Buscar

apostila - introfução a cuidados e tratamentos de fraturas

Prévia do material em texto

r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 6;5 1(1):3–10
www.rbo.org .br
Artigo de atualizac¸ão
Fratur gn
e trata
Diego Co
Eduardo
Universidad
informaç
Histórico do a
Recebido em
Aceito em 5
On-line em 3
Palavras cha
Fraturas por
Fraturas por
Fraturas por
Fraturas por
Fraturas por
Keywords:
Stress fractu
Stress fractu
Stress fractu
Stress fractu
Stress fractu
� Trabalho
Paulo, SP, Br
∗ Autor pa
E-mail: m
http://dx.do
0102-3616/©
mento�
sta Astur ∗, Fernando Zanatta, Gustavo Gonc¸alves Arliani,
 Ramalho Moraes, Alberto de Castro Pochini e Benno Ejnisman
e Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
ões sobre o artigo
rtigo:
 5 de janeiro de 2015
 de fevereiro de 2015
 de outubro de 2015
ve:
 estresse/epidemiologia
 estresse/fisiopatologia
 estresse/diagnóstico
 estresse/classificac¸ão
 estresse/tratamento
r e s u m o
A fratura por estresse foi descrita inicialmente em soldados prussianos por Breithaupt em
1855 e ocorre como o resultado de um número repetitivo de movimentos em determinada
região que pode levar a fadiga e desbalanc¸o da atuac¸ão dos osteoblastos e osteoclastos e
favorecer a ruptura óssea. Além disso, quando usamos uma determinada região do corpo
de maneira errônea, a fratura por estresse pode ocorrer mesmo sem que ocorra um número
excessivo de ciclos funcionais. O objetivo deste estudo é revisar a literatura mais relevante
dos últimos anos para agregar as principais informac¸ões a respeito dessa patologia em um
artigo de atualizac¸ão do tema.
© 2015 Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Publicado por Elsevier Editora
Ltda. Todos os direitos reservados.
Stress fractures: definition, diagnosis and treatment
re/epidemiology
re/physiopathology
re/diagnosis
re/classification
re/treatment
a b s t r a c t
Stress fractures were first described in Prussian soldiers by Breithaupt in 1855. They occur
as the result of repeatedly making the same movement in a specific region, which can lead
to fatigue and imbalance between osteoblast and osteoclast activity, thus favoring bone
breakage. In addition, when a particular region of the body is used in the wrong way, a
stress fracture can occur even without the occurrence of an excessive number of functional
cycles. The objective of this study was to review the most relevant literature of recent years
in order to add key information regarding this pathological condition, as an updating article
on this topic.
© 2015 Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Published by Elsevier Editora
Ltda. All rights reserved.
 desenvolvido no Centro de Traumatologia do Esporte, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São
asil.
ra correspondência.
castur@yahoo.com (D.C. Astur).
i.org/10.1016/j.rbo.2015.02.002
 2015 Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados.
as por estresse: definic¸ão, dia
 óstico
4 r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 6;5 1(1):3–10
Introduc¸ão
A fratura p
prussianos
tura da ma
anos depoi
fez o prime
Essa lesã
sobrecarga
máximo so
Essa fra
ciência do 
o acumulo
Em contrap
ocorre em 
mente apr
Nas duas s
remodelad
óssea no lo
apresentar
sar as prin
publicados
Epidemio
Populac¸ão
Atletas cor
vítimas da 
Região ana
Todos os o
por estress
tica diária d
nos memb
as sobrecar
sustentac¸ã
que não tê
cadas fratu
(segundo e
por estress
-se princip
lombares e
Modalidade
Atletas de c
nos ossos l
ossos do pé
os membro
sebol e bas
O osso mais
proximal, e
Essa lesão o
golfe e rem
larinos apr
pelve.11
Sexo
etas 
ome
 e o 
eparo
 de t
s po
lino.
ato
eis a
nsid
 essa
gime
tenh
 à no
a é 
, mas
 um 
rôni
ogrid
 em 
 frat
 ósse
tura
elac¸ã
s e a
rkey 
o co
20 Po
lar e
 do te
s d
ores 
ento
ecos
cil co
fator
os há
 solo
itas 
e do 
 da l
ão d
u aq
ta p
ent
s, irr
ta n
evar 
o ele
fato
ões a
nero
or estresse foi descrita inicialmente em soldados
 por Breithraupt em 1855.1-3 Denominada de “fra-
rcha”, suas características foram confirmadas 40
s com o advento da radiografia.1,2 Em 1958, Devas
iro relato de fratura por estresse em atletas.1-3
o ocorre como resultado de um número elevado de
s cíclicas de intensidade inferior ao strength ósseo
bre o tecido ósseo não patológico.4-6
tura pode ser o estágio final da fadiga ou insufi-
osso acometido.6 Elas ocorrem após a formac¸ão e
 de microfraturas nas trabéculas ósseas normais.
artida, a fratura resultante da insuficiência óssea
um osso mecanicamente comprometido, geral-
esentando uma baixa densidade mineral óssea.6
ituac¸ões, o desequilíbrio entre o osso formado e
o e o osso reabsorvido resultará na descontinuidade
cal acometido.7,8 O objetivo do presente estudo é
 um artigo de atualizac¸ão sobre o tema e conden-
cipais informac¸ões obtidas nos principais estudos
 nos últimos anos.
logia
redores, militares e danc¸arinos são as principais
fratura por estresse.6,9,10
tômica
ssos do corpo humano estão sujeitos a fratura
e. Ela está intimamente relacionada com a prá-
o atleta. A predominância de fraturas por estresse
ros inferiores sobre os membros superiores reflete
gas cíclicas tipicamente exercidas sobre ossos de
o do peso corporal comparadas com as dos ossos
m essa func¸ão.3 São mais comumente diagnosti-
ras por estresse na tíbia, seguida pelos metatarsos
 terceiro principalmente) e pela fíbula.3,11 Fraturas
e no esqueleto axial são infrequentes, localizam-
almente nas costelas, pars interarticularis, vértebras
 na pelve.11-13
 esportiva
orrida têm maior incidência de fratura por estresse
ongos como a tíbia, o fêmur e a fíbula, além dos
 e do sacro.11,12 Modalidades esportivas que usam
s superiores como ginástica olímpica,14 tênis, bei-
quetebol podem resultar em fraturas por estresse.
