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SÍNDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL BURNOUT! Incluindo ferramentas de Coaching que irão transformar a sua vida BÁRBARA RÂMISSA A Deus, por seu infinito amor e misericórdia, que me capa- cita diariamente para fazer parte de seus planos aqui na terra para minha geração. Aos meus pais, Antônio Reinaldo e Maria Madalena, por todo o investimento e a contribuição na minha formação, por todo o sacrifício e a dedicação em prol da minha educa- ção. A minha irmã, Pâmela Francine, que desde sempre me apoia com todo seu conhecimento e amor. E, finalmente, ao meu marido, Igor Magalhães Pinto, que me sustenta em oração e amor. AGRADECIMENTOS INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................................ 9 BURNOUT......................................................................................................................................................................................... 17 DEFINIÇÃO..................................................................................................................................................................................... 31 CARACTERÍSTICAS................................................................................................................................................................ 43 SÍNDROME DE BURNOUT NÃO É DOENÇA......................................................................................... 51 SINTOMAS E DIAGNÓSTICO................................................................................................................................... 69 APPROACH..................................................................................................................................................................................... 95 DEPRESSÃO: UMA BREVE E NECESSÁRIA ANÁLISE........................................................................ 125 A DEPRESSÃO NO AMBIENTE LABORAL ................................................................................................... 147 A LINHA TÊNUE ENTRE DEPRESSÃO E O BURNOUT................................................................... 161 DIMINUINDO O ESTRESSE ........................................................................................................................................... 169 REFERÊNCIAS............................................................................................................................................................................... 175 SUMÁRIO Copyright © 2019 por Bárbara Râmissa Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito da Autora. ISBN 978-65-901036-0-4 RÂMISSA, Bárbara. Síndrome do Esgotamento Profissional, Burnout. 2019. 180 folhas. Paranaguá/Paraná. Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. João 16.33 Durante seis anos trabalhei como vendedora e posso garantir que a rotina era uma loucura, não apenas por ter que ficar 12 horas em pé nas datas festivas como o Natal, Dias das Mães e Dia dos Namorados, sem conseguir parar para comer, ouvindo os clientes pedindo desconto na base do grito, mas, porque muitas metas que nos eram impostas eram simples- mente incompatíveis com a realidade. Além disso, o lema do comércio é “tempo é dinheiro”, portanto era comum ouvir de nossos gerentes que tirar férias definitivamente não era uma boa escolha. Apesar disso, quando a Síndrome se desenvolveu eu já estava em um contexto um tanto quanto diferente, não era todos vinham prontos para transformar a sala de audiência em um ringue, eu estava sempre com um sorriso no rosto. Sempre procurei tratar todos com muito amor e cuidado porque sabia que a situação para eles era extremamente desconfortável. Eles estavam lá para dar fim a uma história de amor, através do divórcio ou discutir a guarda dos filhos, valor de pensão alimentícias, entre outros casos. Nenhuma audiência era mais tensa quanto a da infân- cia. Tais audiências eram realizadas sempre na presença da Juíza e do Promotor de Justiça. Eram audiências extensas e desgastantes. Conversar com famílias sobre a situação de risco das crianças era sempre algo muito delicado. Não era raro sairmos emocionalmente abalados depois de ver uma criança sendo separada da mãe por causa do processo de Destituição Familiar. Trabalhávamos em equipe, ainda que eu não pudesse decidir nada, a minha opinião era sempre muito bem-vinda para os profissionais. Apesar de trabalhar em um ambiente com pessoas amigáveis e solícitas e, sem muita pressão e competitividade, por ser órgão público, ainda mais eu que era uma estagiária que trabalhava apenas 6 horas por dia, isso não foi empecilho para o Burnout surgir na minha vida. Depois de quase um ano e meio trabalhando naquela rotina, fui percebendo que algo estava errado. Quando chega- va na sala de audiência para preparar meu material de traba- lho, meu coração começava acelerar. Por vezes, com um nó na garganta, eu chegava a querer chorar sem motivos. Cheguei ao ponto de ir conversar com uma Servidora que era espírita, mesmo eu não seguindo essa doutrina, queria entender de qualquer forma o que estava acontecendo comigo, naquela época eu tinha certeza que era algo espiritual que estava me deixando desestabilizada emocionalmente. Sentia algo muito ruim quando entrava na sala de audiência, algo que eu nunca havia sentido antes. Lembro que ela falou para eu imprimir o Salmo 23 e deixar na minha mesa e sempre fazer uma oração antes de iniciar meu trabalho e antes de ir embora. Comecei a fazer o que ela havia me falado, mas aquele sentimento ruim não passava. Cada dia parecia ser mais tenso. Eu só tinha aquela sensação quando pensava em ir para o trabalho ou quando chegava na porta do Fórum. Quando eu começava a ler o resumo dos processos que teria audiência no dia o meu coração acelerava ao ponto de eu pensar no pior. Aquelas audiências diárias começaram a abalar o meu emo- cional. As audiências que, até então, eram comuns do nosso dia-a-dia começaram a me deixar arrasada, desmoronada e não era rara às vezes que eu ia para casa chorando. Alguns meses depois a juíza com quem eu trabalhava foi transferida e outra equipe veio para o departamento que eu trabalhava. Lembro que comecei a sentir algo muito estra- nho em relação àquela equipe. Eram pessoas maravilhosas, a juíza que ficou no lugar era tão competente quanto a outra, mas algo me incomodava na forma que a equipe dela traba- lhava e eu não sabia identificar o que era, mas percebi que algo estava acontecendo comigo. Não estava disposta a mudanças na forma de trabalhar, além disso tudo me irritava, queria seguir minha rotina, meus pensamentos. Porém, um belo dia percebi que eu já estava tratando mal as pessoas dentro daquele ambiente. Não era eu, até porque nunca falaria de forma tão ríspida com o Sr. Joãoa, ele sempre foi tão calmo, mas a até a tranquilidade dele estava me incomodando. Foi quando percebi a minha despersonalização. Não era a mesma Bárbara naquele ambiente. Quando passei no Exame de Ordem, ainda sem ter concluído a faculdade de Direito, não tive nenhum sentimento de alegria, conquista, realização, não consegui comemorar e nem esboçar um sorriso, foi quando procurei uma psicóloga e falei para ela que eu deveria estar com depressão ou com transtorno de ansiedade, relatei tudo que estava acontecendo comigo, o meu coração acelerado, minha labilidade emocional, impaciência com as pessoas o que, na maioria das vezes, torna- va minha fala grosseira, frequentes dores musculares e de cabeça, uma angústia sem fim, mas, apesar disso tudo, ela afirmou que eu não tinhaindício algum de depressão ou ansie- dade. Naquela época decidi pedir para sair do estágio já que estava no último ano da faculdade. Já havia escolhido meu tema para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), falaria sobre a importância da audiência de conciliação no ambiente familiar, mas decidi mudar o tema na última hora. Precisava entender o que estava acontecendo comigo, tinha certeza que o ambiente em que eu trabalhava estava me adoecendo. Foi aí que procurei meu orientador e perguntei se ele me ajudaria com o novo tema. Decidi falar sobre Doença Ocupacional. Me dediquei a finco nas pesquisas, comprei vários livros de psicologia, assisti vídeos, li revistas, documentários. Com o meu TCC concluído, fui estudar a apresentação e percebi que de fato o que eu tinha não era depressão. Mas o que eu tinha? O que poderia explicar tudo o que eu estava passando? O que poderia explicar aquele estresse emocional sem fim? Foi quando eu descobri a chamada Síndrome de Burnout. Fiz um estudo de caso completo e vi a importância de conhecer sobre a síndrome. Depois de muito estudo, já fora do ambiente laboral, consegui identificar o Burnout e superá-lo. Foi quando decidi escrever um livro falando não somente da minha experiência, mas quais são seus sintomas e qual o caminho que pode ser percorrido para a prevenção e superação do Esgotamento Profissional. Apesar da singularidade desse fenômeno, acredito que, no meu caso, o Burnout ocorreu porque eu não estava preparada emocionalmente para receber diariamente tantos estímulos negativos das experiências de outras pessoas, isso porque minha mente não era blindada contra esses excessos. Percebi que ficar 6 horas, trancada em uma sala auxiliando as pessoas a resolverem seus conflitos, começou a me trazer INTRODUÇÃO 9 sérios problemas emocionais e se tornou uma verdadeira tortura permanecer naquele ambiente. Mas quando é que o trabalho se torna prejudicial a nossa saúde? Durante seis anos trabalhei como vendedora e posso garantir que a rotina era uma loucura, não apenas por ter que ficar 12 horas em pé nas datas