Buscar

FeC AULA 2 LFF - MEC SOLOS TIPOS FUND

Prévia do material em texto

FUNDAÇÕES E 
CONTENÇÕES 
CCE0194
AULA 2
MECÂNICA DOS SOLOS E TIPOS DE FUNDAÇÃO
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
DOCENTE: LEILA FERREIRA FIGUEIREDO
MECÂNICA DOS SOLOS NA 
ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES
Projeto de fundações: cargas aplicadas pela 
obra e a resposta do solo a estas 
solicitações.
Os solos são distintos e respondem de
maneira variável.
Experiência com o tipo de solo existente e 
suas peculiaridades. Neste caso, o projeto 
de fundações e sua execução depende do 
entendimento dos mecanismos de 
comportamento dos solos.
MECÂNICA DOS SOLOS
1. NATUREZA DOS SOLOS
� Sistema solo-água-ar: conjunto de partículas (livres para se
deslocar) com ar e/ou água.
� Tamanho (diâmetro) das partículas: solos grossos (areia e
pedregulho) e solos finos (silte e argila).
� Índices físicos: peso específico, umidade, índice de vazios,
porosidade e grau de saturação.
� Constituição mineralógica: desagregação das rochas por ação
física ou química (intemperismo).
� Quartzo: resistente a desagregação e forma os siltes e as
areias.
� Feldspato (mais atacado pela natureza): formam os
argilos-minerais que possuem uma estrutura mais
complexa.
MECÂNICA DOS SOLOS
2. CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
� Características das partículas: análise granulométrica e
limites de atterberg.
� Sistemas de classificação.
� Solos granulares (pedregulhos ou areias): compacidade
relativa.
� Solos finos ou coesivos (argilas e siltes): consistência.
� Solos orgânicos: problemáticos por serem compressíveis.
� Solos residuais (solo maduro, solo jovem ou saprolítico e
rocha-alterada) e solos sedimentares ou transportados
(coluvionares, aluviões e outros).
� Solos lateríticos: superfície dos depósitos geológicos.
� Aterros e solos compactados.
MECÂNICA DOS SOLOS
3. PERCOLAÇÃO DE ÁGUA NOS SOLOS
� Cargas hidraúlicas
� Lei de Darcy (� � �. �. ��
MECÂNICA DOS SOLOS
4. TENSÕES NO SOLO
� Tensão total
� Pressão neutra ou poropressão
� Tensão efetiva
� Tensão vertical: devida ao peso próprio (� � 	. 
�
� Tensão horizontal: (�′� � �′
. ���
� Estado de tensões:
� �
�� � ��
2
 cos 2�
� �
�� � ��
2
�
�� � ��
2
 sen 2�
MECÂNICA DOS SOLOS
4. TENSÕES NO SOLO
� Capilaridade nos solos
� Tensão-deformação e resistência dos solos
� Critérios de ruptura:
Critério Mohr-Coulomb
45° + ϕϕϕϕ/2
MECÂNICA DOS SOLOS
5. ENSAIOS PARA DETERMINAR TENSÃO DEFORMAÇÃO E 
RESISTÊNCIA
� Ensaio de cisalhamento direto: determina a resistência
ao cisalhamento
� Ensaio de compressão triaxial: tensão deformação e
resistência
MECÂNICA DOS SOLOS
6. COMPORTAMENTO DAS AREIAS
� Deformabilidade das areias
7. COMPORTAMENTO DAS ARGILAS
� Compressibildiade
� Deformabilidade em função do tempo (adensamento)
DEFINIÇÃO DE FUNDAÇÃO:
Fundação é o elemento estrutural
que transfere ao terreno as cargas
que são aplicadas à estrutura.
TRANFERÊNCIA DE CARGAS
Bulbo de Pressões
superfície 
do terreno
BULBO DE PRESSÕES
Solo resistente
Solo pouco resistente
BULBO DE PRESSÕES
Solo resistente
Solo pouco resistente
PROBLEMAS !!!
