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FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 1 CATECOLAMINAS FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO USO TERAPÊUTICO FARMACOCINÉTICA EFEITOS ADVERSOS Rápido início de ação Curta duração de ação Não administradas por via oral Não penetram a barreira hematencefálica Epinefrina A medula suprarrenal libera cerca de 80% de epinefrina e 20% de norepinefrina na circulação. Interage com os receptores alfa e beta. Em doses baixas, predominam os efeitos E (vasodilatação) no leito vascular; em doses altas, os efeitos D (vasoconstrição) são os mais fortes. Sistema cardiovascular: reforça a contratilidade do miocárdio (inotropismo positivo: ação B1) e aumenta a frequência de contração (cronotropismo positivo: ação B1). O DC aumenta. Esses efeitos aumentam a demanda de O2 pelo miocárdio. Ativa receptores B1 nos rins, promovendo a liberação de renina. Sistema respiratório: causa poderosa broncodilatação por ação direta na musculatura lisa bronquial (ação E2). Ela também inibe a liberação de mediadores da alergia, como a histamina dos mastócitos. Hiperglicemia: aumenta a glicogenólise no fígado (efeito B2), aumenta a liberação de glucagônio (efeito B2) e diminui a liberação de insulina (efeito A2). Lipólise: inicia a lipólise por meio da atividade agonista nos receptores B do tecido adiposo. Níveis aumentados de AMPc estimulam uma lipase hormônio-sensível que hidrolisa triglicerídeos em ácidos graxos livres e glicerol. Na anestesia local para aumentar a duração da ação Broncoespasmo: Asma aguda e choque anafilático Choque anafilático: tratamento das reações de hipersensibilidade tipo I (incluindo anafilaxia) em resposta a alérgenos. Parada cardíaca: restabelecer o ritmo cardíaco em pacientes com parada cardíaca independente da causa. Anestesia: aumenta a duração da anestesia local, produzindo vasoconstrição no local da injeção. Isso permite que o anestésico local permaneça no local da injeção antes de ser absorvido para a circulação sistêmica. Tem início rápido, mas curta duração. Via intramuscular (IM) → na coxa anterior, devido à rápida absorção. Emergência → via intravenosa (IV) para início mais rápido de ação. Também pode ser administrada por vias subcutânea (SC), endotraqueal e por inalação. Ansiedade, medo, tensão, cefaleia e tremores. Arritmias cardíacas, particularmente se o paciente está recebendo digoxina. Edema pulmonar e pode ter ações cardiovasculares maiores em pacientes com hipertiroidismo, nos quais a dosagem precisa ser reduzida. Pode causar taquicardia. Aumenta a liberação das reservas endógenas de glicose. No diabético, as dosagens de insulina podem precisar ser aumentadas. B-bloqueadores não seletivos previnem os efeitos vasodilatadores da epinefrina nos receptores B2, deixando a estimulação dos receptores A sem oposição. Isso pode aumentar a resistência periférica e aumentar a pressão arterial. FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 2 CATECOLAMINAS FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO USO TERAPÊUTICO FARMACOCINÉTICA EFEITOS ADVERSOS Rápido início de ação Curta duração de ação Não administradas por via oral Não penetram a barreira hematencefálica Norepinefrina Vasoconstrição: aumento na resistência periférica devido à intensa vasoconstrição da maior parte dos leitos vasculares, incluindo os rins (efeito A1). A PA sistólica e a diastólica aumentam. Reflexo barorreceptor: aumenta a PA, e isso estimula os barorreceptores, induzindo ao aumento na atividade vagal que produz bradicardia reflexa, que é suficiente para neutralizar as ações locais da norepinefrina no coração, embora a compensação reflexa não afete os efeitos inotrópicos positivos do fármaco. Se a atropina, que bloqueia os efeitos da transmissão vagal, é administrada antes da norepinefrina, então o efeito estimulante no coração é evidenciado como taquicardia. Tratamento do choque → aumenta a resistência vascular e, assim, aumenta a pressão arterial. Administrada por via IV para início rápido de ação. A ação dura de 1 a 2 minutos após o fim da infusão. Ela é rapidamente metabolizada e os metabólitos inativos são excretados na urina. É um potente vasoconstritor e pode causar palidez e descamação na pele ao longo da veia injetada. Se ocorrer extravasamento, pode ocorrer