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Prova mensal de filosofia
1 ANO
1. O senso comum é a primeira compreensão que temos do mundo resultante da herança de um grupo social e das experiências vividas que são passadas pela tradição. Nesta perspectiva podemos entender que a “crença” passada pelo senso comum é:
a) O caminho para alcançar a plena liberdade dos preconceitos e tabus.
b) A verdade que é uma, pois, passada pela tradição, significa que existem pessoas mais experientes que são cientes da liberdade plena.
c) O ato humano de aceitar dados na forma como outras pessoas os propõem.
d) Um conhecimento cientifico elaborado e sistematizado pela razão conceitual.
e) Uma verdade com base nos princípios filosóficos que nos dá a condição de julgar e distinguir conceitos elaborados.
2. O mito religioso enquanto expressão humana de conhecimento pode ser entendido como:
a) A gênese da razão mítica e da razão filosófica, base de todo conhecimento humano para entender a realidade que é uma.
b) A explicação racional e segura sobre a experiência humana.
c) A doutrina entre o sagrado e o profano: não-sagrado.
d) A busca na racionalidade dos mistérios divinos, onde o homem torna-se capaz de atingi-los na sua plenitude.
e) O elo de ligação entre o real e o suprareal, onde a verdade é intuída espontânea; o homem sabe que existem os fenômenos, mas não consegue atingi-los racionalmente, por isso, tudo é sobrenatural.
3. Com relação a Sócrates e seu discurso no contexto da Polis e de seus contemporâneos é INCORRETO afirmar que:
a) Sócrates parte do pressuposto “só sei que nada sei”, que consiste justamente na sabedoria de reconhecer a própria ignorância, ponto de partida para a procura do saber.
b) Sócrates usava a ironia como forma de demonstrar que o conhecimento de seus interlocutores era seguro, verdadeiro, fundamentado na razão, no conceito universal.
c) Sócrates tem em comum com os sofistas o fato de que, a educação antiga do guerreiro belo e bom e as crenças já não atendiam as exigências da sociedade grega em transformação.
d) A filosofia socrática era desenvolvida mediante diálogos críticos com seus interlocutores que antes do seu desenvolvimento, o filosofo convidava-os (exortação) a filosofar, a buscar a verdade.
e) Sócrates era um filosofo muito pretensioso que apesar de não cobrar pelos seus, mas humilhava seus interlocutores fazendo-os assumirem que eram ignorantes.
4. O nascimento da filosofia na Grécia é marcado pela passagem da cosmogonia à cosmologia. Aqui destacam-se os pré-socráticos que têm como abordagem cosmológica que:
a) Os pré-socráticos considerados os primeiros filósofos têm uma preocupação com uma filosofia antropológica, por isso, buscam os princípios éticos e morais da sociedade grega.
b) O principio (arque), fundamento de todas as coisas, que está embasado na cosmogonia, em que os pré-socráticos procuram uma razão filosófica para sustentar as concepções mitológicas.
c) Heráclito e Parmênides, chamados pré-socráticos, buscam a arque – principio constitutivo de todas as coisas – dentro de princípios teóricos, mas com a preocupação de não obscurecer as concepções míticas existentes.
d) A arque, principio teórico enquanto fundamento de todas as coisas, o pensamento deste momento se caracteriza pela preocupação com a natureza do mundo exterior, o que podemos denominar de uma filosofia da natureza.
e) Explicar a natureza, a phisis, através de fórmulas matemáticas.
5. “Há, porém, algo de fundamentalmente novo na maneira como os Gregos puseram a serviço do seu problema último – da origem e essência das coisas – as observações empíricas que receberam do Oriente e enriqueceram com as suas próprias, bem como no modo de submeter ao pensamento teórico e casual o reino dos mitos, fundado na observação das realidades aparentes do mundo sensível: os mitos sobre o nascimento do mundo.” Fonte: JAEGER, W. Paidéia. Tradução de Artur M. Parreira. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 197.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação entre mito e filosofia na Grécia, é correto afirmar:
a) Em que pese ser considerada como criação dos gregos, a filosofia se origina no Oriente sob o influxo da religião e apenas posteriormente chega à Grécia.
b) A filosofia representa uma ruptura radical em relação aos mitos, representando uma nova forma de pensamento plenamente racional desde as suas origens.
c) Apesar de ser pensamento racional, a filosofia se desvincula dos mitos de forma gradual.
d) Filosofia e mito sempre mantiveram uma relação de interdependência, uma vez que o pensamento filosófico necessita do mito para se expressar.
e) O mito já era filosofia, uma vez que buscava respostas para problemas que até hoje são objeto da pesquisa filosófica.