 acometido é a ulna, principalmente em sua porc¸ão
 também o úmero em sua extremidade distal.6,11,13
corre principalmente nas costelas em jogadores de
adores11,13 Saltadores, jogadores de boliche e bai-
esentam maior risco de lesão na coluna lombar e
Em atl
entre h
sidade
e o pr
grama
fratura
mascu
Fisiop
Após s
da inte
cante,
ao sur
ósseo 
adapte
aplicad
aguda
tivos e
lesão c
que pr
resulte
para a
reparo
das fra
remod
lesada
Ma
são e n
ósseo.
muscu
lesões
Fatore
Os fat
volvim
extríns
de difí
Os 
tivo, a
tipo de
Mu
volum
mento
absorc¸
uso) o
do atle
treinam
velada
do atle
pode l
seja tã
Os 
variac¸
nal, gê
a diferenc¸a na incidência de fraturas por estresse
ns e mulheres é mínima. Acredita-se que a inten-
tipo de treinamento controlado para cada atleta
 físico já existente diminuam o impacto do pro-
reinos.9,15 Na populac¸ão militar, a incidência de
r estresse no sexo feminino é maior do que no
16,17
logia
 oito semanas do aumento súbito e não gradual
ade da atividade física do atleta ou do novo prati-
 sobrecarga fisiológica cíclica e repetitiva pode levar
nto de microfraturas e não permitir que o tecido
a tempo suficiente para que sofra remodelac¸ão e se
va condic¸ão e repare a microlesão.4-6,10,18,19 A carga
considerada insuficiente para causar uma fratura
 a combinac¸ão de sobrecarga, movimentos repeti-
tempo de recuperac¸ão inadequado faz dessa uma
ca.11 Inicialmente ocorre uma deformac¸ão elástica
e para deformidade plástica até que finalmente
microfraturas, que, quando não tratadas, evoluem
ura completa do osso acometido.10 O processo de
o na fratura por estresse é diferente do processo
s agudas comuns e ocorre unicamente por meio da
o óssea, ou seja, ocorre a reabsorc¸ão das células
 substituic¸ão com novo tecido ósseo.19
aindapropôs que a massa muscular atua na disper-
mpartilhamento das cargas de impacto no tecido
rtanto, quando há fadiga, fraqueza ou despreparo
ssa ac¸ão protetora é perdida e aumenta o risco de
cido ósseo.16,20
e risco
associados ao aumento do risco para o desen-
 de fraturas por estresse podem ser divididos em
 e intrínsecos e tornar essa afecc¸ão multifatorial e
ntrole.8,9,20-23
es extrínsecos estão relacionados ao gesto espor-
bitos nutricionais, aos equipamentos usados e ao
.8,9,14,20-23
vezes o aumento abrupto na intensidade e no
treinamento pode ser suficiente para o desenvolvi-
esão.6,9-11 Equipamentos como calc¸ados de baixa
e impacto, desgastados (mais de seis meses de
ueles que não se adaptam adequadamente ao pé
odem causar lesões.8,23 A qualidade da pista de
o também pode ser um fator de risco quando desni-
egulares e muito rígidas.17,24 Por fim, o despreparo
a feitura do gesto esportivo e da técnica funcional
a lesão sem que às vezes o número de repetic¸ões
vado.8,25
res intrínsecos estão relacionados a possíveis
natômicas, condic¸ões musculares, estado hormo-
, etnia e idade.8,9,20-22
r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 6;5 1(1):3–10 5
Muitos estudos equivocadamente consideram apenas o
sexo feminino como um fator de risco primário para o sur-
gimento da
hormonal, 
dadeiros fa
estresse no
A idade 
isolado par
tentaram a
e negros e n
Na populac¸
em branco
Atribui-se e
Existe um
e o risco de
não adequa
o aparecim
O baixo
também é
problema.6
dos memb
aumentado
e baixa esta
análise dos
Alguns e
dez dos p
dorsiflexão
ceps sural.
particularm
do pé pron
por estress
do antepé 
estresse na
tarso estão
hipermobil
comprimen
órteses e c
a incidênci
suficientes
Outros a
tabagismo,
por semana
lica por sem
Exame fís
O exame f
porém pou
aumento d
após aume
intervalos 
gica tecidu
repouso e p
com a man
que resulta
A existênci
corpórea e
menstrual e
importantes para identificar possíveis fatores de risco intrín-
secos para lesão durante o exame físico.10
tes c
ões t
s po
a sus
 à gr
o p
(Hop
ar ap
ivo q
lesad
uns 
gac¸ã
 fósf
vem
de pe
diol)
e de
s de
stico
adiog
 ao f
dice d
atura
uas 
iagn
zen
 e/o
is co
e/ou
ente
lo ós
são o
mo D
re um
luc¸ã
de te
omo
 qua
ânci
 ser
nân
esen
ECT)
uras
nte n
edi
io-9
dela
 dia
se co
elac¸ã
teal e
esso
 m
or e
 fratura por estresse.11,16,26 Na verdade, alterac¸ão
nutricional, biomecânica e anatômica são os ver-
tores que favorecem o surgimento da fratura por
 sexo feminino.11,24
também não pode ser considerada um fator de risco
a fratura por estresse.11,23,27 Estudos americanos
valiar a incidência dessa lesão em atletas brancos
ão foram observadas diferenc¸as significativas.11,13
ão militar, houve uma incidência duas vezes maior
s do que em negros sem distinc¸ão de gênero.