TIPOS DE FUNDAÇÃO
SU
PE
R
FI
C
IA
L
DIRETA
SAPATA CORRIDA 
OU CONTÍNUA
SAPATA ISOLADA
BALDRAME
BLOCO
RADIER
IN
D
IR
ET
A
S 
E 
PR
O
FU
N
D
A
S
ESTACAS 
MOLDADAS 
¨IN-LOCO¨
STRAUSS
FRANKI
ESCAVADA
BROCA
ESTACÃO
TUBULÕES
PRÉ-MOLDADAS
CONCRETO
AÇO
MADEIRA
TIPOS DE FUNDAÇÃO
� RASAS (superficiais ou diretas)
De acordo com a NBR6122:2010, as fundações
superficias são aquelas em que a carga é
transmitida ao terreno pelas tensões distribuídas
sob a base da fundação, e a profundidade de
assentamento em relação ao terreno adjacente à
fundação é inferior a duas vezes a menor
dimensão da fundação.
FUNDAÇÃO RASA
Pontos Positivos das Fundações Rasas:
� Solução trivial com recursos da obra; 
� Baixo custo; 
� Não provoca vibrações. 
Pontos Negativos das Fundações Rasas:
� Problemas nas escavações junto às divisas; 
� Limitações para cargas muito altas; 
� Solução artesanal com alto consumo de mão-de-obra.
TIPOS DE FUNDAÇÃO
� PROFUNDAS (Indiretas)
Elemento de fundação que transmite a carga ao terreno ou pela
base (resistência de ponta), com pouca capacidade de suporte, ou
por sua superfície lateral (resistência de fuste), com grande
capacidade de carga através do atrito lateral do corpo do elemento
de fundação com o solo ou por uma combinação das duas,
devendo sua ponta ou base estar assente em profundidade
superior ao dobro de sua menor dimensão em planta, e no
mínimo 3,0 m. Neste tipo de fundação incluem-se as estacas e os
tubulões.
Não há a necessidade de abertura de cavas e são elementos
cravados no solo usualmente por meio de um bate-estaca.
COMO ESCOLHER
1. FUNDAÇÃO DIRETA
� Critério: definição de fundação direta ou rasa é aquela em
que as cargas da edificação são transmitidas ao solo logo
nas primeiras camadas. Para isso ocorrer é necessário que o
solo, logo nas primeiras camadas, tenha resistência
suficiente para suportar as cargas da edificação.
� Assim é necessário conhecimento do solo, propiciado pelas
sondagens.
� Para efeito prático, considera-se técnica e viável
economicamente o uso de fundações diretas quando o
número de golpes SPT for maior ou igual a 8 e profundidade
não ultrapassar 2m.
COMO ESCOLHER
OBSERVAÇÃO 1:
� Para a escolha adequada de uma fundação rasa é
necessário conhecer as cargas atuantes: “Normal,
momentos, força cortante”.
� Quando se tem cargas elevadas é necessário projetar
fundações de grandes dimensões o que do ponto de
vista econômico não é vantagem, sendo necessário um
estudo minucioso do melhor custo benefício rasa x
profunda.
COMO ESCOLHER
OBSERVAÇÃO 2:
� A posição e característica do nível d’água (lençol
freático) são importantes para o estudo de um possível
rebaixamento. Consideráveis variações do nível d’água
podem ocorrer por causa das chuvas. Um poço de
reconhecimento muitas vezes é uma boa solução para
observação dessas possíveis variações.
COMO ESCOLHER
OBSERVAÇÃO 3:
Sapata não deve ser usada nos seguintes casos:
� aterro não compactado;
� argila mole;
� areia fofa e muito fofa;
� solos colapsíveis (solos que sofrem significativa redução de
volume quando umedecidos, com ou sem aplicação de carga
adicional);
� existência de água onde o rebaixamento do lençol freático
não se justifica economicamente.