6. Ainda sobre o mesmo tema, é correto afirmar que a filosofia:
a) Surgiu como um discurso teórico, sem embasamento na realidade sensível, e em oposição aos mitos gregos.
b) Retomou os temas da mitologia grega, mas de forma racional, formulando hipóteses lógico-argumentativas.
c) Reafirmou a aspiração ateísta dos gregos, vetando qualquer prova da existência de alguma força divina.
d) Desprezou os conhecimentos produzidos por outros povos, graças à supremacia cultural dos gregos.
e) Estabeleceu-se como um discurso acrítico e teve suas teses endossadas pela força da tradição.
7. “Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo está ordenado. Os deuses disputaram entre si, alguns triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo foi expulso, ou para a prisão do Tártaro ou para a Terra, entre os mortais. E os homens, o que acontece com eles? Quem são eles?” (VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens. Trad. de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.)
O texto acima é parte de uma narrativa mítica. Considerando que o mito pode ser uma forma de conhecimento, assinale a alternativa correta.
a) A verdade do mito obedece a critérios empíricos e científicos de comprovação.
b) O conhecimento mítico segue um rigoroso procedimento lógico-analítico para estabelecer suas verdades.
c) As explicações míticas constroem-se, de maneira argumentativa e autocrítica.
d) O mito busca explicações definitivas acerca do homem e do mundo, e sua verdade independe de provas.
e) A verdade do mito obedece a regras universais do pensamento racional, tais como a lei de não-contradição.
8. As lendas sempre foram alicerces para os povos antigos. Os gregos, por exemplo, tributavam suas origens aos heróis que protagonizam a poesia de Homero, e os romanos, aos irmãos Rômulo e Remo, filhos do deus Marte, eternizados no relato do historiador Tito Livio.
Essas explicações lendárias:
a) Alteram ou reinventaram fatos históricos, justificando alguma condição ou ação posterior dos homens.
b) Sempre se basearam em acontecimentos reais, com o único propósito de explicar o passado.
c) Confirmaram que as civilizações, em sua origem, não possuem vínculos com seu passado lendário, denominado idade das trevas.
d) Afirmam uma reação inconsciente de todos os povos, que tem por fundamento o ideal religioso, desligado de qualquer interesse político.
e) São apenas formas artísticas ou literárias independentes dos interesses políticos, por serem estéticas.
9. Segundo Marilena Chauí, “a filosofia surge quando alguns gregos, admirados e espantados com a realidade, insatisfeitos com as explicações que a tradição lhes dera, começaram a fazer perguntas e buscar respostas para elas”. (Convite a Filosofia. 4. ed., Atica, 1995, p. 23).
É legado da Filosofia grega para o Ocidente europeu:
a) A aspiração ao conhecimento verdadeiro, `a felicidade e `a justiça, indicando que a humanidade não age caoticamente.
b) A preocupação com a continuidade entre a vida e a morte, através da pratica de embalsamamento e outros cuidados funerários.
c) A criação da dialética, fundamentada na luta de classes, como forma de explicação sociológica da realidade humana.
d) O nascimento das ciências humanas, implicando em conhecimentos autônomos e compartimentados.
e) A produção de uma concepção de história linear, que tratava dos fins últimosdo homem e da realização de um projeto divino.
10. Entre os ‘físicos’ da Jônia, o caráter positivo invadiu de chofre a totalidade do ser. Nada existe que não seja natureza, physis. Os homens, a divindade, o mundo formam um universo unificado, homogêneo, todo ele no mesmo plano: são as partes ou os aspectos de uma só e mesma physis que põem em jogo, por toda parte, as mesmas forças, manifestam a mesma potência de vida. As vias pelas quais essa physis nasceu, diversificou-se e organizou-se são perfeitamente acessíveis à inteligência humana: a natureza não operou ‘no começo’ de maneira diferente de como o faz ainda, cada dia, quando o fogo seca uma vestimenta molhada ou quando, num crivo agitado pela mão, as partes mais grossas se isolam e se reúnem.” (VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Trad. de Ísis Borges B. da Fonseca. 12.ed. Rio de Janeiro: Difel, 2002. p.110.)