sse fato à densidade óssea e sua biomecânica.24
a relac¸ão inversa entre a densidade mineral óssea
 fraturas por estresse.8,10,28 A ingestão nutricional
da pode alterar o metabolismo ósseo e predispor
ento de fraturas por estresse.8,10,29
 nível de condicionamento físico e muscular
 um importante fator de risco na gênese do
,8,10,30,31 Além disso, pé cavo rígido, discrepância
ros inferiores, tíbia breve, genu valgo, ângulo Q
, índice de massa corporal menor do que 21 kg/m2
tura também deve ser levados em considerac¸ão na
 fatores de risco para fraturas por estresse.6,8,9,21,32
studos sugerem ainda como fatores de risco rigi-
és, alterac¸ões do arco plantar e limitac¸ões na
 do tornozelo devido a um encurtamento do trí-
8,10,33 Corredores que têm o retropé em eversão,
ente em pronac¸ão exagerada, e atletas com o arco
unciado têm um risco de desenvolver uma fratura
e até 40% maior.10,21,33,34 Enquanto hiperpronac¸ão
predispõe o aumento do risco de fraturas por
 fíbula.35 Fraturas por estresse do segundo meta-
 associadas à presenc¸a de neuroma de Morton,
idade do primeiro metatarso e aumento relativo no
to do segundo metatarso.20,33 Apesar de o uso de
alc¸ados mais adequados diminuir, teoricamente,
a de fraturas por estresse, ainda não há estudos
 na literatura que sustentem essa teoria.10,34
utores também consideram como fatores de risco:
 atividade física com frequência inferior a três vezes
 e o consumo de mais de 10 doses de bebida alcoó-
ana.6
ico
ísico da fratura por estresse é bastante sensível,
co específico.20,36 O paciente apresenta-se com
a sensibilidade no local da lesão, dor e edema
nto abrupto e/ou repetitivo da atividade física sem
suficientes de descanso para recuperac¸ão fisioló-
al.6 Inicialmente a dor é reduzida e aliviada com o
ermite a atividade física sem prejuízo. Entretanto,
utenc¸ão do gesto agressor há progressão da lesão,
 em aumento da dor e limitac¸ão de sua prática.9,20
a de fraturas prévias, peso, altura, índice de massa
 suas alterac¸ões nos últimos 12 meses, história
 puberdade, avaliac¸ão nutricional são informac¸ões
Tes
diapas
fratura
local d
devido
lesão d
corda 
no lug
é posit
região 
Alg
investi
cálcio,
nais de
perda 
e estra
Exam
Exame
prognó
A r
devido
alto ín
pela fr
(após d
dar o d
área lu
metido
cortica
córtex) 
Finalm
um ca
quais 
cido co
e suge
de evo
região 
A t
mente
resson
podem
à resso
de apr
CT (SP
de frat
ficame
A m
(tecnéc
à remo
a cinco
maco 
remod
perios
A r
imagem
tura p
línicos como o uso do ultrassom terapêutico e de
ambém são úteis na investigac¸ão diagnóstica das
r estresse.3 Quando usados diretamente sobre o
peita da lesão podem desencadear ou piorar a dor
ande reabsorc¸ão osteoclástica local que resulta na
eriósteo.3,37 Além disso, pode-se fazer o teste da
 Test), que consiste em pedir ao paciente que pule
enas com o apoio do membro investigado. O teste
uando desencadear forte dor ou incapacidade na
a.6,38
exames laboratoriais podem ser úteis na
o da fratura por estresse: níveis séricos de
oro, creatinina e 25(OH)D3. Marcadores nutricio-
 ser solicitados na presenc¸a de quadros clínicos de
so e anorexia e pesquisa de níveis hormonais (FSH
 quando existe uma história de dismenorreia.10
 imagem
 imagem são fundamentais para o diagnóstico,
 e acompanhamento da fratura por estresse.6
rafia simples (RX) é o exame de imagem inicial
ácil acesso e baixo custo.4,13,36,38-42 Contudo, tem
e falsos negativos, já que as alterac¸ões provocadas
 por estresse são tardias nesse exame de imagem
a quatro semanas do início da dor) e podem retar-
óstico.6,14,18,43 Inicialmente pode-se observar uma
te fraca e sutil diretamente no tecido ósseo aco-
u esclerose e espessamento periosteal, mudanc¸as
m diminuic¸ão da densidade óssea cortical (gray
 aparecimento de uma delicada linha de fratura.
