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RESUMO DE CIRURGIA 04 TRAUMATISMO DENTO-ALVEOLAR (TODA) TRAUMA EM REGIÃO ORAL, AFETANDO DENTE E ALVÉOLO OU REBORBO ALVEOLAR. (sempre tem um dano após o trauma e o prognostico depende de fatores que serão observados pelo CD). - Eminente dano após o trauma - Multifatoriedade que determina o prognóstico - Primeiro atendimento: o que mais se destaca na terapêutica ETIOLOGIA - 1 a cada 2 crianças sofrem algum tipo de traumatismo - Maior incidência: 8 a 12 anos (dentes permanentes jovens) - incisivos superiores - esporte, acidentes, quedas, agressões ABORDAGEM INICIAL Vários pontos a serem levados em consideração: - Diagnostico preciso - Tempo decorrido do trauma para saber o que fazer - Condições dos tecidos de suporte e cincunvizinhos - Fase de desenvolvimento radicular (ver ápice aberto, raiz): a idade do paciente e imagem rx interfere na conduta - Medicação sistêmica a ser empregada: irá depender do grau e história faz vacina antitetanica Primeiras condutas... - Quando, onde e como aconteceu... é o que irá determinar o tratamento - O tempo - principalmente em caso de avulsão dental para se ter sucesso - Local do acidente: por conta de possível contaminação (avulsão) - Natureza do acidente: para determinar o tipo de trauma ***EXAME FISICO:A primeira coisa é fazer o exame radiográfico do dente e tecido mole. Avaliação das feridas em tecidos moles (pode ter fragmento de dente no tecido mole). Observar e avaliar possíveis fraturas radiculares ou de paredes ósseas do alvéolo. CLASSIFICAÇÃO DOS TODA Proposta pela OMS - Lesões traumáticas dos tecidos duros do dente: fraturas coronárias, fraturas corono-radiculares e fraturas radiculares - Lesões traumáticas do tecido periodontal: concussão, subluxação, luxação e avulsão - Lesões das estruturas ósseas de suporte ***LUXAÇÃO É O DESLOCAMENTO DO DENTE DENTRO DO ALVEOLO. 1. FRATURAS CORONÁRIAS: As fraturas podem ser simples da coroa (as vezes só a restauração resolve, observar grau de envolvimento pulpar e possível fratura de raiz, faz rx) ou fraturas complexas da coroa (envolvimento pulpar: endo com pino). Avaliar... grau de envolvimento pulpar, possíveis fraturas que se estenderam para radicular (o que será observar no rx) e o grau de comprometimento periodontal. 2. FRATURAS CORONO-RADICULARES: São fraturas que se estendem além da junção amelo-cementárias com invasão do espaço biológico pela fratura. *** OPÇÕES DE TRATAMENTO: - COLAGEM DO FRAGMENTO + TRATAMENTO ENDODÔNTICO (1° exposição cirúrgica) - TRACIONAMENTO ORTODÔNTICO DO REMANESCENTE DENTÁRIO + NÚCLEO E COROA - EXODONTIA 3. FRATURAS RADICULARES: Fraturas em terço apical, médio ou cervical. Geralmente faz exodontia. ***OPÇÕES DE TRATAMENTO: - QUANDO APICAL OU MÉDIO: *TRATAMENTO CONSERVADOR (INCERTO)- a) reposição do fragmento + imobilização rigida por 4 a 6 semanas: EXPLINTAGEM SEMI-RIGIDA. b) Tratamento endodôntico no período de imobilização, mediante diagnóstico de necrose pulpar (feito após 10 dias de tratamento inicial) *TRATAMENTO RADICAL (CERTO)- EXODONTIA RADICULAR E IMPLANTE/PROTESE . - QUANDO TERÇO CERVICAL: mobilidade dental exagerada, remoção do fragmento corono-radicular. Para posterior tratamento endodôntico, pino intra-radicular e tracionamento do remanescente radicular com aparelho ortodôntico. 