COMO ESCOLHER
COMO ESCOLHER
RADIER:
� As boas práticas recomendam que: quando a soma das
áreas das sapatas for superior a metade da área da
projeção do edifício é conveniente adotar uma
fundação do tipo radier.
COMO ESCOLHER
2. FUNDAÇÃO PROFUNDA
� Geralmente utilizadas quando as camadas superficiais
de terreno não tem resistência suficiente para aguentar
as cargas da estrutura, geralmente cargas elevadas.
COMO ESCOLHER
ESTACAS
� São peças alongadas, cilíndricas ou prismáticas, que se
cravam ou se confeccionam (escavadas) no solo com fim
de transmitir as cargas da estrutura a uma camada
profunda e resistente;
� A capacidade de resistência das estacas é devida - parte
pelo atrito lateral e parte pela resistência de ponta.
� Existem casos, como por exemplo aterro sobre argila
mole, em que o atrito lateral empurra a estaca para
baixo (atrito negativo), neste caso a resistência é só de
ponta;
� Encontramos casos também que as estacas só apresentam
resistência de atrito lateral sendo chamada de estaca
flutuante.
COMO ESCOLHER
TUBULÕES
� Fundações de forma cilíndrica, com base alargada ou não;
� São destinados a transmitir as cargas da estrutura a uma
camada de solo ou substrato rochoso de alta resistência e a
grande profundidade;
� É usado para cargas muito grandes;
� Eles podem ser revestidos ou não (de concreto ou
metálico);
� Quando houver água injeta-se ar-comprimido para
aumentar a pressão no interior e não deixar a água entrar.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Fundação superficial de
concreto, dimensionado de
modo que as tensões de tração
nele produzidas possam ser
resistidas pelo concreto, sem
necessidade de armadura.
Pode ter suas faces verticais,
inclinadas ou escalonadase
apresentar normalmente em
planta seção quadrada ou
retangular.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Fundação superficial de concreto
armado, dimensionado de modo que
as tensões de tração nele produzidas
não sejam resistidas pelo concreto,
mas sim pelo emprego da
armadura. Pode possuir espessura
constante ou variável, sendo sua base
em planta normalmente quadrada,
retangular ou trapezoidal.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Transmitem as ações de um único
pilar centrado. Sapata mais utilizada.
Podem apresentar bases quadradas,
ou retangulares ou circulares, com
alturas constantes ou variáveis.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
O centro de gravidade da sapata deve
ser o mesmo que o centro de
aplicação da ação do pilar. De acordo
com a NBR 6122:2010, a menor
dimensão deve ser ≥ 60 cm, sendo a
relação entre os lados da sapata
(L1/L2) ≤ 2,5.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Sapata comum a vários
pilares.
Transmitem ações de dois
ou mais pilares e é
utilizada como alternativa
quando a distância entre
duas ou mais sapatas é
pequena.
sapata isolada
1
P1 P2
sapata isolada
2
sobreposição
(não cabe)
errado
P2P1
viga de rigidez
corretovista em perfil
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Sapata sujeita à ação de uma carga distribuída
linearmente em uma direção. A sapata corrida é
normalmente utilizada como apoio direto de paredes,
muros, e de pilares alinhados, próximos entre si. O
dimensionamento é idêntico ao de uma laje armada em
uma direção.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Para o caso de pilares
posicionados junto a divisa
do terreno. A viga de
equilíbrio tem a função de
transmitir a carga vertical
do pilar para o centro de
gravidade da sapata de
divisa e, ao mesmo tempo,
resistir aos momentos
fletores produzidos pela
excentricidade da carga do
pilar em relação ao centro
desta sapata.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Fundação superficial comum a vários pilares, cujos centros, em
planta, estejam situados no mesmo alinhamento.
1. Evitar os assentamentos diferenciais entre pilares .
2. Absorver momentos fletores na base dos pilares
resultantes das ações horizontais.