festivas como o Natal, Dias das Mães e Dia dos Namorados, sem conseguir parar para comer, ouvindo os clientes pedindo desconto na base do grito, mas, porque muitas metas que nos eram impostas eram simples- mente incompatíveis com a realidade. Além disso, o lema do comércio é “tempo é dinheiro”, portanto era comum ouvir de nossos gerentes que tirar férias definitivamente não era uma boa escolha. Apesar disso, quando a Síndrome se desenvolveu eu já estava em um contexto um tanto quanto diferente, não era um ambiente cheio de responsabilidades e pressão do merca- do competitivo como o comércio, nem em uma multinacional ou banco. A Síndrome foi ocasionada durante um estágio de graduação, isso mesmo, um estágio! Inconformada com as situações de desgaste dentro do mercado de trabalho, me surgiu a vontade de fazer o curso de Direito e, quando estava no terceiro ano da faculdade comecei um estágio, que, aparentemente, não demonstrava risco nenhum para minha saúde, exceto os cabos enrolados e amontoados que ligava o meu computador com os outros monitores, correndo um risco de curto a qualquer momento. Isso porque eu trabalhava como estagiária em um Tribunal de Justiça. Era meu primeiro estágio em um órgão público. A Juíza Titular para qual eu estagiava era uma mulher fantástica, sempre alto astral, não tinha tempo ruim com ela. Uma cario- ca divertida que me deixava a vontade para fazer meu trabalho sem cobranças ou pressões. Sabia que ela confiava em mim e isso era maravilhoso, eu simplesmente amava o que fazia. Como mediadora, realizava audiências na área da família e todos os dias era uma história diferente para contar e, apesar do ambiente tenso na maioria das vezes, porque todos vinham prontos para transformar a sala de audiência em um ringue, eu estava sempre com um sorriso no rosto. Sempre procurei tratar todos com muito amor e cuidado porque sabia que a situação para eles era extremamente desconfortável. Eles estavam lá para dar fim a uma história de amor, através do divórcio ou discutir a guarda dos filhos, valor de pensão alimentícias, entre outros casos. Nenhuma audiência era mais tensa quanto a da infân- cia. Tais audiências eram realizadas sempre na presença da Juíza e do Promotor de Justiça. Eram audiências extensas e desgastantes. Conversar com famílias sobre a situação de risco das crianças era sempre algo muito delicado. Não era raro sairmos emocionalmente abalados depois de ver uma criança sendo separada da mãe por causa do processo de Destituição Familiar. Trabalhávamos em equipe, ainda que eu não pudesse decidir nada, a minha opinião era sempre muito bem-vinda para os profissionais. Apesar de trabalhar em um ambiente com pessoas amigáveis e solícitas e, sem muita pressão e competitividade, por ser órgão público, ainda mais eu que era uma estagiária que trabalhava apenas 6 horas por dia, isso não foi empecilho para o Burnout surgir na minha vida. Depois de quase um ano e meio trabalhando naquela rotina, fui percebendo que algo estava errado. Quando chega- va na sala de audiência para preparar meu material de traba- lho, meu coração começava acelerar. Por vezes, com um nó na garganta, eu chegava a querer chorar sem motivos. Cheguei ao ponto de ir conversar com uma Servidora que era espírita, mesmo eu não seguindo essa doutrina, queria entender de qualquer forma o que estava acontecendo comigo, naquela época eu tinha certeza que era algo espiritual que estava me deixando desestabilizada emocionalmente. Sentia algo muito ruim quando entrava na sala de audiência, algo que eu nunca havia sentido antes. Lembro que ela falou para eu imprimir o Salmo 23 e deixar na minha mesa e sempre fazer uma oração antes de iniciar meu trabalho e antes de ir embora. Comecei a fazer o que ela havia me falado, mas aquele sentimento ruim não passava. Cada dia parecia ser mais tenso. Eu só tinha aquela sensação quando pensava em ir para o trabalho ou quando chegava na porta do Fórum. Quando eu começava a ler o resumo dos processos que teria audiência no dia o meu coração acelerava ao ponto de eu pensar no pior. Aquelas audiências diárias começaram a abalar o meu emo- cional. As audiências que, até então, eram comuns do nosso dia-a-dia começaram a me deixar arrasada, desmoronada e não era rara às vezes que eu ia para casa chorando. Alguns meses depois a juíza com quem eu trabalhava foi transferida e outra equipe veio para o departamento que eu trabalhava. Lembro que comecei a sentir algo muito estra- nho em relação àquela equipe. Eram pessoas maravilhosas, a juíza que ficou no lugar era tão competente quanto a outra, mas algo me incomodava na forma que a equipe dela traba- lhava e eu não sabia identificar o que era, mas percebi que algo estava acontecendo comigo. Não estava disposta a mudanças na forma de trabalhar, além disso tudo me irritava, queria seguir minha rotina, meus pensamentos. Porém, um belo dia percebi que eu já estava tratando mal as pessoas dentro daquele ambiente. Não era eu, até porque nunca falaria de forma tão ríspida com o Sr. Joãoa, ele sempre foi tão calmo, mas a até a tranquilidade dele estava me incomodando. Foi quando percebi a minha despersonalização. Não era a mesma Bárbara naquele ambiente. Quando passei no Exame de Ordem, ainda sem ter concluído a faculdade de Direito, não tive nenhum sentimento de alegria, conquista, realização, não consegui comemorar e nem esboçar um sorriso, foi quando procurei uma psicóloga e falei para ela que eu deveria estar com depressão ou com transtorno de ansiedade, relatei tudo que estava acontecendo comigo, o meu coração acelerado, minha labilidade emocional, impaciência com as pessoas o que, na maioria das vezes, torna- va minha fala grosseira, frequentesdores musculares e de cabeça, uma angústia sem fim, mas, apesar disso tudo, ela afirmou que eu não tinha indício algum de depressão ou ansie- dade. Naquela época decidi pedir para sair do estágio já que estava no último ano da faculdade. Já havia escolhido meu tema para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), falaria sobre a importância da audiência de conciliação no ambiente familiar, mas decidi mudar o tema na última hora. Precisava entender o que estava acontecendo comigo, tinha certeza que o ambiente em que eu trabalhava estava me adoecendo. Foi aí que procurei meu orientador e perguntei se ele me ajudaria com o novo tema. Decidi falar sobre Doença Ocupacional. Me dediquei a finco nas pesquisas, comprei vários livros de psicologia, assisti vídeos, li revistas, documentários. Com o meu TCC concluído, fui estudar a apresentação e percebi que de fato o que eu tinha não era depressão. Mas o que eu tinha? O que poderia explicar tudo o que eu estava passando? O que poderia explicar aquele estresse emocional sem fim? Foi quando eu descobri a chamada Síndrome de Burnout. Fiz um estudo de caso completo e vi a importância de conhecer sobre a síndrome. Depois de muito estudo, já fora do ambiente laboral, consegui identificar o Burnout e superá-lo. Foi quando decidi escrever um livro falando não somente da minha experiência, mas quais são seus sintomas e qual o caminho que pode ser percorrido para a prevenção e superação do Esgotamento Profissional. Apesar da singularidade desse fenômeno, acredito que, no meu caso, o Burnout ocorreu porque eu não estava preparada emocionalmente para receber diariamente tantos estímulos negativos das experiências de outras pessoas, isso porque minha mente não era blindada contra esses excessos. Percebi que ficar 6 horas, trancada em uma sala auxiliando as pessoas a resolverem seus conflitos, começou a me trazer sérios problemas emocionais e se tornou uma verdadeira tortura permanecer naquele ambiente. Mas quando é que o trabalho se torna prejudicial a nossa saúde? 10 Durante seis anos trabalhei como vendedora e posso garantir que a rotina era uma loucura, não apenas por ter que ficar 12 horas em pé nas datas festivas como o Natal, Dias das Mães e Dia dos Namorados, sem conseguir parar para comer, ouvindo os clientes pedindo desconto na base do grito, mas, porque muitas metas que nos eram impostas eram simples- mente incompatíveis com a realidade. Além disso, o lema do comércio é “tempo é dinheiro”, portanto era comum ouvir de nossos gerentes que tirar férias definitivamente não era uma boa escolha. Apesar disso, quando a Síndrome se desenvolveu eu já estava em um contexto um tanto quanto diferente, não era todos vinham prontos para transformar a sala de audiência em um ringue, eu estava sempre com um sorriso no rosto. Sempre procurei tratar todos com muito amor e cuidado porque sabia que a situação para eles era extremamente desconfortável. Eles estavam lá para dar fim a uma história de amor, através do divórcio ou discutir a guarda dos filhos, valor de pensão alimentícias, entre outros casos. Nenhuma audiência era mais tensa quanto a da infân- cia. Tais audiências eram realizadas sempre na presença da Juíza e do Promotor de Justiça. Eram audiências extensas e desgastantes. Conversar com famílias sobre a situação de risco das crianças era sempre algo muito delicado. Não era raro sairmos emocionalmente abalados depois de ver uma criança sendo separada da mãe por causa do processo de Destituição Familiar. Trabalhávamos em equipe, ainda que eu não pudesse decidir nada, a minha opinião era sempre muito bem-vinda para os profissionais. Apesar de trabalhar em um ambiente com pessoas amigáveis e solícitas e, sem muita pressão e competitividade, por ser órgão público, ainda mais eu que era uma estagiária que trabalhava apenas 6 horas por dia, isso não foi empecilho para o Burnout surgir na minha vida. Depois de quase um ano e meio trabalhando naquela rotina, fui percebendo que algo estava errado. Quando chega- va