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2015 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. OAB 2ª Fase Direito do Trabalho Apostila Konrad Mota Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 2 PARTE GERAL NOTA AOS CANDIDATOS Prezados Candidatos, É com satisfação que iniciamos o curso preparatório para a prova prático- profissional do exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Trata-se de fase indispensável para o tão aguardado ingresso na profissão de advogado. Saiba que estamos juntos nessa “empreitada”. Tenham-me como amigo e partícipe desse desafio. Não me vejam como “dono da verdade”, mas simplesmente como alguém que possui um pouco mais de experiência e que fará o possível para transmiti- la da forma mais objetiva, didática e compreensível. Aproveitem o curso para extrair o máximo do professor. Perguntem, critiquem. Lembrem-se que esse curso é presencial. Imposição de posturas e proibição de questionamentos não combinam com a boa técnica do magistério. A troca de experiências só nos faz crescer. Ressalto que o processo de apreensão de conhecimento é valorizado e otimizado quando se utiliza mais de um sentido. Por isso, não se limitem a ouvir as aulas. É preciso discussão e treinamento. Façam os exercícios. Venham para os exames simulados. Se é para errar, que seja agora. Busquem estímulos. Imaginem-se como advogados. Pensem como tal. Ajam positivamente. Abstraiam os problemas. Nervosismo em excesso em nada irá ajudá-los. Finalmente, quando estiverem pagando a primeira anuidade do registro na OAB, não fiquem tristes. Olhem para a “carteirinha” de sorriam. Vocês possuirão uma profissão e isso ninguém poderá lhes tirar. Mãos a obra!!!!!!!! Konrad Saraiva Mota. Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 3 SOBRE O PROFESSOR Graduado em Direito (2003), Pós-graduado em Direito (Pós-graduação Lato Senso 2004 e 2012), Mestre em Direito (Pós-graduação Stricto Senso 2012), Juiz do Trabalho junto ao TRT 7ª Região (Aprovado em 1º Lugar no Concurso Público de 2006); Ex-Juiz do Trabalho junto ao TRT da 14ª Região (Aprovado em 4º Lugar no Concurso Público de 2004); Juiz Coordenador dos Leilões Judiais junto ao TRT da 7ª Região (2008-2010); Agraciado pela Ordem Alencarina do Mérito Judiciário Trabalhista no grau de Oficial em 2009; Conselheiro da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região desde 2010, Professor de Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho da Universidade de Fortaleza – UNIFOR desde 2007 (graduação e pós- graduação); Professor Colaborador da Escola da Magistratura do Trabalho da 7ª Região; Professor de Cursos Preparatórios para Concursos Públicos e Exame da OAB BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa, Curso de Direito do Trabalho, Última Edição, Editora Forense, Rio de Janeiro _____________________________, Manual de Direito do Trabalho, Última Edição, Editora Método, São Paulo SCHIAVI, Mauro, Manual de Direito do Trabalho, Última Edição, Editora Ltr, São Paulo Consolidação das Leis do Trabalho Vade Mecum atualizado Livro de Súmulas Comentadas, a critério do candidato Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 4 TEORIA EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DIREITO MATERIAL DO TRABALHO 01. João, técnico em informática, foi convidado pela empresa de Gibabyte Ltda para trabalhar fazendo manutenção de computadores. Por ocasião de sua contratação, a empresa disse para João que somente o contrataria mediante assinatura de um contrato de prestação de serviços autônomos, o que foi aceito pelo trabalhador, já que estava necessitando do trabalho. Ocorre que, no curso da contratação, João sempre se submeteu ao poder de mando da empregadora, atendendo suas ordens. A empresa também não deixava João se fazer substituir por terceiros a seu critério e lhe pagava remuneração pelos serviços prestados. Todavia, João somente comparecia na empresa 03 (três) dias por semana. Após um ano de prestação de trabalho, João foi afastado da empresa e decidiu ajuizar ação trabalhista pleiteando vínculo de emprego com a empresa. Elabore os fatos, os fundamentos e o pedido de vínculo de emprego de João com a empresa. 02. Manoel, jardineiro, todos os dias fazia a manutenção nos jardins da prefeitura do município de Areia Branca. Por conta dos serviços, o prefeito resolveu pagar mensalmente a Manoel um salário mínimo e passou a coordenar os serviços prestados, dizendo onde e como Manoel deveria prestar o trabalho. Certo dia, Manoel quis mandar seu primo trabalhar em seu lugar, o que foi negado pelo prefeito. Com a mudança da administração municipal devido as eleições, Manoel foi afastado de suas funções e decidiu entrar na Justiça do Trabalho contra a município pleiteando vinculo de emprego. Pergunta-se: o vínculo pretendido por Manoel existe e é válido? Responda identificando os elementos de existência e de validade do contrato de emprego 03. A empresa Caloteia Ltda, lanchonete que funciona no shopping da cidade, contratou Maria por prazo determinado de dois meses para trabalhar em dezembro de 2008 e janeiro de 2009 por conta das festas de fim de ano e férias escolares, período em que aumentam as vendas. Em março de 2009, a empresa recontratou Maria por prazo determinado, em razão do carnaval, período em que também aumentam as vendas. Finalmente, em dezembro de 2009, a empresa decidiu novamente contratar Maria, desta feita mediante Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 5 contrato de experiência de 30 dias prorrogáveis por igual período, sem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão. Acontece que quanto o contrato de experiência contava com 45 dias, a empresa decidiu extinguir antecipadamente o contrato a termo. Diante da situação hipotética, diga se as contratações a termo foram regulares, identificando as conseqüências jurídicas da rescisão antecipada do contrato de experiência de Maria. 04. Joana contava com 12 anos de idade quando foi contratada pela empresa de Carvão Brasa Quente Ltda., para trabalhar nas caldeiras de queima de carvão, atividade perigosa e insalubre. Nessa condição, Joana trabalhou durante 05 anos, quando foi despedida. Pergunta-se: o contrato de Joana é válido e produzirá efeitos? Se a contratação de Joana se desse quando ela tinha 16 anos o contrato seria válido? 05. Em que consiste o grupo econômico e qual a responsabilidade dos seus integrantes em relação aos créditos trabalhistas de seus empregados? 06. Em que consiste a sucessão de empresas e qual a responsabilidade de sucedido e sucessor em relação aos créditos trabalhistas dos empregados? 07. Diga em que consiste a subempreitada, identificando a responsabilidade do subempreiteiro, do empreiteiro principal e do dono da obra. 08. Manoel, faxineiro, fora contratado pela empresa de terceirização Caloteira Ltda, para prestar serviços terceirizados junto à secretaria de educação do município de Areia Branca. Durante todo o período de contratação, Manoel sempre exerceu suas funções com zelo e dedicação. Após três anos seguidos de prestação de serviços, Manoel fora despedido sem receber verbas rescisórias. Elabore os fatos, os fundamentos e o pedido de pagamento dos direitos trabalhistas da Manoel. 09. José fora contratado por empresa de trabalho temporário (Lei 6.019\1974) para prestar serviços na empresa tomadora em virtude do acréscimo extraordinário das vendas de final de ano. A contratação durou dois Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 6 meses seguidos, tendo sido o contrato extinto pelo advento do termo. Logo após o término do contrato temporário, a empresa tomadora decidiu manter o trabalho de José, desta feita através de uma empresa de terceirização, sem prazo para o término do vínculo. Pergunta-se: são lícitas as terceirizações implementadas com José? Responda identificandoas responsabilidades do tomador e da empresa prestadora nos casos de terceirização lícita e ilícita. 10. Lula Molusco fora contratado pela empresa Algas Verdes Ltda., em 20\05\2000, para exercer a função de caixa, com salário mensal no valor de um mínimo legal. O empregado vinha exercendo regularmente suas tarefas, até a chegada de um novo gerente no seu setor, de nome Bob Esponja, o qual fora contratado em março de 2005. Isto porque, Bob Esponja era um antigo namorado da esposa de Lula Molusco, o que gerava neste enormes ciúmes. Em 12\10\2008, após uma discussão com sua esposa, Lula Molusco foi trabalhar irritado e acabou agredindo Bob Esponja. Diante da agressão, a empresa resolveu suspender Lula por três dias. Ao retornar da suspensão e diante da recusa de Bob em trabalhar novamente com Lula Molusco, a empresa decidiu converter a suspensão em dispensa por justa causa. Faça os fatos, os fundamentos e o pedido de petição inicial pedindo a nulidade da dispensa por justa causa aplicada pela empresa. 11. João, frentista, estava com dificuldades financeiras e acabou praticando ato de improbidade, apropriando-se indevidamente de valores pagos por clientes do posto de combustível no qual trabalhava. Ao constatar os desfalques, a empresa resolveu instaurar procedimento administrativo para apurar a autoria da falta grave. Tal procedimento era previsto no regulamento da empresa e demorou trinta dias para ser finalizado, com o levantamento de documentos e oitiva de pessoas envolvidas do fato. Inclusive, foi dado à João a oportunidade de defesa. Ao final, concluindo-se pela autoria de João, a empresa o despediu. Logo em seguida, João ajuizou reclamação trabalhista dizendo não ter havido imediaticidade da punição, com o consequente perdão tácito. Responda em que consiste a imediaticidade da punição e se ela ocorreu no caso. 12. José fora despedido sem justa causa, momento em que o empregador lhe concedeu aviso prévio, o qual deveria ser trabalhado. No curso do aviso prévio, no entanto, o empregador disse para José que as duas horas de redução seriam substituídos por horas extras, o que foi aceito pelo trabalhador. Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 7 Acontece que durante o aviso trabalhado, passados os quinze primeiros dias, José acabou divulgando o principal segredo comercial da empresa para o concorrente. Pergunta-se: a) é válida a substituição da redução de jornada pelo pagamento de horas extras? b) tal divulgação do segredo de empresa pelo trabalhador no curso do aviso prévio poderá importar em justa causa? Quais são as conseqüências de tal reconhecimento? c) se José tivesse abandonado o emprego em vez de divulgado o segredo de empresa, as conseqüências seriam a mesma? 13. Manoel foi despedido sem justa causa em 20\04\2008, com aviso prévio indenizado. Pergunta-se: a) qual data deve ser aposta na CTPS como sendo o dia de término do contrato? b) quando deve ocorre o repasse rescisório? c) caso o prazo de repasse não seja respeitado, qual é a conseqüência jurídica? 14. Em que consiste o aviso prévio cumprido em casa? 15. Mário trabalhava da empresa Casa Verde Ltda, exercendo a função de vendedor. Certo dia, por ter deixado de atender um cliente, Mário recebeu uma advertência verbal do seu gerente imediato. Irritado, Mário acabou xingando o superior, proferindo contra o mesmo palavras de baixo calão. O gerente, diante das agressões verbais, perdeu a compostura e agrediu fisicamente Mário, demitindo-o de imediato. Pergunta-se: qual modalidade de extinção se estabeleceu no caso e quais os direitos que Mário deverá receber? 16. Ricardo, comissionista puro, trabalhava vendendo veículos novos na concessionária Carro Bom S\A. O trabalhador sempre desenvolvia a contento suas atribuições, vendendo em média 50 carros novos por mês, o que lhe rendia um salário médio mensal de R$ 1.000,00. Acreditando que o salário de Ricardo estava muito alto, a Concessionária decidiu transferir unilateralmente o trabalhador para a venda de carros seminovos, onde o montante de vendas é sabidamente inferior, já que a empresa pouco divulga tais produtos. Logo no primeiro mês como vendedor de seminovos, Ricardo somente conseguiu vender 10 carros, recebendo apenas R$400,00 a título de comissões, valor inferior ao salário mínimo legal, tendo o empregador, inclusive que complementar o montante. Após três meses nessas condições, precisamente em 10\05\2009, Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 8 Ricardo decidiu afastar-se do trabalho e pleitear rescisão indireta. Elabore os fatos, a fundamentação e o pedido de rescisão indireta de Ricardo, sabendo que o mesmo faz jus a 04\12 a título de 13º salário proporcional e 06\12 a título de férias proporcionais acrescidas de 1\3. 17. Diferencie incontinência de conduta de mau procedimento. 18. João trabalhava para um empresário individual que veio a falecer. Os herdeiros do empregador decidiram continuar explorando a atividade econômica do falecido. Pergunta-se: João é obrigado a continuar trabalhando para os herdeiros do empresário individual falecido? Caso negativo, qual seria a postura de João e quais verbas o mesmo teria direito? 19. José trabalhava como empacotador do supermercado Faça Feira Ltda. Em 10\12\2005, José, no horário de trabalho, acabou sofrendo um infarto fulminante e vindo a óbito. Sabendo que José não tinha dependentes inscritos junto ao INSS, mas possuía esposa e dois filhos menores de 14 anos, qual deve ser a postura adotada pela empresa e quais verbas trabalhistas devem ser pagas aos herdeiros de José? Caso os herdeiros se recusassem receber as verbas trabalhistas da empresa, qual a postura que esta deveria adotar na espécie? 20. Diferencie as espécies de extinção do contrato por força maior e fato do príncipe, identificando as conseqüências rescisórias para cada uma das modalidades de extinção. 21. Em que consiste o abandono de emprego e quais são os requisitos para sua caracterização. 22. Mário trabalhava como porteiro na empresa Caloteira Ltda. Nessa condição, Mário teria que comparecer aos serviços todos os dias às 8h. Acontece que Mário passou a incorrer em atrasos reiterados, num total de cinco atrasos seguidos de 30 minutos cada. 30 dias após o último atraso, a empresa resolveu despedir Mário. Pergunta-se: qual a infração cometida por Mário? Pode Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 9 o empregador, no caso, exercer seu poder disciplinar e despedir Mário por justa causa? 23. Discorra sobre o contrato de trabalho provisório trazido pela Lei 9.601\1998, traçando as principais diferenças entre o mesmo e os contratos a termo previstos na CLT 24. Discorra sobre o trabalho temporário previsto pela lei 6.019\1974, traçando as principais diferenças entre o mesmo e os contratos a termo previstos na CLT. 25. José foi contratado como escriturário pelo Banco de Investimento, percebendo inicialmente um salário no valor de R$ 600,00, com jornada de 6h. Depois de dois anos, o Banco resolveu destinar José para o exercício da função de caixa executivo, momento em que passou a lhe pagar uma gratificação de R$ 200,00. Durante o período em que José era caixa executivo, o mesmo teve sua jornada ampliada para 8h por dia, assim permanecendo durante um ano, quando então o Banco resolveu colocá-lo na função de confiança de gerente de departamento, possuindo três outros empregados que lhe eram subordinados. Entretanto, não houve qualquer aumento de seu salário ou na gratificação, embora lhe fosse exigida uma jornada de 8h diárias. Diga em quais momentos da contratação, José terá direito a horas extras. Responda fundamentadamente. 26. Manoel foi contratado como vendedor externo. Nessa condição, Manoel tinha que comparecer a sede da empresa no início da manhã para receber a rota dodia. Ao final do expediente, Manoel tinha que retornar à empresa para entregar o relatório de visitas e registrar os pedidos. Desse modo, Manoel acabava cumprindo um expediente de 10h diárias, porém jamais houve registro de sua jornada. Após dois anos nessa condição, Manoel foi pedir horas extras ao seu patrão, ocasião em que o mesmo disse que o trabalhador não tinha direito, na medida em que exercia atividade externa sem controle de jornada e que tal condição estava anotada em sua Carteira Profissional. Diga se o empregador tem ou não razão em negar horas extras a Manoel, justificando fundamentadamente sua resposta Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 10 27. Em que consiste a equiparação salarial e quais são os fatos que impedem seu reconhecimento? 28. O que é salário complessivo? 29. João foi contratado pelo Banco Nordestino na função de auxiliar jurídico. Para tanto, percebia um salário no valor de R$ 900,00 e tinha jornada fixada em 6h diárias. Após formar-se bacharel em direito e ser aprovado no exame da OAB, João passou a exercer o cargo de advogado júnior, com salário no valor de R$ 900,00, acrescido de R$300,00 a título de gratificação de função, momento em que teve sua jornada ampliada para 8h diárias. Depois de dois anos nessa condição, João foi promovido para gerente de departamento, momento em que passou a receber um salário de R$ 2.000,00, permanecendo com jornada de 8h diárias. Após um ano nesta condição, João, que era bancário muito competente, foi destinado a ser gerente geral de uma agência, momento em que passou a receber salário no valor de R$ 3.000,00 e trabalhar sem controle de jornada, cumprindo em média 10h por dia de trabalho. Diga em quais momentos da contratação, João terá direito a horas extras. Responda fundamentadamente. 30. Zequinha trabalhava para uma empresa de extração vegetal e para se deslocar até o trabalho gastava 1h por dia. Para tanto, Zequinha utilizava ônibus fornecido pelo empregador, o qual cobrava R$1,00 pelo transporte. O percurso percorrido por Zequinha era servido por transporte público regular apenas nos 30 primeiros minutos. Para retornar do trabalho a sua residência, Zequinha pegava carona com outro empregado. Sabendo que Zequinha trabalhava durante 8h por dia na extração vegetal, diga se o mesmo tem direito a horas extras, respondendo fundamentadamente. 31. Em quais situações se permite o desconto no salário do trabalhador por danos causados pelo mesmo ao empregador? 32. O que é salário in natura e como ele pode ser ajustado com o empregado urbano? Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 11 33. Apresente e discorra sobre pelo menos quatro modalidades de jornada especial do trabalhador urbano. 34. O ordenamento jurídico permite a redução de salários? Em caso positivo, quais os critérios devem ser adotados para que a mesma se apresente regular? 35. Indique e discorra sobre as possibilidades legais de prorrogação de jornada, demonstrando os requisitos de sua instituição 36. É possível a equiparação salarial de entre advogados que desenvolvem trabalho meramente intelectual, sendo certo que o equiparando é cedido de outro órgão para trabalhar junto ao paradigma? Responda fundamentadamente 37. Lula Molusco fora contratado pela empresa Siri Cascudo LTDA para trabalhar de forma terceirizada perante a empresa Quebramar S\A, exercendo a função de vigilante. No curso do contrato, Lula fora submetido a jornada de compensação 12x36, mediante acordo verbal com o empregador. Após três anos de contratação, sem jamais ter gozado férias na empresa, Lula levou um tiro ao reagir a um assalto que ocorreu no tomador, permanecendo oito meses afastado para percepção de auxílio doença acidentário. Após seu retorno, Lula permaneceu trabalhando mais um ano e fora despedido, sem receber as verbas merecidas. Insatisfeito, Lula entrou na Justiça do Trabalho colocando como rés o empregador e a empresa tomadora, esta na condição de responsável solidária. Diante da situação acima exposta, pergunta-se: a) Era válido o acordo de compensação de jornada estabelecido entre Lula e o empregador. Responda explicando o que é compensação de jornada e quais as conseqüências jurídicas de eventual irregularidade no acordo. b) Lula agiu correto ao perquirir a responsabilidade solidária do tomador? Responda explicando se a terceirização estabelecida no caso foi lícita ou ilícita. c) Lula tem direito a férias? Se verdadeiros, como as mesmas devem ser pagas pelo empregador? Responda fundamentadamente. 