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Atividade Discursiva- Direito Positivo

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Várias são as formas de divisão do direito positivo aceito pela doutrina, havendo ainda os Monistas que desprezam qualquer bifurcação. Além destes últimos, aderindo à separação, temos os Dualistas que concordam com a clássica divisão do Direito em Público e Privado. Já os Trialistas, em face de uma grande intervenção do Estado em diversos setores do Direito, consideram-no divididos em três ramos principais: Público, Privado e Misto. (CARDOSO, 1995, p. 121).
A mais predominante é a corrente Dualista na qual se tem o Direito Publico e o Privado. 
Tal divisão atualmente se encontra um tanto quanto abalada, visto a complexidade em denominar algo concretamente direcionado a um interesse, sendo incontrolável a homogeneização ou inserção de um interesse privado a um púbico e vise e versa, o que se se observa bem na publicização.
Ao entender que a interposição do Estado no funcionamento da econômica e na vida dos cidadãos afetou o mundo jurídico como um todo, há que se falar em uma publicização do direito privado. A publicização foi notada no momento em que o Estado passou a  aplicar-se em campos - do Direito - antes retidos à livre vontade das partes. Passando a se observar uma intromissão legislativa de fundamentos de direito público sobre a formação e interpretação do direito privado. Momento em que ocorre a ultrapassagem do modelo centrado no indivíduo passando a se sentir um Estado atuante em áreas até então cercadas apenas pelo direito privado. 
Enquanto que a presunção constitucional dessa interposição por parte do Estado em matérias antes reservada ao direito privado concretizou o denominado fenômeno da constitucionalização do direito privado. Consistindo, inicialmente, o fenômeno em um processo de validação do direito positivo privado no contexto constitucional. Percebendo-se que os temas bases do direito civil foram trazidos para o corpo do texto constitucional, alterando significativamente o direito como até então entendido. Em um segundo estágio, entende-se a constitucionalização, desde a hermenêutica jurídica, como os efeitos da Constituição sobre todo o ordenamento jurídico. Aqui se pode falar na ocorrência da constitucionalização do direito civil – justamente na “(...) migração, para o âmbito privado, de valores constitucionais, (...)” – ponto em que se visualiza a denominada repersonalização do direito civil, consistente no reposicionamento da pessoa humana como centro do ordenamento, afastando-se da antiga visão centrada no patrimônio. 
Contudo, observou-se que o direito público e privado não mais podem ser vistos como separado, restando derrotado o antigo e tradicional debate sobre uma eventual “dicotomia”. Percebendo-se o direito público como privatizado, assim como o direito privado como publicizado.
 Referencias:
http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9839&revista_caderno=27
http://www.tex.pro.br/home/artigos/258-artigos-dez-2013/6374-a-publicizacao-e-constitucionalizacao-do-direito-privado-por-uma-eficacia-horizontal-dos-direitos-fundamentais-the-publicization-and-constitucionalization-of-private-law-for-a-horizontal-effectiveness-of-fundamental-rights
 https://www.passeidireto.com/arquivo/23150796/a-dignidade-da-pessoa-humana-os-direitos-fundamentais-e-a-assim-chamada-constitu
https://www.scribd.com/document/363787098/Direito-Constitucional-Damasio-docx
http://projetoprocuradoriaspublicas.blogspot.com/2012_10_01_archive.html#!

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