3. Servir de fundação às paredes resistentes.
4. Servir de base de assentamento às paredes de
enchimento.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Recebe cargas das paredes e transfere aos
blocos de fundação.
Proporciona travamento entre os blocos de
fundação, distribuindo os esforços laterais e
restringindo parcialmente o giro em sua direção.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Fundação superficial que abrange todos os pilares da obra 
ou carregamentos distribuídos (por exemplo: tanques, 
depósitos, silos, etc.).
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
ESTACAS TUBULÕES CAIXÕES
ESTACAS
Elemento de fundação profunda executado
inteiramente por equipamentos ou ferramentas,
sem que, em qualquer fase de sua execução,
haja descida de operário. Os materiais
empregados podem ser: madeira, aço, concreto
pré-moldado, concreto moldado in situ ou mistos.
TUBULÕES
Elemento de fundação profunda, cilíndrico, em que,
pelo menos na sua etapa final, há descida de
operário. Pode ser feito a céu aberto ou sob ar
comprimido (pneumático) e ter ou não base alargada.
Pode ser executado com ou sem revestimento,
podendo este ser de aço ou de concreto. No caso de
revestimento de aço (camisa metálica), este poderá
ser perdido ou recuperado.
CAIXÕES
Elemento de fundação profunda de forma
prismática, concretado na superfície e instalado
por escavação interna. Na sua instalação pode-
se usar ou não ar comprimido e sua base pode ser
alargada ou não.
ESTACAS
C
LA
SS
IF
IC
A
Ç
Ã
O
PROCESSO DE 
EXECUÇÃO
MOLDADAS IN LOCO
PRÉ-MOLDADAS
FORMA DE 
FUNCIONAMENTO
ESTACAS DE PONTA
ESTACAS DE ATRITO LATERAL
MISTAS
FORMA DE 
CARREGAMENTO
COMPRESSÃO
TRAÇÃO 
FLEXÃO
TIPO DE MATERIAL
MADEIRA
METÁLICA
CONCRETO 
MISTAS...
ESTACAS TIPO BROCA
Vantagem: não provocar vibrações durante a sua
execução, evitando danos nas estruturas vizinhas, e
poder servir de cortinas de contenção para
construção de subsolos, quando executadas de
forma justapostas.
Desvantagens: limitações de execução em
profundidades abaixo do nível d’água, principalmente
em solos arenosos, devendo-se evitar a sua execução
em argilas moles saturadas, a fim de evitar possíveis
estrangulamentos no fuste da estaca.
ESTACAS TIPO BROCA
Executada por perfuração com
trado, e posterior
concretagem in loco,
diâmetro variando entre 15 e
25 cm e comprimento de até
6,0 m. As estacas tipo broca
são empregadas para
pequenas cargas, pelas
limitações que envolvem o seu
processo de execução.
ESTACAS TIPO FRANKI
Executada por meio da cravação no terreno de um tubo de ponta
fechada e execução de uma base alargada, que é obtida
introduzindo-se no terreno certa quantidade de material granular
por meio de golpes de um pilão. Foi introduzida como fundação
há mais de 85 anos por Edgard Frankignoul na Bélgica, e
empregada pela 1 vez no Brasil em 1935, na Casa Publicadora
Baptista no Rio de Janeiro. Utiliza-se um bate-estaca.
Etapa 1: posicionamento do tubo de revestimento e
formação da bucha a partir do lançamento de brita e
areia no interior do tubo e compactação pelo impacto
do pilão fazendo o material aderir fortemente ao tubo;
Etapa 2: cravação do tubo no terreno por
meio da aplicação de sucessivos golpes do
pilão na bucha formada na etapa anterior;
Etapa 3: terminada a cravação, o tubo é
preso à torre do bate-estaca por meio de
cabos de aço, para expulsar a bucha e
iniciar a execução da base alargada, que se
dá pelo apiloamento de camadas
sucessivas de concreto quase seco;
Etapa 4: colocação da armação da
estaca, tomando-se o cuidado de
garantir a sua ligação com a base
alargada;
Etapa 5: concretagem do fuste, com o
lançamento de camadas sucessivas de
pequena altura de concreto e recuperação
do tubo;
Etapa 6: Finalização do processo
executivo, onde a concretagem do fuste
ocorre até 30cm acima da cota de
arrasamento.