Com base no texto, assinale a alternativa correta.
a) Para explicar o que acontece no presente é preciso compreender como a natureza agia “no começo”, ou seja, no momento original.
b) A explicação para os fenômenos naturais pressupõe a aceitação de elementos sobrenaturais.
c) O nascimento, a diversidade e a organização dos seres naturais têm uma explicação natural e esta pode ser compreendida racionalmente.
d) A razão é capaz de compreender parte dos fenômenos naturais, mas a explicação da totalidade dos mesmos está além da capacidade humana.
e) A diversidade de fenômenos naturais pressupõe uma multiplicidade de explicações e nem todas estas explicações podem ser racionalmente compreendidas.
2 ANO
1. Marque a alternativa correta.
“Se o príncipe, os aristocratas e o povo governam em conjunto o Estado, podem com facilidade controlar-se mutuamente”.
A partir desta ideia e concepção de política, podemos afirmar que Maquiavel:
a) Defende a exploração do povo.
b) Propõe a revolução dos poderes constituídos
c) Não é o fundador da teoria sobre o Estado Moderno.
d) Não pode ser chamado de “maquiavélico”, já que defende da ética da ação política.
e) Preocupa-se com o procedimento ético-cristão na esfera do governo.
2. No que diz respeito à doutrina de Rousseau, assinale a alternativa INCORRETA:
a) O contrato social funda a soberania popular.
b) Os indivíduos naturais são pessoas morais que sempre tiveram direito natural à propriedade privada.
c) No Estado de natureza os indivíduos viviam isolados e em harmonia.
d) Os homens que efetuam um pacto social tornam-se cidadãos do estado e súditos das leis.
e) O governo é o representante da soberania popular.
3. Para Locke, os homens em estado de natureza são, cada um, juiz em causa própria; assim é necessário constituir a sociedade civil mediante contrato social para organizar a vida em sociedade. Isto se daria através do pacto, tornado legitimo o poder do Estado. Para ele, o poder:
a) Encontra-se na soberania do poder executivo.
b) É confiado aos governantes e não pode ser contestado em hipótese alguma.
c) Confiado aos governantes, podendo haver insurreição, caso eles não visem o bem público.
d) É absoluto e não há possibilidade de instituir-se um novo pacto.
e) É instituído pela vontade geral.
4. “Sabemos que Hobbes é um contratualista, quer dizer, um daqueles filósofos que, entre o século XVI e o XVIII (basicamente), afirmaram que a origem do Estado e/ou da sociedade está num contrato: os homens viveriam, naturalmente, sem poder e sem organização – que somente surgiriam depois de um pacto firmado por eles, estabelecendo as regras de comércio social e de subordinação política.” (RIBEIRO, Renato Janine. Hobbes: o medo e a esperança. In: WEFFORT, Francisco. Os clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. p. 53.)
Com base no texto, que se refere ao contratualismo de Hobbes, considere as seguintes afirmativas:
I. A soberania decorrente do contrato é absoluta.
II. A noção de estado de natureza é imprescindível para essa teoria.
III. O contrato ocorre por meio da passagem do estado social para o estado político.
IV. O cumprimento do contrato independe da subordinação política dos indivíduos.
Quais das afirmativas representam o pensamento de Hobbes?
a) Apenas as afirmativas I e II.
b) Apenas as afirmativas I e III.
c) Apenas as afirmativas II e III.
d) Apenas as afirmativas II e IV.
e) Apenas as afirmativas III e IV.
5. “A liberdade natural do homem deve estar livre de qualquer poder superior na terra e não depender da vontade ou da autoridade legislativa do homem, desconhecendo outra regra além da lei da natureza. A liberdade do homem na sociedade não deve estar edificada sob qualquer poder legislativo exceto aquele estabelecido por consentimento na comunidade civil...” (LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o governo civil. Trad. de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994. p. 95.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema da liberdade em Locke, considere as seguintes afirmativas:
I. No estado civil as pessoas são livres porque inexiste qualquer regra que limite sua ação.
II. No estado pré-civil a liberdade das pessoas está limitada pela lei da natureza.
III. No estado civil a liberdade das pessoas edifica-se nas leis estabelecidas pelo conjunto dos membros dessa sociedade.
