBIENTE PROFESSOR(A): Ms.Marie Rocha CRÉDITOS: 4 UNIDADE/EAD: 1000 HORAS/AULA TOTAIS: 68 HORAS ANO/SEM.: 2019-02 ATIVIDADE PRATICA Nº 01 Esta Atividade pode ser realizada em grupo (no encontro presencial) ou individualmente pelo aluno, consiste em um exercício articulado com o FÓRUM DE CONTEÚDO 1 e a ATIVIDADE DISCURSIVA 1 na NetAula. Fundamenta-se no conteúdo dos capítulos 1, 2 e 3 do livro da disciplina e no texto abaixo para complementação dos estudos. Ressalta-se que esta atividade é para reforçar os conteúdos da disciplina e não conta nota para os graus G1 e G2. O capitulo 1 trata do relacionamento do homem com o meio ambiente ao longo de sua evolução e das consequências do desenvolvimento tecnológico para a natureza nos últimos 200 anos. O capítulo 2 aborda as últimas décadas do século XX, quando a sociedade começou a perceber o preço que está pagando em nome do progresso, por meio da poluição gerada sem controle e do uso desenfreado dos recursos naturais. Também veremos os movimentos governa- mentais que ocorreram pelo mundo para estudar, entender e tentar conter esses problemas. O capítulo 3 aborda o tema do efeito estufa, seus agentes causadores, seus efeitos previsíveis, o que é o Protocolo de Kioto e Protocolo Verde. Também veremos como se forma a camada de ozônio e a sua importância para a vida na terra. Por fim, como estão distribuídas as águas no nosso planeta, agentes poluentes e tratamento. A seguir reforçarmos pontos relevantes abordados nos capítulos 1, 2 e 3 em especial sobre impactos causados no meio ambiente, oportunizando embasamento e um maior entendimento a respeito desta temática. O ser humano possui uma capacidade de se adaptar ao ambiente natural maior que qualquer outra espécie, devido à sua característica de construir seu próprio espaço para viver, modificando seu ambiente natural. No período da pré-história, o homem vivia em constante estado de luta e defesa pela sobrevivência contra os animais que lhe eram superiores em força e contra as alterações climáticas da natureza. Com o passar do tempo, o homem aprendeu a superar essas dificuldades desenvolvendo ferramentas que multiplicavam sua força e, ao mesmo tempo, descobriu que, se vivesse em grupos mais facilmente, superaria as adversidades. Dias salienta que essa superação afetou de maneira significativa a natureza durante esse período, pois mostrou a importante diferença entre o ser humano e os outros animais. Suas ações eram primeiramente concebidas pelo pensamento, em forma de planejamento, e depois em ações. Ainda segundo Dias, desse modo se desenvolveu um processo de organização do trabalho e, por conseguinte, a distribuição de tarefas. Com este desenvolvimento o homem passou a fazer tudo que outros animais faziam, porém de uma maneira melhor. Construiu abrigos melhores do que outras espécies, aperfeiçoou métodos de caça e pesca, superou os animais mais ferozes, passando a ser o predador mais temido. Com isso, sua intervenção na natureza aumentou de forma gradativa e acumulativa. Com o domínio da agricultura, o homem deixou de ser nômade e passou a ser sedentário. Como sua produção de grãos precisava ser armazenada, surgiram os silos e, com a abundância de alimentos, a concentração de pessoas em determinados lugares passou a aumentar. Para a proteção da criação de animais domésticos, as terras precisavam ser protegidas, surgindo as propriedades privadas e concentrações de pessoas em determinados núcleos. As organizações começam a ficar mais complexas e com isso avançaram na alteração do meio ambiente ao seu redor. Foi no século XVIII, com a Revolução Industrial, na Inglaterra, que ocorreu a segunda Revolução Científica-Tecnológica. O surgimento da máquina a vapor deu ao homem uma nova perspectiva de produção, isto é, o que antes era feito de maneira artesanal, exigindo muito esforço físico e demora, passou a ser feito por máquinas, aumentando de forma exponencial a produtividade além da possibilidade de criação de novos produtos até então não imaginados. Com isso teve início o uso intensivo de recursos naturais. E, quanto maior o aperfeiçoamento dos processos, maior o consumo de recursos naturais, além de provocar mudanças de hábitos, impulsionando o crescimento demográfico. A década de 1960 foi o marco que deu início aos debates sobre a necessidade de mudança da relação do homem com a natureza. Tiveram início as contextualizações sobre a importância do gerenciamento da natureza, para garantir à geração presente e às gerações futuras a possibilidade de se desenvolverem. No ano de 1962, a bióloga Rachel Carson, que trabalhou durante 17 anos no departamento de Caça e da Vida Selvagem dos Estados Unidos, publicou o livro Primavera silenciosa (Silent spring), o qual denunciava o uso abusivo do dicloro difenil tricloroetano (DDT), um agrotóxico que, além de acarretar sérios riscos de câncer e de outras doenças, danificaria a terra a tal ponto que a primavera seria sem o canto dos pássaros, pois teriam sido exterminados pelo uso do inseticida amplamente utilizado para proteger a colheita contra os insetos. A preocupação com o meio ambiente pelas sociedades civis vem de longa data. Já no século XVII existiam sociedades científicas dedicadas principalmente à botânica, à zoologia, à geografia entre outros, porém, foi no final século XIX que surgiram as primeiras organizações ambientalistas conhecidas atualmente, isto é, ativas na defesa do meio ambiente e por envolverem pessoas de diferentes segmentos da sociedade. O marco para desencadear uma mobilização mundial sobre a poluição foi a publicação do livro Primavera silenciosa, em 1962, o qual alertava