ESTACAS TIPO FRANKI
ESTACAS TIPO FRANKI
ESTACAS TIPO FRANKI
ESTACAS TIPO FRANKI
Concretos
O concreto normalmente utilizado para estacas tipo 
“Franki” possue:
- resistência fck >= 20,0 Mpa (200 kgf/cm2) ;
- fator água / cimento muito baixo;
- consumo mínimo de cimento de 350 kg/m3 ;
- abatimento ou “slump-test” = 0, 0cm (zero 
centímetros) ;
ESTACAS TIPO FRANKI
Pelas características do processo executivo, as estacas
tipo Franki não são recomendadas para execução em
terrenos com matacões, situações em que as construções
vizinhas não possam suportar grandes vibrações, e
terrenos com camadas de argila mole saturada, devido aos
possíveis problemas de estrangulamento do fuste.
ESTACAS TIPO STRAUSS
Executada por perfuração através de
piteira, com uso parcial ou total de
revestimento recuperável e posterior
concretagem in loco.
Requer um equipamento constituído de
um tripé de madeira ou de aço, um
guincho acoplado a um motor
(combustão ou elétrico), uma sonda de
percussão munida de válvula em sua
extremidade inferior, para a retirada de
terra, um soquete, tubulação de aço
com elementos de 2 a 3 metros de
comprimento, rosqueáveis entre si, um
guincho manual para retirada da
tubulação, além de roldanas, cabos de
aço e ferramentas.
Profundidade de perfuração: 20 a 25m.
ESTACAS TIPO STRAUSS
ESTACAS TIPO STRAUSS
1. O equipamento é o bate-estaca Strauss e consiste de um
guincho, um tripé com uma roldana fixada no topo, tubos guia,
pilão e sonda. A escavação é feita através de um tubo que pesa
em torno de 700 kg com um diâmetro um pouco menor do que o
tubo de revestimento.
ESTACAS TIPO STRAUSS
2. Início da escavação abre-se um furo no terreno com um soquete para
colocação do primeiro tubo. Aprofunda-se o furo com golpes de sonda
de percussão (A perfuração é executada com o auxílio de uma sonda,
denominada “piteira”). Conforme a descida do tubo, rosqueia-se o
tubo seguinte até a escavação atingir a profundidade determinada;
ESTACAS TIPO STRAUSS
3. Atingida a cota prevista no projeto de fundação da edificação, o
operador do bate estacas Straussfaz a checagem se a piteira já não
entra tanto no solo. Isso ocorre quando atinge-se um nível em que o
SPT é 20. Se isto acontecer, autoriza-se a concretagem;
4. O concreto é, então, lançado no tubo e apiloa-se o material com o
soquete na base da estaca. Para formar o fuste, o concreto é
lançado na tubulação e apiloado, enquanto que as camisas metálicas
são retiradas com guincho manual.
ESTACAS TIPO STRAUSS
Solos indicados:
•Terrenos planos;
•Solos colapsíveis;
•Solos de baixa resistência;
•Locais confinados;
•Terrenos acidentados.
Piores tipos de solos para Strauss
•Solos com lençol freático alto;
•Areia saturada e argila muito mole;
•Solos de alta resistência;
•Matacão;
•Rochas;
•Argilas Rijas;
•Entre outros solos com alta 
resistência.
ESTACAS TIPO STRAUSS
VANTAGENS:
• leveza e simplicidade do equipamento, o que possibilita a sua
utilização em locais Confinados, em terrenos acidentados ou ainda no
interior de construções existentes, com o pé direito reduzido;
• O processo não causa vibrações.