IV. No estado pré-civil a liberdade das pessoas submete-se às leis estabelecidas pelos cidadãos.
Quais das afirmativas representam o pensamento de Locke sobre liberdade?
a) Apenas as afirmativas I e II.
b) Apenas as afirmativas I e IV.
c) Apenas as afirmativas II e III.
d) Apenas as afirmativas II e IV.
e) Apenas as afirmativas III e IV.
6. “O maquiavelismo é uma interpretação de O Príncipe de Maquiavel, em particular a interpretação segundo a qual a ação política, ou seja, a ação voltada para a conquista e conservação do Estado, é uma ação que não possui um fim próprio de utilidade e não deve ser julgada por meio de critérios diferentes dos de conveniência e oportunidade.” (BOBBIO, Norberto. Direito e Estado no pensamento de Emanuel Kant. Trad. de Alfredo Fait. 3.ed. Brasília: Editora da UNB, 1984. p. 14.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, para Maquiavel o poder político é:
a) Independente da moral e da religião, devendo ser conduzido por critérios restritos ao âmbito político.
b) Independente da conveniência e oportunidade, pois estas dizem respeito à esfera privada da vida em sociedade.
c) Dependente da religião, devendo ser conduzido por parâmetros ditados pela Igreja.
d) Dependente da ética, devendo ser orientado por princípios morais válidos universal e necessariamente.
e) Independente das pretensões dos governantes de realizar os interesses do Estado.
7. “Não sendo o Estado ou a Cidade mais que uma pessoa moral, cuja vida consiste na união de seus membros, e se o mais importante de seus cuidados é o de sua própria conservação, tornasse-lhe necessária uma força universal e compulsiva para mover e dispor cada parte da maneira mais conveniente a todos. Assim como a natureza dá a cada homem poder absoluto sobre todos os seus membros, o pacto social dá ao corpo político um poder absoluto sobre todos os seus, e é esse mesmo poder que, dirigido pela vontade geral, ganha, como já disse, o nome de soberania.” (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. Trad. de Lourdes Santos Machado. 3.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1994. p. 48.)
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre os conceitos de Estado e soberania em Rousseau, é correto afirmar.
a) A soberania surge como resultado da imposição da vontade de alguns grupos sobre outros, visando a conservar o poder do Estado.
b) O estabelecimento da soberania está desvinculado do pacto social que funda o Estado.
c) O Estado é uma instituição social dependente da vontade impositiva da maioria, o que configura a democracia.
d) A conservação do Estado independe de uma força política coletiva que seja capaz de garanti-lo.
e) A soberania é estabelecida como poder absoluto orientado pela vontade geral e legitimado pelo pacto social para garantir a conservação do Estado.
8. Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amadoque temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se. MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.
A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser
a) munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros. 
b) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política. 
c) guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes. 
d) naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando seus direitos naturais. 
e) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares. 
9. Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).
Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao
a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo. 
b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. 
c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana. 
d) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem. 
e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão. 
10. As assertivas abaixo se referem ao pensamento político de Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778).
I. No estado da natureza os indivíduos vivem isolados e vagueando pela imensa selva, sobrevivem com aquilo que a natureza lhes oferece, desconhecem as lutas; este estágio equivale ao estado de felicidade original: o homem é o bom selvagem.
II. O que originou o estado de sociedade foi o aparecimento da propriedade privada, isto é, a divisão arbitrária que define o que é meu é teu; tal situação acarretou o rompimento do estado de felicidade original.
III. O governo é o indivíduo que está investido da soberania, é ela que representa a vontade geral; sob esta situação política, o povo transfere de livre e espontânea vontade os seus direitos civis ao governante.
Assinale a única alternativa que contém as afirmativas corretas.
a) Apenas I e II.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II e III.
d) I, II e III.
e) Nenhuma
3 ANO
1. “Mais que saber identificar a natureza das contribuições substantivas dos primeiros filósofos é fundamental perceber a guinada de atitude que representam. A proliferação de óticas que deixam de ser endossadas acriticamente, por força da tradição ou da ‘imposição religiosa’, é o que mais merece ser destacado entre as propriedades que definem a filosoficidade.” (OLIVA, Alberto; GUERREIRO, Mario. Pré-socráticos: a invenção da filosofia. Campinas: Papirus, 2000. p. 24.)
