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BIOTECNOLOGIA E A PERÍCIA CRIMINAL BRUNA KELLY FARIA CAROLINA SILVA DO CARMO JOÃO PEDRO DE FREITAS PERFEITO LORRANE SILVA DUTRA MARIA LUIZA MOREIRA HUBNER DE SOUZA MATEUS SILVA FONSECA Trabalho Acadêmico apresentado à disciplina Biologia Molecular e Biotecnologia do curso de Farmácia da Faculdade Univértix, como nota parcial para a conclusão da disciplina. Orientadora: Profº. Viviane G. Mouro. INTRODUÇÃO O estudo do DNA obtido a partir de vestígios biológicos é um instrumento importante para combater a criminalidade e a impunidade, uma vez que gera evidências, em sua maioria irrefutáveis, que podem ser utilizadas para absolver ou incriminar uma pessoa. Assim, para que a técnica de identificação pelo DNA seja plenamente construída, a amostra biológica a ser analisada deve ser corretamente escolhida, coletada, transportada, armazenada e processada. Este é um dos papeis dos peritos criminais e dos cientistas forenses. Daí a importância dos estudos e formação sobre uma coleta adequada, e extração e análise do DNA utilizado como prova forense. Além disso, há de se considerar o valor interpretativo da prova. Existem evidências que fornecem informações específicas e detalhadas para a investigação, enquanto outras se mostram limitadas, ou seja, suas características permitem apenas serem comparadas com um grupo, pois são comuns a vários objetos. Esse tipo de evidência tem sua importância, pois permite excluir possibilidades ou pessoas. EXTRAÇÃO ORGÂNICA COM FENOL E CLOROFÓRMIO Essa técnica onde a resina se liga ao DNA e os outros elementos da amostra irão permanecer em solução aquosa. Esta resina possui o poder de atrair as moléculas de DNA, e mesmo que haja uma grande quantidade de componentes celulares ela apenas se ligará ao DNA predestinado. A principal desvantagem desta técnica consiste na necessidade de uma quantidade relevante grande da amostra para que a resina consiga se ligar, e esse método é bem mais caro em relação aos outros. RESINA MAGNÉTICA A técnica de extração que utiliza a resina magnética é aplicada para fazer uma captura do DNA, visto que esta resina possui uma capacidade específica de ligação ao DNA, deste modo, mesmo que exista uma quantidade em excesso do DNA em questão, a resina só terá afinidade por uma determinada quantidade do DNA. As principais desvantagens desta técnica são a necessidade de uma quantidade relativamente grande da amostra para que esta resina consiga se ligar e esse o custo mais elevado do método em relação aos demais. TÉCNICA DE SALTING OUT Tem a finalidade de ajudar na separação de um solvente orgânico em água e aperfeiçoar as extrações em solventes orgânicos apolares. As características físico-químicas desta amostra e o sal que será utilizado irá determinar a eficiência deste procedimento. Que consiste na adição de um sal inorgânico à uma solução aquosa e um dissolvente orgânico que seja capaz de se misturar em água formando um sistema bifásico. Esta técnica apresenta uma grande vantagem, pois tem capacidade de ser usada em um grande conjunto de amostras, oferecendo melhores valores de recuperação das amostras e apresentando uma grande variedade de sais disponíveis. TÉCNICA DE SALTING IN O efeito “salting in” é o aumento da solubilidade de proteínas devido ao acréscimo de baixas concentrações de sais em solução. Os íons salinos interagem comas cargas iônicas das proteínas aumentando assim o número efetivo de cargas e a quantidade de moléculas de água fixadas à ionosfera proteica. AMPLIFICAÇÃO Depois que o DNA é extraído e quantificado, ele deve ser amplificado. Essa amplificação é realizada por intermédio da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR, do inglês polymerase chain reaction), que consiste na utilização da enzima DNA polimerase e é capaz de reproduzir múltiplas moléculas de fita dupla de DNA em um ciclo com três etapas. A PCR é realizada em um equipamento chamado de termociclador, neste equipamento serão adicionados tubos com presença de reagentes como primers, enzimas DNA polimerase, solução de cloreto de magnésio, molécula de DNA a ser duplicada, desoxirribonucleotídeos trifosfato e solução tampão. CONCLUSÕES FINAIS Conclui-se então que, a biotecnologia na perícia criminal possui inúmeras ferramentas biotecnológicas que possibilita auxiliar na resolução de demandas legais, assim, gerando uma revolução nessa área, fazendo com que a possibilidade de um crime ser cometido e ter todas suas provas ocultadas se tornem mínimas, sendo uma das maneiras mais eficazes desenvolvidas pela ciência para identificar uma pessoa. Ao analisar o ácido desoxirribonucleico (DNA) para identificar indivíduos, obtemos características próprias importantes para testes de paternidade, acidentes, identificação de restos mortais e desvendar crimes. Portanto, deve-se fazer uma coleta adequada, extração e análise do DNA para que não ocorram intervenções (que possam modificar a amostra e gerar uma alteração no DNA) e consiga ser estabelecidos resultados satisfatórios gerando assim, evidências, viabilizando a identificação de criminosos ou propiciando a exclusão de pessoas investigadas. “ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, M. C. de. O DNA como ferramenta de identificação humana e a sua importância no trabalho da perícia criminal. Orientadora: Gabriela Souto Vieira de Mello, 2018. 20 f. Monografia (TCC, Bacharelado em Biomedicina) – Faculdade de Biomedicina, Centro Universitário CESMAC, Maceió, 2018. LINO, M. F. S.; SÁ, M. V. F.; SILVA, C. M.. Ciência Forense: uma abordagem da identificação humana no ensino de ciências. International Journal Education and Teaching-PDVL . Recife, v.3, n.2, p.1 -15, 2020. RIZZO, M. V. O uso da biotecnologia com o devido respeito aos direitos fundamentais do ser humano: uma análise crítica necessária. Revista do Laboratório de Estudos da Violência da UNESP, Marília, 2013. ALVES, M. G. et al. Biotecnologia aplicada à segurança pública: estudo e adequação do método da ninidrina para revelação de impressões digitais em superfícies porosas. Orientadores: Fernando M. A. Moreira e Luis Carlos Trevelin, 2013. 134 f. Monografia (Pós-graduação em Biotecnologia). Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR. São Carlos, 2013. FONSECA, C. Mediações, tipos e figurações: reflexões em torno do uso da tecnologia DNA para identificação criminal. Anuário Antropológico, n. 1, p. 09-33, 2013. BRUNA KELLY FARIA CAROLINA SILVA DO CARMO JOÃO PEDRO DE FREITAS PERFEITO LORRANE SILVA DUTRA MARIA LUIZA MOREIRA HUBNER DE SOUZA MATEUS SILVA FONSECA Trabalho Acadêmico apresentado à disciplina Biologia Molecular e Biotecnologia do curso de Farmácia da Faculdade Univértix, como nota parcial para a conclusão da disciplina. Orientadora: Profº. Viviane G. Mouro.
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