sobre os malefícios do DDT. A partir da década de 1970, foram realizados vários encontros importantes tratando dos efeitos do uso dos recursos naturais e a poluição, sendo fundamental ressaltar: o Clube de Roma, que resultou no relatório “Limites do Crescimento”; a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, na Suécia, em 1972, na qual foi criado o plano de ação Pnuma; a criação da CMMAD, em 1983, na Noruega, resultando no Relatório “Nosso Futuro Comum”; e a Rio-92, em que, entre os documentos gerados, estava a agenda para o século XXI. Neste período, também ocorrem movimentos não governamentais (ONG’s) que denunciam as grandes organizações poluentes. E começa um grande movimento para a educação ambiental. A UNESCO promoveu, em Belgrado em 1975, um Encontro Internacional sobre Educação Ambiental. O encontro culminou com a formulação de princípios e orientações para um programa internacional de Educação Ambiental (EA), segundo o qual esta deveria ser contínua, interdisciplinar, integrada às diferenças regionais e voltada para os interesses nacionais. Em 1977, ocorreu a Primeira Conferência sobre Educação Ambiental, em Tbilisi, Geórgia, considerada o mais importante evento para a evolução da EA no mundo. A “Conferência de Tbilisi”, como ficou conhecida, contribuiu para precisar a natureza da EA, definindo seus objetivos, características, recomendações e estratégias pertinentes ao plano nacional e internacional. Foi recomendado que a prática da EA deva considerar todos os aspectos que compõem a questão ambiental, ou seja, aspectos políticos, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos, éticos, culturais e ecológicos, dentro de uma visão inter e multidisciplinar. Na Conferência de Tbilisi, a Educação Ambiental foi definida como uma dimensão dada ao conteúdo e à prática da educação, orientada para resolução de problemas concretos do meio ambiente através de enfoques interdisciplinares e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade, como podemos ver no conceito ratificado na conferência: “Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas que lhe dizem respeito, uma populaçãoque tenha conhecimentos, as competências, o estado de espírito, as motivações e o sentido de participação e engajamento que lhe permitam trabalhar individualmente para resolver problemas atuais e impedir que se repitam” (UNESCO, 1971). Foram definidos os princípios básicos e a finalidade da EA. Princípios básicos da educação ambiental: Aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada disciplina, de modo que adquira uma perspectiva global; Considerar o meio ambiente em sua totalidade, ou seja, em todos os seus aspectos naturais e criados pelo homem (tecnológico e social, econômico, político, histórico cultural, moral e estético); Examinar as principais questões ambientais, do ponto de vista local, regional, nacional e internacional, de modo que os educadores se identifiquem com as condições ambientais de outras regiões; Insistir no valor e na necessidade da cooperação local, nacional e internacional para prevenir e resolver problemas ambientais; Ajudar a descobrir os sintomas e causas reais dos problemas ambientais. Finalidades da educação ambiental: Ajudar a fazer compreender, claramente, a existência e a importância da interdependência econômica, social, política e ecológica nas zonas urbanas e rurais; Proporcionar a todas as pessoas a possibilidade de adquirir os conhecimentos dos valores, o interesse ativo e as atitudes necessárias para proteger e melhorar o meio ambiente; Induzir novas formas de conduta nos indivíduos, nos grupos sociais e na sociedade, em seu conjunto, a respeito do meio ambiente. A educação ambiental no Brasil - Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Jornada Internacional de Educação Ambiental, realizada no Fórum Global na Rio-Eco 92, reafirma o compromisso crítico da EA no “Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global”. O tratado diz, que a EA não é neutra, mas ideológica; é um ato político baseado em valores para a transformação social. O Tratado considera a EA para a sustentabilidade equitativa como “um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida”. Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação humana e social e para a preservação ecológica. As definições são muitas, mas o importante a ressaltar é que a Educação Ambiental se caracteriza por apresentar uma abordagem integradora e holística das questões ambientais. Em 1988, a Constituição Federal define que a Educação Ambiental deve ser ofertada em todos os níveis, mas, na realidade, pouco se fez para incorporá-la ao currículo numa visão interdisciplinar. Em 1996, foram lançados pelo Ministério da Educação os “Parâmetros Curriculares”, os quais propõem que a Educação Ambiental seja discutida no currículo. Em 1997, foi sancionada a Lei Federal de Educação Ambiental, Lei 9.795, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental no Brasil. Esta Lei diz que a Educação ambiental deve ser um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal (Art.13). Ou seja, as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais, com a participação e parceria de Escolas, Universidades e Empresas. "Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade." Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/1999, Art 1º. “A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade intencional da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de prática social e de ética ambiental.” Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, Art. 2°. Conforme a Lei nº 9795/1999, a Educação Ambiental pode ser formal ou Não-Formal. O artigo 9 trata da educação no Ensino Formal como sendo aquela desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, englobando: I - educação básica: a) educação infantil;b) ensino fundamental e c) ensino médio;II - educação superior; III - educação especial; IV - educação profissional; V - educação de jovens e adultos. O art. 13 trata da Educação Ambiental Não-Formal “Entendem-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.Parágrafo único. O Poder Público, em níveis federal, estadual e municipal, incentivará:I - a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços nobres, de programas e campanhas educativas, e de informações acerca de temas relacionados ao meio ambiente; II - a ampla participação da escola, da universidade e de organizações não-governamentais na formulação e execução de programas e atividades vinculadas à educação ambiental não-formal; III - a participação de empresas públicas e privadas no desenvolvimento de programas de educação ambiental em parceria com a escola, a universidade e as organizações não- governamentais; IV - a sensibilização da sociedade para a importância das unidades de conservação; V - a sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às unidades de conservação; VI - a sensibilização ambiental dos agricultores; VII - o ecoturismo. Mais detalhes da lei no link (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm). PROBLEMAS AMBIENTAIS Historicamente nota-se que os problemas ambientais provocados pelos humanos decorrem do uso dos recursos naturais necessários para produzir os bens e serviços de que estes necessitam e dos resíduos e rejeitos gerados. De acordo com (Barbieri, 2016, p.8) os recursos naturais são classificados como “renováveis, como energia solar, ar, água, plantas, animais, beleza cênica etc.; e não renováveis, como areia, argila, minérios, carvão mineral, petróleo etc. Recursos renováveis são aqueles que podem ser obtidos indefinidamente de uma mesma fonte, enquanto os não renováveis possuem uma quantidade finita, que em algum momento irá se esgotar se forem continuamente explorados”. O aumento da escala de produção e também de consumo tem sido um importante fator que estimula a exploração dos recursos naturais provocando os problemas ambientais que hoje conhecemos. Nesse contexto, a Revolução Industrial é um marco importante na intensificação dos problemas ambientais. A maior parcela de emissões ácidas, de gases do efeito estufa e de substâncias tóxicas resulta das atividades industriais em todo o mundo. O lixo gerado pela população cada vez mais está composto por restos de embalagens e de produtos industriais. O uso de inseticidas, herbicidas, fertilizantes, implementos e outros produtos industrializados fez com que a agricultura se tornasse uma atividade intensiva em degradação ambiental. O mesmo pode-se dizer da pesca, dos transportes e das atividades comerciais e de serviço. Grande parte dos problemas ambientais produzidos por agências bancárias, escritórios, consultórios, lojas, escolas, repartições públicas, hotéis, hospitais, aeroportos e outros estabelecimentos de serviço se deve aos materiais industrializados que dão suporte às suas atividades. (BARBIERI, 2016) Ainda conforme o mesmo autor, partir da Revolução Industrial surge uma diversidade de substâncias e materiais que não existiam na natureza. Milhões de substâncias químicas foram criadas, e esse número não para de crescer. A era industrial alterou a maneira de produzir degradação ambiental ao criar técnicas produtivasintensivas em materiais e energia para atender mercados de grandes dimensões, de modo que a exploração de recursos e as descargas de resíduos cresceram a ponto de ameaçar a subsistência de gerações futuras. A maneira como a produção e o consumo ocorrem desde então exige recursos e gera resíduos, ambos em quantidades vultosas, a ponto de já ameaçar a capacidade de suporte do próprio planeta, que é a quantidade de seres vivos que ele pode suportar sem se degradar. Há muitos sinais de que a Terra já se encontra nos limites ou esgotamento de sua capacidade para suportar as espécies vivas. Entre esses sinais estão os diversos problemas ambientais que vêm se agravando ao longo do tempo, sendo que alguns já adquiriram dimensões globais ou planetárias, como a perda de biodiversidade, a redução da camada de ozônio, a contaminação das águas, as mudanças climáticas decorrentes da intensificação das emissões de gases de efeito estufa e outros. O efeito estufa O aquecimento global refere-se o aumento das temperaturas médias do planeta ao longo dos últimos tempos, o que, em tese, é causado pelas ações antrópicas (ações do homem). A principal causa desse problema climático que afeta todo o planeta é a intensificação do feito estufa, fenômeno natural responsável pela manutenção do calor na Terra e que vem apresentando uma maior intensidade em razão da poluição do ar resultante das práticas humanas. Recentes estudos realizados por pesquisadores e cientistas, têm indicado que as ações antrópicas têm agravado esse processo por meio de emissão de gases na atmosfera, especialmente o CO2. O dióxido de carbono (CO2) é produzido a partir da queima de combustíveis fósseis usados em veículos automotores movidos à gasolina e óleo diesel. Esse não é o único agente que contribui para emissão de gases, existem outros como as queimadas em florestas, pastagens e lavouras após a colheita. O carbono é removido da atmosfera principalmente pela fotossíntese das plantas terrestres, sendo devolvido à atmosfera por meio da respiração de plantas, animais e microrganismos. Os animais