DESVANTAGENS
• Produz muita lama – aspecto desconfortável;
• Capacidade de carga baixa – 1 estaca Strauss pode ter até a metade
de uma estaca pré-moldada;
• Dificuldade para escavar solo mole de areia fofa;
• Para situações em que se tenha a necessidade de se executar a
escavação abaixo do nível d’água em solos arenosos, ou no caso de
argilas moles saturadas, não é recomendável o emprego das estacas
do tipo Strauss por causa do risco de estrangulamento do fuste
durante a concretagem.
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA
A estaca hélice contínua é uma estaca de concreto moldada "in loco",
executada por meio de trado contínuo e injeção de concreto através da
haste central do trado simultaneamente a sua retirada do terreno.
PERFURAÇÃO
CONCRETAGEM 
SIMULTÂNEA A 
EXTRAÇÃO DA HÉLICE
COLOCAÇÃO DA 
ARMADURA
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA
Metodologia executiva – Perfuração
A perfuração consiste em fazer a hélice penetrar no terreno por
meio de torque apropriado para vencer a sua resistência. A haste
de perfuração é composta por uma hélice espiral solidarizada a um
tubo central, equipada com dentes na extremidade inferior que
possibilitam a sua penetração no terreno. A metodologia de
perfuração permite a sua execução em terrenos coesivos e
arenosos, na presença ou não do lençol freático e atravessa
camadas de solos resistentes com índices de STP`s acima de 50
dependendo do tipo de equipamento utilizado. A velocidade de
perfuração produz em média 250m por dia dependendo do diâmetro
da hélice, da profundidade e da resistência do terreno.
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA
Metodologia executiva – Perfuração
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA
Concretagem
Alcançada a profundidade desejada, o concreto é bombeado através
do tubo central, preenchendo simultaneamente a cavidade deixada
pela hélice que é extraída do terreno sem girar ou girando
lentamente no mesmo sentido da perfuração. O concreto
normalmente utilizado apresenta resistência característica fck de 18
Mpa, é bombeável e composto de areia, pedriscos ou brita 1 e
consumo de cimento de 350 a 450 Kg/m³ , sendo facultativa a
utilização de aditivos. O abatimento é mantido entre 200 e 240mm.
Normalmente é utilizada bomba de concreto ligada ao equipamento
de perfuração através de mangueira flexível. O preenchimento da
estaca com concreto é normalmente executado até a superfície de
trabalho sendo possível o seu arrasamento abaixo da superfície do
terreno guardadas as precauções quanto a estabilidade do furo no
trecho não concretado e a colocação da armação.
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA
Colocação da armação
O método de execução da estaca hélice contínua exige a
colocação da armação após a sua concretagem. A armação,
em forma de gaiola, é introduzida na estaca por gravidade
ou com o auxílio de um pilão de pequena carga ou vibrador.
As estacas submetidas a esforços de compressão levam uma
armação no topo, em geral de 2 a 5,5m de comprimento. No
caso de estacas submetidas a esforços transversais ou de
tração, somente será possível para comprimentos de
armações de no máximo 16m, em função do método
construtivo. No caso de armações longas, as "gaiolas" devem
ser constituídas de barras grossas e estribo espiral soldado
na armação longitudinal para evitar a sua deformação
durante a introdução no fuste da estaca.
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA
Equipamentos
O equipamento empregado para cravar a hélice no terreno é
constituído de um guindaste de esteiras, sendo nele
montada a torre vertical de altura apropriada à profundidade
da estaca, equipada com guias por onde corre a mesa de
rotação de acionamento hidráulico. Os equipamentos
disponíveis permitem executar estacas de no máximo 25m
de profundidade e inclinação de até 1:4 (H:V)
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA
VANTAGENS:
1. Elevada produtividade, promovida pela versatilidade de equipamento,
que por sua vez leva à economia devido à redução dos cronogramas de
obra;
2. Pode ser executada na maior parte dos maciços de solo, exceto quando
ocorrem matacões e rochas;
3. Não produz distúrbios e vibrações típicos dos equipamentos a
percussão;
4. Controle de qualidade dos serviços executados;
5. Não causa a descompressão do terreno durante a sua execução.
DESVANTAGENS:
1. Porte do equipamento, que necessita de áreas planas e de fácil
movimentação;
2. Pela sua produtividade exige central de concreto no canteiro de obras;
3. Pelo seu custo é necessário um número mínimo de estacas a se
executar para compensar o custo com a mobilização do equipamento.