na sala de audiência para preparar meu material de traba- lho, meu coração começava acelerar. Por vezes, com um nó na garganta, eu chegava a querer chorar sem motivos. Cheguei ao ponto de ir conversar com uma Servidora que era espírita, mesmo eu não seguindo essa doutrina, queria entender de qualquer forma o que estava acontecendo comigo, naquela época eu tinha certeza que era algo espiritual que estava me deixando desestabilizada emocionalmente. Sentia algo muito ruim quando entrava na sala de audiência, algo que eu nunca havia sentido antes. Lembro que ela falou para eu imprimir o Salmo 23 e deixar na minha mesa e sempre fazer uma oração antes de iniciar meu trabalho e antes de ir embora. Comecei a fazer o que ela havia me falado, mas aquele sentimento ruim não passava. Cada dia parecia ser mais tenso. Eu só tinha aquela sensação quando pensava em ir para o trabalho ou quando chegava na porta do Fórum. Quando eu começava a ler o resumo dos processos que teria audiência no dia o meu coração acelerava ao ponto de eu pensar no pior. Aquelas audiências diárias começaram a abalar o meu emo- cional. As audiências que, até então, eram comuns do nosso dia-a-dia começaram a me deixar arrasada, desmoronada e não era rara às vezes que eu ia para casa chorando. Alguns meses depois a juíza com quem eu trabalhava foi transferida e outra equipe veio para o departamento que eu trabalhava. Lembro que comecei a sentir algo muito estra- nho em relação àquela equipe. Eram pessoas maravilhosas, a juíza que ficou no lugar era tão competente quanto a outra, mas algo me incomodava na forma que a equipe dela traba- lhava e eu não sabia identificar o que era, mas percebi que algo estava acontecendo comigo. Não estava disposta a mudanças na forma de trabalhar, além disso tudo me irritava, queria seguir minha rotina, meus pensamentos. Porém, um belo dia percebi que eu já estava tratando mal as pessoas dentro daquele ambiente. Não era eu, até porque nunca falaria de forma tão ríspida com o Sr. Joãoa, ele sempre foi tão calmo, mas a até a tranquilidade dele estava me incomodando. Foi quando percebi a minha despersonalização. Não era a mesma Bárbara naquele ambiente. Quando passei no Exame de Ordem, ainda sem ter concluído a faculdade de Direito, não tive nenhum sentimento de alegria, conquista, realização, não consegui comemorar e nem esboçar um sorriso, foi quando procurei uma psicóloga e falei para ela que eu deveria estar com depressão ou com transtorno de ansiedade, relatei tudo que estava acontecendo comigo, o meu coração acelerado, minha labilidade emocional, impaciência com as pessoas o que, na maioria das vezes, torna- va minha fala grosseira, frequentes dores musculares e de cabeça, uma angústia sem fim, mas, apesar disso tudo, ela afirmou que eu não tinha indício algum de depressão ou ansie- dade. Naquela época decidi pedir para sair do estágio já que estava no último ano da faculdade. Já havia escolhido meu tema para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), falaria sobre a importância da audiência de conciliação no ambiente familiar, mas decidi mudar o tema na última hora. Precisava entender o que estava acontecendo comigo, tinha certeza que o ambiente em que eu trabalhava estava me adoecendo. Foi aí que procurei meu orientador e perguntei se ele me ajudaria com o novo tema. Decidi falar sobre Doença Ocupacional. Me dediquei a finco nas pesquisas, comprei vários livros de psicologia, assisti vídeos, li revistas, documentários. Com o meu TCC concluído, fui estudar a apresentação e percebi que de fato o que eu tinha não era depressão. Mas o que eu tinha? O que poderia explicar tudo o que eu estava passando? O que poderia explicar aquele estresse emocional sem fim? Foi quando eu descobri a chamada Síndrome de Burnout. Fizum estudo de caso completo e vi a importância de conhecer sobre a síndrome. Depois de muito estudo, já fora do ambiente laboral, consegui identificar o Burnout e superá-lo. Foi quando decidi escrever um livro falando não somente da minha experiência, mas quais são seus sintomas e qual o caminho que pode ser percorrido para a prevenção e superação do Esgotamento Profissional. Apesar da singularidade desse fenômeno, acredito que, no meu caso, o Burnout ocorreu porque eu não estava preparada emocionalmente para receber diariamente tantos estímulos negativos das experiências de outras pessoas, isso porque minha mente não era blindada contra esses excessos. Percebi que ficar 6 horas, trancada em uma sala auxiliando as pessoas a resolverem seus conflitos, começou a me trazer 11 sérios problemas emocionais e se tornou uma verdadeira tortura permanecer naquele ambiente. Mas quando é que o trabalho se torna prejudicial a nossa saúde? Durante seis anos trabalhei como vendedora e posso garantir que a rotina era uma loucura, não apenas por ter que ficar 12 horas em pé nas datas festivas como o Natal, Dias das Mães e Dia dos Namorados, sem conseguir parar para comer, ouvindo os clientes pedindo desconto na base do grito, mas, porque muitas metas que nos eram impostas eram simples- mente incompatíveis com a realidade. Além disso, o lema do comércio é “tempo é dinheiro”, portanto era comum ouvir de nossos gerentes que tirar férias definitivamente não era uma boa escolha. Apesar disso, quando a Síndrome se desenvolveu eu já estava em um contexto um tanto quanto diferente, não era todos vinham prontos para transformar a sala de audiência em um ringue, eu estava sempre com um sorriso no rosto. Sempre procurei tratar todos com muito amor e cuidado porque sabia que a situação para eles era extremamente desconfortável. Eles estavam lá para dar fim a uma história de amor, através do divórcio ou discutir a guarda dos filhos, valor de pensão alimentícias, entre outros casos. Nenhuma audiência era mais tensa quanto a da infân- cia. Tais audiências eram realizadas sempre na presença da Juíza e do Promotor de Justiça. Eram audiências extensas e desgastantes. Conversar com famílias sobre a situação de risco das crianças era sempre algo muito delicado. Não era raro sairmos emocionalmente abalados depois de ver uma criança sendo separada da mãe por causa do processo de Destituição Familiar. Trabalhávamos em equipe, ainda que eu não pudesse decidir nada, a minha opinião era sempre muito bem-vinda para os profissionais. Apesar de trabalhar em um ambiente com pessoas amigáveis e solícitas e, sem muita pressão e competitividade, por ser órgão público, ainda mais eu que era uma estagiária que trabalhava apenas 6 horas por dia, isso não foi empecilho para o Burnout surgir na minha vida. Depois de quase um ano e meio trabalhando naquela rotina, fui percebendo que algo estava errado. Quando chega- va na sala de audiência para preparar meu material de traba- lho, meu coração começava acelerar. Por vezes, com um nó na garganta, eu chegava a querer chorar sem motivos. Cheguei ao ponto de ir conversar com uma Servidora que era espírita, mesmo eu não seguindo essa doutrina, queria entender de qualquer forma o que estava acontecendo comigo, naquela época eu tinha certeza que era algo espiritual que estava me deixando desestabilizada emocionalmente. Sentia algo muito ruim quando entrava na sala de audiência, algo que eu nunca havia sentido antes. Lembro que ela falou para eu imprimir o Salmo 23 e deixar na minha mesa e sempre fazer uma oração antes de iniciar meu trabalho e antes de ir embora. Comecei a fazer o que ela havia me falado, mas aquele sentimento ruim não passava. Cada dia parecia ser mais tenso. Eu só tinha aquela sensação quando pensava em ir para o trabalho ou quando chegava na porta do Fórum. Quando eu começava a ler o resumo dos processos que teria audiência no dia o meu coração acelerava ao ponto de eu pensar no pior. Aquelas audiências diárias começaram a abalar o meu emo- cional. As audiências que, até então, eram comuns do nosso dia-a-dia começaram a me deixar arrasada, desmoronada e não era rara às vezes que eu ia para casa chorando. Alguns meses depois a juíza com quem eu trabalhava foi transferida e outra equipe veio para o departamento que eu trabalhava. Lembro que comecei a sentir algo muito estra- nho em relação àquela equipe. Eram pessoas maravilhosas, a juíza que ficou no lugar era tão competente quanto a outra, mas algo me incomodava na forma que a equipe dela traba- lhava e eu não sabia identificar o que era, mas percebi que algo estava acontecendo comigo. Não estava disposta a mudanças na forma de trabalhar, além disso tudo me irritava, queria seguir minha rotina, meus pensamentos. Porém, um belo dia percebi que eu já estava tratando mal as pessoas dentro daquele ambiente. Não era eu, até porque nunca falaria de forma tão ríspida com o Sr. Joãoa, ele sempre foi tão calmo, mas a até a tranquilidade dele estava me incomodando. Foi quando percebi a minha despersonalização. Não era a mesma Bárbara naquele ambiente. Quando passei no Exame de Ordem, ainda sem ter concluído a faculdade de Direito, não tive nenhum sentimento de alegria, conquista, realização, não consegui comemorar e nem esboçar um sorriso, foi quando procurei uma psicóloga e falei para ela que eu deveria estar com depressão ou com transtorno de ansiedade, relatei tudo que estava acontecendo comigo, o meu coração acelerado, minha labilidade emocional, impaciência com as pessoas o que, na maioria das vezes, torna- va minha fala grosseira, frequentes dores musculares e de cabeça, uma angústia sem fim, mas, apesar disso tudo, ela afirmou que eu não tinha indício algum de depressão ou ansie- dade. Naquela época decidi pedir para sair do estágio já que estava no último ano da faculdade. Já havia escolhido meu tema para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), falaria sobre