, observa-se a tentativa do organismo de formar
seo, com espessamento endosteal e esclerose, os
s achados mais comuns.6,10,14,38,44 O sinal conhe-
readed Black Line ocorre na cortical anterior da tíbia
a fratura de mau prognóstico e alta probabilidade
o para fratura completa por se localizar em uma
nsão óssea e baixa vascularizac¸ão.44
grafia computadorizada (TC) é usada principal-
ndo existe uma contraindicac¸ão para o uso da
a magnética.43-46 Lesões crônicas e quiescentes
 mais evidentes nesse exame quando comparado
cia magnética ou cintilografia óssea devido ao fato
tar um baixo turnover ósseo.46 Single photon emission
 tem sido particularmente mais útil na verificac¸ão
 por estresse que envolvem a coluna dorsal especi-
a pars interarticularis (espondilólise).6,45,46
cina nuclear com a cintilografia de tripla fase
9 m) apresenta sensibilidade importante (74-100%)
c¸ão óssea e apresenta alterac¸ões de imagem três
s após o início dos sintomas.3,6,41,42,47 O radiofár-
ncentra nas regiões afetadas e detecta áreas de
o óssea, microfraturas do osso trabecular,reac¸ão
 formac¸ão do calo ósseo.46
nância nuclear magnética (RNM) é o exame de
ais sensível e específico para o diagnóstico da fra-
stresse. É recomendada pelo Colégio Americano
6 r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 6;5 1(1):3–10
de Radiologia como o exame de escolha na ausência de
alterac¸ões radiográficas.6 As anormalidades provocadas pela
fratura podem ser identificadas um a dois dias após o iní-
cio dos sintomas.6,10,12,38,41,43,46,48 com detecc¸ão precoce do
edema no tecido ósseo e áreas adjacentes.10,41,46 Esse exame
permite diferenciar o dano medular do cortical, endosteal e
periosteal e permite a graduac¸ão das lesões quanto a sua gra-
vidade e prognóstico.6 Edema intramedular endosteal é um
dos primeiros sinais de remodelac¸ão óssea e pode perma-
necer por até seis meses após o diagnóstico e tratamento
da fratura, enquanto ocorre a maturac¸ão e o remodelamento
cortical.16,48 O edema medular ou sinais de estresse ósseo
também podem estar presentes em pacientes assintomáti-
cos e fisicamente ativos, os quais não se correlacionam com
o aumento da incidência de fraturas por estresse, principal-
mente na tíbia em maratonistas.46 A linha de fratura é menos
comumente visível.10 Ela tem sensibilidade igual ou leve-
mente superior à cintilografia, porém é considerado um exame
mais específico.6,38,41
Classificac¸ão
As fraturas
nóstico e tr
resultado p
Arendt e
imagem ob
em quatro
o tempo d
acordo com
gios també
o acompan
precisam e
no estágio 
As fratu
em fratura
nóstico de 
imagem, sã
Tabela 1 –
Estágios/
ósseas po
Grau de les
estresse
1 
2 
3 
4 
Tabela 2 – Classificac¸ão das fraturas por estresse
de baixo risco
Fraturas de estresse de baixo risco
Membros superiores Clavícula, escápula, úmero,
olecrano, ulna, radio, escafoide,
metacarpos
Membros inferiores Diáfise femoral, diáfise tibial,
fíbula, calcâneo, diáfise metatarsos
Tórax Costelas
Coluna dorsal Pars interarticularis, Sacro
Pelve Ramos isquiopúbicos
Tabela 3 – Classificac¸ão das fraturas por estresse de alto
risco
Fraturas po
Colo do fêm
Cortical an
Maléolo m
Navicular
Base do seg
Talus
Patela
Sesamoide
atars
tado
toria
deric
s alte
 grav
o do
m es
men
adeq
e os fatores de risco que levaram à doenc¸a sejam
cados. O tratamento da fratura por estresse baseia-se
venc¸ão de novos episódios e na recuperac¸ão da área
.6,10,20
revenc¸ão de novos episódios é feita com a modificac¸ão
ividades e correc¸ão do gesto esportivo, troca de equi-
tos esportivos e do local de treinamento que possam
avorecendo a sobrecarga óssea, mudanc¸a dos hábitos
onais e o reconhecimento de alterac¸ões hormonais,
icas, de forc¸a muscular e baixo condicionamento
la 4 – Classificac¸ão de Fredericson
Achados RNM por Fredericson
o da lesão
Normal
Edema periosteal
Edema periosteal e medular em imagens
ponderadas em T2
Edema periosteal e medular em imagens
ponderadas em T1 eT2
Edema periosteal e medular com linha
de fratura visível
 podem e devem ser classificadas para que o prog-
atamento sejam mensurados e resultem no melhor
ara o paciente.
 Griffiths apud Royer et al.11 usaram parâmetros da
tida na RNM para dividir as fraturas por estresse
 estágios. O objetivo dessa classificac¸ão é definir
e repouso necessário para retorno ao esporte de
 o estágio em que o paciente se encontra. Os está-
m podem ser usados para a reavaliac¸ão durante
hamento da lesão.7 As lesões tratadas no estágio 1
m média de 3,3 semanas de repouso, enquanto que
4 são necessárias 14,3 semanas.7 (tabela 1)
ras por estresse também podem ser classificadas
s de alto e baixo risco. A localizac¸ão óssea, o prog-
consolidac¸ão, característica obtidas com exame de
o algumas das características que definem o risco
 Classificac¸ão de Arendt e Griffiths
graus de Arendt e Griffiths de lesões
r estresse baseado nos achados RNM
ão por Achados RNM Durac¸ão de descanso
necessário para
cura/semanas
Positivos STIR 3
Imagem
positivos STIR
e positivos
ponderada em T2
3-6
Positivos T1 e T2
sem definic¸ão
ruptura cortical
12-16
Positivos T1 e T2
com definic¸ão
ruptura cortical e
linha de fratura
visível
16
5 Met
aumen
satisfa
Fre
uso da
vos da
seguid
també
Trata
Para o 
cial qu
identifi
na pre
lesada
A p
das at
pamen
estar f