38. O que é gorjeta e sobre quais verbas trabalhistas o cômputo da mesma não é considerado no cálculo? Responda fundamentadamente. Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 12 39. Bob Esponja fora contratado pela empresa Quebramar S\A para exercer a função de cozinheiro. Após dois anos de contratação, referida empresa se incorporou a empresa Siri Cascudo LTDA, para quem Bob permaneceu trabalhando por mais um ano, até ser despedido injustamente. No curso do contrato com a empresa Quebramar, Bob trabalhava em turnos ininterruptos de revezamento, com jornada de seis horas. Após a incorporação, sua jornada foi ampliada para oito horas, por força da convenção coletiva de trabalho, porém não houve pagamento de horas extras. Após seis meses de contratação pela empresa Quebramar, Bob foi submetido a férias coletivas, permanecendo um mês em descanso, porém somente recebeu um terço constitucional de férias sobre seis meses. Os demais requisitos de concessão das férias foram observados. Enquanto cozinheiro, Bob recebia gratificação de função, porém, ao passar a trabalhar para a empresa Siri Cascudo Ltda, Bob teve tal verba suprimida unilateralmente. Diante da situação acima exposta, pergunta-se: a) Bob tem direito ao pagamento de horas extras pela ampliação de seu turno de revezamento de seis para oito horas? Responda fundamentadamente. b) Qual a responsabilidade das empresas Quebramar e Siri Cascudo pelas verbas trabalhistas de Bob Esponja? Responda fundamentadamente. c) Foi correta a concessão de férias coletivas a Bob? Responda explicando o que são férias coletivas e qual o procedimento para sua concessão. d) A gratificação de função poderia ter sido suprimida pelo empregador? Responda fundamentadamente. 40. Pedro trabalhava nos Estados Unidos da América (EUA) para a instituição financeira X. Por determinação de seu empregador, ele foi transferido para trabalhar em uma agência da instituição X, localizada no Brasil. Pedro, no Brasil, prestava serviços para duas pessoas jurídicas, Banco X S.A. e X Leasing e Arrendamento Mercantil S.A., durante a mesma jornada de trabalho, sendo ambas subordinadas à instituição financeira X. Entretanto, Pedro mantinha contrato de trabalho apenas com a instituição financeira X. Após alguns meses trabalhando no Brasil, Pedro teve suprimido adicional pecuniário, que incidia sobre seu salário, não recebendo qualquer outra vantagem para compensar essa perda. Com base nessa situação hipotética, responda fundamentadamente: a) Quantos contratos de emprego existem no caso e de quem Pedro poderá pleitear o adicional pecuniário que foi suprimido? b) Qual a lei trabalhista aplicada no caso, a brasileira ou a americana? Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 13 41. Existe a possibilidade de terceirização em atividade-fim do tomador? Responda fundamentadamente 42. Joaquim queria fazer uma determinada obra e, para tanto, contratou a empreiteira Constrói Fácil Ltda. Após ajustas o preço e o prazo da obra, a construtora resolveu subempreitar o serviço, contratando a empresa Argamassa Ltda, a qual, por sua vez, contratou vários empregados para a execução do serviço, dentre eles o pedreiro Manoel. Após três meses trabalhando, a subempreiteira não pagou a Manoel os salários,ocasião em que o empregado decidiu pleitear os seus direitos. Diante da situação, pergunta-se: a) Quem será responsabilizado pelo pagamento dos salários de Manoel e como será essa responsabilidade? b) Se em vez de Joaquim o dono da obra fosse uma empresa construtora ou incorporadora, a mesma teria alguma responsabilidade pelo pagamento das verbas pretendidas por Manoel? 43. A terceirização ilícita tendo como tomador ente da Administração Pública gera algum direito para o trabalhador terceirizado ilicitamente? Responda fundamentadamente 44. Diferencie trabalho ilícito, trabalho proibido e trabalho irregular, levando em consideração a teoria das nulidades trabalhistas 45. Discorra sobre o contrato de estágio, identificando suas modalidades, seus sujeitos, as exigências formais e citando pelo menos dois direitos do estagiário 46. O Hotel Fazenda Água da Chuva celebrou contrato de trabalho por tempo determinado com Denise pelo prazo de 2 meses (Dezembro e Janeiro), tendo em vista a necessidade de um número maior de empregados em razão das férias escolares, Natal e Ano Novo, com vista a consecução de serviços transitórios. No Carnaval seguinte, também em razão da necessidade temporária de maior número de empregados voltados à consecução de serviços transitórios, o hotel celebrou outro contrato de trabalho com prazo determinado com Denise pelo prazo de 1 mês (Março). De acordo com a Consolidação das Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 14 Leis do Trabalho (CLT), neste caso, a sucessão de contratos de trabalho com prazo determinado foi regular? 47. A fim de que sejam respeitados os períodos de repouso mínimos exigidos por lei, o empregado com regime normal de trabalho, que encerra a prestação de serviço no sábado, às 22:00 horas, pode voltar a trabalhar, na segunda-feira, a partir de que horas? 48. Diferencie o banco de horas da compensação ordinária de jornada, especificando suas peculiaridades 49. José, empregado urbano, fora contratado para trabalhar em jornada noturna, no período compreendido entre 22h de um dia e 5h do dia seguinte, com pagamento de adicional noturno. Após um ano de contratação, José passou a prorrogar sua jornada noturna em 1h, o que lhe conferia o pagamento de tal hora como extra. Tal situação perdurou por cinco anos e oito meses, momento em que seu empregador determinou unilateralmente que José passasse a trabalhar em horário diurno, sem sobrejornada, suprimindo tanto o pagamento do adicional noturno como das horas extras. Pergunta-se: José tem direito adquirido aos adicionais ou faz jus a alguma indenização pela supressão? Responda fundamentadamente. 50. Discorra sobre as hipóteses em que o empregador pode exigir sobrejornada do trabalhador sem a necessidade de prévio acordo individual, convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho 51. Joaquim fora contratado como garçom do restaurante Coma Bem Ltda, tendo sido ajustado com o mesmo o pagamento de salário fixo no valor de R$ 200,00, mais comissões, correspondentes a 10% sobre as vendas que realizasse. Por força de convenção coletiva de trabalho, o Restaurante cobrava gorjeta de 10% na nota de serviço e as repassava aos garçons somente se a soma das comissões com o salário fixo não atingisse o valor do salário mínimo. Nessa situação hipotética responda se o restaurante incorreu em alguma irregularidade trabalhista quanto à remuneração de Joaquim, especificando qual(is) é(são) tal(is) irregularidade(s) Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 15 52. Mauro fora contratado para trabalhar em jornada de oito horas, sendo de segunda-feira a sexta-feira, das 12h às 16h e das 18h às 22h, com intervalo de 2h para descanso. Em um determinado dia, após o término de sua jornada normal, seu empregador perguntou se Mauro não poderia substituir Joaquim no dia seguinte, cuja jornada estava compreendida das 9h às 12h e das 14h às 19h, o que foi aceito por Mauro. Pergunta-se: existe alguma irregularidade em tal substituição no que diz respeito à jornada de trabalho? Responda fundamentadamente 53. Em que consiste a quebra de caixa? 54. Sempre que se atrasava e perdia o transporte coletivo, José utilizava veículo fornecido pelo empregador para ir e voltar do trabalho. O empregador cobrava R$ 2,00 pelo fornecimento do transporte. José percorria um trajeto de trinta minutos para ir ao trabalho nos dias em que pegava o transporte fornecido pelo empregador, sem prejuízo de sua jornada contratual de oito horas. Pergunta-se, José faz jus a horas extras? 55. Diga em que consiste o Truck System e se o mesmo é permitido em nosso ordenamento? Responda fundamentadamente 56. É possível a equiparação salarial de entre advogados que desenvolvem trabalho meramente intelectual, sendo certo que o equiparando é cedido de outro órgão para trabalhar junto ao paradigma? Responda fundamentadamente 57. José foi contratado em escalda de compensação de jornada 12x36, no qual trabalhava 12h seguidas e folgava 36h. Quando estava trabalhando, José cumpria jornada de 7h às 19h, sem intervalo. Acontece que tal escala fora instituída mediante acordo tácito, o que motivou José a ajuizar ação trabalhista requerendo o pagamento das horas extras acrescidas de 50%, bem como dos intervalos intrajornadas não concedidos, estes a serem pagos em dobro. Pergunta-se, José terá direito a tais pleitos e em que condições? Responda fundamentadamente Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 16 58. Maria começou a trabalhar da empresa Caloteira Ltda em 01/05/2008. Durante o primeiro ano de contrato, Maria ficou afastada para gozo de benefício previdenciário durante cinco meses, além de ter permanecido sem trabalhar em virtude da paralisação da empresa por 25 dias, com ganho de remuneração. Pergunta-se, Maria terá direito ao gozo de férias no período após o primeiro ano de contrato? Responda fundamentadamente, levando em conta que Maria não teve faltas injustas no período 59. No contrato de trabalho, cite pelos menos três conseqüências contratuais da falta injustificada 60. Marcelo foi contratado pela Construtora Sol Ltda., em 20.04.1995, para exercer as atribuições de auxiliar de serviços gerais. Em 13.08.2000, após adquirir qualificação profissional, Marcelo passou a exercer a função de vendedor, recebendo o salário de R$ 650,00 (seiscentos e cinqüenta reais). Paulo, por sua vez, foi admitido em 01.04.2003, como vendedor, recebendo salário de R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais). Marcelo buscou judicialmente o direito à equiparação salarial em relação a Paulo, em 01.02.2010, dias após Paulo ter deixado de trabalhar na empresa. Diante da situação, diga se Marcelo tem direito à equiparação salarial. 