4. CONCUSSÃO: Pequena lesão aos tecidos periodontais, sem alteração na posição do dente, ausência de mobilidade, raramente o feixe vásculo-nervoso pulpar é afetado, sangramento no sulco gengival. ***TRATAMENTO: observação, controle radiográfico mensal por 6 meses, analgésico e dieta pastosa por 2 dias. 5. SUBLUXAÇÃO: sem alteração na posição dental com mobilidade dental. Rompimento do feixe vásculo-nervoso pulpar em aproximadamente 20% dos casos e há possibilidade de necrose pulpar aumenta na presença de rizogênese completa e fratura coronária. ***TRATAMENTO: observação com controle radiográfico mensal por 1 ano. Esplintagem semi-rígida por 7 dias (caso necessário). Analgésico e dieta pastosa por 4 dias. 6. AVULSÃO: rompimento do feixe vasculo nervoso apical. ***TRATAMENTO: quando com rizogênese incompleta há possibilidade de revascularização. Esplintagem semi-rigida por 21 dias + tratamento ENDODÔNTICO. 7. LUXAÇÃO EXTRUSIVA: Deslocamento parcial do dente para fora do alvéolo, com rompimento do feixe vásculo-nervoso estará associado ao grau de deslocamento do dente. Desnível incisal e mobilidade. Será visualizado um espaço apical aveolar vazio na radiografia periapical. ***Quando rizogênese completa: 60% dos casos há necrose pulpar e quando incompleta: 10% dos casos há necrose pulpar. 8. LUXAÇÃO INTRUSIVA: Deslocamento imperceptíveis até a completa intrusão do dente no alvéolo; há o esmagamento do feixe vásculo-nervoso apical e fratura do fundo do alvéolo. Prognostico é ruim quanto a resposta pulpar... - 100% dos casos de intrusão em dentes com rizogênese completa haverá necrose pulpar - 60% dos casos de intrusão em dentes com rizogênese incompleta haverá necrose pulpar ***TRATAMENTO: - QUANDO RIZOGENESE INCOMPLETA: aguardar possível reerupção espontânea. - QUANDO RIZOGENESE COMPLETA: imediatamente ao trauma e quando possível reposicionar cuidadosamente o dente intruido, manualmente ou com auxilio de um fórceps. Esplintagem semi-rigida por 21 dias + tratamento endodôntico no período de esplintagem. Tardiamente ao trauma: 2º dia em diante deverá aguardar o período de cicatrização e programar tracionamento ortodôntico. 9. LUXAÇÃO LATERAL: alteração da posição dental no sentido vestíbulo-palatino com rompimento do feixe vasculo-nervoso e possível fratura alveolar. ***TRATAMENTO: -OPÇÃO 1: tracionar cuidadosamente o dente deslocado, manualmente ou com auxilio de um fórceps, esplintagem semi-rigida por 21 dias + tratamento endodôntico no período de esplintagem. - OPÇÃO 2: exodontia INFECÇÕES DE ORIGEM DENTAL Comuns na prática odontológica; variam de infecções leves, localizadas e de baixa intensidade a infecções graves, que se disseminam por espaços fasciais, atingindo áreas distantes do foco original. E possuem quadro clinico evolutivo. GRAVIDADE DA INFECÇÃO: A maioria das infecções podem ser tratadas pelo CD clínico geral. Porém quando casos mais graves devem ser encaminhados com urgência para um especialista: - infecção de progressão rápida (anamnese) - dificuldade respiratória e deglutição - toxemia: febre, fadiga, sudorese e calafrios PORTA DE ENTRADA DOS MICRORGANISMOS CAUSADORES DE INFECÇÃO DE ORIGEM DENTAL - cavidade de cárie - bolsas periodontais - complicações na erupção dos terceiros molares - alvéolos de extrações recentes - traumatismo nos tecidos duros ou moles - fatores sistêmicos (fator complicador nas infecções) - diabetes, imunossupressores, AIH, alcoolismo, desnutrução... MICROBIOLOGIA DAS INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS - bactérias da flora bucal normal ao entrar em contato com os tecidos profundos causam infecções - infecção de natureza polimicrobiana (causada por múltiplas bactérias) - via metabolismo bacteriano ( 5% das infecções são causadas por bactérias aeróbicas, 35% anaeróbicas e 60% misto) PROCESSOS INFECCIOSOS ODONTOGENICOS: - Abcesso periapical ou ADAA - Abcesso periodontal ou pericementário - Pericoronarite - Abcesso pós-operatório - Angina de Ludwig -Osteomielite PROGRESSÃO DA INFECÇÃO (ESTAGIOS) - penetração de