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FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES CCE0194 AULA 2 MECÂNICA DOS SOLOS E TIPOS DE FUNDAÇÃO CURSO: ENGENHARIA CIVIL DOCENTE: LEILA FERREIRA FIGUEIREDO MECÂNICA DOS SOLOS NA ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES Projeto de fundações: cargas aplicadas pela obra e a resposta do solo a estas solicitações. Os solos são distintos e respondem de maneira variável. Experiência com o tipo de solo existente e suas peculiaridades. Neste caso, o projeto de fundações e sua execução depende do entendimento dos mecanismos de comportamento dos solos. MECÂNICA DOS SOLOS 1. NATUREZA DOS SOLOS � Sistema solo-água-ar: conjunto de partículas (livres para se deslocar) com ar e/ou água. � Tamanho (diâmetro) das partículas: solos grossos (areia e pedregulho) e solos finos (silte e argila). � Índices físicos: peso específico, umidade, índice de vazios, porosidade e grau de saturação. � Constituição mineralógica: desagregação das rochas por ação física ou química (intemperismo). � Quartzo: resistente a desagregação e forma os siltes e as areias. � Feldspato (mais atacado pela natureza): formam os argilos-minerais que possuem uma estrutura mais complexa. MECÂNICA DOS SOLOS 2. CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS � Características das partículas: análise granulométrica e limites de atterberg. � Sistemas de classificação. � Solos granulares (pedregulhos ou areias): compacidade relativa. � Solos finos ou coesivos (argilas e siltes): consistência. � Solos orgânicos: problemáticos por serem compressíveis. � Solos residuais (solo maduro, solo jovem ou saprolítico e rocha-alterada) e solos sedimentares ou transportados (coluvionares, aluviões e outros). � Solos lateríticos: superfície dos depósitos geológicos. � Aterros e solos compactados. MECÂNICA DOS SOLOS 3. PERCOLAÇÃO DE ÁGUA NOS SOLOS � Cargas hidraúlicas � Lei de Darcy (� � �. �. �� MECÂNICA DOS SOLOS 4. TENSÕES NO SOLO � Tensão total � Pressão neutra ou poropressão � Tensão efetiva � Tensão vertical: devida ao peso próprio (� � . � � Tensão horizontal: (�′� � �′ . ��� � Estado de tensões: � � �� � �� 2 cos 2� � � �� � �� 2 � �� � �� 2 sen 2� MECÂNICA DOS SOLOS 4. TENSÕES NO SOLO � Capilaridade nos solos � Tensão-deformação e resistência dos solos � Critérios de ruptura: Critério Mohr-Coulomb 45° + ϕϕϕϕ/2 MECÂNICA DOS SOLOS 5. ENSAIOS PARA DETERMINAR TENSÃO DEFORMAÇÃO E RESISTÊNCIA � Ensaio de cisalhamento direto: determina a resistência ao cisalhamento � Ensaio de compressão triaxial: tensão deformação e resistência MECÂNICA DOS SOLOS 6. COMPORTAMENTO DAS AREIAS � Deformabilidade das areias 7. COMPORTAMENTO DAS ARGILAS � Compressibildiade � Deformabilidade em função do tempo (adensamento) DEFINIÇÃO DE FUNDAÇÃO: Fundação é o elemento estrutural que transfere ao terreno as cargas que são aplicadas à estrutura. TRANFERÊNCIA DE CARGAS Bulbo de Pressões superfície do terreno BULBO DE PRESSÕES Solo resistente Solo pouco resistente BULBO DE PRESSÕES Solo resistente Solo pouco resistente PROBLEMAS !!! TIPOS DE FUNDAÇÃO SU PE R FI C IA L DIRETA SAPATA CORRIDA OU CONTÍNUA SAPATA ISOLADA BALDRAME BLOCO RADIER IN D IR ET A S E PR O FU N D A S ESTACAS MOLDADAS ¨IN-LOCO¨ STRAUSS FRANKI ESCAVADA BROCA ESTACÃO TUBULÕES PRÉ-MOLDADAS CONCRETO AÇO MADEIRA TIPOS DE FUNDAÇÃO � RASAS (superficiais ou diretas) De acordo com a NBR6122:2010, as fundações superficias são aquelas em que a carga é transmitida ao terreno pelas tensões distribuídas sob a base da fundação, e a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente à fundação é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. FUNDAÇÃO RASA Pontos Positivos das Fundações Rasas: � Solução trivial com recursos da obra; � Baixo custo; � Não provoca vibrações. Pontos Negativos das Fundações Rasas: � Problemas nas escavações junto às divisas; � Limitações para cargas muito altas; � Solução artesanal com alto consumo de mão-de-obra. TIPOS DE FUNDAÇÃO � PROFUNDAS (Indiretas) Elemento de fundação que transmite a carga ao terreno ou pela base (resistência de ponta), com pouca capacidade de suporte, ou por sua