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Pressão intracraniana e escala de coma de glasgow

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PRESSÃO INTRACRANIANA E ESCALA DE COMA DE GLASGOW – ECG
Uma das consequências que o paciente com TCE pode apresentar associada a lesão é o aumento da pressão intracraniana (PIC). A PIC é usualmente conceituada como a pressão do líquido cefalorraquidiano (LCR). A PIC pode variar de acordo com alterações na pressão arterial sistêmica (PA sistêmica), na respiração, na posição determinada pelo paciente e também pelo aumento do volume de um ou mais componentes cranianos. Adicionado aos parâmetros clínicos, hemodinâmicos, respiratórios e metabólicos, a monitorização da PIC auxilia e orienta a terapêutica dos pacientes neurológicos. 
A PIC está diretamente relacionada ao volume no crânio. Uma elevação acima do normal pode causar uma redução no fluxo sanguíneo, resultando em isquemia ou lesão estrutural, decorrente de compressão ou atrito do tecido cerebral com o crânio, causando complicações secundárias. A monitorização da PIC é o único método aceito indiscriminadamente como forma para o diagnóstico seguro do aumento da pressão intracraniana. 
Sintomas do aumento PIC: confusão mental, inquietação sem causa aparente, irregularidade respiratória, letargia, sonolência, respiração atáxica, cefaleia, pulso lento, pressão de pulso alargada, diminuição do nível de consciência, vômitos em jato, temperatura elevada, aumento da pressão arterial, membros flácidos, reflexos abolidos, torpor, midríase. 
O modo mais efetivo de se diminuir a PIC é remover a lesão expansiva que está ocupando o espaço das estruturas cerebrais. As duas formas genéricas de se reduzir o espaço ocupado pela lesão são a drenagem externa dos ventrículos e a craniotomia descompressiva.
Para a classificação de gravidade do TCE utiliza-se a Escala de Coma de Glasgow – ECG. Esta é uma escala mundialmente aceita, já que constitui um método fácil para avaliar não só a gravidade do TCE, mas também da deterioração do quadro neurológico à medida que se deve repetir a aplicação da escala ao longo do atendimento clínico. Permite, portanto, a construção de um parâmetro mensurável sobre a evolução do quadro clínico do paciente. Além disso, esta escala uniformiza o atendimento, dando aos profissionais uma maneira simples e rápida de comunicação ao citar a “nota” dada ao paciente após cada avaliação. 
Seguindo esta escala, o TCE pode ser classificado como leve (13 a 15 pontos), moderado (9 a 12 pontos) ou grave (3 a 8 pontos). Pela gradação obtida com a aplicação da Escala de Glasgow, pode-se ter uma indicação dos cuidados assistenciais requeridos pela pessoa com TCE. Assim, sabe-se, por exemplo, que todo o paciente com ECG < 8 deve ser intubado para proteção de vias aéreas e manutenção da ventilação. Os demais cuidados preconizados serão descritos mais detalhadamente no item de cuidados à pessoa com TCE.
No atendimento às crianças, devido às dificuldades de exame inerentes a cada idade, algumas adaptações foram realizadas para a aplicação da Escala de Coma de Glasgow.
REFERÊNCIAS:
Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com traumatismo cranioencefálico / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
MUNIZ, Elaine Cristina S. et al. Utilização da escala de coma de Glasgow e escala de coma de Jouvet para avaliação do nível de consciência. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 31, n. 2, p. 287-303, 1997.
POP: Pressão intracraniana-PIC. Monitorização Neurológica Invasiva. Disponível em:<http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/395574/see_hipertensao_intracraniana_HIC.pdf> 
OLIVEIRA, Edson et al. Traumatismo Crânio-Encefálico: Abordagem Integrada. Acta Médica Portuguesa, v. 25, n. 3, 2012.

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