bactérias mais invasivas e de maior patogenicidade (Streptococcus spp. Aeróbio) - osteíte periapical: processo infeccioso local, porém ausente de secreções e sem romper corticais ósseas - celulite facial: processo infeccioso em tecidos profundo porém ausentes de secreções - abcesso dento alveolar: processo infeccioso em tecidos profundos porém com presença de secreção. (microorganismo oportunista – gram negativos e bastonetes anaeróbicos). · OSTEITE PERIAPICAL: infecção confinada no local, não ultrapassam barreiras corticais. Lesão dental. Sensação de extrusão do dente do alvéolo. Dor no dente afetado (durante estímulo há mastigação) e sensibilidade a percurssão. ***TRATAMENTO: - Remoção imediata da causa (tratamento endodôntico) - antibioticoterapia, anti-inflamatório??, analgésico e bochecho com clorexidina - tirar o dente de oclusão (se possível e necessário) - acompanhamento · CELULITE FACIAL: Processo infeccioso em tecidos profundos, porém ausente de secreção. Disseminação da infecção aos tecidos adjacentes. Dor intensa e generalizada. Intensa resposta inflamatória: dor, calor, rubor e edema. Disseminação rápida pelos tecidos. Ausência de secreção purulenta. Lesão funcional (trismo, deglutição e mastigação), limites imprecisos e difusos. Consistência endurecida a palpação. *Processos mais invasivos podem chegar a situações graves levando ao óbito. *** TRATAMENTO: - Remoção da causa (exodontia ou tratamento endodôntico) - Trismo (controle da infecção) Antibioticoterapia, anti-inflamatorio??, analgésico e bochecho com clorexidina - acompanhamento · ABCESSO DENTO-ALVEOLAR: estagio de cronificação da infecção. Localização delimitada e circunscrita. Consistencia amolecida a palpação. Dor localizada. Presença de pus, dranado espontaneamente (fistula cutânea) ou induzido cirurgicamente. Menos agressivo se comparado a celulite facial. Ponto de drenagem da infecção (canal radicular, pele, mucoso, alvéolo). ***(Drenagem): divulsão e colocação do dreno - Trajeto fistuloso: disseminação da infecção principalmente ao longo das linhas menos resistentes (associar com a espessura óssea). Espessura do osso que cobre o ápice dentário. Inserção musculares na maxila e mandíbula. ***TRATAMENTO: ELIMINAÇÃO DA CAUSA. - avaliar drenagem espontânea; se ausente, criar cirurgicamente um ponto de drenagem manter essa via, via dreno. Remover o dreno no 3º dia. ***LOCALIZAÇÃO DO DRENO: DENTES SUPERIORES: Anteriores: unirradiculares geralmente criam via de drenagem por vestibular. Caninos: raízes longas (regiões sem inserções musculares). Posteriores: raiz vestibular ou palatina. DENTES INFERIORES: Anteriores: inserções musculares Posteriores: raiz mesial e distal – ambas vestibulares e regiões sem inserção musculares. - controlar a formação de pus: antibioticoterapia, anti-inflamatorio??, analgésico e bochecho com clorexidina. - remover a causa (tratamento endodôntico ou exodontia) - acompanhamento · ANGINA DE LUDWIG: infecção grave envolvendo os espaços faciais submandibulares, sublinguais e submentonianos BILATERALMENTE. Edema submandibular difuso, endurecido e sem ponto de flutuação para drenagem. Boca parcialmente aberta, assoalho elevado, protrusão da língua e trismo. Anteriorização da cabeça e dificuldade respiratória e deglutição. ***TRATAMENTO: - internação hospitalar - antibioticoterapia intravenosa vigorosa - drenagem intercomunicante sob anestesia geral - terapia de suporte: nutrição e oxigenação. *MEDIASTINITE: complicação da angina d Ludwig. É a contaminação do espaço entre pulmões. Mortalidade de 40% dos casos. · TROMBOSE SÉPTICA DO SEIO CAVERNOSO: infecção segue o trajeto da veia contra o fluxo sanguíneo (ausência de