superfície lateral (resistência de fuste), com grande capacidade de carga através do atrito lateral do corpo do elemento de fundação com o solo ou por uma combinação das duas, devendo sua ponta ou base estar assente em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta, e no mínimo 3,0 m. Neste tipo de fundação incluem-se as estacas e os tubulões. Não há a necessidade de abertura de cavas e são elementos cravados no solo usualmente por meio de um bate-estaca. COMO ESCOLHER 1. FUNDAÇÃO DIRETA � Critério: definição de fundação direta ou rasa é aquela em que as cargas da edificação são transmitidas ao solo logo nas primeiras camadas. Para isso ocorrer é necessário que o solo, logo nas primeiras camadas, tenha resistência suficiente para suportar as cargas da edificação. � Assim é necessário conhecimento do solo, propiciado pelas sondagens. � Para efeito prático, considera-se técnica e viável economicamente o uso de fundações diretas quando o número de golpes SPT for maior ou igual a 8 e profundidade não ultrapassar 2m. COMO ESCOLHER OBSERVAÇÃO 1: � Para a escolha adequada de uma fundação rasa é necessário conhecer as cargas atuantes: “Normal, momentos, força cortante”. � Quando se tem cargas elevadas é necessário projetar fundações de grandes dimensões o que do ponto de vista econômico não é vantagem, sendo necessário um estudo minucioso do melhor custo benefício rasa x profunda. COMO ESCOLHER OBSERVAÇÃO 2: � A posição e característica do nível d’água (lençol freático) são importantes para o estudo de um possível rebaixamento. Consideráveis variações do nível d’água podem ocorrer por causa das chuvas. Um poço de reconhecimento muitas vezes é uma boa solução para observação dessas possíveis variações. COMO ESCOLHER OBSERVAÇÃO 3: Sapata não deve ser usada nos seguintes casos: � aterro não compactado; � argila mole; � areia fofa e muito fofa; � solos colapsíveis (solos que sofrem significativa redução de volume quando umedecidos, com ou sem aplicação de carga adicional); � existência de água onde o rebaixamento do lençol freático não se justifica economicamente. COMO ESCOLHER COMO ESCOLHER RADIER: � As boas práticas recomendam que: quando a soma das áreas das sapatas for superior a metade da área da projeção do edifício é conveniente adotar uma fundação do tipo radier. COMO ESCOLHER 2. FUNDAÇÃO PROFUNDA � Geralmente utilizadas quando as camadas superficiais de terreno não tem resistência suficiente para aguentar as cargas da estrutura, geralmente cargas elevadas. COMO ESCOLHER ESTACAS � São peças alongadas, cilíndricas ou prismáticas, que se cravam ou se confeccionam (escavadas) no solo com fim de transmitir as cargas da estrutura a uma camada profunda e resistente; � A capacidade de resistência das estacas é devida - parte pelo atrito lateral e parte pela resistência de ponta. � Existem casos, como por exemplo aterro sobre argila mole, em que o atrito lateral empurra a estaca para baixo (atrito negativo), neste caso a resistência é só de ponta; � Encontramos casos também que as estacas só apresentam resistência de atrito lateral sendo chamada de estaca flutuante. COMO ESCOLHER TUBULÕES � Fundações de forma cilíndrica, com base alargada ou não; � São destinados a transmitir as cargas da estrutura a uma camada de solo ou substrato rochoso de alta resistência e a grande profundidade; � É usado para cargas muito grandes; � Eles podem ser revestidos ou não (de concreto ou metálico); � Quando houver água injeta-se ar-comprimido para aumentar a pressão no interior e não deixar a água entrar. FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Fundação superficial de concreto, dimensionado de modo que as tensões de tração nele produzidas possam ser resistidas pelo concreto, sem necessidade de armadura. Pode ter suas faces verticais, inclinadas ou escalonadase apresentar normalmente em planta seção quadrada ou retangular. FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Fundação superficial de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele produzidas não sejam resistidas pelo concreto, mas sim pelo emprego da armadura. Pode possuir espessura constante ou variável, sendo sua