a importância da audiência de conciliação no ambiente familiar, mas decidi mudar o tema na última hora. Precisava entender o que estava acontecendo comigo, tinha certeza que o ambiente em que eu trabalhava estava me adoecendo. Foi aí que procurei meu orientador e perguntei se ele me ajudaria com o novo tema. Decidi falar sobre Doença Ocupacional. Me dediquei a finco nas pesquisas, comprei vários livros de psicologia, assisti vídeos, li revistas, documentários. Com o meu TCC concluído, fui estudar a apresentação e percebi que de fato o que eu tinha não era depressão. Mas o que eu tinha? O que poderia explicar tudo o que eu estava passando? O que poderia explicar aquele estresse emocional sem fim? Foi quando eu descobri a chamada Síndrome de Burnout. Fiz um estudo de caso completo e vi a importância de conhecer sobre a síndrome. Depois de muito estudo, já fora do ambiente laboral, consegui identificar o Burnout e superá-lo. Foi quando decidi escrever um livro falando não somente da minha experiência, mas quais são seus sintomas e qual o caminho que pode ser percorrido para a prevenção e superação do Esgotamento Profissional. Apesar da singularidade desse fenômeno, acredito que, no meu caso, o Burnout ocorreu porque eu não estava preparada emocionalmente para receber diariamente tantos estímulos negativos das experiências de outras pessoas, isso porque minha mente não era blindada contra esses excessos. Percebi que ficar 6 horas, trancada em uma sala auxiliando as pessoas a resolverem seus conflitos, começou a me trazer sérios problemas emocionais e se tornou uma verdadeira tortura permanecer naquele ambiente. Mas quando é que o trabalho se torna prejudicial a nossa saúde? 12 Durante seis anos trabalhei como vendedora e posso garantir que a rotina era uma loucura, não apenas por ter que ficar 12 horas em pé nas datas festivascomo o Natal, Dias das Mães e Dia dos Namorados, sem conseguir parar para comer, ouvindo os clientes pedindo desconto na base do grito, mas, porque muitas metas que nos eram impostas eram simples- mente incompatíveis com a realidade. Além disso, o lema do comércio é “tempo é dinheiro”, portanto era comum ouvir de nossos gerentes que tirar férias definitivamente não era uma boa escolha. Apesar disso, quando a Síndrome se desenvolveu eu já estava em um contexto um tanto quanto diferente, não era todos vinham prontos para transformar a sala de audiência em um ringue, eu estava sempre com um sorriso no rosto. Sempre procurei tratar todos com muito amor e cuidado porque sabia que a situação para eles era extremamente desconfortável. Eles estavam lá para dar fim a uma história de amor, através do divórcio ou discutir a guarda dos filhos, valor de pensão alimentícias, entre outros casos. Nenhuma audiência era mais tensa quanto a da infân- cia. Tais audiências eram realizadas sempre na presença da Juíza e do Promotor de Justiça. Eram audiências extensas e desgastantes. Conversar com famílias sobre a situação de risco das crianças era sempre algo muito delicado. Não era raro sairmos emocionalmente abalados depois de ver uma criança sendo separada da mãe por causa do processo de Destituição Familiar. Trabalhávamos em equipe, ainda que eu não pudesse decidir nada, a minha opinião era sempre muito bem-vinda para os profissionais. Apesar de trabalhar em um ambiente com pessoas amigáveis e solícitas e, sem muita pressão e competitividade, por ser órgão público, ainda mais eu que era uma estagiária que trabalhava apenas 6 horas por dia, isso não foi empecilho para o Burnout surgir na minha vida. Depois de quase um ano e meio trabalhando naquela rotina, fui percebendo que algo estava errado. Quando chega- va na sala de audiência para preparar meu material de traba- lho, meu coração começava acelerar. Por vezes, com um nó na garganta, eu chegava a querer chorar sem motivos. Cheguei ao ponto de ir conversar com uma Servidora que era espírita, mesmo eu não seguindo essa doutrina, queria entender de qualquer forma o que estava acontecendo comigo, naquela época eu tinha certeza que era algo espiritual que estava me deixando desestabilizada emocionalmente. Sentia algo muito ruim quando entrava na sala de audiência, algo que eu nunca havia sentido antes. Lembro que ela falou para eu imprimir o Salmo 23 e deixar na minha mesa e sempre fazer uma oração antes de iniciar meu trabalho e antes de ir embora. Comecei a fazer o que ela havia me falado, mas aquele sentimento ruim não passava. Cada dia parecia ser mais tenso. Eu só tinha aquela sensação quando pensava em ir para o trabalho ou quando chegava na porta do Fórum. Quando eu começava a ler o resumo dos processos que teria audiência no dia o meu coração acelerava ao ponto de eu pensar no pior. Aquelas audiências diárias começaram a abalar o meu emo- cional. As audiências que, até então, eram comuns do nosso dia-a-dia começaram a me deixar arrasada, desmoronada e não era rara às vezes que eu ia para casa chorando. Alguns meses depois a juíza com quem eu trabalhava foi transferida e outra equipe veio para o departamento que eu trabalhava. Lembro que comecei a sentir algo muito estra- nho em relação àquela equipe. Eram pessoas maravilhosas, a juíza que ficou no lugar era tão competente quanto a outra, mas algo me incomodava na forma que a equipe dela traba- lhava e eu não sabia identificar o que era, mas percebi que algo estava acontecendo comigo. Não estava disposta a mudanças na forma de trabalhar, além disso tudo me irritava, queria seguir minha rotina, meus pensamentos. Porém, um belo dia percebi que eu já estava tratando mal as pessoas dentro daquele ambiente. Não era eu, até porque nunca falaria de forma tão ríspida com o Sr. Joãoa, ele sempre foi tão calmo, mas a até a tranquilidade dele estava me incomodando. Foi quando percebi a minha despersonalização. Não era a mesma Bárbara naquele ambiente. Quando passei no Exame de Ordem, ainda sem ter concluído a faculdade de Direito, não tive nenhum sentimento de alegria, conquista, realização, não consegui comemorar e nem esboçar um sorriso, foi quando procurei uma psicóloga e falei para ela que eu deveria estar com depressão ou com transtorno de ansiedade, relatei tudo que estava acontecendo comigo, o meu coração acelerado, minha labilidade emocional, impaciência com as pessoas o que, na maioria das vezes, torna- va minha fala grosseira, frequentes dores musculares e de cabeça, uma angústia sem fim, mas, apesar disso tudo, ela afirmou que eu não tinha indício algum de depressão ou ansie- dade. Naquela época decidi pedir para sair do estágio já que estava no último ano da faculdade. Já havia escolhido meu tema para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), falaria sobre a importância da audiência de conciliação no ambiente familiar, mas decidi mudar o tema na última hora. Precisava entender o que estava acontecendo comigo, tinha certeza que o ambiente em que eu trabalhava estava me adoecendo. Foi aí que procurei meu orientador e perguntei se ele me ajudaria com o novo tema. Decidi falar sobre Doença Ocupacional. Me dediquei a finco nas pesquisas, comprei vários livros de psicologia, assisti vídeos, li revistas, documentários. Com o meu TCC concluído, fui estudar a apresentação e percebi que de fato o que eu tinha não era depressão. Mas o que eu tinha? O que poderia explicar tudo o que eu estava passando? O que poderia explicar aquele estresse emocional sem fim? Foi quando eu descobri a chamada Síndrome de Burnout. Fiz um estudo de caso completo e vi a importância de conhecer sobre a síndrome. Depois de muito estudo, já fora do ambiente laboral, consegui identificar o Burnout e superá-lo. Foi quando decidi escrever um livro falando não somente da minha experiência, mas quais são seus sintomas e qual o caminho que pode ser percorrido para a prevenção e superação do Esgotamento Profissional. Apesar da singularidade desse fenômeno, acredito que, no meu caso, o Burnout ocorreu porque eu não estava preparada emocionalmente para receber diariamente tantos estímulos negativos das experiências de outras pessoas, isso porque minha mente não era blindada contra esses excessos. Percebi que ficar 6 horas, trancada em uma sala auxiliando as pessoas a resolverem seus conflitos, começou a me trazer a Nome fictício. 13 sérios problemas emocionais e se tornou uma verdadeira tortura permanecer naquele ambiente. Mas quando é que o trabalho se torna prejudicial a nossa saúde? Durante seis anos trabalhei como vendedora e posso garantir que a rotina era uma loucura, não apenas por ter que ficar 12 horas em pé nas datas festivas como o Natal, Dias das Mães e Dia dos Namorados, sem conseguir parar para comer, ouvindo os clientes pedindo desconto na base do grito, mas, porque muitas metas que nos eram impostas eram simples- mente incompatíveis com a realidade. Além disso, o lema do comércio é “tempo é dinheiro”, portanto era comum ouvir de nossos gerentes que tirar férias definitivamente não era uma boa escolha. Apesar disso, quando a Síndrome se desenvolveu eu já estava em um contexto um tanto quanto diferente, não era todos vinham prontos para transformar a sala de audiência em um ringue, eu estava sempre com um sorriso no rosto. Sempre procurei tratar todos com muito amor e cuidado porque sabia que a situação para eles era extremamente desconfortável. Eles estavam lá para dar fim a uma história de amor, através do divórcio ou discutir a guarda dos filhos, valor de pensão alimentícias, entre outros casos. Nenhuma audiência era mais tensa quanto a da infân- cia. Tais audiências eram realizadas sempre na presença da Juíza e do Promotor de Justiça. Eram audiências extensas e desgastantes.Conversar com famílias sobre a situação de risco das crianças era sempre