61. Marcos é escriturário do Banco Nacional S/A, não ocupando qualquer função de confiança; Raimundo é gerente de habitação do mesmo Banco, desempenhando função de confiança e recebendo para tanto gratificação de 1\3 da sua remuneração; Mariana é gerente geral da agência bancária em que todos trabalham, ganhando 40% a mais em sua remuneração. Pergunta-se: qual a jornada máxima a que se submetem os trabalhadores e quais são os seus respectivos intervalos intra-jornada? Responda fundamentadamente 62. Diferencie Jus Variandi Ordinário de Jus Variandi Extraordinário, traçando paralelo com o princípio da inalterabilidade contratual lesiva 63. Maria, empregada em uma empresa de fabricação de roupas, passou a comercializar perante suas colegas de trabalho, no horário de trabalho, Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 17 roupas fabricadas por outra empresa. Tal fato foi constatado pelo gerente da sessão onde Maria trabalhava, que, a princípio, nada fez, embora Maria soubesse que o empregador não concordava com as vendas por ela realizadas. Maria passou três mesesrealizando as vendas, sem qualquer punição, até que parou de realizar as vendas voluntariamente. Um mês após cessar as vendas, Maria recebeu comunicado dando conta que estava sendo despedida por justa causa. Com base nessa situação hipotética, responda fundamentadamente: a) Maria cometeu alguma infração? b) O empregador exerceu regularmente seu Poder Disciplinar? 64. Diferencia Força Maior de Fato do Príncipe para fins de rescisão do contrato de trabalho, identificando as verbas que são devidas em cada uma das modalidades e quem deve efetuar o pagamento das mesmas 65. João, empregado da empresa Embala Fácil Ltda estava em casa e acabou caindo e quebrando a bacia, ficando incapacitado para o trabalho por 90 dias. Com efeito, João procurou o INSS e teve deferido em seu benefício auxílio-doença. Após a cessação do benefício, João, entendendo que ainda não estava apto para o trabalho, não retornou ao emprego, passando 40 dias sem dar qualquer notícia ao empregador. Pergunta-se: a) Por ocasião da doença e com a concessão do benefício, como ficou o contrato de João? Responda diferenciando suspensão de interrupção b) João incorreu em justa causa? 66. Diferencie greve de locaute ou lockout? 67. Diferencie unidade sindical de unicidade sindical 68. Joana fora contratada como doméstica. Cinco meses após a contratação, Joana confirmou que estava grávida mediante exame de sangue, sem que tenha informado tal fato ao empregador. Após um mês, Joana fora despedida injustamente, momento em que comunicou sua gravidez ao patrão. Tal fato se deu quando Joana contava com quatro meses de gestação. Ignorando a informação, o empregador manteve a dispensa injusta. Cerca de um ano e seis meses após a dispensa, Joana ajuizou reclamação trabalhista requerendo sua reintegração. Pergunta-se: Joana tem direito de ser reintegrada Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 18 ou receber alguma indenização correspondente? Responda fundamentadamente. 69. Lula Molusco fora contratado pela empresa Quebramar Ltda para exercer a função de auxiliar de serviços gerais. Alguns meses após a contratação, a esposa de Lula deu a luz, momento em que o empregado passou cinco dias sem comparecer ao trabalho, tendo tais dias descontados de seu salário. Na sua função, Lula entrava em contato diário com ruído excessivo e, embora sempre tivesse pedido protetores auditivos ao seu empregador, este disse que não tinha obrigação de fornecer por força de Convenção Coletiva de Trabalho, cuja cláusula terceira dispunha que a empresa poderia, a seu critério, fornecer ou não os equipamentos de proteção individual. Após três anos de trabalho intenso, Lula foi indicado pelo empregador para compor Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, nela permanecendo durante seis meses. Passados dois anos após o término da sua vinculação à CIPA, Lula foi injustamente despedido. Cerca de um ano após a dispensa, Lula percebeu que estava com perda auditiva, momento em que foi ao médico do trabalho, tendo o mesmo dito que sua doença decorreu do trabalho que exerceu na empresa Quebramar. Diante da situação acima exposta, pergunta-se: a) A cláusula terceira da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria a que pertence Lula Molusco é válida? b) Lula Molusco, no período em que passou como integrante da CIPA, podia ter sido injustamente despedido? c) Lula adquiriu estabilidade em razão da perda auditiva, mesmo não estando mais trabalhando na empresa? Responda fundamentadamente d) O empregador poderia ter descontado do seu salário os dias de ausência do empregado em razão no nascimento do seu filho? Responda fundamentadamente 70. José foi admitido como empregado do Banco Macau S/A para exercer a função de auxiliar administrativo, sendo posteriormente promovido a gerente de relacionamento, ocupando-se, na maior parte de sua jornada, da venda de produtos financeiros (seguros, título de capitalização, leasing, etc.). Nessa nova fase, José trabalhou também com produtos de outras empresas do Grupo Macau, recebendo comissionamento pelas respectivas vendas, dentro dos limites da jornada legal. Diante da situação, pergunta-se: José terá apenas um vínculo de emprego com o Banco Macau? Responda fundamentadamente 71. Carlos, que em 1977 obteve judicialmente direito à incorporação ao salário do valor das horas extras habituais que foram suprimidas, exerceu na Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 19 empresa a função de auxiliar de mecânico desde sua admissão, em 1974. Em 2005, mantendo o mesmo salário mensal de R$ 1.500,00, passou a exercer as funções de mecânico, idênticas às desempenhadas por José, admitido já como mecânico em 2002. Em 2007, José é desligado da empresa e apresenta reclamação trabalhista buscando diferenças salariais decorrentes de equiparação com Carlos, porquanto durante toda a contratualidade recebeu salário mensal de R$ 1.000,00. Considerando inexistir plano de cargos e salários, e ausente nos autos prova de que a produtividade e a perfeição técnica fossem distintas, responda se haverá equiparação salarial na espécie. 72. Suponha que um empregado trabalhe, desde 20/10/2006, como auxiliar do zelador, em um condomínio com 72 apartamentos, coletando o lixo de 36 apartamentos localizados na entrada A, sem que lhe sejam fornecidas botas nem luvas especiais. Nessa situação, o empregado não tem direito à percepção do adicional de insalubridade? 73. O horário de trabalho de João está distribuído em turnos para cobrir todo o período de atividade da empresa onde ele trabalha, que funciona ininterruptamente. João integra equipe de trabalho sujeita a sistema de revezamento, com alternância, para cada empregado, de jornadas diurnas e noturnas. Nessa situação hipotética, considerando-se que a jornada máxima para quem labora em turno ininterrupto de revezamento, de acordo com a Constituição Federal, é de seis horas diárias, caso João trabalhe oito horas por dia, será necessário um acordo escrito de compensação de jornada, sob pena de o empregador ter de lhe pagar duas horas extras diárias? 74. Maria, professora de matemática que trabalha exclusivamente para uma instituição de ensino particular, ministra, pela manhã, 5 aulas a partir de 7 h 30 min, de segunda a sexta-feira, tendo cada aula a duração de 50 minutos; após 3 horas-aula, a professora tem 15 minutos de intervalo e, em seguida, ministra mais 2 aulas. Nessa situação hipotética, a referida professora tem direito à percepção de horas extras, dada a extrapolação da jornada máxima legal? 75. Foi deflagrada greve de motoristas de ônibus no Rio de Janeiro, sem que o sindicato da categoria comunicasse, com antecedência de 72 horas, a Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 20 decisão de paralisação aos usuários e aos empregadores. Nessa situação hipotética, a greve dos trabalhadores deve ser considerada ilegal? 76. Eduardo, Policial Civil devidamente vinculado à corporação, trabalhava, nos dias de folga (três dias na semana), para empresa de vigilância privada, assim permanecendo durante cinco anos. Nesse período, Eduardo recebia ordens da empresa de vigilância e não podia se fazer substituir por terceiro a seu critério. Mensalmente, recebia seu pagamento, mas jamais teve a carteira de trabalho anotada. A empresa de vigilância despediu Eduardo, tendo o mesmo ingressado com reclamação trabalhista, momento em que a empresa negou o vínculo de emprego com o trabalhador, sob o argumento de que o estatuto da Polícia Civil não permite que o policial trabalhe para empresas privadas enquanto membro da corporação. Sabendo que de fato o Estatuto da Polícia Civil traz a vedação acima mencionada, diga se o vínculo de Eduardo existe e se é válido? Responda fundamentadamente 77. A Companhia de Tráfego Urbano - CTU, autarquia municipal, resolveu contratarempresa interposta para fornecimento de agentes de trânsito terceirizados. A referida empresa interposta forneceu um total de vinte agentes, durante cinco meses, porém não lhes pagou os direitos trabalhistas. Pergunta-se, os agentes poderão requerer da União o pagamento de tais direitos? E se a terceirização não fosse de agentes de trânsito, mas sim de vigilantes, como ficaria a responsabilidade da autarquia municipal? 