realizam apenas a respiração, liberando o CO2 na atmosfera, e obtêm o carbono de que precisam de forma direta. O efeito estufa é um efeito ocasionado pela concentração de gases como dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4), entre outros, lançados na atmosfera e que formam uma camada capaz de reter as radiações infravermelhas (raios do sol) e, por consequência, gerar o aquecimento da crosta terrestre. Em condições normais, essa camada de gases permite que tenhamos uma temperatura média de 16º C, caso contrário a temperatura seria de 30º C negativos e a existência da vida seria praticamente impossível. O que vemos hoje é um aumento constante dessa camada protetora provocado, principalmente, pela queima de combustíveis fósseis, madeira, gás natural de motores, de usinas e indústrias, resultando na retenção maior de radiação. (FREITAS, 2017). Com o intenso crescimento da emissão de gases e também de poeira que vão para a atmosfera, certamente a temperatura do ar terá um aumento de aproximadamente 2ºC em médio prazo. Caso não haja um retrocesso na emissão de gases, esse fenômeno ocasionará uma infinidade de modificações no espaço natural e, automaticamente, na vida do homem. Dentre muitas, as principais são: • Mudanças climáticas drásticas, onde lugares de temperaturas extremamente frias sofrem elevações e áreas úmidas enfrentam períodos de estiagem. Além disso, o fenômeno pode levar áreas cultiváveis e férteis a entrar em um processo de desertificação. • Aumento significativo na incidência de grandes tempestades, furacões ou tufões e tornados. • Perda de espécies da fauna e flora em distintos domínios naturais do planeta. • Contribuir para o derretimento das calotas de gelo localizadas nos polos e, consequentemente, provocar uma elevação global nos níveis dos oceanos. Consequências do efeito estufa 1. Mudança nos padrões das chuvas regionais– Algumas regiões podem se tornar mais secas outras mais chuvosas. Com a mudança dos padrões de chuva podem ocorrer novas secas ou secas mais prolongadas, afetando a saúde pública. 2. Zonas climáticas e agrícolas poderão migrar em direção aos polos – Os verões mais secos podem afetar diretamente a agricultura, deslocando as áreas de cultivo para as regiões mais frias. 3. Elevação do nível dos mares – O derretimento de geleiras e dilatação térmica da água dos oceanos causará elevação nos níveis dos mares, ameaçando as zonas costeiras, áreas densamente povoadas e também pequenas ilhas. 4. Elevação da intensidade das tempestades tropicais– Isso provocará chuvas e ventos fortes podendo deixar um grande saldo de desabrigados e mortes. 5. Proliferação de insetos em regiões de clima quente – Esse fenômeno intensificará a propagação de doenças como a dengue e malária e a destruição de plantações. 6. Impactos significativos nos recursos hídricos – Haverá escassez da água doce. 7. Falta de recursos – Os países em desenvolvimento ou menos desenvolvidos não terão recursos suficientes para precaverem-se contra os impactos ou minimizar seus efeitos, gerando impactos sociais e econômicos. 8. A regiões áridas poderão transformar-se em desertos. – poderá ocorrer um empobrecimento do solo substituindo a vegetação natural por uma superfície composta por um elemento arenoso desprovido de vida 9. Redução da produção de alimentos – Poderá haver redução do potencial de produção de alimentos, gerando maior fome e miséria. 10. Variação climática poderá causar impactos sobre diferentes ecossistemas – Poderá ocasionar o desaparecimento de espécies de fauna e flora. A convenção da Mudança do clima e o Protocolo de Kyoto são exemplos dos esforços empreendidos para desenvolver formas globais de controle de emissões e regular a utilização da atmosfera como um bem público global, de livre acesso. A estrutura obtida através destes esforços busca reduzir a emissão dos gases do efeito estufa em diferentes setores e países, começando por aqueles que mais contribuem para o agravamento do problema. Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática Um marco na tomada de consciência sobre o aquecimento global foi o depoimento do físico James Edward Hansen, da NASA, em 1988, ao Congresso Norte- Americano, no qual apontava evidências científicas de que os humanos estavam interferindo perigosamente no clima. Suas denúncias contribuíram para o estabelecimento, em novembro de 1998, do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPPC) ela Organização Metereológica Mundial (OMM) e pelo PNUMA, com o objetivo de reunir todas as evidências científicas sobre o assunto. O IPPC é constituído por cientistas de diversos países e áreas de conhecimento e, dois anos após ter sido estabelecido, publicou seu primeiro relatório de avaliação, no qual afirmava que a mudança climática representava de fato uma ameaça à humanidade e conclamava pela adoção de um tratado internacional sobre o problema. Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), em junho de 1992, foi assinada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática por 155 países. O objetivo maior da Convenção e de todos os documentos derivados, gerados pelo seu órgão máximo, a Conferência das partes, é obter a estabilização das concentrações de gases que provocam o efeito estufa na atmosfera a níveis que não interfiram no sistema climático que sustenta a vida na Terra. A Convenção estabeleceu que os países, primeiramente, deveriam fazer inventários nacionais de suas emissões, estabelecer metas e programas nacionais e proceder a transferências tecnológicas. Além disso, para um grupo de países incluídos no Anexo I (países desenvolvidos ou com economias em transição para economia de mercado), estabeleceu-se a obrigação já para o ano de 2000 de reduzir suas emissões de gases que provocam o efeito estufa nos níveis que tinham sido observados em 1990. No entanto,como se avançou muito pouco rumo à meta estabelecida, em 1995 a Conferência das Partes, órgão supremo encarregado de revisar regularmente a implementação da Convenção, aprovou uma fase em que as atividades seriam realizadas de maneira voluntária e conjunta entre os países desenvolvidos. Este mecanismo é conhecido como de Implementação Conjunta. (DIAS, 2017). O Protocolo de Kyoto A terceira Conferência das Partes, realizada em Kyoto, em 1997, foi um marco no entendimento de uma relação maior entre os temas ambientais e econômicos, na medida em que os resultados obtidos no encontro assumem que é necessário revisar a tendências de desenvolvimento no mundo, bem como reconhecer que qualquer esforço em direção à sustentabilidade requer maior profundidade dos estudos, envolvendo a determinação de capacidades de carga dos ecossistemas e a criação de um arcabouço institucional global que permita regular o acesso ao bem público, como recurso comum, com critérios de eficiência econômica que levem em consideração a necessidade de diminuição das desigualdades sociais. O principal resultado do encontro de Kyoto foi o Protocolo, segundo o qual os países industrializados deveriam cortar suas emissões para baixo dos níveis de 1990. O acordo é assinado por 84 países, mas sua entrada em vigor depende da ratificação 55 países, que respondem por 55% das emissões de gases que provocam o efeito estufa. Em maio de 2001, o IPPC divulga seu terceiro relatório, confirmando os efeitos devastadores da atividade humana sobre o planeta. No mês de julho, a União Europeia e o Japão decidem dar continuidade ao Protocolo, mesmo sem a presença dos EUA, tornando-se daí então de fundamental importância a participação da Rússia, que detém 17% das emissões dos países industrializados (que constam do Anexo I), o que poderia completar as exigências mínimas que tornariam viável o acordo. No dia 5 de novembro de 2004, a Rússia assina o acordo e em 16 de fevereiro de 2005 o Protocolo entra em vigor. Um aspecto importante a ser considerado é a elevação do grau de conscientização mundial em relação à necessidade de implementar o Protocolo de Kyoto e reduzir o perigo representado pelo aquecimento global. Os principais pontos do Protocolo são os seguintes: Os países desenvolvidos (do Anexo I) se comprometem a reduzir entre os anos de 2008 e 2012 suas emissões abaixo do registrado no ano de·1990. De maneira conjunta e não diferenciada, devem reduzir suas emissões em 5,2% (artigo 3.1 e Anexo B); os países do Anexo I poderão participar de sistemas de intercâmbio de direitos de emissão (artigo 3.10 e artigo 6). Os países que não estão incluídos no Anexo I deverão) na medida do possível) formular programas para melhorar seus sistemas de informação e de inventários de emissões (artigo 10); os países que não fazem parte do Anexo I deverão formular) na medida do possível) programas para mitigar a mudança climática que contemplem a remoção de obstáculos para limitar ou abater as emissões ou incrementar a capacidade de captação de carbono) através de eficiência energética, preços de mercado) reforma no setor energético, regimes regulatórios, uso de energia renovável, melhoramento de tecnologias no setor de transporte e industrial) acordos voluntários com a indústria (artigo 10); estabelece-se um Mecanismo para o Desenvolvimento Limpo) no qual os países em vias de desenvolvimento poderão receber investimentos dos países do Anexo I (Desenvolvidos) destinados a abater emissões que aqueles realizem em seu território) através de um mecanismo de compensação baseado no aumento da captação de gases que provocam o efeito estufa no país em desenvolvimento favorecido. Os procedimentos que assegurem a transparência e eficiência serão estabelecidos pela Reunião das Partes) através de sistemas independentes de auditoria (artigo 12); o Protocolo entrará em vigor 90 dias depois de que haja sido ratificado pelo menos por SS países) incluindo um conjunto de países do Anexo I que representem pelo menos SS% de suas emissões totais (artigo 24); reduções obrigatórias de gases que provocam o efeito estufa entre os anos de 2008-2012 para os países do Anexo I da Convenção (porcentagem do total de emissões registradas no ano-base de 1990). (DIAS, 2017). Mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL) Visto que alguns países não conseguem atingir as metas estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto, criou-se um sistema de compensação, através do qual países que não precisam reduzir as emissões e têm práticas de preservação ao meio ambiente atuam como voluntários, vendendo seus créditos para países investidores e que precisam reduzir suas emissões. Este mecanismo representa uma forma de cooperação, através de implementação conjunta e comércio de emissões, permitindo que países desenvolvidos cumpram suas metas através de financiamento de projetos em países em vias de desenvolvimento, tais como: conservação de áreas naturais protegidas, reflorestamento, iluminação eficiente, eficiência energética nos processos industriais etc. (DIAS, 2017). É um dos mecanismos de flexibilização criados pelo Protocolo de Kyoto para auxiliar o processo de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) ou de captura de carbono (ou sequestro de carbono) onde os países em desenvolvimento poderão receber investimentos dos países desenvolvidos (do Anexo I, tal como Estados Unidos, Alemanha, entre