válvulas). Invade o seio cavernoso, veia angular pode gerar uma meningite. Risco de perda definitiva da visão. ***TRATAMENTO: - Disseminação da infecção, preferencialmente ao longo das linhas de menor resistência. - espessura do osso que cobre o ápice dentário. - inserções musculares na maxila e mandíbula. - tratamento com eliminação da causa. CONCLUSÕES: - As infecções odontogênicas podem se apresentar desde contaminações simples e tratáveis por CD clinico geral, até infecções graves, expondo o individuo a risco de morte e necessariamente tratadas por especialistas. - O caráter polimicrobiano das infecções odontogênicas favorece sua disseminação pelos espaços fasciais, aumentando a gravidade destes processos infecciosos. - o conhecimento do processo evolutivo dessas infecções associado a um bom diagnostico é de suma importância a correta a ser definida pelo profissional. COMUNICAÇÕES BUCO SINUSAIS Aberturas ou comunicações da cavidade oral com seios maxilares. CLASSIFICAÇÕES: - vestibulares - alveolares - palatinas SUSCEPTIBILIDADES Proximidade dentária segue seguinte ordem: 1º M 2ºM 2º PM 3º M 1º PM e Canino. ETIOLOGIAS: acidentes operatórios em extrações dentarias (raízes residuais, curetagens dos alvéolos, dentes inclusos, fraturas de tábua óssea). DIAGNOSTICO CLINICO: Comunicações bucosinusais ocasionadas durante o ato operatório tratadas prontamente tem bom prognostico. DIAGNOSTICO RADIOGRAFICO: observar... - descontinuidades ósseas em assoalho de seio maxilar. - radiopacidade do seio maxilar (sinusite) - presença de dentes ou corpos estranhos no interior do seio maxilar · COMUNICAÇÃO BUCOSINUSAIS PEQUENAS: Estipular cuidado trans e pós-operatórios que visam manter o coagulo no interior do alvéolo. TRATAMENTO: PREVENÇÃO (avaliação clínica e radiográfica pré-operatória): - relação raiz-seio maxilar - cautela nos movimentos de luxação - estar preparado parar tratar complicações imediatamente CUIDADO PÓS-OPERATÓRIOS - não assoar o nariz - não sugar - não fazer pressão na cavidade nasal - espirrar de boca aberta - antibioticoterapia - descongestionamento nasal · COMUNICAÇÕES BUCOSINUSAIS EXTENSAS (são as fistulas). - Necessidade de ocluir/fechar as bordas das feridas - utilização de retalhos cirúrgicos com invasão do periósteo para o retalho ficar seco. FISTULAS BUCOSINUSAIS Acompanhadas de infecção do seio maxilar, paciente sempre terá uma história condizente com o fato. DIAGNOSTICO CLINICO: Quando não ocorre o diagnóstico e tratamento imediatos das comunicações bucosinusais simples. É a epitelização da comunicação, cria-se um orifício. TRATAMENTO: A saúde do seio maxilar é fundamental para o sucesso deste procedimento. Caso esteja infectado há necessidade de tratamento clinico prévio. 1) IRRIGAÇÃO DO SEIO MAXILAR: - Soro fisiológico 0,9% e água oxigenada 10V Irrigar o seio maxilar pela própria fistula com auxílio de uma seringa e agulha, durante sete dias prévios ao procedimento cirúrgico. 2) INSTILAÇÃO NASAL Descongestionamento nasal (aplicar duas gotas n narina 2 a 3 vezes ao dia durante três dias prévios a cirurgia) 3) ANTIBIÓTICOTERAPIA - terapia antibiótica por um período médio de 15 dias prévios a cirurgia, tendo como medicação de escolha inicial a amoxicilina - caso sinusite seja supurativa, associas antimicrobiano especifico. CONCLUSÕES: - é uma complicação real pós exodontia de molares e pré molares superiores - o diagnostico imediato da comunicação bucosinusal é importante, sendo possível a correção cirúrgica imediata, evitando transtornos futuros - a fistula bucosinusal é de difícil tratamento, sendo mais indicado o encaminhamento para especialista.
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