78. José tinha 14 anos de idade quando foi contratado como aprendiz. Seu contrato foi verbal, permanecendo vigente por um ano. Pergunta-se, o contrato de José é válido e produzirá efeitos? Responda fundamentadamente 79. O art. 7º da CF/88 traz vários incisos com direitos assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais, lhes conferindo uma aparente igualdade. Entretanto, existem algumas diferenças entre tais trabalhadores, em relação aos direitos que lhes são conferidos. Com efeito, caracterize o trabalhador urbano e o rural, citando pelo menos três diferenças em relação aos direitos atribuídos a um e ao outro. Responda fundamentadamente Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 21 80. Mariana trabalhava para a empresa Frango Congelado Ltda. Referida empresa compunha grupo econômico com a empresa Frango Assado Ltda, a qual fora posteriormente sucedida pela empresa Galeto Quente Ltda. Quando ocorreu a sucessão, a empresa Frango Congelado era solvente e não foi adquirida pela empresa Galeto Quente Ltda. Acontece que, meses após sucessão, a empresa Frango Congelado começou a não mais pagar os direitos trabalhistas de seus empregados, dentre eles os de Mariana. Pergunta-se: a Empresa Galeto Quente poderá ser responsabilizada pelo pagamento dos direitos de Mariana, não adimplidos por Frango Congelado Ltda? Responda fundamentadamente 81. José foi contratado como estagiário, mediante contrato verbal. O estágio era extra-curricular. José, embora fosse estudante de direito, fora destinado para fazer cobranças. A empresa também não permitiu que José reduzisse sua jornada de trabalho em dias de avaliações. Pergunta-se: o contrato de estágio de José foi válido? José terá direito de reivindicar o direito a redução da jornada nos dias das avaliações? Responda fundamentadamente 82. Jonas tinha 12 anos de idade quando foi contratada pela madeireira Corta Tora Ltda para trabalhar no corte de madeira de lei em uma reserva ambiental no Estado do Amazonas. Jonas, morador da região desde que nasceu, sabia que no local não se podia derrubar madeira, pois sempre ouvia seu pai dizer que o IBAMA multava as empresas que faziam isso. Entretanto, Jonas aceitou trabalhar para a madeireira, pois precisava do dinheiro para ajudar sua família. Jonas passou 1 ano e 6 meses trabalhando para a madeireira, quando, com receio de uma fiscalização do trabalho, o empregador o afastou, sem pagar qualquer verba rescisória. Três anos depois do ocorrido, Jonas procurou advogado para ajuizar ação trabalhista. Diante da situação: a) Na qualidade de advogado de Jonas, indique fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus direitos; b) Na qualidade de advogado da Madeireira Corta Tora Ltda, indique fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus direitos. 83. Mariana, administradora, ficou sabendo de processo seletivo para preenchimento de 2 vagas nos quadros da empresa multinacional Art Gym Ltda. Interessada, Mariana se submeteu a primeira fase do processo seletivo, juntamente com outros 1.000 candidatos, sagrando-se aprovada. Restando apenas 100 candidatos, Mariana se submeteu a segunda fase do processo Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 22 seletivo, tendo sido mais uma vez aprovada, restando somente 2 candidatos. Em seguida, Mariana foi convocada para a entrevista final, já sob a promessa de que seria contratada, posto que somente havia 2 candidatos restantes para as 2 vagas disponíveis. Por ocasião da entrevista, Mariana disse que aquele seria o seu segundo emprego, já que somente havia trabalhado por 3 meses em uma outra empresa. Ao saber disso, o empregador resolveu não contratar Mariana, convidando outro candidato que tinha mais de seis meses de experiência na função. Inconformada, Mariana procurou advogado. Diante da situação: a) Na qualidade de advogado de Mariana, indique fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus direitos; b) Na qualidade de advogado da Art Gym Ltda., indique fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus direitos: 84. João foi contratado a título de experiência por 60 dias, prorrogáveis por mais 30 dias. Durante os primeiros 60 dias, João exerceu suas funções com zelo e dedicação, sendo várias vezes elogiado por seu patrão. Passado o primeiro período, o contrato de João foi prorrogado, sendo que, logo no primeiro dia após a prorrogação, João sofreu acidente de trabalho, o que acabou o incapacitando para suas atividades por 20 dias, com a consequente concessão do benefício de auxílio-doença acidentário. Após o infortúnio, João voltou a trabalhar normalmente, com o empenho de sempre. Entretanto, no último dia do contrato de experiência, João ficou sabendo que não permaneceria na empresa. Tendo sido afastado pelo término normal de seu contrato. Inconformado, João procurou advogado para ajuizar ação trabalhista. Diante da situação: a) Na qualidade de advogado de João, indique fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus direitos; b) Na qualidade de advogado da empresa, indique fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus direitos. 85. Maria, agente de saúde, celebrou, sem concurso público, contrato temporário para atender necessidade imperiosa de excepcional interesse público com o Município de Cachoeiro, conforme lei municipal. O contrato de Maria tinha duração de três meses, admitida prorrogação, visto que objetivava o combate de uma epidemia que assolava o local. Passados três meses, o contrato de Maria foi prorrogado por mais seis meses, ocasião em que Maria passou a trabalhar no hospital municipal, assim permanecendo por longos dois anos e sucessivas prorrogações de seu contrato a termo. Ao final, Maria foi Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 23 afastada sem nada receber. Sabendo que o Município de Cachoeiro não tem estatuto de servidores e que todos são regidos pela CLT, Maria procurou advogado: a) Na qualidade de advogado de Maria, indique fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus direitos; b) Na qualidade de advogado do Município, indique fundamentadamente os argumentos que justificariam o amparo dos seus direitos: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 01. É sabido que, após a Emenda Constitucional 45/2004, a competência material da Justiça do Trabalho foi ampliada. Assim, a teor do disposto no art. 114, I, da CF/88, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar todas as ações oriundas da relação de trabalho. Pergunta-se: existe competência da Justiça Trabalhista para processar e julgar ação movida por servidor público estatuário federal em face da União, reclamando direitos oriundos do seu regime jurídico institucional? 02. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar execuções fiscais da União Federal decorrentes de multas aplicadas pela Fiscalização do Trabalho e regularmente inscritas na dívida ativa? 03. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação de manutenção de posse em virtude de turbação praticada por sindicalistas na propriedade da empresa mediante exercício abusivo do direito de greve? 04. Existe alguma diferença na abrangência das competências trazidas pelos incisos I e IX, do art. 114, da CF/88? 05. José e João, trabalhadores da construção civil e empregados da empresa Caloteira Ltda, estavam desempenhandosuas atribuições, quando Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 24 sofreram acidente de trabalho, caindo de um andaime. José, em razão do infortúnio, acabou falecendo. Já João ficou completamente inválido para o trabalho, permanecendo em estado de coma sem previsão de alta. Considerando que o empregador não forneceu os equipamentos de proteção aos referidos trabalhadores, suas respectivas esposas resolveram entrar com ação de indenização por acidente de trabalho. A esposa de José ajuizou ação em nome próprio, dado o falecimento do esposo. Já a esposa de João ajuizou ação na qualidade de representante do marido inválido. Diante da situação, discorra sobre a competência material da Justiça do Trabalho para processar e julgar as ações mencionadas. 06. José, cirurgião dentista, exercia suas atividades na condição de profissional liberal. Às segundas-feiras e quartas-feiras, José prestava serviços para o consultório odontológico Dente Limpo Ltda. Já às terças-feiras e quintas- feiras, José trabalhava em seu próprio consultório, atendendo vários pacientes, dentre eles o paciente de nome João. Ocorreu que, após um mês de prestação de serviços ao consultório Dente Limpo Ltda, José não recebeu sua contraprestação. Paralelamente, o paciente João, embora tenha usufruído de todo o tratamento dentário, não pagou ao dentista o merecido pagamento. Com efeito, José decidiu ajuizar ação tanto contra o consultório Dente Limpo Ltda como contra o paciente João. diante da hipótese, analise e discorra sobre a competência da Justiça do Trabalho para as duas ações. 07. João foi contratado pela empresa Caloteira Ltda para trabalhar como vendedor fixo (não-viajante). Sua contratação se deu na cidade de Fortaleza/CE, mas os serviços foram prestados na cidade de Sobral/CE. Terminado o contrato de trabalho em virtude da demissão de João, este se mudou para Juazeiro do Norte/CE e lá ajuizou reclamação trabalhista contra o ex-empregador. Pergunta-se: o Juiz do Trabalho de Juazeiro do Norte/CE é territorialmente competente para processar e julgar a ação ajuizada por João? Em caso negativo, qual(is) seria(m) o(s) Juízo(s) competente(s)? Caso não haja competência territorial, qual deve ser o procedimento adotado pelo Juiz se a empresa Caloteira Ltda não opuser exceção de incompetência no prazo legal? 