nutrici
anatôm
Tabe
Estági
0 
1 
2 
3 
4 
r estresse de alto risco
ur (superolateral)
terior da tíbia
edial
undo metatarso
s (hálux)
o
 ou não de uma fratura por estresse não evoluir
mente durante o tratamento.6,11 (tabelas 2 e 3)
son propôs classificar a fratura por estresse com o
rac¸ões visualizadas na RNM. Os estágios progressi-
idade da lesão avaliam o acometimento periostal,
 acometimento medular até que a cortical óssea
teja comprometida.10,41 (tabela 4)
to
uado tratamento das fraturas por estresse é essen-
r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 6;5 1(1):3–10 7
cardiomuscular.20 O tipo de calc¸ado ideal para cada prática
é o fator externo mais estudado na gênese da fratura por
estresse.20
dência me
asfalto par
tismo. Mes
não haver r
uma interf
choque, m
produto da
geradas pe
a adaptac¸ã
podem ser c
minada les
O tratam
carga no lo
reabilitac¸ão
Analgés
-inflamatór
e por curt
que pode h
cicatrizac¸ão
ratura repo
ac¸ão negati
Em gera
entre quatr
risco.6 Para
nas; a regi
a pelve de
reexaminad
mento das
de repouso
xibilidade, 
durante o p
programa fi
Imobiliz
fratura por
músculos, 
existem alg
é fundame
a cura: é o c
posteromed
Fraturas
consolidac¸ã
médico ort
ral (tensão
catastrófico
osteonecro
tical anteri
que se não
vezes um p
ras da base
que comum
obtido um 
Novas mod
Existem no
mento das
uma consolidac¸ão mais rápida e o retorno precoce às ativi-
dades físicas. Elas podem ser divididas em terapias biológicas
cas.5
ia d
igên
s in
io 10
te a 
so n
ura p
ona
em 
e su
to cu
 dec
utica
cam
s d
tore
dos d
r e p
dore
 estu
 dele
to ci
rar s
ínas
hog
as c
de d
de p
is em
eio d
ante
mon
umá
 frat
ôni
torm
r me
e fó
ético
os os
e faz
ulac
com 
Alguns estudos mostram que existe uma inci-
nor de lesões quando sem troca as corridas do
a superfícies mais macias, como pistas de atle-
mo assim, outros autores relatam em seus estudos
elac¸ão entre esses.20 Voloshin49 acredita que existe
erência das diversas superfícies absorvedoras de
as o estresse ao tecido ósseo não é unicamente
s forc¸as da reac¸ão do solo. As forc¸as combinadas
la ac¸ão muscular diante do movimento gerado e
o do atleta à superfície de treinamento também
onsiderados como fatores de risco para uma deter-
ão.20,49
ento da lesão é feito com a diminuic¸ão da sobre-
cal acometido, medicac¸ão para controle da dor e
 fisioterápica.6,10,20
icos são usados para alívio da dor.6 Anti-
ios, se usados, devem ser prescritos com cautela
o período. Estudos em animais demonstraram
aver uma interferência negativa no processo de
 óssea.6 Entretanto, revisões mais recentes da lite-
rtam que não há evidencia conclusiva sobre essa
va.50-52
l, o tempo para consolidac¸ão da fratura dura
o e 12 semanas quando as fraturas são de baixo
 os metatarsos espera-se entre três a seis sema-
ão posteromedial da diáfise da tíbia,o fêmur e
 seis a 12 semanas.10,11 O paciente deve ser
o a cada duas/três semanas para acompanha-
 modificac¸ões dos sintomas e da dor no período
 e reabilitac¸ão.6,53-56 Para a manutenc¸ão da fle-
forc¸a e do condicionamento físico cardiovascular
eríodo de repouso o paciente deve engajar-se num
sioterápico6,53,54 e de exercícios controlados.57
ac¸ões são raramente usadas para o tratamento da
 estresse devido aos seus efeitos deletérios sobre
tendões, ligamentos e articulac¸ões.5 Entretanto,
umas fraturas específicas em que a imobilizac¸ão
ntal para a obtenc¸ão de condic¸õesadequadas para
aso do osso navicular, sesamoides, patela e região
ial da tíbia.5
 de alto risco comumente evoluem para a não
o óssea e é necessária a intervenc¸ão cirúrgica do
opedista.6 A fratura por estresse da cortical late-
) do colo do fêmur está associada a resultados
s, como desvio completo da cabec¸a do fêmur e
se quando não tratados cirurgicamente.20,53 A cor-
or do terc¸o médio da diáfise da tíbia é outra fratura
 tratada cirurgicamente apresenta na maioria das
éssimo prognóstico.20 Podemos citar ainda as fratu-
 do quinto metatarso e do navicular como fraturas
ente exigem a intervenc¸ão cirúrgica para que seja
resultado satisfatório em seu tratamento.20
alidades terapêuticas
vas modalidades sendo estudadas para o trata-
 faturas por estresse com o objetivo de se obter
ou físi
Terap
de ox
Estudo
oxigên
temen
consen
da frat
Bifosf
Suprim
meio d
Seu al
fatores
terapê
cientifi
Fatore
em fa
Aplica
acelera
anima
poucos
Alguns
tamen
melho
Prote
Morp
Proteín
ativida
ativida
quima
por m
import
têm de
ras tra
uso em
Horm
O para
cio po
cálcio 
esquel
mulo d
essa s
a estim
óssea 
0
e suplementac¸ão de oxigênio (terapia
io hiperbárico)
 vitro demonstraram que a administrac¸ão de
0% é capaz de estimular osteoblastos e conseqüen-
formac¸ão óssea.50 Porém ainda não existe um
a literatura sobre seus benefícios no tratamento
or estresse.50,54
dos
a reabsorc¸ão óssea e inativam os osteoclastos por
a ligac¸ão com cristais de fosfato de cálcio.20,50
sto e seus diversos efeitos colaterais podem ser
isivos na escolha e tentativa dessa modalidade
.50,55 Seu uso profilático ainda não é embasado
ente.50,56
e crescimento e preparados ricos
s de crescimento
iretamente nos tecidos doentes com o objetivo de
romover seu reparo, com resultados preliminares
s em músculos, tendões e ligamentos.50,57 Existem
dos sobre o tratamento das fraturas por estresse.