necrose. Não deve ser administrada em veias periféricas. O comprometimento da circulação por norepinefrina pode ser tratado com o A- antagonista fentolamina. FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 3 CATECOLAMINAS FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO USO TERAPÊUTICO FARMACOCINÉTICA EFEITOS ADVERSOS Rápido início de ação Curta duração de ação Não administradas por via oral Não penetram a barreira hematencefálica Isoproterenol Catecolamina sintética de ação direta que estimula os receptores B1 e B2- adrenérgicos. Sua falta de seletividade é uma de suas desvantagens e o motivo pelo qual raras vezes é usado terapeuticamente. Sua ação em receptores A é insignificante. Produz intensa estimulação cardíaca, aumentando a frequência, a contratilidade e o débito. Como estimulante cardíaco. É um broncodilatador potente (efeito B2). Seu uso foi amplamente substituído por outros fármacos, mas ele pode ser útil no bloqueio atrioventricular (AV). Devido à sua ação estimulante cardíaca, pode aumentar levemente a pressão arterial sistólica, mas reduz muito a pressão arterial média e a diastólica. Similares aos da epinefrina. Dobutamina Catecolamina sintética de ação direta que é um agonista de receptores B1 Tratamento da insufciência cardíaca congestiva Aumenta a frequência e o DC com poucos efeitos vasculares. Usada para aumentar o DC na insuficiência cardíaca aguda e para dar apoio inotrópico após cirurgia cardíaca. Aumenta o DC e não eleva significativamente a demanda de O2 pelo miocárdio − sua principal vantagem sobre os outros simpaticomiméticos. usada com cautela na fibrilação atrial, porque aumenta a condução AV. Os outros efeitos adversos são similares aos da epinefrina. Pode-se desenvolver tolerância com o uso prolongado. FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 4 CATECOLAMINAS FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO USO TERAPÊUTICO FARMACOCINÉTICA EFEITOS ADVERSOS Rápido início de ação Curta duração de ação Não administradas por via oral Não penetram a barreira hematencefálica Dopamina Cardiovascular: efeito estimulante nos receptores B1 cardíacos com efeito inotrópico e cronotrópico positivos. Em concentrações muito elevadas, ela ativa os receptores A1 dos vasos, causando vasoconstrição. Renal e visceral: dilata as arteríolas renais e esplâncnicas, ativando os receptores dopaminérgicos e aumentando, assim, o fluxo sanguíneo para os rins e para outras vísceras. Esses receptores não são afetados por fármacos A ou B- bloqueadores. Por isso, a dopamina é clinicamente útil no tratamento do choque, no qual uma intensa atividade simpática pode comprometer a função renal. Tratamento da insuficiência cardíaca congestiva. Fármaco de escolha contra o choque cardiogênico e séptico e é administrada por infusão contínua. Aumenta a pressão arterial, estimulando os receptores B1 no coração a aumentar o DC e os receptores A1 nos vasos sanguíneos a aumentar a resistência periférica. Aumenta a perfusão dos rins e das áreas esplâncnicas. O aumento do fluxo sanguíneo renal aumenta a velocidade de filtração glomerular e causa diurese. Usada para tratar hipotensão e insuficiência cardíaca grave, primariamente em pacientes com resistência vascular periférica normal ou baixa e em pacientes que têm oligúria. Pode ativar receptores A e B-adrenérgicos. Em doses elevadas → causa vasoconstrição, ativando receptores A1 Em doses menores → estimula os receptores B1 cardíacos. Os receptores dopaminérgicos D1 e D2 se diferenciam dos receptores A e B-adrenérgicose estão presentes nos leitos vasculares mesentérico periférico e nos renais, onde a ligação da dopamina produz vasodilatação. Os receptores D2 também são encontrados nos neurônios adrenérgicos pré- sinápticos, onde sua ativação interfere com a liberação de norepinefrina. Em dose excessiva de dopamina produz os mesmos efeitos da estimulação simpática. Náuseas, hipertensão e arritmias são de curta duração. FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 5 AMINAS NÃO CATECÓLICAS FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO USO TERAPÊUTICO FARMACOCINÉTICA EFEITOS ADVERSOS Comparadas com as catecolaminas: Duração de ação mais longa Todas podem ser administradas por via oral ou inalação Oximetazolina Agonista adrenérgico sintético de ação direta que