08. Manoel, auxiliar administrativo, foi contratado no município de Fortaleza para trabalhar em empresa que executava suas atividades no município de Sobral, onde exerceu suas funções durante 3 (três) anos, momento em que foi demitido. A sede da empresa é situada em Juazeiro do Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 25 Norte, local onde Manoel foi residir depois de sua dispensa. Não tendo recebido as verbas rescisórias, Manoel ajuizou reclamação trabalhista perante a Vara do Trabalho de Juazeiro. Pergunta-se: acertou Manoel ao ajuizar sua reclamação em Juazeiro? Responda fundamentadamente 09. Mike, brasileiro naturalizado, fora contratado por empresa estrangeira (pessoa jurídica de direito privado) para prestar serviços em filial do empregador situada em Santiago do Chile. Tendo sido despedido injustamente e após retorno ao Brasil, Mike deseja ajuizar reclamação trabalhista. Sabendo que não existe entre Brasil e Chile convenção ou tratado internacional dispondo sobre competência trabalhista, responda fundamentadamente: (a) Mike poderá ajuizar reclamação trabalhista no Brasil? (b) Caso a reclamação seja ajuizada no Brasil, qual a lei processual deverá ser aplicada: a brasileira ou a chilena? (c) A empresa estrangeira terá alguma imunidade de jurisdição? 10. Manoel, trabalhador brasileiro, fora contratado para trabalhar em Portugal. Tendo sido despedido, Manoel resolveu ajuizar ação trabalhista no Brasil. Sabendo que existe lei portuguesa vedando que trabalhador que prestou serviço em Portugal ajuíze ação em outro país, discorra sobre a competência da Justiça do Trabalho brasileira para processar e julgar a ação de Manoel 11. Explique a eficácia da lei processual trabalhista no tempo à luz da Teoria do Isolamento dos Atos Processuais. 12. Explique a eficácia da lei processual trabalhista no tempo à luz da Teoria do Isolamento dos Atos Processuais. 13. João pretende interpor um recurso trabalhista cujo prazo é de 08 (oito) dias corridos, contado da intimação da sentença. Tal intimação foi remetida à João pela via postal, tendo sido entregue em um dia de sábado pelos correios. Pergunta-se: qual o dia do início do prazo e qual o dia de sua contagem? Caso João não observe o prazo recursal, ele ainda poderá interpor o recurso? Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 26 14. A denunciação da lide é admitida no Processo do Trabalho? Em caso positivo, cite um exemplo do seu cabimento 15. João pretende interpor um recurso trabalhista cujo prazo é de 08 (oito) dias corridos, contado da intimação da sentença. Tal intimação foi efetivada em uma segunda-feira, dia 18 de dezembro, dois dias antes do início do recesso forense, que ocorre do dia 20 de dezembro ao dia 06 de janeiro. Pergunta-se: em que dia encerrará o prazo de João? Caso o dia de encerramento do prazo coincida com um sábado, seu término será antecipado ou prorrogado? 16. Discorra em breves linhas sobre a capacidade postulatória na justiça do Trabalho, esclarecendo acerca da necessidade ou não da representação por advogados 17. Após a audiência inicial, Cecília, que possui endereço certo e sabido, fora intimada por edital para juntar aos autos um documento em cinco dias. No prazo assinalado, Cecília praticou o ato, porém afirmou, paralelamente, que sua intimação seria nula, momento em que pediu que todas as intimações fossem feitas em seu endereço. Constando que a intimação fora realizada de forma diversa da que deveria, o juiz declarou todo o processo nulo, desde o início. Pergunta-se, agiu certo o juiz a luz dos princípios que regem as nulidades trabalhistas? 18. Junqueira teve prolatada em seu desfavor uma sentença condenatória. Insatisfeito, Junqueira pretende apresentar recurso ordinário, cujo prazo é de 08 dias. Junqueira fora intimado da decisão no dia 17 de dezembro (segunda- feira). Diga até quando Junqueira poderá apresentar seu recurso. Responda fundamentadamente. 19. É possível a arbitragem na solução de conflitos trabalhistas? Responda fundamentadamente 20. José interpôs via fax um recurso trabalhista no dia 03\02, quarta-feira. Sabendo o prazo do recurso é de 08 dias e que José interpôs o mesmo no Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 27 quinto dia do prazo, até quando José deverá juntar os originais de tal recurso? Responda fundamentadamente 21. “O processo do trabalho é protetivo”. Cite três exemplos que justifique tal afirmação. 22. Em relação às nulidades no processo do trabalho, diferencie os princípios da finalidade e da transcendência 23. Sabendo que no dia 10\02 é sábado de carnaval e que a Justiça do Trabalho somente terá expediente normal a partir da quinta-feira subseqüente. Sabendo, ainda, que os recursos trabalhistas possuem o prazo de 08 dias, pergunta-se: Maria, que interpôs seu recurso via fax em 07\02, sendo este o sexto dia do prazo, terá até quando para juntar os originais? Responda fundamentadamente 24. Sabendo que no dia 05\04 é uma terça-feira e que a Justiça do Trabalho, em razão da semana santa, para seu funcionamento a partir da quarta-feira, inclusive. Sabendo, ainda, que os recursos trabalhistas possuem o prazo de 08 dias, pergunta-se: Joaquina, que interpôs seu recurso via fax em 01\04, sendo este o quarto dia do prazo, terá até quando para juntar os originais? Responda fundamentadamente 25. No dia 23.05.2003, Paulo apresentou reclamação verbal perante o distribuidor do fórum trabalhista, o qual, após livre distribuição, o encaminhoupara a 132ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Entretanto, Paulo mudou de idéia e não compareceu à secretaria da Vara para reduzi-la a termo. No dia 24.12.2003, Paulo retornou ao distribuidor da Justiça do Trabalho e, decidido, apresentou novamente a sua reclamação verbal, cuja livre distribuição o encaminhou para a 150ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Desta vez, o trabalhador se dirigiu à secretaria da Vara, reduziu a reclamação a termo e saiu de lá ciente de que a audiência inaugural seria no dia 01.02.2004. Contudo, ao chegar o dia da audiência, Paulo mudou de idéia mais uma vez e não compareceu, gerando o arquivamento dos autos. Diante desta situação Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 28 concreta, pergunta-se: Paulo poderá ajuizar uma nova reclamação verbal? Responda fundamentadamente. 26. Em relação às provas no processo do trabalho, diferencie as seguintes categorias: a) depoimento pessoal e inquirição sumária; b) testemunha e informante; c) perito e assistente técnico 27. João ajuizou reclamação trabalhista contra seu ex-empregador requerendo o pagamento de adicional noturno. Em sua defesa, a empresa reconheceu o trabalho noturno, porém disse que havia pago os valores em dinheiro diretamente ao trabalhador. Marcada a audiência de instrução e julgamento e cientes as partes que deveriam comparecer para prestar depoimento, ambas faltaram injustificadamente. Pergunta-se: de acordo com a defesa apresentada e segundo a distribuição do ônus da prova, qual será o provável resultado da sentença? 28. José ajuizou reclamação trabalhista requerendo, entre outras parcelas, a condenação da empresa ao pagamento de aviso prévio. Para tanto, José levantou dois argumentos, o primeiro sustentando que a empresa não tinha lhe concedido o aviso e o segundo de que, mesmo que tenha cumprido o aviso, não teve a redução da jornada prevista no art. 488 da CLT. O juiz, ao analisar o pedido, acolheu logo o primeiro dos dois argumentos, condenando a empresa ao pagamento do aviso prévio pretendido. Inconformada, a empresa reclamada apresentou recurso ordinário, dizendo que houve concessão de aviso prévio. Pergunta-se: caso o Tribunal entenda que de fato houve a concessão do aviso, poderá analisar o argumento de ausência de redução da jornada, ainda que o mesmo não tenha sido renovado no recurso? Responda justificadamente 29. Pedro ajuizou ação em face de seu empregador objetivando a satisfação dos pedidos de horas extraordinárias, suas integrações e consectárias. O seu pedido foi julgado improcedente. Recorre ordinariamente, sem fazer depósito recursal, pretendendo a substituição da decisão por outra de diverso teor, tempestivamente. Na análise da primeira admissibilidade recursal, o juiz nega seguimento ao recurso sob o argumento de que o recorrente não fez depósito recursal. Pergunta-se: agiu certo o juiz ao negar seguimento ao recurso de Pedro? Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 29 30. Em relação às provas no provas no processo do trabalho, diferencie prova emprestada, prova indiciária e redução do módulo da prova. Responda fundamentadamente 31. João ajuizou reclamação trabalhista contra seu ex-empregador requerendo o pagamento de comissões repassadas extra-folha (por fora). Em sua defesa, a empresa reconheceu que de fato havia comissões extra-folha (por fora), porém disse que havia pago os valores oportunamente ao trabalhador. Marcada a audiência de instrução e julgamento e cientes as partes que deveriam comparecer para prestar depoimento, ambas faltaram injustificadamente. Pergunta-se: de acordo com a defesa apresentada e segundo a distribuição do ônus da prova, qual será o provável resultado da sentença? 