algo muito delicado. Não era raro sairmos emocionalmente abalados depois de ver uma criança sendo separada da mãe por causa do processo de Destituição Familiar. Trabalhávamos em equipe, ainda que eu não pudesse decidir nada, a minha opinião era sempre muito bem-vinda para os profissionais. Apesar de trabalhar em um ambiente com pessoas amigáveis e solícitas e, sem muita pressão e competitividade, por ser órgão público, ainda mais eu que era uma estagiária que trabalhava apenas 6 horas por dia, isso não foi empecilho para o Burnout surgir na minha vida. Depois de quase um ano e meio trabalhando naquela rotina, fui percebendo que algo estava errado. Quando chega- va na sala de audiência para preparar meu material de traba- lho, meu coração começava acelerar. Por vezes, com um nó na garganta, eu chegava a querer chorar sem motivos. Cheguei ao ponto de ir conversar com uma Servidora que era espírita, mesmo eu não seguindo essa doutrina, queria entender de qualquer forma o que estava acontecendo comigo, naquela época eu tinha certeza que era algo espiritual que estava me deixando desestabilizada emocionalmente. Sentia algo muito ruim quando entrava na sala de audiência, algo que eu nunca havia sentido antes. Lembro que ela falou para eu imprimir o Salmo 23 e deixar na minha mesa e sempre fazer uma oração antes de iniciar meu trabalho e antes de ir embora. Comecei a fazer o que ela havia me falado, mas aquele sentimento ruim não passava. Cada dia parecia ser mais tenso. Eu só tinha aquela sensação quando pensava em ir para o trabalho ou quando chegava na porta do Fórum. Quando eu começava a ler o resumo dos processos que teria audiência no dia o meu coração acelerava ao ponto de eu pensar no pior. Aquelas audiências diárias começaram a abalar o meu emo- cional. As audiências que, até então, eram comuns do nosso dia-a-dia começaram a me deixar arrasada, desmoronada e não era rara às vezes que eu ia para casa chorando. Alguns meses depois a juíza com quem eu trabalhava foi transferida e outra equipe veio para o departamento que eu trabalhava. Lembro que comecei a sentir algo muito estra- nho em relação àquela equipe. Eram pessoas maravilhosas, a juíza que ficou no lugar era tão competente quanto a outra, mas algo me incomodava na forma que a equipe dela traba- lhava e eu não sabia identificar o que era, mas percebi que algo estava acontecendo comigo. Não estava disposta a mudanças na forma de trabalhar, além disso tudo me irritava, queria seguir minha rotina, meus pensamentos. Porém, um belo dia percebi que eu já estava tratando mal as pessoas dentro daquele ambiente. Não era eu, até porque nunca falaria de forma tão ríspida com o Sr. Joãoa, ele sempre foi tão calmo, mas a até a tranquilidade dele estava me incomodando. Foi quando percebi a minha despersonalização. Não era a mesma Bárbara naquele ambiente. Quando passei no Exame de Ordem, ainda sem ter concluído a faculdade de Direito, não tive nenhum sentimento de alegria, conquista, realização, não consegui comemorar e nem esboçar um sorriso, foi quando procurei uma psicóloga e falei para ela que eu deveria estar com depressão ou com transtorno de ansiedade, relatei tudo que estava acontecendo comigo, o meu coração acelerado, minha labilidade emocional, impaciência com as pessoas o que, na maioria das vezes, torna- va minha fala grosseira, frequentes dores musculares e de cabeça, uma angústia sem fim, mas, apesar disso tudo, ela afirmou que eu não tinha indício algum de depressão ou ansie- dade. Naquela época decidi pedir para sair do estágio já que estava no último ano da faculdade. Já havia escolhido meu tema para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), falaria sobre a importância da audiência de conciliação no ambiente familiar, mas decidi mudar o tema na última hora. Precisava entender o que estava acontecendo comigo, tinha certeza que o ambiente em que eu trabalhava estava me adoecendo. Foi aí que procurei meu orientador e perguntei se ele me ajudaria com o novo tema. Decidi falar sobre Doença Ocupacional. Me dediquei a finco nas pesquisas, comprei vários livros de psicologia, assisti vídeos, li revistas, documentários. Com o meu TCC concluído, fui estudar a apresentação e percebi que de fato o que eu tinha não era depressão. Mas o que eu tinha? O que poderia explicar tudo o que eu estava passando? O que poderia explicar aquele estresse emocional sem fim? Foi quando eu descobri a chamada Síndrome de Burnout. Fiz um estudo de caso completo e vi a importância de conhecer sobre a síndrome. Depois de muito estudo, já fora do ambiente laboral, consegui identificar o Burnout e superá-lo. Foi quando decidi escrever um livro falando não somente da minha experiência, mas quais são seus sintomas e qual o caminho que pode ser percorrido para a prevenção e superação do Esgotamento Profissional. Apesar da singularidade desse fenômeno, acredito que, no meu caso, o Burnout ocorreu porque eu não estava preparada emocionalmente para receber diariamente tantos estímulos negativos das experiências de outras pessoas, isso porque minha mente não era blindada contra esses excessos. Percebi que ficar 6 horas, trancada em uma sala auxiliando as pessoas a resolverem seus conflitos, começou a me trazer sérios problemas emocionais e se tornou uma verdadeira tortura permanecer naquele ambiente. Mas quando é que o trabalho se torna prejudicial a nossa saúde? 14 Durante seis anos trabalhei como vendedora e posso garantir que a rotina era uma loucura, não apenas por ter que ficar 12 horas em pé nas datas festivas como o Natal, Dias das Mães e Dia dos Namorados, sem conseguir parar para comer, ouvindo os clientes pedindo desconto na base do grito, mas, porque muitas metas que nos eram impostas eram simples- mente incompatíveis com a realidade. Além disso, o lema do comércio é “tempo é dinheiro”, portanto era comum ouvir de nossos gerentes que tirar férias definitivamente não era uma boa escolha. Apesar disso, quando a Síndrome se desenvolveu eu já estava em um contexto um tanto quanto diferente, não era todos vinham prontos para transformar a sala de audiência em um ringue, eu estava sempre com um sorriso no rosto. Sempre procurei tratar todos com muito amor e cuidado porque sabia que a situação para eles era extremamente desconfortável. Eles estavam lá para dar fim a uma história de amor, através do divórcio ou discutir a guarda dos filhos, valor de pensão alimentícias, entre outros casos. Nenhuma audiência era mais tensa quanto a da infân- cia. Tais audiências eram realizadas sempre na presença da Juíza e do Promotor de Justiça. Eram audiências extensas e desgastantes. Conversar com famílias sobre a situação de risco das crianças era sempre algo muito delicado. Não era raro sairmos emocionalmente abalados depois de ver uma criança sendo separada da mãe por causa do processo de Destituição Familiar. Trabalhávamos em equipe, ainda que eu não pudesse decidir nada, a minha opinião era sempre muito bem-vinda para os profissionais. Apesar de trabalhar em um ambiente com pessoas amigáveis e solícitas e, sem muita pressão e competitividade, por ser órgão público, ainda mais eu que era uma estagiária que trabalhava apenas 6 horas por dia, isso não foi empecilho para o Burnout surgir na minha vida. Depois de quase um ano e meio trabalhando naquela rotina, fui percebendo que algo estava errado. Quando chega- va na sala de audiência para preparar meu material de traba- lho, meu coração começava acelerar. Por vezes, com um nó na garganta, eu chegava a querer chorar sem motivos. Cheguei ao ponto de ir conversar com uma Servidora que era espírita, mesmo eu não seguindo essa doutrina, queria entender de qualquer forma o que estava acontecendo comigo, naquelaépoca eu tinha certeza que era algo espiritual que estava me deixando desestabilizada emocionalmente. Sentia algo muito ruim quando entrava na sala de audiência, algo que eu nunca havia sentido antes. Lembro que ela falou para eu imprimir o Salmo 23 e deixar na minha mesa e sempre fazer uma oração antes de iniciar meu trabalho e antes de ir embora. Comecei a fazer o que ela havia me falado, mas aquele sentimento ruim não passava. Cada dia parecia ser mais tenso. Eu só tinha aquela sensação quando pensava em ir para o trabalho ou quando chegava na porta do Fórum. Quando eu começava a ler o resumo dos processos que teria audiência no dia o meu coração acelerava ao ponto de eu pensar no pior. Aquelas audiências diárias começaram a abalar o meu emo- cional. As audiências que, até então, eram comuns do nosso dia-a-dia começaram a me deixar arrasada, desmoronada e não era rara às vezes que eu ia para casa chorando. Alguns meses depois a juíza com quem eu trabalhava foi transferida e outra equipe veio para o departamento que eu trabalhava. Lembro que comecei a sentir algo muito estra- nho em relação àquela equipe. Eram pessoas maravilhosas, a juíza que ficou no lugar era tão competente quanto a outra, mas algo me incomodava na forma que a equipe dela traba- lhava e eu não sabia identificar o que era, mas percebi que algo estava acontecendo comigo. Não estava disposta a mudanças na forma de trabalhar, além disso tudo me irritava, queria seguir minha rotina, meus pensamentos. Porém, um belo dia percebi que eu já estava tratando mal as pessoas dentro daquele ambiente. Não era eu, até porque nunca falaria de forma tão ríspida com o Sr. Joãoa, ele sempre foi tão calmo, mas a até a tranquilidade dele estava me incomodando. Foi quando percebi a minha despersonalização. Não era a mesma Bárbara naquele ambiente. Quando passei no Exame de Ordem, ainda sem ter concluído a faculdade de Direito, não tive nenhum sentimento de alegria, conquista, realização, não consegui comemorar e nem