ESTACAS TIPO RAIZ
A estaca raiz é uma estaca concretada “in loco”, com diâmetro acabado de
80 a 410 mm e que apresenta elevada tensão de trabalho ao longo do fuste
que é constituído de argamassa de areia e cimento e é inteiramente
armado ao longo de todo seu comprimento.
Perfuração por 
circulação de água
Perfuração por 
circulação de água
Instalação da 
armadura
Instalação da 
armadura
Preenchimento do 
furo com argamassa 
(injeção de baixo 
para cima)
Preenchimento do 
furo com argamassa 
(injeção de baixo 
para cima)
Aplicação de golpes 
de ar comprimido
Aplicação de golpes 
de ar comprimido
Remoção do tubo de 
revestimento
Remoção do tubo de 
revestimento
ESTACAS TIPO RAIZ
ESTACAS TIPO RAIZ
1. Perfuração do terreno auxiliada por circulação de água;
2. Instalação da armadura: barras de aço montadas em gaiolas, ou barras
simples centralizadas nos furos;
3. Preenchimento do furo com argamassa:
-Tubo de injeção (PVC de 1 ½” ou de 1 ¼“) levado até o final da perfuração;
-Realização da injeção, de baixo para cima, até que a argamassa, ou calda de
cimento, extravase pela boca do tubo de revestimento;
4. Aplicação de golpes de ar comprimido e remoção do tubo de
revestimento:
− Vedação da extremidade superior do tubo de revestimento com um tampão
metálico rosqueável ligado a um compresso de ar;
− Aplicação dos golpes de ar comprimido auxiliada por macacos hidráulicos;
− Remoção simultânea dos tubos de revestimento à medida que são aplicados
os golpes de ar comprimido à argamassa existente no interior da perfuração
realizada;
− Correção do nível de argamassa no interior da perfuração;
− Repetição das operações de retirada e aplicação dos golpes de ar
comprimidos.
ESTACAS TIPO RAIZ
É um tipo de estaca de injeção => Tipo de fundação profunda
executada através de injeção sob pressão de produto aglutinante,
normalmente calda de cimento ou argamassa de cimento e areia, com
o objetivo de garantir a integridade do fuste ou aumentar a
resistência por atrito lateral, de ponta, ou de ambas.
-Podem ser executadas com
maiores inclinações;
-Apresentam resistência de fuste
bastante superior;
-Resistem a esforços de compressão
e tração, desde que
convenientemente armadas, com a
mesma eficiência, pelo fato de
resistir à carga de trabalho
praticamente apenas por atrito
lateral.
ESTACAS TIPO RAIZ
Dentre as suas aplicações
podem ser citadas:
• Estabilizaçãode encostas;
• Reforço de fundações;
• Execução de fundações
em terrenos com blocos
de rocha ou antigas
fundações;
• ...
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS
Estacas pré-moldadas: m cravadas no terreno por percussão,
prensagem ou vibração, podendo ser constituídas por um único
elemento estrutural ou pela associação de dois desses
materiais, quando será então denominada de estaca mista. Pela
natureza do processo executivo este tipo de estacas classifica-
se como estacas de grande deslocamento.
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS
Estacas pré-moldadas
Concreto Madeira Metálicas
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS - MADEIRA
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS - MADEIRA
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS - METÁLICAS
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS - METÁLICAS
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS - CONCRETO
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS - CONCRETO
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS - CONCRETO

Continue navegando