Assinale a alternativa que apresenta a “guinada de atitude” que o texto afirma ter sido promovida pelos primeiros filósofos.
a) A aceitação acrítica das explicações tradicionais relativas aos acontecimentos naturais.
b) A discussão crítica das ideias e posições, que podem ser modificadas ou reformuladas.
c) A busca por uma verdade única e inquestionável, que pudesse substituir a verdade imposta pela religião.
d) A confiança na tradição e na “imposição religiosa” como fundamentos para o conhecimento.
e) A desconfiança na capacidade da razão em virtude da “proliferação de óticas” conflitantes entre si.
2. Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir.
I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus componentes, já contêm características essenciais da compreensão de mundo grega que, posteriormente, se revelaram importantes para o surgimento da filosofia.
II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses são compreendidos como perfeitos.
III. A humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalização da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do pensamento filosófico e científico.
IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, devido à assimilação que os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta desvinculada de qualquer base religiosa.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, III e IV.
3. Os poemas de Homero serviram de alimento espiritual aos gregos, contribuindo de forma essencial para aquilo que mais tarde se desenvolveria como filosofia. Em seus poemas, a harmonia, a proporção, o limite e a medida, assim como a presença de questionamentos acerca das causas, dos princípios e do porquê das coisas se faziam presentes, revelando depois uma constante na elaboração dos princípios metafísicos da filosofia grega. (Adaptado de: REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. v. I. Trad. Henrique C. Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994. p. 19. )
Com base no texto e nos conhecimentos acerca das características que marcaram o nascimento da filosofia na Grécia, considere as afirmativas a seguir.
I. A política, enquanto forma de disputa oratória, contribuiu para formar um grupo de iguais, os cidadãos, que buscavam a verdade pela força da argumentação.
II. O palácio real, que centralizava os poderes militar e religioso, foi substituído pela Ágora, espaço público onde os problemas da pólis eram debatidos.
III. A palavra, utilizada na prática religiosa e nos ditos do rei, perdeu a função ritualista de fórmula justa, passando a ser veículo do debate e da discussão.
IV. A expressão filosófica é tributária do caráter pragmático dos gregos, que substituíram a contemplação desinteressada dos mitos pela técnica utilitária do pensar racional.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e III.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.
4. “Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a existência de um princípio originário único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que esse princípio é a água. Essa proposta é importantíssima... podendo com boa dose de razão ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que se costuma chamar civilização ocidental.” (REALE, Giovanni. História da filosofia: Antigüidade e Idade Média. São Paulo: Paulus, 1990. p. 29.)
A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros filósofos foram os chamados pré-socráticos. De acordo com o texto, assinale a alternativa que expressa o principal problema por eles investigado.
a) A ética, enquanto investigação racional do agir humano.
b) A estética, enquanto estudo sobre o belo na arte.
c) A epistemologia, como avaliação dos procedimentos científicos.
d) A cosmologia, como investigação acerca da origem e da ordem do mundo.
e) A filosofia política, enquanto análise do Estado e sua legislação.
5. “A filosofia grega parece começar com uma idéia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque fazsem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: ‘Tudo é um’. A razão citada em primeiro lugar deixa Tales ainda em comunidade com os religiosos e supersticiosos, a segunda o tira dessa sociedade e no-lo mostra como investigador da natureza, mas, em virtude da terceira, Tales se torna o primeiro filósofo grego”. Fonte: NIETZSCHE, F. Crítica Moderna. In: Os Pré-Socráticos. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 43.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Tales e o surgimento da filosofia, considere as afirmativas a seguir.
I. Com a proposição sobre a água, Tales reduz a multiplicidade das coisas e fenômenos a um único princípio do qual, todas as coisas e fenômenos derivam.
II. A proposição de Tales sobre a água compreende a proposição ‘Tudo é um’.
III. A segunda razão pela qual a proposição sobre a água merece ser levada a sério mostra o aspecto filosófico do pensamento de Tales.