esboçar um sorriso, foi quando procurei uma psicóloga e falei para ela que eu deveria estar com depressão ou com transtorno de ansiedade, relatei tudo que estava acontecendo comigo, o meu coração acelerado, minha labilidade emocional, impaciência com as pessoas o que, na maioria das vezes, torna- va minha fala grosseira, frequentes dores musculares e de cabeça, uma angústia sem fim, mas, apesar disso tudo, ela afirmou que eu não tinha indício algum de depressão ou ansie- dade. Naquela época decidi pedir para sair do estágio já que estava no último ano da faculdade. Já havia escolhido meu tema para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), falaria sobre a importância da audiência de conciliação no ambiente familiar, mas decidi mudar o tema na última hora. Precisava entender o que estava acontecendo comigo, tinha certeza que o ambiente em que eu trabalhava estava me adoecendo. Foi aí que procurei meu orientador e perguntei se ele me ajudaria com o novo tema. Decidi falar sobre Doença Ocupacional. Me dediquei a finco nas pesquisas, comprei vários livros de psicologia, assisti vídeos, li revistas, documentários. Com o meu TCC concluído, fui estudar a apresentação e percebi que de fato o que eu tinha não era depressão. Mas o que eu tinha? O que poderia explicar tudo o que eu estava passando? O que poderia explicar aquele estresse emocional sem fim? Foi quando eu descobri a chamada Síndrome de Burnout. Fiz um estudo de caso completo e vi a importância de conhecer sobre a síndrome. Depois de muito estudo, já fora do ambiente laboral, consegui identificar o Burnout e superá-lo. Foi quando decidi escrever um livro falando não somente da minha experiência, mas quais são seus sintomas e qual o caminho que pode ser percorrido para a prevenção e superação do Esgotamento Profissional. Apesar da singularidade desse fenômeno, acredito que, no meu caso, o Burnout ocorreu porque eu não estava preparada emocionalmente para receber diariamente tantos estímulos negativos das experiências de outras pessoas, isso porque minha mente não era blindada contra esses excessos. Percebi que ficar 6 horas, trancada em uma sala auxiliando as pessoas a resolverem seus conflitos, começou a me trazer 15 sérios problemas emocionais e se tornou uma verdadeira tortura permanecer naquele ambiente. Mas quando é que o trabalho se torna prejudicial a nossa saúde? Durante seis anos trabalhei como vendedora e posso garantir que a rotina era uma loucura, não apenas por ter que ficar 12 horas em pé nas datas festivas como o Natal, Dias das Mães e Dia dos Namorados, sem conseguir parar para comer, ouvindo os clientes pedindo desconto na base do grito, mas, porque muitas metas que nos eram impostas eram simples- mente incompatíveis com a realidade. Além disso, o lema do comércio é “tempo é dinheiro”, portanto era comum ouvir de nossos gerentes que tirar férias definitivamente não era uma boa escolha. Apesar disso, quando a Síndrome se desenvolveu eu já estava em um contexto um tanto quanto diferente, não era todos vinham prontos para transformar a sala de audiência em um ringue, eu estava sempre com um sorriso no rosto. Sempre procurei tratar todos com muito amor e cuidado porque sabia que a situação para eles era extremamente desconfortável. Eles estavam lá para dar fim a uma história de amor, através do divórcio ou discutir a guarda dos filhos, valor de pensão alimentícias, entre outros casos. Nenhuma audiência era mais tensa quanto a da infân- cia. Tais audiências eram realizadas sempre na presença da Juíza e do Promotor de Justiça. Eram audiências extensas e desgastantes. Conversar com famílias sobre a situação de risco das crianças era sempre algo muito delicado. Não era raro sairmos emocionalmente abalados depois de ver uma criança sendo separada da mãe por causa do processo de Destituição Familiar. Trabalhávamos em equipe, ainda que eu não pudesse decidir nada, a minha opinião era sempre muito bem-vinda para os profissionais. Apesar de trabalhar em um ambiente com pessoas amigáveis e solícitas e, sem muita pressão e competitividade, por ser órgão público, ainda mais eu que era uma estagiária que trabalhava apenas 6 horas por dia, isso não foi empecilho para o Burnout surgir na minha vida. Depois de quase um ano e meio trabalhando naquela rotina, fui percebendo que algo estava errado. Quando chega- va na sala de audiência para preparar meu material de traba- lho, meu coração começava acelerar. Por vezes, com um nó na garganta, eu chegava a querer chorar sem motivos. Cheguei ao ponto de ir conversar com uma Servidora que era espírita, mesmo eu não seguindo essa doutrina, queria entender de qualquer forma o que estava acontecendo comigo, naquela época eu tinha certeza que era algo espiritual que estava me deixando desestabilizada emocionalmente. Sentia algo muito ruim quando entrava na sala de audiência, algo que eu nunca havia sentido antes. Lembro que ela falou para eu imprimir o Salmo 23 e deixar na minha mesa e sempre fazer uma oração antes de iniciar meu trabalho e antes de ir embora. Comecei a fazer o que ela havia me falado, mas aquele sentimento ruim não passava. Cada dia parecia ser mais tenso. Eu só tinha aquela sensação quando pensava em ir para o trabalho ou quando chegava na porta do Fórum. Quando eu começava a ler o resumo dos processos que teria audiência no dia o meu coração acelerava ao ponto de eu pensar no pior. Aquelas audiências diárias começaram a abalar o meu emo- cional. As audiências que, até então, eram comuns do nosso dia-a-dia começaram a me deixar arrasada, desmoronada e não era rara às vezes que eu ia para casa chorando. Alguns meses depois a juíza com quem eu trabalhava foi transferida e outra equipe veio para o departamento que eu trabalhava. Lembro que comecei a sentir algo muito estra-nho em relação àquela equipe. Eram pessoas maravilhosas, a juíza que ficou no lugar era tão competente quanto a outra, mas algo me incomodava na forma que a equipe dela traba- lhava e eu não sabia identificar o que era, mas percebi que algo estava acontecendo comigo. Não estava disposta a mudanças na forma de trabalhar, além disso tudo me irritava, queria seguir minha rotina, meus pensamentos. Porém, um belo dia percebi que eu já estava tratando mal as pessoas dentro daquele ambiente. Não era eu, até porque nunca falaria de forma tão ríspida com o Sr. Joãoa, ele sempre foi tão calmo, mas a até a tranquilidade dele estava me incomodando. Foi quando percebi a minha despersonalização. Não era a mesma Bárbara naquele ambiente. Quando passei no Exame de Ordem, ainda sem ter concluído a faculdade de Direito, não tive nenhum sentimento de alegria, conquista, realização, não consegui comemorar e nem esboçar um sorriso, foi quando procurei uma psicóloga e falei para ela que eu deveria estar com depressão ou com transtorno de ansiedade, relatei tudo que estava acontecendo comigo, o meu coração acelerado, minha labilidade emocional, impaciência com as pessoas o que, na maioria das vezes, torna- va minha fala grosseira, frequentes dores musculares e de cabeça, uma angústia sem fim, mas, apesar disso tudo, ela afirmou que eu não tinha indício algum de depressão ou ansie- dade. Naquela época decidi pedir para sair do estágio já que estava no último ano da faculdade. Já havia escolhido meu tema para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), falaria sobre a importância da audiência de conciliação no ambiente familiar, mas decidi mudar o tema na última hora. Precisava entender o que estava acontecendo comigo, tinha certeza que o ambiente em que eu trabalhava estava me adoecendo. Foi aí que procurei meu orientador e perguntei se ele me ajudaria com o novo tema. Decidi falar sobre Doença Ocupacional. Me dediquei a finco nas pesquisas, comprei vários livros de psicologia, assisti vídeos, li revistas, documentários. Com o meu TCC concluído, fui estudar a apresentação e percebi que de fato o que eu tinha não era depressão. Mas o que eu tinha? O que poderia explicar tudo o que eu estava passando? O que poderia explicar aquele estresse emocional sem fim? Foi quando eu descobri a chamada Síndrome de Burnout. Fiz um estudo de caso completo e vi a importância de conhecer sobre a síndrome. Depois de muito estudo, já fora do ambiente laboral, consegui identificar o Burnout e superá-lo. Foi quando decidi escrever um livro falando não somente da minha experiência, mas quais são seus sintomas e qual o caminho que pode ser percorrido para a prevenção e superação do Esgotamento Profissional. Apesar da singularidade desse fenômeno, acredito que, no meu caso, o Burnout ocorreu porque eu não estava preparada emocionalmente para receber diariamente tantos estímulos negativos das experiências de outras pessoas, isso porque minha mente não era blindada contra esses excessos. Percebi que ficar 6 horas, trancada em uma sala auxiliando as pessoas a resolverem seus conflitos, começou a me trazer sérios problemas emocionais e se tornou uma verdadeira tortura permanecer naquele ambiente. Mas quando é que o trabalho se torna prejudicial a nossa saúde? 