s referem que quando usados no momento do tra-
rúrgico das fraturas de alto risco podem acelerar e
ua recuperac¸ão.50
 morfogênicas ósseas (Bone
enic Protein)
om fatores bioativos responsáveis pela induc¸ão da
a matriz óssea com func¸ão osteoindutora.50 Sua
rimária está na diferenciac¸ão das células mesen-
 células formadoras de tecido ósseo e cartilaginoso
a ossificac¸ão direta e osteocondral com func¸ão
 no reparo de lesões ósseas. Estudos em animais
strado uma acelerac¸ão na cura da lesão em fratu-
ticas, mas pouco se pode concluir a respeito do seu
uras por estresse.50
o paratireoideano recombinante
ônio atua na regulac¸ão dos níveis séricos de cál-
io da absorc¸ão gastrointestinal, da reabsorc¸ão de
sforo no rim, além de liberar cálcio do tecido
.50 Apesar de promover primeiramente um estí-
teoclastos com sua administrac¸ão regular, quando
 de forma intermitente e controlada consegue-se
¸ão osteoblástica anabólica e resulta na formac¸ão
aumento da forc¸a e da densidade, seguida de sua
8 r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 6;5 1(1):3–10
remodelac¸ão.50 Estudos demonstram que esse hormônio esti-
mula tanto o reparo ósseo pelo mecanismo endocondral como
membrano
Ultrasson
As ondas s
dos seres h
moles adja
estimular a
de ac¸ão ain
ram a sua e
Outros estu
tratamento
Aplicac¸ão
Pode ser ap
meio da co
lho de cam
eletromagn
seu uso na
Critérios 
O tempo d
esporte dep
a atividade
possibilida
do pacient
tamento n
retorne à su
Os poss
retorne à s
metido, pri
ausência d
de dor no l
mes de ima
dos treinad
risco e cond
sam ser co
de novas le
O retorn
iniciada ap
aumento d
A formac¸ão
radiografia
res determ
por estress
Prevenc¸ã
Apesar de
prevenc¸ão 
validade co
possíveis f
mento dev
acompanhados.6,10 Controle e modificac¸ão constante da ati-
vidade física com tempo de recuperac¸ão adequado são de
a im
 200
tec¸ã
ática
o por
uipa
s os
iva.6
de bi
 ain
c¸ão 
lica
cipa
o ri
 frat
prov
doa
 da f
s óss
imen
ênic
itos
ores 
r ê n
ithau
 path
as M
eness
neid
mast
ts to 
ta-an
ad LM
man
ture
5;34(
a MH
ries 
limin
mon
nage
dalit
el DS
tme
1;83(
ns R
 Effec
one 
pl:S6
man
l. De
itary
so.50
ografia pulsátil de baixa intensidade
onoras de alta frequência acima do limite audível
umanos interagem com o tecido ósseo e tecidos
centes e geram um microestresse e tensão capaz de
 consolidac¸ão.6,13,50 Porém, seu mecanismo exato
da é desconhecido.19 Alguns estudos demonstra-
ficácia no tratamento das fraturas por estresse.50,58
dos não apoiam completamente o seu uso para o
 dessas fraturas.6
 de campo magnético
licado por corrente direta no foco da fratura por
locac¸ão cirúrgica de eletrodos, do uso de apare-
po de capacitac¸ão elétrica ou por pulso de campo
ético.50 Ainda não há evidências concretas sobre
s fraturas por estresse.20,50
para retorno ao esporte
esde o diagnóstico até a cura e o retorno ao
endem de múltiplos fatores como o local da lesão,
 esportiva, a gravidade da lesão, assim como a
de de correc¸ão dos fatores de risco intrínsecos
e.20 Fraturas por estresse de baixo risco e de tra-
ão cirúrgico costumam permitir que o paciente
a atividade de quatro a 17 semanas após a lesão.6
íveis critérios usados para permitir que o atleta
ua pratica são: ausência total de dor no local aco-
ncipalmente durante a feitura do gesto esportivo,
e sintomas durante a feitura de testes provocativos
ocal da lesão, ausência de anormalidades nos exa-
gem e acima de tudo a compreensão do paciente,
ores e da equipe técnica esportiva dos fatores de
ic¸ões as quais levaram àquela lesão para que pos-
rrigidas e se prevenir recorrência e aparecimento
sões.10
o gradual à atividade esportiva definitiva deve ser
ós 10-14 dias com ausência total de dor e com
e 10% da intensidade do treino por semana.20,50
 de calo ósseo e obliterac¸ão da linha da fratura nas
s simples e principalmente na tomografia são fato-
inantes do processo adequado de cura da fratura
e.50
o
 vários métodos terem sido propostos para a
das fraturas por estresse, apenas alguns têm sua
mprovada para justificar suas recomendac¸ões.6 Os
atores de risco contribuintes para o seu apareci-
em ser cuidadosamente estudados, modificados e
extrem
cio de
de pro
cinem
afecc¸ã
dos eq
e todo
esport
lático 
porém
preven
Comp
As prin
de alt
que a
ado e 
e pseu
mento
regiõe
aparec
teratog
Confl
Os aut
r e f e 
1. Bre
the
2. Dev
sor
3. Sch
Mc
tes
me
4. Fay
Fish
frac
200
5. Niv
inju
pre
6. Car
ma
mo
7. Pat
trea
201
8. Eva
DS.
of b
Sup
9. Cos
et a
Mil
portância.6,10 Considerar a ingestão diária de cál-
0 mg e 800IU de vitamina D pode ser um fator
o.6,9 Deve-se acompanhar e corrigir ao máximo a
 e os fatores biomecânicos predisponentes dessa
 meio do entendimento correto do gesto esportivo,
mentos, das órteses, da superfície de treinamento
 outros fatores que possam envolver a prática
,10,50 Alguns estudos estão investigando o uso profi-
fosfonados na prevenc¸ão das fraturas por estresse,
da não há evidencias de seus benefícios para a
desse tipo de lesão.6
c¸ões
is complicac¸ões ocorrem em fraturas por estresse
sco. A conduc¸ão inadequada pode fazer com
ura progrida para um trac¸o completo e desvi-
oque retardo de consolidac¸ão, necrose avascular
rtrose.6,20 Além disso, os bifosfonados no trata-
ratura por estresse podem fragilizar determinadas
eas quando usados em longo prazo e predispor o
to de fraturas por insuficiência e potencial efeito
o em pacientes gestantes.6
 de interesse
declaram não haver conflitos de interesse.
 c i a s
pt MD. Zur pathologie des menschlichen fusses. To
ology of the human foot. Med Zeitung. 1855;24:169.
B. Stress fractures of the tibia in athletes of ‘shin
. J Bone Joint Surg Br. 1958;40(2):227–39.ers AG, Sullivan SJ, Hendrick PA, Hones BDGM,
er AR, Sugden BA, Tomlinson C. The ability of clinical
diagnose stress fractures: a systematic review and
alysis. J Orthop Sports Phys Ther. 2012;42(9):760–71.
, Kamel IR, Kawamoto S, Bluemke DA, Frassica FJ,
 EK. Distinguishing stress fractures from pathologic
s: a multimodality approach. Skeletal Radiol.