32. Em relação ao sistema recursal trabalhista, diferencie efeito translativo e efeito devolutivo em profundidade, citando exemplos de sua aplicação 33. João ajuizou reclamação em face do ex-empregador pleiteando horas extras. A empresa, que possuía em seu quadro mais de dez empregados, negou peremptoriamente a existência de trabalho em horas extras, sem contudo apresentar os cartões de ponto. O juiz decidiu marcar audiência em prosseguimento, deixando as partes devidamente intimadas para prestar depoimento sob pena de confissão. Na data marcada, as partes não se fizerem presentes, indo apenas os respectivos advogados. Em seguida, o juiz encerrou a prova, fazendo os autos conclusos para sentença. Pergunta-se: Diante da situação, qual será o provável resultado da sentença. Responda fundamentadamente 34. Existe exceção para o princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias no processo do trabalho? Responda fundamentadamente 35. Mariano ajuizou ação trabalhista requerendo a declaração de vínculo empregatício com a empresa Caloteira Ltda., vínculo este ocorrido entre os Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 30 anos de 1990 a 1995. Requereu, ainda, o pagamento de verbas trabalhistas do referido período, dentre elas aviso prévio, 13º salário e férias acrescidas de 1\3, num total de R$ 3.000,00. Em sua defesa, a empresa negou a existência do vínculo e argumentou que, mesmo existindo o contrato de emprego, as parcelas estariam prescritas. O juiz, em sua sentença, reconheceu o vínculo, declarando sua existência, mas julgou prescritas as verbas, com base no art. 7º, XXIX, da CF. Inconformada com a declaração do vínculo, a empresa interpôs recurso ordinário, porém não efetuou depósito recursal. O juiz não recebeu o recurso por ausência de pressuposto de admissibilidade. Pergunta- se: agiu certo o juiz ao não receber o recurso da empresa? Responda fundamentadamente. 36. O trabalhador ajuíza ação requerendo rescisão indireta e diferenças de salário decorrentes de desvio funcional. A empresa contesta negando peremptoriamente a rescisão indireta e afirmando que as diferenças salariais, embora existentes, já teriam sido pagas. Na instrução, nenhuma das duas partes produz qualquer prova. Não existem vícios formais no processo. Pergunta-se: levando em conta a defesa e a distribuição do ônus da prova, como provavelmente será o resultado da sentença do juiz do trabalho? 37. Em termos de sistema recursal trabalhista, em que consiste a sucumbência? 38. A vara do trabalho, após rejeitar a incompetência absoluta alegada na defesa, julga procedente o pedido de dano material decorrente de acidente de trabalho. No seu recurso ordinário, a empresa somente discute ser incabível a indenização deferida, aduzindo não haver os requisitos da responsabilidade. Pergunta-se: O Tribunal Regional do Trabalho poderá conhecer a temática da competência ou não? Em caso afirmativo, de que efeito recursal estará se valendo o TRT? Responda fundamentadamente? 39. Especifique fundamentadamente a conseqüência jurídica das seguintes situações processuais: a) Ausência das partes na audiência inaugural em procedimento ordinário. b) Presença do reclamante e ausência do reclamado na audiência única em rito sumaríssimo, porém presente o advogado do réu munido de procuração e com defesa escrita. c) Ausência do reclamante na Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 31 audiência em prosseguimento em que deveria prestar depoimento no curso de processo que tramita em rito ordinário 40. João ajuizou reclamação trabalhista, alegando que fora contratado pela empresa Caloteira como empregado, no período de dois anos. Em sua defesa, a reclamada disse que João era mero profissional autônomo, trabalhando sem subordinação. Designada a audiência de instrução e tendo os litigantes sido intimados para comparecimento a fim de prestarem depoimento pessoal, ambos não compareceram. O juiz encerrou a prova oral, fazendo os autos conclusos para julgamento. Não havia nenhuma documento juntado aos autos, exceto as procurações outorgadas aos advogadosdas partes e os atos constitutivos do empregador. Diante dessa situação hipotética, qual será o provável resultado da sentença? Responda fundamentadamente 41. Lula Molusco foi suspenso por dois dias. Inconformado com a atitude do empregador, Lula ajuizou ação pedindo o cancelamento da punição e conseqüente pagamento dos dias de afastamento, atribuindo à causa o valor de R$ 150,00. Após o procedimento, a sentença julga a ação improcedente. Pergunta-se: dessa decisão caberá algum recurso? 42. José fora contratado como trabalhador terceirizado, tendo como tomador a uma Fundação Pública Federal. Após dois anos de contrato, José fora despedido pela empresa interposta sem receber suas verbas rescisórias. Insatisfeito, José ajuizou reclamação trabalhista contra a empresa interposta e colocou como responsável subsidiário o tomador de serviços, nos termos da súmula 331, IV, do TST. Ocorreu que, apesar de José formular pedidos certos e determinados não indicou o valor dos mesmos, atribuindo à causa o valor de R$ 10.000,00, o qual é inferior a 40 salários mínimos? Pergunta-se: o juiz deve processar a petição inicial de José? Responda fundamentadamente 43. José ajuizou reclamação trabalhista contra o seu ex-empregador, a qual fora distribuída para a 1ª Vara do Trabalho de Fortaleza. Os serviços de José, todavia, foram prestados no município de Sobral, embora José tenha sido contratado em Fortaleza. Ao remeter a notificação postal para a empresa, a mesma disse ao agente dos correios que havia se mudado, embora permanecesse em funcionamento no mesmo local. Os correios devolveram a Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 32 notificação com a informação mudou-se, momento em que o Juiz determinou a citação por edital. No dia da audiência, a empresa não compareceu, momento em que o Juiz, de ofício e verificando que a prestação de serviços teria ocorrido em Sobral, declinou de sua competência territorial e remeteu os autos para a Vara do Trabalho de Sobral, a qual julgou o processo a revelia da empresa. Após a sentença, a empresa peticionou dizendo que seu endereço jamais foi alterado, momento em que requereu a nulidade da citação por edital. Pergunta- se: agiu certo o juiz ao remeter os autos de ofício para a Vara do Trabalho de Sobral? Deve o juiz acolher a insurgência da empresa e declarar nula sua citação por edital? Responda fundamentadamente. 44. Joana, empregada da empresa Caloteira Ltda sofreu acidente de trabalho, momento em que passou a receber benefício previdenciário de auxílio- acidente. Após dois anos percebendo o benefício, Joana fora liberada pelo INSS para voltar a trabalhar. Entretanto, não se sentido apta para o trabalho, Joana resolveu entrar com uma ação contra o INSS, requerendo a prorrogação do benefício de auxílio-doença acidentário. Paralelamente, resolveu ajuizar ação de indenização contra seu empregador, pelos danos morais e materiais decorrentes do acidente de trabalho sofrido. Pergunta-se, qual(is) a(s) Justiça(s) competente(s) para processar e julgar a ação de Joana contra o INSS, bem como sua demanda indenizatória contra o empregador? Responda fundamentadamente 45. Discorra sobre o princípio da Instrumentalidade das Formas nas nulidades trabalhistas 46. João ajuizou reclamação trabalhista em face do seu ex-empregador, requerendo o reconhecimento de vínculo de emprego, bem como o pagamento de 13º salário, férias acrescidas de 1\3, adicional noturno, FGTS acrescido de 40% e honorários advocatícios. Ao proferir a sentença, o juiz julgou a ação de João parcialmente procedente, condenando o ex-empregador ao pagamento de 13º salário, férias acrescidas de 1\3 e adicional noturno. Negou o pagamento das demais verbas. Inconformado com a decisão, João interpôs recurso ordinário, porém somente questionou o indeferimento de honorários advocatícios. O ex-empregador, por sua vez, também interpôs recurso ordinário, momento em que questionou todas as pugnadas, inclusive aquelas em que não havia condenação. Ao ser instado para se manifestar sobre o recurso do ex-empregador, João resolveu interpor recurso adesivo, Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 33 questionando FGTS acrescido de 40%. Após o aperfeiçoamento do contraditório, o juiz recebeu todos os recursos. Pergunta-se, agiu certo o juiz ao receber todos os recursos? Responda fundamentadamente 47. Na audiência inaugural de uma ação processada pelo rito ordinário, o juiz recebeu a defesa e designou nova sessão de prosseguimento, momento em que as partes assumiram o encargo de trazer as suas testemunhas independente de intimação. No dia aprazado, as testemunhas do reclamante não compareceram. Pergunta-se: o reclamante poderá pedir a intimação das testemunhas ausentes? Em caso positivo e sendo realizada a intimação, quais as conseqüências jurídicas para a testemunha que recusar o comparecimento? Se a ação estivesse tramitando sob rito sumaríssimo, haveria outra exigência legal para o juiz deferir a intimação das testemunhas 48. Homer Simpson trabalhou como empregado terceirizado. No desempenho de suas funções, Homer (trabalhador) era empregado da firma Pé- na-cova Ltda (empresa de terceirização) e prestava seus serviços em favor de uma Sociedade de Economia Mista (tomadora de serviços) integrante da Administração Pública Municipal. Ao ser despedido injustamente, Homer ajuizou reclamação trabalhista, pedindo pagamento de verbas rescisórias, atribuindo à causa o valor de R$ 2.000,00, que é inferir a 40 salários mínimos. Na audiência, somente compareceram o reclamante e a tomadora de serviços. Compulsando os autos, o juiz verificou que a citação destinada à empresa de terceirização tinha sido devolvida com a informação de que a mesma teria se mudado. Ao indagar o reclamante, este disse que a empresa estava em local incerto e não- sabido. Nesse caso, como deve proceder o juiz? Responda fundamentadamente 49. Lula Molusco ajuizou reclamação trabalhista em favor do seu ex- empregador, pleiteando adicional de periculosidade. Na audiência inaugural, as partes resolveram sobrestar o processo por sessenta dias, haja vista a possibilidade de acordo, o que foi deferido pelo Juiz. Após o sobrestamento e restando infrutífera a conciliação, fora marcada nova audiência, momento em que foi determinada a realização de perícia. Na ocasião, o juiz concedeu às partes o prazo de quinze dias para apresentação de quesitos e nomeação de assistentes técnicos, prazo este não previsto em Lei. Sobrevindo o laudo pericial, o juiz conferiu novamente às partes o prazo de quinze dias para manifestação, prazo também não previsto em lei. Para tanto, as partes foram notificadas pela via postal. Lula Molusco recebeu a intimação num sábado Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 34 (07\03), tendo sido o aviso de recebimento dos correios juntado aos autos na terça-feira subsequente (10\03). Pergunta-se: (a) de acordo com o critério de classificação dos prazos quanto à origem da fixação, que tipo(s) de prazo(s) fora(m) utilizado(s) no caso em questão? Em relação ao prazo de quinze dias conferido para Lula Molusco se manifestar sobre o laudo pericial, quais os dias de início do prazo, da contagem do prazo e do término do prazo? 