estimula os receptores A1 e A2- adrenérgicos. Estimula diretamente os receptores A nos vasos sanguíneos que suprem a mucosa nasal e a conjuntiva → produz vasoconstrição e diminui a congestão. Descongestionantes nasais de ação curta e venda livre e colírios para alívio da vermelhidão dos olhos associada com natação, resfriados ou lentes de contato É absorvida independentemente da via de administração Nervosismo, cefaleia e sono agitado. Com a administração intranasal, podem ocorrer irritação local e espirros. Observa-se congestão rebote no uso prolongado. Fenilefrina Adrenérgico sintético de ação direta que se liga primariamente aos receptores A1. Vasoconstritor que aumenta as pressões sistólica e diastólica. Tratamento da hipotensão em pacientes hospitalizados ou cirúrgicos → especialmente aqueles com FC aumentada. Descongestionante nasal. Em soluções oftálmicas para midríase. Não tem efeito direto no coração, mas induz bradicardia reflexa quando administrada por via parenteral. Cefaleia hipertensiva e irregularidades cardíacas. Clonidina A2-agonista usado no tratamento da hipertensão Atua centralmente em receptores A2 pré- sinápticos, produzindo inibição dos centros vasomotores simpáticos, diminuindo a estimulação simpática para a periferia. Minimizar os sintomas que acompanham a retirada dos opiáceos, do cigarro ou dos benzodiazepínicos. Letargia, sedação, constipação e xerostomia. A interrupção abrupta da medicação deve ser evitada, para prevenir a hipertensão de rebote. Salbutamol Terbutalina Fármacos B2-agonistas de ação curta usados primariamente como broncodilatadores e administrados em um dispositivo inalador de dosagem controlada. Salbutamol → sintomas agudos de asma Terbutalina → relaxante uterino, para evitar o parto prematuro. Tratamento do broncoespasmo (ação curta) Tremor, intranquilidade, apreensão e ansiedade. Administrados por VO → taquicardia ou arritmias (devido à ativação dos receptores B1), especialmente em pacientes com doença cardíaca. FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 6 AMINAS NÃO CATECÓLICAS FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO USO TERAPÊUTICO FARMACOCINÉTICA EFEITOS ADVERSOS Comparadas com as catecolaminas: Duração de ação mais longa Todas podem ser administradas por via oral ou inalação. Salmeterol Formoterol B-agonistas de longa ação seletivos para B2. Fármacos de escolha para tratar a asma noturna em pacientes sintomáticos que usam outra medicação contra asma. Tratamento do broncoespasmo (ação longa). Salmeterol → início lento de ação São muito eficazes associados com um corticosteroide. Não são recomendados como monoterapia. B-agonistas de longa ação apresentam aumento do risco de morte associada à asma. Anfetamina Fármaco adrenérgico de ação indireta. Acentuada ação estimulante central. Como estimulante do SNC no tratamento de crianças com síndrome de défcit de atenção, narcolepsia (distúrbio do sono) e controle de apetite. Completamente absorvida no TGI, biotransformada no fígado e excretada na urina. Administração por IV ou a fumam. A euforia causada pela anfetamina dura de 4 a 6 horas → 4 a 8 x mais que a cocaína. Efeitos no SNC: insônia, irritabilidade, fraqueza, tonturas, tremores e reflexos hiperativos, confusão, delírio, pânico e tendências suicidas. Efeitos cardiovasculares: palpitações, arritmias cardíacas, hipertensão, dor anginosa e colapso circulatório, cefaleia, calafrios e sudorese. Efeitos no TGI: anorexia, náuseas, êmese, cólicas abdominais e diarreia. Contraindicações: Pacientes com hipertensão, doença cardiovascular, hipertiroidismo, glaucoma, história de abuso ou aqueles que usam IMAO. Efedrina Pseudoefedrina Adrenérgicos de ação mista. Fármacos de ação longa. Liberam a norepinefrina armazenada nos terminais nervosos e estimulam diretamente os receptores A e B. Efedrina → aumenta a PA sistólica e diastólica por vasoconstrição e estimulação cardíaca, é usada no tratamento da hipotensão, também produz broncodilatação. Pseudoefedrina → tratamento da congestão nasal e sinusa. Excelente absorção por VO e penetram no SNC. Efedrina → eliminada praticamente inalterada na urina Pseudoefedrina → biotransformação hepática incompleta antes de sua eliminação na urina. Reações cardiovasculares ameaçadoras à vida.
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