5):245–59.
, Mattila VM, Kiuru MJ, Pihlajamäki HK. Bone stress
are common in female military trainees: a
ary study. Clin Orthop Relat Res. 2009;467(11):2962–9.
t RC, Mei-Dan O, Bennell LK. Stress fracture
ment: current classification and new healing
ies. Oper Tech Sports Med. 2009;17:81–9.
, Roth M, Kapil N. Stress fractures: diagnosis,
nt, and prevention. Am Fam Physician.
1):39–46.
K, Antczak AJ, Lester M, Yanovich R, Israeli E, Moran
ts of a 4-month recruit training program on markers
metabolism. Med Sci Sports Exerc. 2008;40 11
60–70.
 F, Ruffing J, Zion M, Uhorchak J, Ralston S, Tendy S,
terminants of stress fractures risk in United States
 Academy cadets. Bone. 2013;55(2):359–66.
r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 6;5 1(1):3–10 9
10. Bennell KL, Malcolm SA, Thomas SA, Wark JD, Brukner PD.
The incidence and distribution of stress fractures in
competi
prospect
11. Royer M
2011: pra
2:S86–90
12. Snyder R
fracture
13. Iwamoto
cases. J O
14. Daffner 
Am J Ro
15. Johnson
femoral 
a new cl
16. Jones BH
factors f
army tra
17. Pester S,
of soldie
18. Bolin D, 
evaluati
Sport Me
19. Mori S, B
followin
20. Raasch W
fundam
21. Korpelai
factors f
Med. 200
22. Joy EA, C
Curr Spo
23. Gardner
Sullivan
fracture
Public H
24. Milgrom
Mendels
tibial str
195–9.
25. Patel RD
primary
9–27.
26. Shaffer R
Predicto
recruits.
27. Milgrom
Simkin A
a study 
1994;76(
28. Valimak
T, Suom
in male 
2005;37(
29. Myburg 
bone de
athletes
30. Nieves J
influenc
among y
2010;2(8
31. Popp KL
Koehler 
in runne
Exerc. 20
32. Giladi M
identifia
33. Manioli A 2nd, Graham B. The subtle cavus foot: the
under pronator: a review. Foot Ankle Int. 2005;26(3):
–63.
l MB
mech
ture
itra R
 phy
–74.
deric
lete. 
ani 
ntific
tinuo
0;30(
ibash
omp
ging
2;12(
rling 
he at
2;14(
nell 
ture
deric
ial st
ptom
ging
–81.
uch 
ients
n AY,
erior
 caus
6;24(
on S,
ictori
44.
otyn
ue of
rarti
. 201
ka CM
6;25(
kner
gnos
7;24(
deric
ture
6;17(
oshin
faces
hallo
 ster
ries.
eeler
gs ad
 Spor
ns A
ght b
ning
ansso
ture
 dela
net M
rapy 
ture
00471
tive track and field athletes. A twelve-month
ive study. Am J Sports Med. 1996;24(2):211–7.
, Thomas T, Cesini J, Legrand E. Stress fractures in
tical approach. Joint Bone Spine. 2012;79 Suppl
.
A, Koester MC, Dunn WR. Epidemiology of stress
s. Clin Sports Med. 2006;25(1):37–52.
 J, Takeda T. Stress fractures in athletes: review of 196
rthop Sci. 2003;8(3):273–8.
RH, Pavlov H. Stress fractures: current concepts. AJR
entgenol. 1992;159(2):245–52.
 AW, Weiss CB Jr, Wheeler DL. Stress fractures of the
shaft in athletes – more common than expected:
inical test. Am J Sports Med. 1994;22(2):248–56.
, Bovee MW, Harris JM, Cowan DN. Intrinsic risk
or exercise-related injuries among male and female
inees. Am J Sports Med. 1993;21(5):705–10.
 Smith PC. Stress fractures in the lower extremities
rs in basic training. Orthop Rev. 1992;21(03):297–303.
Kemper A, Brolinson G. Current concepts in the
on and management of stress fractures. Curr Rep
d. 2005;4(6):295–300.
urr DB. Increasing intracortical remodelling
g fatigue damage. Bone. 1993;14(2):103–9.
G, Hergan DJ. Treatment of stress fractures: the
entals. Clin Sports Med. 2006;25(1):29–36.
nen R, Orava S, Karpakka J, Siira P, Hulkko A. Risk
or recurrent stress fracture in athletes. Am J Sports
1;29(3):304–10.
ampbell D. Stress fractures in the female athlete.
rts Med Rep. 2005;4(6):323–8.
 LI Jr, Dziados JE, Jones BH, Brundage JF, Harris JM,
 R, et al. Prevention of lower extremity stress
s: a controlled trial of a shock absorbent insole. Am J
ealth. 1988;78(12):1563–7.
 C, Finestone A, Levi Y, Simkin A, Ekenman I,
on S, et al. Do high impact exercises produce higher
ains than running? Br J Sports Med. 2000;34(3):
. Stress fractures: diagnosis and management in the
 care settings. Pediatric Clin North Am. 2010;81:
A, Rauh MJ, Brodine SK, Trone DW, Macera CA.
rs of stress fracture susceptibility in young female
 Am J Sports Med. 2006;34(1):108–15.
 C, Finestone A, Shlamkovitch N, Rand N, Lev B,
, et al. Youth is a risk factor for stress fracture:
of 783 infantry recruits. J Bone Joint Surg Br.
1):20–2.
i VV, Alfthan H, Lehmuskallio E, Loyttyniemi E, Sahi
inen H, et al. Risk factors for clinical stress fractures
military recruits: a prospective cohort study. Bone.
2):267–73.
KH, Hutchins J, Fataar AB, Hough SF, Noakes TD. Low
nsity is an etiologic factor or stress fractures in
. Ann Intern Med. 1990;113(10):754–9.
W, Melsop K, Curtis M. Nutritional factors that
e change in bone density and stress fracture risk
oung female cross-country runners. PMR.
):740–50.