base em planta normalmente quadrada, retangular ou trapezoidal. FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Transmitem as ações de um único pilar centrado. Sapata mais utilizada. Podem apresentar bases quadradas, ou retangulares ou circulares, com alturas constantes ou variáveis. FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS O centro de gravidade da sapata deve ser o mesmo que o centro de aplicação da ação do pilar. De acordo com a NBR 6122:2010, a menor dimensão deve ser ≥ 60 cm, sendo a relação entre os lados da sapata (L1/L2) ≤ 2,5. FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Sapata comum a vários pilares. Transmitem ações de dois ou mais pilares e é utilizada como alternativa quando a distância entre duas ou mais sapatas é pequena. sapata isolada 1 P1 P2 sapata isolada 2 sobreposição (não cabe) errado P2P1 viga de rigidez corretovista em perfil FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Sapata sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente em uma direção. A sapata corrida é normalmente utilizada como apoio direto de paredes, muros, e de pilares alinhados, próximos entre si. O dimensionamento é idêntico ao de uma laje armada em uma direção. FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Para o caso de pilares posicionados junto a divisa do terreno. A viga de equilíbrio tem a função de transmitir a carga vertical do pilar para o centro de gravidade da sapata de divisa e, ao mesmo tempo, resistir aos momentos fletores produzidos pela excentricidade da carga do pilar em relação ao centro desta sapata. FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Fundação superficial comum a vários pilares, cujos centros, em planta, estejam situados no mesmo alinhamento. 1. Evitar os assentamentos diferenciais entre pilares . 2. Absorver momentos fletores na base dos pilares resultantes das ações horizontais. 3. Servir de fundação às paredes resistentes. 4. Servir de base de assentamento às paredes de enchimento. FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Recebe cargas das paredes e transfere aos blocos de fundação. Proporciona travamento entre os blocos de fundação, distribuindo os esforços laterais e restringindo parcialmente o giro em sua direção. FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Fundação superficial que abrange todos os pilares da obra ou carregamentos distribuídos (por exemplo: tanques, depósitos, silos, etc.). FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS ESTACAS TUBULÕES CAIXÕES ESTACAS Elemento de fundação profunda executado inteiramente por equipamentos ou ferramentas, sem que, em qualquer fase de sua execução, haja descida de operário. Os materiais empregados podem ser: madeira, aço, concreto pré-moldado, concreto moldado in situ ou mistos. TUBULÕES Elemento de fundação profunda, cilíndrico, em que, pelo menos na sua etapa final, há descida de operário. Pode ser feito a céu aberto ou sob ar comprimido (pneumático) e ter ou não base alargada. Pode ser executado com ou sem revestimento, podendo este ser de aço ou de concreto. No caso de revestimento de aço (camisa metálica), este poderá ser perdido ou recuperado. CAIXÕES Elemento de fundação profunda de forma prismática, concretado na superfície e instalado por escavação interna. Na sua instalação pode- se usar ou não ar comprimido e sua base pode ser alargada ou não. ESTACAS C LA SS IF IC A Ç Ã O PROCESSO DE EXECUÇÃO MOLDADAS IN LOCO PRÉ-MOLDADAS FORMA DE FUNCIONAMENTO ESTACAS DE PONTA ESTACAS DE ATRITO LATERAL MISTAS FORMA DE CARREGAMENTO COMPRESSÃO TRAÇÃO FLEXÃO TIPO DE MATERIAL MADEIRA METÁLICA CONCRETO MISTAS... ESTACAS TIPO BROCA Vantagem: não provocar vibrações durante a sua execução, evitando danos nas estruturas vizinhas, e poder servir de cortinas de contenção para construção de subsolos, quando executadas de forma justapostas. Desvantagens: limitações de execução em profundidades abaixo do nível d’água, principalmente em solos arenosos, devendo-se evitar a sua execução em argilas moles saturadas, a fim de evitar possíveis estrangulamentos no fuste da estaca. ESTACAS TIPO BROCA Executada por perfuração com trado, e