outros). O MDL visa o alcance do desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento (país anfitrião), a partir da implantação de tecnologias mais limpas nestes países, e a contribuição para que os países do Anexo I cumpram suas reduções de emissão. Os projetos de MDL podem ser baseados tecnologias que gerem fontes renováveis e alternativas de energia, eficiência e conservação de energia ou reflorestamento. Existem regras claras e rígidas para aprovação de projetos no âmbito do MDL. Estes projetos devem utilizar metodologias aprovadas, devem ser validados e verificados por Entidades Operacionais Designadas (EODs), e devem ser aprovados e registrados pelo Conselho Executivo do MDL. Estes projetos devem utilizar metodologias aprovadas e ser validados e verificados por Entidades Operacionais Designadas (EODs), além de ser habilitados e registrados pelo Conselho Executivo do MDL. Também o governo do país anfitrião, através da Autoridade Nacional Designada (AND), assim como o governo do país que comprará os CERs, devem avalizar os projetos. No Brasil, a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima, estabelecida em 1999, atua como AND Brasileira. O primeiro projeto de MDL, aprovado pela ONU, no mundo, foi o do aterro sanitário de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro, que utiliza tecnologias bem precisas de engenharia sanitária, tendo os créditos de carbono sido negociados diretamente com os Países Baixos. Créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissões (RCE) são certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE). Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivalente corresponde a um crédito de carbono. Este crédito pode ser negociado no mercado internacional. Créditos de carbono criam um mercado para a redução de GEE dando um valor monetário à poluição. Acordos internacionais como o Protocolo de Quioto determinam uma cota máxima que países desenvolvidos podem emitir. Os países, por sua vez, criam leis que restringem as emissões de GEE. Assim, aqueles países ou indústrias que não conseguem atingir as metas de reduções de emissões, tornam-se compradores de créditos de carbono. Por outro lado, aquelas indústrias que conseguiram diminuir suas emissões abaixo das cotas determinadas, podem vender o excedente de "redução de emissão" ou "permissão de emissão" no mercado nacional ou internacional.As nações desenvolvidas podem promover a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE) em países em desenvolvimento através do mercadode carbono quando adquirem créditos de carbono provenientes destes países. Ministério Público de Goiás < http://www.mpgo.mp.br/portal/noticia/mecanismos-de-desenvolvimento-limpo-mdl#.WfyXcHZryic>. O Acordo de Cancun na COP 16 A 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-16), que ocorreu em novembro de 2010 em Cancun, México, contou com a participação de mais de 190 países. Os resultados embora modestos constituíram um avanço pois foi assinado um documento denominado Acordo de Cancun, onde se estabelece um série de medidas para proteção do meio ambiente. O acordo estabelece um adiamento do segundo período de vigência do Protocolo de Kyoto e elevam a perspectiva para a redução de emissões de gases poluentes. No documento foi incluída a perspectiva de manutenção da elevação da temperatura global a 2° C, com previsões de revisão deste objetivo entre 2013 2015 para 1,50 C - como recomendado pela comunidade científica internacional. O texto também estabelece a operação de um Fundo Verde que até 2020 deverá liberar US$ 100 bilhões por ano, administrado pelas Nações https://pt.wikipedia.org/wiki/Mecanismos_de_flexibiliza%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto https://pt.wikipedia.org/wiki/Gases_do_efeito_estufa https://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono https://pt.wikipedia.org/wiki/Sequestro_de_carbono https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_renov%C3%A1vel https://pt.wikipedia.org/wiki/Reflorestamento https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Entidade_Operacional_Designada&action=edit&redlink=1 Unidas, com a participação do Banco Mundial. Este fundo visa o desenvolvimento de ações de mitigação e adaptação em países em desenvolvimento. Em matéria de desenvolvimento e transferência de tecnologia se obteve a criação de um mecanismo que facilitará o acesso a tecnologia verde e permitirá o trânsito a uma economia de reduzido uso de carbono. Foi incluído no acordo a criação de centros de pesquisa e tecnologia em países em desenvolvimento. Foram adotados mecanismos para reduzir as emissões por desmatamento e degradação dos solos e a instrumentação do mecanismo REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação). Esse princípio prevê que países com florestas recebam incentivos financeiros pela redução de emissões florestais. Os incentivos viriam de nações desenvolvidas, que poderiam ou não utilizar o REDD para compensar as próprias emissões, constituindo aí um mercado de créditos. Como o desmatamento responde por aproximadamente 20% das emissões mundiais de CO2 a aprovação do REDD é uma das decisões tomadas COP 16 que poderá beneficiar diretamente o Brasil. Acordo climático de Paris na COP 21 O acordo alcançado em Paris em dezembro de 2015 durante a COP 21 com participação de 195 países é considerado o primeiro acordo climático global da história. Foi o primeiro acordo em que tanto as nações desenvolvidas como os países em desenvolvimento se comprometeram a administrar a transição para uma economia de baixo carbono. O acordo de Paris passa a vigorar a partir de 2016 