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Rafaela Vianna - Resenha Leviatã

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Universidade Estácio de Sá 
 
Curso: Publicidade e Propaganda 
Aluna: Rafaela Barros Vianna 
Matrícula: 202001187091 
 
• Resenha Crítica de “Leviatã” - Animação inspirada na obra de 
Thomas Hobbes. 
 
A obra Leviatã, escrita em 1651, trata da organização da sociedade. 
Seu autor, Thomas Hobbes, afirma que o homem em estado natural 
(ausência de sociedade civil), desconhece as leis e a ideia de Justiça; todos 
têm direito a tudo, e para conseguir o que desejam, se utilizam da força e 
da esperteza. 
Como consequência de tal ato, surge uma guerra de todos contra todos; 
uma situação insustentável pela busca desenfreada de sobrevivência em 
um mundo de recursos limitados. 
 
Hobbes defendia veementemente as monarquias e achava que o ser 
humano precisava viver em conjunto numa sociedade regida por regras e 
normas para não regressar ao estado de violência que caracterizava a 
espécie. 
O ser humano era visto por ele como um ser egoísta e que se submetia a 
um poder maior somente para que pudesse viver em paz e também ter 
condição de prosperar, por isso, os chamados contratos sociais - acordos 
que regulavam a convivência das pessoas em sociedade de maneira 
organizada através de um Estado que protege os direitos e a liberdade dos 
seus membros - eram tão essenciais. 
“O homem é o lobo do homem” - A frase faz uma comparação com o 
comportamento animal para ilustrar aquilo que Hobbes acredita ser a 
conduta do ser humano de modo geral: explorador por essência e 
aproveitador dos mais fracos. 
O homem teria por instinto o impulso de usurpar o que é do outro, 
colocando-se acima dos demais e tendo como prioridade máxima o bem-
estar individual ao invés do coletivo. 
 
Hoje, podemos ver claramente a obra Leviatã sendo refletida na situação 
que estamos vivenciando (proliferação do vírus Covid-19). 
De um lado temos uma sociedade sendo regida por regras extremamente 
rígidas, com os governos tentando controlar a entrada e saída dos países, 
aglomerações, movimentações e reuniões de pessoas para impedir a 
propagação da doença. 
Do outro lado, vemos alguns membros da população aplicando 
perfeitamente a premissa de que “o homem é o lobo do homem” em uma 
lógica genocida onde se opõe economia e vidas. 
 
Vemos a elite se aproveitando da situação, de sua influência e usando os 
mais fracos para proteger os seus próprios interesses abraçados ao “lindo” 
discurso de como os mais pobres irão sobreviver sem trabalhar (para eles 
obviamente). 
Vemos pessoas fora do grupo considerado de risco fechando os olhos para 
as evidências científicas e não se importando com a taxa de letalidade de 
outros grupos. 
Vemos também surgir a ideia de que é melhor sacrificar os mais velhos 
(maior grupo de risco) pelo futuro dos mais novos. 
É irracional esse debate entre o que é mais importante; a vida ou a 
economia. No entanto, é o retrato perfeito do homem sendo lobo do 
homem pois junto com o vírus da doença temos também o vírus da 
indiferença em um individualismo intensificado. 
O amor ao próximo nunca está em pauta, afinal de contas, esse próximo, 
nada mais é que o adversário a ser vencido.

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