posterior concretagem in loco, diâmetro variando entre 15 e 25 cm e comprimento de até 6,0 m. As estacas tipo broca são empregadas para pequenas cargas, pelas limitações que envolvem o seu processo de execução. ESTACAS TIPO FRANKI Executada por meio da cravação no terreno de um tubo de ponta fechada e execução de uma base alargada, que é obtida introduzindo-se no terreno certa quantidade de material granular por meio de golpes de um pilão. Foi introduzida como fundação há mais de 85 anos por Edgard Frankignoul na Bélgica, e empregada pela 1 vez no Brasil em 1935, na Casa Publicadora Baptista no Rio de Janeiro. Utiliza-se um bate-estaca. Etapa 1: posicionamento do tubo de revestimento e formação da bucha a partir do lançamento de brita e areia no interior do tubo e compactação pelo impacto do pilão fazendo o material aderir fortemente ao tubo; Etapa 2: cravação do tubo no terreno por meio da aplicação de sucessivos golpes do pilão na bucha formada na etapa anterior; Etapa 3: terminada a cravação, o tubo é preso à torre do bate-estaca por meio de cabos de aço, para expulsar a bucha e iniciar a execução da base alargada, que se dá pelo apiloamento de camadas sucessivas de concreto quase seco; Etapa 4: colocação da armação da estaca, tomando-se o cuidado de garantir a sua ligação com a base alargada; Etapa 5: concretagem do fuste, com o lançamento de camadas sucessivas de pequena altura de concreto e recuperação do tubo; Etapa 6: Finalização do processo executivo, onde a concretagem do fuste ocorre até 30cm acima da cota de arrasamento. ESTACAS TIPO FRANKI ESTACAS TIPO FRANKI ESTACAS TIPO FRANKI ESTACAS TIPO FRANKI Concretos O concreto normalmente utilizado para estacas tipo “Franki” possue: - resistência fck >= 20,0 Mpa (200 kgf/cm2) ; - fator água / cimento muito baixo; - consumo mínimo de cimento de 350 kg/m3 ; - abatimento ou “slump-test” = 0, 0cm (zero centímetros) ; ESTACAS TIPO FRANKI Pelas características do processo executivo, as estacas tipo Franki não são recomendadas para execução em terrenos com matacões, situações em que as construções vizinhas não possam suportar grandes vibrações, e terrenos com camadas de argila mole saturada, devido aos possíveis problemas de estrangulamento do fuste. ESTACAS TIPO STRAUSS Executada por perfuração através de piteira, com uso parcial ou total de revestimento recuperável e posterior concretagem in loco. Requer um equipamento constituído de um tripé de madeira ou de aço, um guincho acoplado a um motor (combustão ou elétrico), uma sonda de percussão munida de válvula em sua extremidade inferior, para a retirada de terra, um soquete, tubulação de aço com elementos de 2 a 3 metros de comprimento, rosqueáveis entre si, um guincho manual para retirada da tubulação, além de roldanas, cabos de aço e ferramentas. Profundidade de perfuração: 20 a 25m. ESTACAS TIPO STRAUSS ESTACAS TIPO STRAUSS 1. O equipamento é o bate-estaca Strauss e consiste de um guincho, um tripé com uma roldana fixada no topo, tubos guia, pilão e sonda. A escavação é feita através de um tubo que pesa em torno de 700 kg com um diâmetro um pouco menor do que o tubo de revestimento. ESTACAS TIPO STRAUSS 2. Início da escavação abre-se um furo no terreno com um soquete para colocação do primeiro tubo. Aprofunda-se o furo com golpes de sonda de percussão (A perfuração é executada com o auxílio de uma sonda, denominada “piteira”). Conforme a descida do tubo, rosqueia-se o tubo seguinte até a escavação atingir a profundidade determinada; ESTACAS TIPO STRAUSS 3. Atingida a cota prevista no projeto de fundação da edificação, o operador do bate estacas Straussfaz a checagem se a piteira já não entra tanto no solo. Isso ocorre quando atinge-se um nível em que o SPT é 20. Se isto acontecer, autoriza-se a concretagem; 4. O concreto é, então, lançado no tubo e apiloa-se o material com o soquete na base da estaca. Para formar o fuste, o concreto é lançado na tubulação e apiloado, enquanto que as camisas metálicas são retiradas com guincho manual. ESTACAS TIPO STRAUSS Solos indicados: •Terrenos planos; •Solos colapsíveis; •Solos de baixa resistência; •Locais confinados; •Terrenos acidentados. Piores