50. Lula Molusco deseja ajuizar reclamação trabalhista contra o seu ex- empregador. Ocorre que o Município das Algas onde Lula reside e no qual prestou suas atividades não é abrangido pela Jurisdição Trabalhista. Pergunta- se: (a) Em que Juízo Lula Molusco poderá ajuizar sua reclamação trabalhista? (b) Caso Lula ajuíze reclamação perante a Justiça Comum e queira recorrer da decisão, a qual Tribunal ele deverá encaminhar o recurso? (c) Tendo sido o processo de Lula ajuizado perante a Justiça Comum e, alguns meses após o ajuizamento, haja sido instalada Vara do Trabalho com jurisdição abrangendo o Municípiodas Algas, o processo deverá permanecer tramitando perante a Justiça Comum? Por que? Responda fundamentadamente 51. Se empresa reclamada apresentar folhas de ponto, assinadas pelo reclamante, contendo, todas elas, marcação de entrada às 8 horas, de intervalo de alimentação e descanso entre as 12 e as 14 horas e de saída às 18 horas, e, na inicial, o reclamante alegar jornada das 6 às 20 horas, com intervalo de trinta minutos, o juiz deverá indeferir prova da empresa e considerar verdadeira a jornada indicada pelo autor? 52. Sob pena de cerceamento de defesa, em fase de recurso ordinário, quando ainda estiverem sendo analisadas provas, é, em princípio, possível a juntada de documentos que visem provar as alegações das partes? Responda fundamentadamente 53. Ausentando-se a parte, injustificadamente, à audiência em que deveria depor, será havida confessa quanto à matéria de fato. Dessa forma, pode o juiz, sem risco de ofensa ao princípio da ampla defesa, indeferir a prova testemunhal pretendida pelo advogado da parte ausente, com o intuito de elidir os efeitos da ficta confessio, ainda que as testemunhas estejam presentes? Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 35 54. É possível a inserção de empresa do mesmo grupo econômico da devedora originária apenas na fase executiva do feito, como devedora solidária, sem que tenha participado na fase cognitiva? 55. É possível a inserção da tomadora de serviços do empregado apenas na fase executiva, como devedora subsidiária, sem que tenha participado na fase cognitiva? 56. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é titular dos créditos relativos às contribuições sociais executadas perante a Justiça do Trabalho, e os respectivos valores devem ser recolhidos em nome daquela autarquia? Responda fundamentadamente 57. Sendo insuficiente o patrimônio da pessoa jurídica executada à satisfação da execução de débitos trabalhistas, respondem pela execução de débitos trabalhistas os bens particulares de sócio-gerente? 58. Ao prolatar a sentença o juiz fez constar da fundamentação que a ação fora atingida integralmente pela prescrição bienal. No dispositivo, porém, fez constar que a ação foi julgada improcedente. Como deve agir a parte prejudicada com tal decisão? 59. Certo advogado, defendendo a parte recorrente perante o Tribunal Regional do Trabalho, acompanhou o julgamento do recurso ordinário perante a Turma, que lhe foi desfavorável. Ciente dos argumentos expostos no voto condutor da decisão, e de posse da respectiva certidão de julgamento, interpôs recurso de revista, em data, porém, anterior à publicação do acórdão. Pergunta-se: o recurso deve ser recebido? 60. Pedro ajuizou reclamação trabalhista contra a empresa Sonhos Ltda., pleiteando o pagamento de horas extras laboradas. Encerrada a instrução processual, foi designada audiência para o dia 04.03.2010 para a leitura e publicação da sentença. Na data aprazada, não foi possível a prolação do veredicto, sendo este publicado no diário eletrônico da Justiça do Trabalho em Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 36 data de 11.03.2010 (quinta-feira). Pedro, que até então fez uso do "jus postulandi", buscou, no dia 18.03.2010, um advogado, visto que a sentença lhe foi desfavorável. O causídico protocolou recurso ordinário, visando a reforma do julgado, em 22.03.2010 (segunda-feira), não tendo efetuado o recolhimento das custas processuais. No exame da admissibilidade, o Juiz do Trabalho negou seguimento ao recurso, por intempestividade e deserção, neste último caso em razão da ausência de pedido específico de justiça gratuita quando da elaboração do termo de reclamação, embora preenchesse o autor os seus requisitos legais. Pergunta-se: a) agiu certo o juiz ao negar seguimento ao recurso por intempestividade? b) as custas processuais poderiam ter sido dispensadas de ofício pelo juiz? 61. Quando o acórdão for omisso quanto à tese jurídica em que se pretende fundamentar o recurso de revista, como deverá agir a parte interessada para que o seu recurso de revista seja recebido? 62. O recurso de revista é o remédio cabível para se discutirem julgados proferidos em dissídio coletivo pelos tribunais regionais do trabalho bem como os julgados em dissídio individual pelas turmas desses tribunais 63. Clóvis, advogado constituído nos autos do processo 0000385- 61.2010.5.07.0007 estava fora de Fortaleza quando da prolação da sentença referente ao processo em epígrafe, razão pela qual entrou em contato com seu cliente e solicitou que o mesmo redigisse procuração na qual fossem outorgados poderes a seu colega Anízio. Anízio, então, interpôs Recurso Ordinário em face da sentença. Passados alguns meses, e Clóvis já tendo retornado, referido recurso foi julgado improvido, no entanto, Clóvis entendeu que o acórdão lavrado pelo TRT da 7ª Região violava entendimento consolidado pelo TST através de Súmula, razão pela qual interpôs Recurso de Revista. Ante a situação em análise, e levando-se em conta o posicionamento jurisprudencial, como deverá se posicionar o E. TRT, na análise a quo de admissibilidade, em relação ao Recurso de Revista manejado exclusivamente por Clóvis? Fundamente seu posicionamento 64. Luis Carlos era empregado da empresa GR Distribuidora de Alimentos Ltda e dirigia um caminhão, percebendo como remuneração mensal R$ 700,00. Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 37 A empresa GR é representada pelo Sindicato Do Comércio de Gêneros Alimentícios do Estado do Ceará e obedece às convenções coletivas firmadas por esta entidade. No entanto, Luis Carlos, ao ajuizar reclamação Trabalhista em desfavor da empresa GR obteve procedência em relação a pedido de retificação de salário, tendo em vista que indicava como seu piso salarial o valor de R$ 1000,00 contido na cláusula 10 da Convenção Coletiva firmada entre o Sindicato das transportadoras do Estado do Ceará e o Sindicato dos Motoristas de Caminhão do Ceará. Luis Carlos alegava, ainda, que era pertencente à categoria diferenciada. Ante a situação fática exposta, que medida a empresa GR Distribuidora de Alimentos Ltda. pode tomar? Fundamente 65. Joaquim apresentou um recurso via fax no dia 04/02 (sexta-feira). Considerando que o recurso, cujo prazo é de 08 (oito) dias, foi apresentado via fax no 1º (primeiro) dia do prazo; considerando, ainda, que nos dias 14/02 (segunda-feira), 15/02 (terça-feira) e 16/02 (quarta-feira) a justiça do trabalho não funciona em razão do carnaval, pergunta-se: até quando Joaquim poderá juntar os originais de tal recurso? Responda fundamentadamente 66. Identifique as três formas em que o sindicato pode atuar na justiça do trabalho, explicando a diferença entre cada uma e indicando, na lei, exemplos de sua atuação 67. Manoel, microempresário, fora demandado na Justiça do Trabalho na qualidade de reclamado. No dia da audiência, Manoel compareceu à Justiça do Trabalho acompanhado de João, advogado, porém em momento algum lhe outorgou procuração. Acontece que João fez constar seu nome e numero de registro da OAB em ata de audiência e praticou diversos atos em favor de Manoel. Por ocasião da oitiva de testemunhas, o juiz acabou ouvindo como testemunha a esposa do reclamante, apesar de impedida e contraditada por João. Ao final da audiência, o advogado do reclamante pediu que os atos de João fossem declarados inexistentes, na forma do art. 37, parágrafo único, do CPC, pois o mesmo os praticou sem procuração. Pergunta-se: a) os atos de João são válidos? b) se o juiz tivesse julgado a ação improcedente, a nulidade decorrente da oitiva de uma testemunha impedida deveria ser declarada? Por que? Direito do Trabalho Prof. Konrad Mota 38 QUESTÕES OAB/FGV IV EXAME UNIFICADO – 2011.1 Questão 1 Em 15/04/2008, João Carlos de Almeida foi contratado
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