16 BURNOUT 18 Exercemos muitos papéis ao longo do dia. Somos pais, filhos, amigos, irmãos e por aí vai, mas a maior parte do tempo estamos exercendo o papel profissional. Ainda, que todos os outros papeis sejam extremamente relevantes e importantes para a nossa vida, vinculamos a profissão com o sucesso e a busca por sua excelência com o trabalho árduo que, na maioria das vezes, nos leva para um caminho oposto ao desejado, isso porque pessoas que se sentem pressionadas para atingir o sucesso e o auto rendimento, vivem exigências altas demais que pode causar uma ambição associada as necessidades psicológicas disfuncionais e, assim, desenvol- vem a Síndrome do Esgotamento Profissional ou Síndrome de Burnout. Todos passamos por momentos estressantes durante a vida, alguns dias são mais difíceis que os outros, contudo, a síndrome do esgotamento profissional, que trataremos nesse livro, está longe de ser um estresse normal do dia-a-dia e não é fácil identificar as razões específicas do seu surgimento. A síndrome de Burnout é um transtorno que apresen- ta os mais variados sinais e sintomas em nosso corpo e mente, como, por exemplo, a perda de interesse para desenvolver qualquer atividade, dores musculares sem causa aparente, irritação, insônia, baixa autoestima, depressão e vários outros sinais, indicando que há um problema, podendo tornar-se crônico se não for dado a devida atenção para o seu tratamen- to. A vida sedentária, a gestão por estresse nas empresas, o ritmo acelerado de vida, a cobrança desmesurada no traba- lho, ambiente laboral tenso, e outros, são fatores que poten- cializam a ocorrência de transtornos do humor e da mente. O ambiente laboral é o local onde passamos a maior parte de nosso dia e, um ambiente de trabalho carregado como descri- to, faz campo propício para o aparecimento da Síndrome do Esgotamento Profissional. Além de trazer o conceito e anali- sar a existência da Síndrome de Burnout no indivíduo, este livro veio para mostrar que, através de uma mudança de com- portamento e da mente, podemos evitar, prevenir e, em alguns casos, até curar o profissional que está passando por esse Esgotamento Profissional durante a relação de emprego. Quantas vezes você acordou com o despertador tocando e desejou não se levantar para trabalhar? Queria desligar não só o despertador, mas também o resto do mundo e dos problemas? O esgotamento mental não abala somente o prazer de levantar-se da cama e viver, mas atinge também a sua saúde emocional e o desenvolvimento da inteligência cognitiva. No artigo “Globalização e melancolia: a depressão como doença ocupacional”, Susanne Rüdiger menciona dados revelados pela Organização Internacional do Trabalho que alerta quais as consequências que o estresse relacionado com o trabalho traz para a saúde do trabalhador, ressaltando ainda que a crise econômica e a recessão como principais desencadeadores da ansiedade, da depressão e de outros distúrbios mentais, senão vejamos: O BURNOUT Diante disso, faz-se relevante discutir acerca do desenvolvimento da síndrome de Burnout no ambiente labo- ral, buscando analisar até que ponto o esgotamento mental e o trabalho refletem um sobre o outro, tendo em vista que somos um ser único e raramente conseguimos fazer uma divisão clara dos nossos papeis dentro dos ambientes que estamos inseridos. Sou advogada e coach e toda minha experiência abriu uma janela singular para trabalhar este material. O objetivo deste livro não é apenas fornecer conhecimento, esclarecendo a situação do trabalhador atingido pelo infortúnio e quais os fatores, atitudes e comportamentos na empresa que são o gatilho para a ocorrência da Síndrome de Burnout no ambien- te de trabalho, mas também tem como foco transformar verdadeiramente seu estilo de vida. Para ajudá-lo, ao final de cada capítulo teremos uma ferramenta de coaching para você já iniciar essa jornada de transformação 19 Exercemos muitos papéis ao longo do dia. Somos pais, filhos, amigos, irmãos e por aí vai, mas a maior parte do tempo estamos exercendo o papel profissional. Ainda, que todos os outros papeis sejam extremamente relevantes e importantes para a nossa vida, vinculamos a profissão com o sucesso e a busca por sua excelência com o trabalho árduo que, na maioria das vezes, nos leva para um caminho oposto ao desejado, isso porque pessoas que se sentem pressionadas para atingir o sucesso e o auto rendimento, vivem exigências altas demais que pode causar uma ambição associada as necessidades psicológicasdisfuncionais e, assim, desenvol- vem a Síndrome do Esgotamento Profissional ou Síndrome de Burnout. Todos passamos por momentos estressantes durante a vida, alguns dias são mais difíceis que os outros, contudo, a síndrome do esgotamento profissional, que trataremos nesse livro, está longe de ser um estresse normal do dia-a-dia e não é fácil identificar as razões específicas do seu surgimento. A síndrome de Burnout é um transtorno que apresen- ta os mais variados sinais e sintomas em nosso corpo e mente, como, por exemplo, a perda de interesse para desenvolver qualquer atividade, dores musculares sem causa aparente, irritação, insônia, baixa autoestima, depressão e vários outros sinais, indicando que há um problema, podendo tornar-se crônico se não for dado a devida atenção para o seu tratamen- to. A vida sedentária, a gestão por estresse nas empresas, o ritmo acelerado de vida, a cobrança desmesurada no traba- lho, ambiente laboral tenso, e outros, são fatores que poten- cializam a ocorrência de transtornos do humor e da mente. O ambiente laboral é o local onde passamos a maior parte de nosso dia e, um ambiente de trabalho carregado como descri- to, faz campo propício para o aparecimento da Síndrome do Esgotamento Profissional. Além de trazer o conceito e anali- sar a existência da Síndrome de Burnout no indivíduo, este livro veio para mostrar que, através de uma mudança de com- portamento e da mente, podemos evitar, prevenir e, em alguns casos, até curar o profissional que está passando por esse Esgotamento Profissional durante a relação de emprego. Quantas vezes você acordou com o despertador tocando e desejou não se levantar para trabalhar? Queria desligar não só o despertador, mas também o resto do mundo e dos problemas? O esgotamento mental não abala somente o prazer de levantar-se da cama e viver, mas atinge também a sua saúde emocional e o desenvolvimento da inteligência cognitiva. No artigo “Globalização e melancolia: a depressão como doença ocupacional”, Susanne Rüdiger menciona dados revelados pela Organização Internacional do Trabalho que alerta quais as consequências que o estresse relacionado com o trabalho traz para a saúde do trabalhador, ressaltando ainda que a crise econômica e a recessão como principais desencadeadores da ansiedade, da depressão e de outros distúrbios mentais, senão vejamos: Diante disso, faz-se relevante discutir acerca do desenvolvimento da síndrome de Burnout no ambiente labo- ral, buscando analisar até que ponto o esgotamento mental e o trabalho refletem um sobre o outro, tendo em vista que somos um ser único e raramente conseguimos fazer uma divisão clara dos nossos papeis dentro dos ambientes que estamos inseridos. Sou advogada e coach e toda minha experiência abriu uma janela singular para trabalhar este material. O objetivo deste livro não é apenas fornecer conhecimento, esclarecendo a situação do trabalhador atingido pelo infortúnio e quais os fatores, atitudes e comportamentos na empresa que são o gatilho para a ocorrência da Síndrome de Burnout no ambien- te de trabalho, mas também tem como foco transformar verdadeiramente seu estilo de vida. Para ajudá-lo, ao final de cada capítulo teremos uma ferramenta de coaching para você já iniciar essa jornada de transformação 20 Exercemos muitos papéis ao longo do dia. Somos pais, filhos, amigos, irmãos e por aí vai, mas a maior parte do tempo estamos exercendo o papel profissional. Ainda, que todos os outros papeis sejam extremamente relevantes e importantes para a nossa vida, vinculamos a profissão com o sucesso e a busca por sua excelência com o trabalho árduo que, na maioria das vezes, nos leva para um caminho oposto ao desejado, isso porque pessoas que se sentem pressionadas para atingir o sucesso e o auto rendimento, vivem exigências altas demais que pode causar uma ambição associada as necessidades psicológicas disfuncionais e, assim, desenvol- vem a Síndrome do Esgotamento Profissional ou Síndrome de Burnout. Todos passamos por momentos estressantes durante a vida, alguns dias são mais difíceis que os outros, contudo, a síndrome do esgotamento profissional, que trataremos nesse livro, está longe de ser um estresse normal do dia-a-dia e não é fácil identificar as razões específicas do seu surgimento. A síndrome de Burnout é um transtorno que apresen- ta os mais variados sinais e sintomas em nosso corpo e mente, como, por exemplo, a perda de interesse para desenvolver qualquer atividade, dores musculares sem causa aparente, irritação, insônia, baixa autoestima, depressão e vários outros sinais, indicando que há um problema, podendo tornar-se crônico se não for dado a devida atenção para o seu tratamen- to. A vida sedentária, a gestão por estresse nas empresas, o ritmo acelerado de vida, a cobrança desmesurada no traba- lho, ambiente laboral tenso, e outros, são fatores que poten- cializam a ocorrência de transtornos do humor e da mente. O ambiente laboral é o local onde passamos a maior parte de nosso dia e, um ambiente de trabalho carregado como descri- to, faz campo propício para o aparecimento da Síndrome do Esgotamento Profissional. Além de trazer o conceito e anali- sar a existência da Síndrome de Burnout no indivíduo, este livro veio para mostrar que, através de uma mudança de com- portamento e da mente, podemos evitar, prevenir e, em alguns casos, até curar o profissional que está passando por esse Esgotamento Profissional durante a relação de emprego. Quantas vezes você acordou com o despertador tocando e desejou não se levantar para trabalhar? Queria desligar não só o despertador, mas também o resto do mundo e dos problemas? O esgotamento mental não abala somente o prazer de levantar-se da cama e viver, mas atinge também a sua saúde emocional e o desenvolvimento da inteligência cognitiva. No artigo “Globalização e melancolia: a depressão como doença ocupacional”, Susanne