, Hughes JM, Smock AJ, Novotny SA, Stovitz SD,
SM, et al. Bone geometry, strength, and muscle size
rs with a history of stress fracture. Med Sci Sports
09;41(12):2145–50.
, Milgrom C, Simkin A, Danon Y. Stress fractures:
ble risk factors. Am J Sports Med. 1991;19(6):647–52.
256
34. Poh
Bio
frac
35. Ma
and
259
36. Fre
ath
37. Rom
Ide
con
200
38. Ish
S. C
ima
200
39. Ste
in t
199
40. Ben
frac
41. Fre
Tib
sym
ima
472
42. Stra
pat
43. Shi
sup
the
199
44. Dix
a p
29–
45. Zuk
val
inte
Res
46. Sof
200
47. Bru
Dia
199
48. Fre
frac
200
49. Vol
sur
50. Me
Non
inju
51. Wh
dru
Br J
52. Bur
wei
run
53. Joh
frac
of a
54. Ben
the
frac
CD
, Mullineaux DR, Milner CE, Hamill J, Davis IS.
anical predictors of retrospective tibial stress
s in runners. J Biomech. 2008;41(6):1160–5.
S, Johnson DL. Stress fractures. Clinical history
sical examination. Clin Sports Med. 1997;16(2):
son M, Wun C. Differential diagnosis of leg pain in the
J Am Podiatr Med Assoc. 2003;93(4):321–4.
WA, Perrin DH, Dussault RG, Ball DW, Kahler DM.
ation of tibial stress fractures using therapeutic
us ultrasound. J Orthop Sports Phys Ther.
8):444–52.
i Y, Okamura Y, Otsuka H, Nishizawa K, Sasaki T, Toh
arison of scintigraphy and magnetic resonance
 for stress injuries of bone. Clin J Sport Med.
2):79–84.
JC, Edelstein DW, Calvo RD, Webb R. Stress fractures
hlete. Diagnosis and management. Sports Med.
5):336–46.
K, Brukner P. Preventing and managing stress
s in athletes. Phys Ther Sport. 2005;6:171–80.
son M, Bergman AG, Hoffman KL, Dillingham MS.
ress reaction in runners. Correlation of clinical
s and scintigraphy with a new magnetic resonance
 grading system. Am J Sports Med. 1995;23(4):
WB, Slomiany WP. Evaluating shin pain in active
. J Musculoskelet Med. 2008;25:138–48.
 Morin WD, Gorman JD, Jones SB, Lapinski AS. The
ity of magnetic resonance imaging in differentiating
e of hip pain in endurance athletes. Am J Sports Med.
2):168–76.
 Newton J, TehJ. Stress fractures in the young athlete:
al review. Curr Probl Diagn Radiol. 2011;40(1):
ski K, Curtis C, Grant FD, Micheli L, Treves ST. The
 SPECT in the detection of stress injury to the pars
cularis in patients with low back pain. J Orthop Surg
0;5:13.
. Imaging of stress fractures. Clin Sports Med.
1):53–62.
 P, Bennell K. Stress fractures in female athletes.
is, management and rehabilitation. Sports Med.
6):419–29.
son M, Jennings F, Beaulieu C, Matheson GO. Stress
s in athletes. Top Magn Reson Imaging.
5):309–25.
 KW. Dynamic loading during running on various
. Human Mov Sci. 1992;11:675–89.
 CJ, Drezner JA, Bytomski JR. Practical management:
oidal anti-inflammatory drug (NSAID) use in athletic
 Clin J Sport Med. 2006;16:170–4.
 P, Batt ME. Do non-steroidal anti-inflammatory
versely affect stress fracture healing? A short review.
ts Med. 2005;39(2):65–9.
S, Lauder TD. Deep water running: An effective non
earing exercise for the maintenance of land based
 performance. Mil Med. 2001;166(3):253–8.
n C, Ekenman I, Tornkvist H, Eriksson E. Stress
s of the femoral neck in athletes: the consequence
y in diagnosis. Am J Sports Med. 1990;18(5):524–8.
H, Stanford R, Turner R. Hyperbaric oxygen
for promoting fracture healing and treating
 non union. Cochrane Database Syst Rev. 2005;25(1):
2.
10 r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 6;5 1(1):3–10
55. Shima Y, Engebretsen L, Iwasa J, Kitaoka K, Tomita K. Use
of bisphosphonates for the treatment of stress fractures
in athletes. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc.
2009;17(5):542–50.
56. Ekenman I. Do not use bisphosphonates without scientific
evidence, neither in the treatment nor prophylactic, in the
treatment of stress fractures. Knee Surg Sports Traumatol
Arthrosc. 2009;17(5):433–4.
57. Hammond JW, Hinton RY, Curl LA, Muriel JM, Lovering RM.
Use of autologous plateletrich plasma to treat muscle strain
injuries. Am J Sports Med. 2009;37(6):1135–42.
58. Heckman JD, Ryaby JP, McCabe J, Frey JJ, Kilcoyne RF.
Acceleration of tibial fracture healing by noninvasive
low-intensity pulsed ultrasound. J Bone Joint Surg Am.
1994;76(1):26–34.
	Fraturas por estresse: definição, diagnóstico e tratamento
	Introdução
	Epidemiologia
	População
	Região anatômica
	Modalidade esportiva
	Sexo
	Fisiopatologia
	Fatores de risco
	Exame físico
	Exame de imagem
	Classificação
	Tratamento
	Novas modalidades terapêuticas
	Terapia de suplementação de oxigênio (terapia de oxigênio hiperbárico)
	Bifosfonados
	Fatores de crescimento e preparados ricos em fatores de crescimento
	Proteínas morfogênicas ósseas (Bone Morphogenic Protein)
	Hormônio paratireoideano recombinante
	Ultrassonografia pulsátil de baixa intensidade
	Aplicação de campo magnético
	Critérios para retorno ao esporte
	Prevenção
	Complicações
	Conflitos de interesse
	Referências

Continue navegando