tipos de solos para Strauss •Solos com lençol freático alto; •Areia saturada e argila muito mole; •Solos de alta resistência; •Matacão; •Rochas; •Argilas Rijas; •Entre outros solos com alta resistência. ESTACAS TIPO STRAUSS VANTAGENS: • leveza e simplicidade do equipamento, o que possibilita a sua utilização em locais Confinados, em terrenos acidentados ou ainda no interior de construções existentes, com o pé direito reduzido; • O processo não causa vibrações. DESVANTAGENS • Produz muita lama – aspecto desconfortável; • Capacidade de carga baixa – 1 estaca Strauss pode ter até a metade de uma estaca pré-moldada; • Dificuldade para escavar solo mole de areia fofa; • Para situações em que se tenha a necessidade de se executar a escavação abaixo do nível d’água em solos arenosos, ou no caso de argilas moles saturadas, não é recomendável o emprego das estacas do tipo Strauss por causa do risco de estrangulamento do fuste durante a concretagem. ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA A estaca hélice contínua é uma estaca de concreto moldada "in loco", executada por meio de trado contínuo e injeção de concreto através da haste central do trado simultaneamente a sua retirada do terreno. PERFURAÇÃO CONCRETAGEM SIMULTÂNEA A EXTRAÇÃO DA HÉLICE COLOCAÇÃO DA ARMADURA ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA Metodologia executiva – Perfuração A perfuração consiste em fazer a hélice penetrar no terreno por meio de torque apropriado para vencer a sua resistência. A haste de perfuração é composta por uma hélice espiral solidarizada a um tubo central, equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua penetração no terreno. A metodologia de perfuração permite a sua execução em terrenos coesivos e arenosos, na presença ou não do lençol freático e atravessa camadas de solos resistentes com índices de STP`s acima de 50 dependendo do tipo de equipamento utilizado. A velocidade de perfuração produz em média 250m por dia dependendo do diâmetro da hélice, da profundidade e da resistência do terreno. ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA Metodologia executiva – Perfuração ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA Concretagem Alcançada a profundidade desejada, o concreto é bombeado através do tubo central, preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela hélice que é extraída do terreno sem girar ou girando lentamente no mesmo sentido da perfuração. O concreto normalmente utilizado apresenta resistência característica fck de 18 Mpa, é bombeável e composto de areia, pedriscos ou brita 1 e consumo de cimento de 350 a 450 Kg/m³ , sendo facultativa a utilização de aditivos. O abatimento é mantido entre 200 e 240mm. Normalmente é utilizada bomba de concreto ligada ao equipamento de perfuração através de mangueira flexível. O preenchimento da estaca com concreto é normalmente executado até a superfície de trabalho sendo possível o seu arrasamento abaixo da superfície do terreno guardadas as precauções quanto a estabilidade do furo no trecho não concretado e a colocação da armação. ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA Colocação da armação O método de execução da estaca hélice contínua exige a colocação da armação após a sua concretagem. A armação, em forma de gaiola, é introduzida na estaca por gravidade ou com o auxílio de um pilão de pequena carga ou vibrador. As estacas submetidas a esforços de compressão levam uma armação no topo, em geral de 2 a 5,5m de comprimento. No caso de estacas submetidas a esforços transversais ou de tração, somente será possível para comprimentos de armações de no máximo 16m, em função do método construtivo. No caso de armações longas, as "gaiolas" devem ser constituídas de barras grossas e estribo espiral soldado na armação longitudinal para evitar a sua deformação durante a introdução no fuste da estaca. ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA Equipamentos O equipamento empregado para cravar a hélice no terreno é constituído de um guindaste de esteiras, sendo nele montada a torre vertical de altura apropriada à profundidade da estaca, equipada com guias por onde corre a mesa de rotação de acionamento hidráulico. Os equipamentos disponíveis permitem executar estacas de no máximo 25m de profundidade e inclinação de até 1:4 (H:V) ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA VANTAGENS: 1. Elevada produtividade, promovida pela versatilidade de equipamento, que por sua vez leva à economia devido à redução dos cronogramas de obra; 2. Pode ser executada na maior parte dos maciços de solo, exceto quando ocorrem matacões e rochas; 3. Não produz distúrbios e vibrações típicos dos equipamentos a percussão; 4. Controle de qualidade dos serviços executados; 5. Não causa a descompressão do terreno durante a sua execução. DESVANTAGENS: 1. Porte do equipamento, que necessita de áreas planas e de fácil movimentação; 2. Pela sua produtividade exige central de concreto no canteiro de obras; 3. Pelo seu custo é necessário um número mínimo de estacas a se executar para compensar o custo com a mobilização do equipamento. ESTACAS TIPO RAIZ A estaca raiz é uma estaca concretada “in loco”, com diâmetro acabado de 80 a 410 mm e que apresenta elevada tensão de trabalho ao longo do fuste que é constituído de argamassa de areia e cimento e é inteiramente armado ao longo de todo seu comprimento. Perfuração por circulação de água Perfuração por circulação de água Instalação da armadura Instalação da armadura Preenchimento do furo com argamassa (injeção de baixo para cima) Preenchimento do furo com argamassa (injeção de baixo para cima) Aplicação de golpes de ar comprimido Aplicação de golpes de ar comprimido Remoção do tubo de revestimento Remoção do tubo de revestimento ESTACAS TIPO RAIZ ESTACAS TIPO RAIZ 1. Perfuração do terreno auxiliada por circulação de água; 2. Instalação da armadura: barras de aço montadas em gaiolas, ou barras simples centralizadas nos furos; 3. Preenchimento do furo com argamassa: -Tubo de injeção (PVC de 1 ½” ou de 1 ¼“) levado até o final da perfuração; -Realização da injeção, de baixo para cima, até que a argamassa, ou calda de cimento, extravase pela boca do tubo de revestimento; 4. Aplicação de golpes de ar comprimido e remoção do tubo de revestimento: − Vedação da extremidade superior do tubo de revestimento com um tampão metálico rosqueável ligado a um compresso de ar; − Aplicação dos golpes de ar comprimido auxiliada por macacos hidráulicos; − Remoção simultânea dos tubos de revestimento à medida que são aplicados os golpes de ar comprimido à argamassa existente no interior da perfuração realizada; − Correção do nível de argamassa no interior da perfuração; − Repetição das operações de retirada e aplicação dos golpes de ar comprimidos. ESTACAS TIPO RAIZ É um tipo de estaca de injeção => Tipo de fundação profunda executada através de injeção sob pressão de produto aglutinante, normalmente calda de cimento ou argamassa de cimento e areia, com o objetivo de garantir a integridade do fuste ou aumentar a resistência por atrito lateral, de ponta, ou de ambas. -Podem ser executadas com maiores inclinações; -Apresentam resistência de fuste bastante superior; -Resistem a esforços de compressão e tração, desde que convenientemente armadas, com a mesma eficiência, pelo fato de resistir à carga de trabalho praticamente apenas por atrito lateral. ESTACAS TIPO RAIZ Dentre as suas aplicações podem ser citadas: • Estabilizaçãode encostas; • Reforço de fundações; • Execução de fundações em terrenos com blocos de rocha ou antigas fundações; • ... ESTACAS PRÉ-MOLDADAS Estacas pré-moldadas: m cravadas no terreno por percussão, prensagem ou vibração, podendo ser constituídas por um único elemento estrutural ou pela associação de dois desses materiais, quando será então denominada de estaca mista. Pela natureza do processo executivo este tipo de estacas classifica- se como estacas de grande deslocamento. ESTACAS PRÉ-MOLDADAS Estacas pré-moldadas Concreto Madeira Metálicas ESTACAS PRÉ-MOLDADAS - MADEIRA ESTACAS PRÉ-MOLDADAS - MADEIRA ESTACAS PRÉ-MOLDADAS - METÁLICAS ESTACAS PRÉ-MOLDADAS - METÁLICAS ESTACAS PRÉ-MOLDADAS - CONCRETO ESTACAS PRÉ-MOLDADAS - CONCRETO ESTACAS PRÉ-MOLDADAS - CONCRETO
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