Rüdiger menciona dados revelados pela Organização Internacional do Trabalho que alerta quais as consequências que o estresse relacionado com o trabalho traz para a saúde do trabalhador, ressaltando ainda que a crise econômica e a recessão como principais desencadeadores da ansiedade, da depressão e de outros distúrbios mentais, senão vejamos: Diante disso, faz-se relevante discutir acerca do desenvolvimento da síndrome de Burnout no ambiente labo- ral, buscando analisar até que ponto o esgotamento mental e o trabalho refletem um sobre o outro, tendo em vista que somos um ser único e raramente conseguimos fazer uma divisão clara dos nossos papeis dentro dos ambientes que estamos inseridos. Sou advogada e coach e toda minha experiência abriu uma janela singular para trabalhar este material. O objetivo deste livro não é apenas fornecer conhecimento, esclarecendo a situação do trabalhador atingido pelo infortúnio e quais os fatores, atitudes e comportamentos na empresa que são o gatilho para a ocorrência da Síndrome de Burnout no ambien- te de trabalho, mas também tem como foco transformar verdadeiramente seu estilo de vida. Para ajudá-lo, ao final de cada capítulo teremos uma ferramenta de coaching para você já iniciar essa jornada de transformação 21 Exercemos muitos papéis ao longo do dia. Somos pais, filhos, amigos, irmãos e por aí vai, mas a maior parte do tempo estamos exercendo o papel profissional. Ainda, que todos os outros papeis sejam extremamente relevantes e importantes para a nossa vida, vinculamos a profissão com o sucesso e a busca por sua excelência com o trabalho árduo que, na maioria das vezes, nos leva para um caminho oposto ao desejado, isso porque pessoas que se sentem pressionadas para atingir o sucesso e o auto rendimento, vivem exigências altas demais que pode causar uma ambição associada as necessidades psicológicas disfuncionais e,assim, desenvol- vem a Síndrome do Esgotamento Profissional ou Síndrome de Burnout. Todos passamos por momentos estressantes durante a vida, alguns dias são mais difíceis que os outros, contudo, a síndrome do esgotamento profissional, que trataremos nesse livro, está longe de ser um estresse normal do dia-a-dia e não é fácil identificar as razões específicas do seu surgimento. A síndrome de Burnout é um transtorno que apresen- ta os mais variados sinais e sintomas em nosso corpo e mente, como, por exemplo, a perda de interesse para desenvolver qualquer atividade, dores musculares sem causa aparente, irritação, insônia, baixa autoestima, depressão e vários outros sinais, indicando que há um problema, podendo tornar-se crônico se não for dado a devida atenção para o seu tratamen- to. A vida sedentária, a gestão por estresse nas empresas, o ritmo acelerado de vida, a cobrança desmesurada no traba- lho, ambiente laboral tenso, e outros, são fatores que poten- cializam a ocorrência de transtornos do humor e da mente. O ambiente laboral é o local onde passamos a maior parte de nosso dia e, um ambiente de trabalho carregado como descri- to, faz campo propício para o aparecimento da Síndrome do Esgotamento Profissional. Além de trazer o conceito e anali- sar a existência da Síndrome de Burnout no indivíduo, este livro veio para mostrar que, através de uma mudança de com- portamento e da mente, podemos evitar, prevenir e, em alguns casos, até curar o profissional que está passando por esse Esgotamento Profissional durante a relação de emprego. Quantas vezes você acordou com o despertador tocando e desejou não se levantar para trabalhar? Queria desligar não só o despertador, mas também o resto do mundo e dos problemas? O esgotamento mental não abala somente o prazer de levantar-se da cama e viver, mas atinge também a sua saúde emocional e o desenvolvimento da inteligência cognitiva. No artigo “Globalização e melancolia: a depressão como doença ocupacional”, Susanne Rüdiger menciona dados revelados pela Organização Internacional do Trabalho que alerta quais as consequências que o estresse relacionado com o trabalho traz para a saúde do trabalhador, ressaltando ainda que a crise econômica e a recessão como principais desencadeadores da ansiedade, da depressão e de outros distúrbios mentais, senão vejamos: “O stresse relacionado com o trabalho e as suas consequ- ências para a saúde tornaram-se numa questão extrema- mente preocupante. As empresas estão cada vez mais a ser confrontadas com casos de assédio psicológico, intimida- ção, assédio moral, assédio sexual e outras formas de violência. Numa tentativa de lidar com o stresse, os traba- lhadores poderão recorrer a comportamentos pouco saudáveis, tais como o abuso de álcool e drogas. Foram identificadas relações entre o stresse e doenças músculo- -esqueléticas, cardíacas e do sistema digestivo. Se prolon- gado, o stresse relacionado com o trabalho pode contri- buir para o surgimento de doenças cardiovasculares graves. Além disso, a crise econômica e a recessão levaram a um aumento do stresse relacionado com o traba- lho, da ansiedade, da depressão e de outros distúrbios mentais, tendo mesmo conduz ido algumas pessoas ao extremo do suicídio”.40 Diante disso, faz-se relevante discutir acerca do desenvolvimento da síndrome de Burnout no ambiente labo- ral, buscando analisar até que ponto o esgotamento mental e o trabalho refletem um sobre o outro, tendo em vista que somos um ser único e raramente conseguimos fazer uma divisão clara dos nossos papeis dentro dos ambientes que estamos inseridos. Sou advogada e coach e toda minha experiência abriu uma janela singular para trabalhar este material. O objetivo deste livro não é apenas fornecer conhecimento, esclarecendo a situação do trabalhador atingido pelo infortúnio e quais os fatores, atitudes e comportamentos na empresa que são o gatilho para a ocorrência da Síndrome de Burnout no ambien- te de trabalho, mas também tem como foco transformar verdadeiramente seu estilo de vida. Para ajudá-lo, ao final de cada capítulo teremos uma ferramenta de coaching para você já iniciar essa jornada de transformação 22 Exercemos muitos papéis ao longo do dia. Somos pais, filhos, amigos, irmãos e por aí vai, mas a maior parte do tempo estamos exercendo o papel profissional. Ainda, que todos os outros papeis sejam extremamente relevantes e importantes para a nossa vida, vinculamos a profissão com o sucesso e a busca por sua excelência com o trabalho árduo que, na maioria das vezes, nos leva para um caminho oposto ao desejado, isso porque pessoas que se sentem pressionadas para atingir o sucesso e o auto rendimento, vivem exigências altas demais que pode causar uma ambição associada as necessidades psicológicas disfuncionais e, assim, desenvol- vem a Síndrome do Esgotamento Profissional ou Síndrome de Burnout. Todos passamos por momentos estressantes durante a vida, alguns dias são mais difíceis que os outros, contudo, a síndrome do esgotamento profissional, que trataremos nesse livro, está longe de ser um estresse normal do dia-a-dia e não é fácil identificar as razões específicas do seu surgimento. A síndrome de Burnout é um transtorno que apresen- ta os mais variados sinais e sintomas em nosso corpo e mente, como, por exemplo, a perda de interesse para desenvolver qualquer atividade, dores musculares sem causa aparente, irritação, insônia, baixa autoestima, depressão e vários outros sinais, indicando que há um problema, podendo tornar-se crônico se não for dado a devida atenção para o seu tratamen- to. A vida sedentária, a gestão por estresse nas empresas, o ritmo acelerado de vida, a cobrança desmesurada no traba- lho, ambiente laboral tenso, e outros, são fatores que poten- cializam a ocorrência de transtornos do humor e da mente. O ambiente laboral é o local onde passamos a maior parte de nosso dia e, um ambiente de trabalho carregado como descri- to, faz campo propício para o aparecimento da Síndrome do Esgotamento Profissional. Além de trazer o conceito e anali- sar a existência da Síndrome de Burnout no indivíduo, este livro veio para mostrar que, através de uma mudança de com- portamento e da mente, podemos evitar, prevenir e, em alguns casos, até curar o profissional que está passando por esse Esgotamento Profissional durante a relação de emprego. Quantas vezes você acordou com o despertador tocando e desejou não se levantar para trabalhar? Queria desligar não só o despertador, mas também o resto do mundo e dos problemas? O esgotamento mental não abala somente o prazer de levantar-se da cama e viver, mas atinge também a sua saúde emocional e o desenvolvimento da inteligência cognitiva. No artigo “Globalização e melancolia: a depressão como doença ocupacional”, Susanne Rüdiger menciona dados revelados pela Organização Internacional do Trabalho que alerta quais as consequências que o estresse relacionado com o trabalho traz para a saúde do trabalhador, ressaltando ainda que a crise econômica e a recessão como principais desencadeadores da ansiedade, da depressão e de outros distúrbios mentais, senão vejamos: Diante disso, faz-se relevante discutir acerca do desenvolvimento da síndrome de Burnout no ambiente labo- ral, buscando analisar até que ponto o esgotamento mental e o trabalho refletem um sobre o outro, tendo em vista que somos um ser único e raramente conseguimos fazer uma divisão clara dos nossos papeis dentro dos ambientes que estamos inseridos. Sou advogada e coach e toda minha experiência abriu uma janela singular para trabalhar este material. O objetivo deste livro não é apenas fornecer conhecimento, esclarecendo a situação do trabalhador atingido pelo infortúnio e quais os fatores, atitudes e comportamentos na empresa que são o gatilho para
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