em substituição ao Protocolo de Kyoto. Estabelece o objetivo de conseguir que o aumento das temperaturas se mantenha abaixo de dois graus centígrados e o compromisso de realizar esforços para limitar o aumento das temperaturas a 1,5 graus em comparação com a era pré-industrial. Para alcançar estes objetivos os países se comprometeram a fixar a cada cinco anos seus objetivos nacionais para reduzir a emissão dos gases do efeito estufa (GEE). Acordo de Paris aponta para o fim da utilização dos combustíveis fósseis como meta alcançável ainda neste século, assim como a expectativa de haver um esforço global para sua viabilização no mais curto prazo possível, em vista das evidências da progressão de altas temperaturas no planeta, devido ao efeito estufa. Este ponto foi consensual no encontro e traz um enorme significado para nossa civilização industrial. O Acordo de Paris possibilita o surgimento de um modelo de produção integral e inclusivo que leva em consideração as variáveis ambiental e social, se pautando por baixas emissões de carbono com a utilização predominante de energias renováveis e uso racional e sustentável dos recursos naturais. Para ser possível o gradativo abandono dos combustíveis fósseis é necessário que as sociedades avancem no desenvolvimento de inovações verdes que permitam a obtenção de energia de fontes alternativas a um custo mais baixo. Neste aspecto, o Acordo do Paris abre uma ampla possibilidade de renovação industrial que provocará mudanças significativas em processos, produtos e serviços nos próximos anos. Muitos investimentos que priorizaram os combustíveis fósseis nos últimos tempos deverão ser repensados e provavelmente abandonados. (DIAS, 2017). Protocolo Verde O Governo Federal, através de seus ministérios e bancos oficiais brasileiros, baseados na Lei n° 6938, de 31 de agosto de 1981, instituída como a Política Nacional do Meio Ambiente, criou, em 1995, o Protocolo Verde. Esse documento incorpora a variável ambiental na gestão e concessão de crédito oficial e benefícios fiscais e com isso foram criados mecanismos que evitam a utilização de créditos e benefícios em atividades e empreendimentos que sejam prejudiciais ao meio ambiente. As águas do planeta Terra A água cobre 71% da superfície da Terra e é fundamental para a existência da vida. Foi dela que todos os seres vivos surgiram, sendo impossível imaginar alguma forma de vida sem água. A água sempre foi um recurso natural essencial para a sobrevivência do homem e o seu desenvolvimento. Os principais poluentes das águas são as atividades humanas que podem atingir águas superficiais e subterrâneas de formas bastante diversas. Podem ser através dos esgotos domésticos, os efluentes industriais, as drenagens de áreas agrícolas e urbanas e ainda por fontes naturais. Algumas delas são: a) Esgotos domésticos – Provêm dos vasos sanitários, ralos de banheiro, dos tanques de lavar roupa, das pias da cozinha. Nas cidades são gerados outros resíduos provenientes de outras atividades como: padaria, posto de combustível, restaurantes, açougues e outros. E, quando despejados em um rio, provocam na água alterações físicas, químicas e biológicas. b) Efluentes industriais – Sólidos em suspensão, metais pesados, compostos tóxicos, substâncias teratogênicas, microrganismos patogênicos, cancerígenos, entre outras. É importante salientar que podem ser encontradas em proporções diferentes, tanto qualitativas como quantitativas. c) Drenagem de áreas agrícolas e urbanas – Nas áreas agrícolas, encontramos os fertilizantes e os defensivos, e nas zonas urbanas, os lixos urbanos, galhos, folhas, terra e areia. Ambos são arrastados pelas chuvas até os cursos d’água, poluindo e provocando o assoreamento dos rios. d) Fontes naturais – São folhas, galhos, partículas decorrentes de arrastes do solo, restos de animais. Não provocam alterações significativas na água. Consumo Consciente Conforme Ministério do Meio Ambiente (2016), consumo consciente ou sustentável é o “uso de bens e serviços que atendam às necessidades básicas, proporcionando uma melhor qualidade de vida, enquanto minimizam o uso dos recursos naturais e materiais tóxicos, a geração de resíduos e a emissão de poluentes durante todo o ciclo de vida do produto ou serviço, de modo que não se coloque em risco as necessidades das futuras gerações” (MMA, 2011). Descreve ainda que o consumo consciente é uma questão de hábito de pequenas transformações em nosso cotidiano é extremamente relevante para o futuro. Assim, o consumo consciente é uma ação voluntária, rotineira e solidária para preservar a sustentabilidade da Terra. Segundo o Instituto Akatu (2016), consumir conscientemente é ter um olhar de que o ato de consumir um produto ou serviço está num contexto maior de ciclo de vida da produção. É um ato que considera a sustentabilidade ambiental, social, econômico e individual uma maneirade conservar a vida no planeta. Portanto, o consumo consciente é um tema atual de transformações de ideias e atitudes, buscando preservar o meio ambiente e minimizar o consumo exagerado e prejudicial. O resultado desse quadro caracterizado pela escalada dos problemas ambientais de toda ordem é o comprometimento do próprio futuro da Terra e de todos os seres vivos, e não apenas dos humanos. Assista o vídeo “A história das coisas” disponível no link http://www.youtube.com/watch?v=Q3YqeDSfdfk – o vídeo mostra problemas sociais e ambientais criados como consequência dos nossos hábitos consumistas. No Vídeo Hábitos de Consumo – ver em http://www.youtube.com/watch?v=0aW_TYLz4ew - o biólogo Vinicius Thees mostra que pequenas mudanças de atitude