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HEPATITE B CONCEITO: • A Hepatite B é uma doença infecciosa que agride o fígado, sendo causada pelo vírus B da Hepatite (HBV). O HBV está presente no sangue e secreções, e a Hepatite B é também classificada como uma infecção sexualmente transmissível. A Hepatite B pode se desenvolver de duas formas: aguda e crônica. A aguda é quando a infecção tem curta duração. A forma crônica é quando a doença dura mais de seis meses. O risco de a doença tornar-se crônica depende da idade na qual ocorre a infecção. As crianças, por exemplo, têm maior chance de desenvolver a forma crônica. Naquelas com menos de um ano, esse risco chega a 90%; entre um e cinco anos, varia entre 20% e 50%. Em adultos, cerca de 20% a 30% das pessoas adultas infectadas cronicamente pelo vírus B da Hepatite desenvolverão cirrose e/ou câncer de fígado. ANATOMIA DO FÍGADO: • O fígado é um órgão grande e essencial, encontrado no quadrante superior direito do abdome. É a maior glândula no corpo humano, pesando aproximadamente 1,5 kg. Ele é um órgão acessório multifuncional do trato gastrointestinal, e realiza as funções de desintoxicação, síntese de proteínas, produção bioquímica e armazenamento de nutrientes, dentre outras. FORMAS DE TRANSMISSÃO: Relações sexuais sem preservativo com uma pessoa infectada; Da mãe infectada para o filho, durante a gestação e o parto; Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas etc.); Compartilhamento de materiais de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam); Na confecção de tatuagem e colocação de piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam às normas de biossegurança; Transfusão de sangue (risco que praticamente desapareceu desde que o sangue dos doadores passou a ser rotineiramente analisado). SINAIS E SINTOMAS: Na maioria dos casos a Hepatite B não apresenta sintomas. Muitas vezes a doença é diagnosticada décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado. De modo geral, os principais sintomas da infecção aguda pelo vírus HBV são semelhantes aos da Hepatite A: ❑ Náuseas; ❑ Vômitos; ❑ Mal-estar; ❑ Febre; ❑ Fadiga; ❑ Perda de apetite; ❑ Dores abdominais; ❑ Urina escura; ❑ Fezes claras; ❑ Icterícia (cor amarelada na pele e conjuntivas). DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO: • O teste de triagem para Hepatite B é realizado através da pesquisa do antígeno do HBV (HBsAg), que pode ser feita por meio de teste laboratorial ou teste rápido. Caso o resultado seja positivo, o diagnóstico deve ser confirmado com a realização de exames complementares para pesquisa de outros marcadores, que compreende a detecção direta da carga viral, por meio de um teste de biologia molecular que identifica a presença do DNA viral (HBV-DNA). O Ministério da Saúde distribui testes rápidos na rede pública de saúde desde 2011. Após o resultado positivo e confirmação, o tratamento será realizado com antivirais específicos, disponibilizados no SUS, de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite B e Coinfecções. Além do uso de medicamentos, quando necessários, é importante que se evite o consumo de bebidas alcoólicas. Os tratamentos disponíveis atualmente não curam a infecção pelo vírus da Hepatite B, mas podem retardar a progressão da cirrose, reduzir a incidência de câncer de fígado e melhorar a sobrevida em longo prazo. CUIDADOS DE ENFERMAGEM: • Em geral, nas hepatites virais, o paciente é tratado em casa, a menos que os sintomas sejam graves. A avaliação de enfermagem pode envolver o paciente e a família no enfrentamento da incapacidade temporária e fadiga, que são comuns na hepatite, e deve haver instruções dos pacientes procurarem cuidados de saúde adicionais se os sintomas persistirem ou agravarem. O paciente e a família também precisam de orientações específicas sobre a dieta, repouso, exames sanguíneos de acompanhamento e a importância de evitar o álcool, bem como as medidas sanitárias e de higiene para evitar a disseminação da doença para outros membros da família. Na Hepatite B, a convalescença pode ser prolongada, com a recuperação sintomática completa exigindo, por vezes, 3 e 4 meses ou mais. A equipe de enfermagem pode identificar as questões psicossociais, principalmente os efeitos da separação de família e amigos, caso o paciente seja hospitalizado durante o estágio de infecção. VACINAÇÃO: • A principal forma de prevenção da infecção pelo vírus da hepatite B é a vacina. Atualmente, a vacina para hepatite B está prevista no calendário de vacinação infantil. Além disso, o SUS disponibiliza a vacina nas Unidades Básicas de Saúde para todas as pessoas, independentemente da idade. A primeira dose da vacina contra a Hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido, com intuito de prevenir a hepatite crônica – forma que acomete 90% dos bebês contaminados ao nascer. O esquema básico se constitui de 03 (três) doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose. Ao nascer 1ª dose 01 mês 2ª dose 06 meses 3ª dose • Para crianças mais velhas, adolescentes, adultos e idosos não vacinados no primeiro ano de vida, são realizadas 3 (três) doses no esquema 0 - 1 - 6 meses. Além disso, a vacina é especialmente indicada para gestantes não vacinadas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ▪ BRASIL. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Vacinação. Brasília, DF. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/51vacinacao.html#:~:text=(1)%20A%20primeira%20dose%20da,primeira%20para%2 0a%20terceira%20dose.>. ▪ BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Hepatite B. Brasília, DF. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/hv/o-que-sao-hepatites/hepatite-b>. ▪ BRASIL. Ministério da Saúde. Hepatite B: o que é, causas, sintomas, tratamento, prevenção. Brasília, DF. Disponível em: <https://saude.gov.br/saude-de-a-z/hepatite-b>. ▪ SILVA, André Paulo da.Hepatites virais e assistência de enfermagem na prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde. Faculdade Método de São Paulo, São Paulo, SP, 2015. Disponível em: <https://www.ccih.med.br/wp-content/uploads/2015/08/Andre-Paulo.pdf>. ▪ VARELLA, Maria Helena. Hepatite B. Drauzio Varella. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e- sintomas/hepatite-b/>. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/51vacinacao.html:~:text=(1)%20A%20primeira%20dose%20da,primeira%20para%20a%20terceira%20dose. http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/hv/o-que-sao-hepatites/hepatite-b https://saude.gov.br/saude-de-a-z/hepatite-b https://www.ccih.med.br/wp-content/uploads/2015/08/Andre-Paulo.pdf https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hepatite-b/
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