podem fazem uma enorme diferença tanto para o custo de dia de consumidores quanto para o planeta. Neste contexto surge o conceito de pegada ecológica, que conforme Dias (2017) é um “indicador ambiental de caráter integrador do impacto que exerce uma certa comunidade humana – país, região ou cidade - sobre o seu entorno considerando tanto os recursos necessários como os resíduos gerados para a manutenção do modelo produtivo e do consumo da comunidade”. Segundo o WWF-Brasil, a Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão do consumo das populações humanas sobre os recursos naturais, seu objetivo é medir a quantidade de recursos naturais renováveis para manter o estilo de vida da sociedade (alimentação, transporte, vestimenta, passeios, casa, etc.), permitindo comparar diferentes padrões de consumo e verificar se estão dentro da capacidade do planeta. Portanto, constitui uma ferramenta de contabilidade de recursos naturais para medir a sustentabilidade, pois o método traça uma comparação entre o consumo humano e a capacidade de regeneração dos recursos naturais de suportá-lo. A noção de esgotamento ou renovação de recursos envolve a dimensão de tempo, e a perspectiva de tempo dos humanos nem sempre é a mesma daquela que seria necessária para a renovação de certos recursos. A perspectiva de tempo humana e o modo de usar os recursos são as condições que os tornam renováveis ou não, por exemplo, as plantas são consideradas recursos renováveis, mas uma árvore que leva mais de 200 anos para fornecer um determinado tipo de madeira é na realidade um recurso não renovável na escala humana. Os combustíveis fósseis são consumidos no ato da sua utilização, e os estoques dos recursos naturais usados para produzi-los (petróleo, gás natural, carvão mineral) não se renovam. Já os metais e outros produtos minerais, como areia, argila, granito, podem ser reutilizados e reciclados, embora seus estoques também não se renovem. Os metais são produzidos graças ao fato de que os recursos minerais de onde são extraídos encontram-se acumulados em grandes depósitos, tornando técnica e economicamente viável a sua exploração. O uso dos produtos desgasta os metais pelo atrito, corrosão, fragmentação, quebras e outras formas de perdas, disseminando-os em porções diminutas pelo planeta, o que inviabiliza a sua recuperação de forma econômica. Assim, com o uso continuado, esses materiais irão acabar em algum momento, mesmo que seja só daqui a milhares de anos, embora continuem existindo enquanto elementos da natureza, pois os seus átomos não são destruídos com o uso. Excetuando a energia solar que incide diretamente sobre o planeta, os demais recursos renováveis podem se exaurir dependendo de como são usados ou como a natureza é afetada pelas transformações naturais e humanas. (BARBIERI, 2016). A poluição é um dos aspectos mais visíveis dos problemas ambientais, e a percepção dos seus impactos se deu de forma gradativa ao longo do tempo. Primeiro, no nível local, nas proximidades das unidades geradoras de poluição, depois descobriu-se que ela não respeita fronteiras entre países e regiões, e, finalmente, verificou-se que certos problemas atingem proporções planetárias. A percepção dos danos causados pela poluição se deu também de forma fragmentada quanto a seu meio receptor, resultando daí uma repartição do meio ambiente em ar, água e solo, ou atmosfera, hidrosfera e litosfera, respectivamente. O autor (Barbieri, 2016, p.15) define: Poluir é sujar, corromper, contaminar, degradar, manchar; poluição é o ato ou efeito de poluir; e poluente é o que polui, ou seja, poluente é qualquer forma de material ou energia que produz impactos adversos no meio ambiente físico, biológico e social. Poluição é a presença e poluentes no meio ambiente e, consequentemente, uma causa de sua degradação. Esta produção lhe permitirá participar do FORUM DE CONTEÚDO 01 na NETAULA e a Discursiva 1. Esta atividade NÃO conta nota e não é necessário postar na NetAUla. Com relação as temáticas conforme os capítulos 1, 2 e 3 do livro da disciplina, do texto acima e pesquisas complementares, reflitam e respondam: 1) O que o Brasil está fazendo, atualmente, para evitar a poluição do meio ambiente e o agravamento do efeito estufa? 2) Por que é importante a consciência ecológica e quando começou este despertar? Faça uma relação entre o processo da industrialização e o meio ambiente. Aprofunde seus estudos e não perca os prazos das atividades avaliativas na NetAula. Referencias: Barbiere, José Carlos. Gestão ambiental empresarial: conceitos modelos e instrumentos. São Paulo: Saraiva, 2016 Fonte FREITAS, Eduardo de. "Efeito Estufa"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/efeito-estufa.htm>. Acesso em 20 de julho de 2017. Instituo Akatu. Pesquisa Akatu 2012: Rumo à Sociedade do Bem-Estar. Disponível em: <http://www.akatu.org.br/pesquisa/2012/PESQUISAAKATU.pdf>. Acesso em: 26 jul 2017. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. O que é consumo consciente? 2016.. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/responsabilidade- socioambiental/producao-e-consumo-sustentavel/consumo-consciente-de-embalagem/quem-e-o-consumidor-consciente/item/7591>. Acesso em: 26 jul. http://www.akatu.org.br/pesquisa/2012/PESQUISAAKATU.pdf http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumo-sustentavel/consumo-consciente-de-embalagem/quem-e-o-consumidor-consciente/item/7591 http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumo-sustentavel/consumo-consciente-de-embalagem/quem-e-o-consumidor-consciente/item/7591 2017.
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