IV. O Pensamento de Tales gira em torno do problema fundamental da origem da virtude.
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
a) I e II
b) II e III
c) I e IV
d) I, II e IV
e) II, III e IV
6. A filosofia socrática era desenvolvida mediante diálogos críticos com seus interlocutores. Esses diálogos podem ser divididos em dois movimentos básicos: a ironia e a maiêutica. Com base na dialética socrática, assinale a resposta ERRADA.
a) A ironia socrática tinha um caráter destruidor na medida em que levava os discípulos a confessarem suas próprias ideias e opiniões como certas e clarividentes.
b) Nesta fase do diálogo (ironia), a intenção fundamental de Sócrates não era propriamente destruir o conteúdo das respostas dadas pelos interlocutores, mas fazê-los tomar consciência profunda de suas próprias respostas, muitas vezes repletas de conceitos vagos e imprecisos;
c) Indagação: Sócrates, fazendo perguntas, comentando as respostas e voltando a perguntar, caminha com o interlocutor para encontrar a definição da coisa procurada;
d) Ironia, isto é, refutação: feita a pergunta, Sócrates comenta as várias respostas que a ela são dadas, mostrando que são sempre preconceitos recebidos, imagens sensoriais percebidas ou opiniões subjetivas e não definição buscada.
e) Maiêutica é o parto das ideias, trazer a luz as ideais dos discípulos, purificadas após a exortação.
7. Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por filtragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma-se em pedras. BURNET, J. A aurora da Filosofia Grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).
Filósofos gregos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, Tales de Mileto, Demócrito, Heráclito e Parmênides constituem a busca para conhecer o mundo, o cosmo.
Marque a única alternativa ERRADA.
a) O fogo é a metáfora do desacordo, a lei unitária que representa o logos em seu governo, sob o qual, as coisas nascem e morrem, aparecem e desaparecem. Esta foi a definição do cosmo segundo Heráclito.
b) Para Anaxímenes o ar recobre toda a ordem do universo como um elemento que não existe
c) Segundo Tales de Mileto a água é o elemento primordial de todas as coisas
d) Apenas o Ser (pensar) é caminho que conduz a verdade, o restante não existe, não é exequível dizia Parmênides.
e) Os primeiros filósofos eram chamados de filósofos da physis, pois, buscavam na natureza a arque.
8. “Muitos não percebem tais coisas, todos os que as encontram, nem quando ensinados conhecem, mas a si próprios lhes parece que as conhecem e percebem”. (DK 22 B 17). “Más testemunhas para os homens são os olhos e ouvidos, se almas bárbaras eles têm”. (DK 22 B 107).
A partir destes dois textos de Heráclito, pode afirmar que, para ele:
a) As sensações, como as águas de um rio, são infalíveis e nos proporciona nelas mesmas a apreensão do real.
b) O conhecimento é obtido unicamente a partir da percepção sensível.
c) As sensações por si só não são garantias de conhecimento.
d) O conhecimento é proporcionado pelo ensino obtido pela atividade da alma, qualquer que esta seja.
e) O verdadeiro conhecimento está na imobilidade do ser, na sua essência.
9. Para Parmênides de Eléia as percepções sensíveis são feitas apenas de aparências e ilusões, assim o filósofo se concentrou no confronto entre o conhecimento racional e o conhecimento sensível.
Marque a alternativa CORRETA: 
A) Parmênides afirma que é somente pela via da opinião pessoal que podemos concluir que o ser é eterno, único e imóvel. 
B) Parmênides é seguidor da filosofia de Heráclito. Portanto, os dois são da mesma escola filosófica chamada mobilismo.
C) Para o filósofo existe somente um caminho para a compreensão da realidade que é o da essência.
D) Parmênides afirma que é através do devir (mudança) que o homem se modifica e evolui.
E) Parmênides afirma a impossibilidade de se conhecer, pois, os seres mudam constantemente.
10. O mito antigo é:
I. Um discurso fundamentado na reflexão, que busca se orientar por princípios racionais.
II. Uma experiência incomum entre os homens e Deus.
III. Uma cosmogonia, ou seja, um relato do nascimento de algo real a partir de forças geradoras divinas.
IV. Uma explicação da origem do mundo, dos sentimentos, paixões e emoções, narrada pelo poeta-rapsodo.
V. uma narrativa fabulosa sobre a origem do mundo ordenado, através da relação sexual, de alianças e lutas entre os seres sobrenaturais.
Assinale:
A) Se apenas I e II forem corretas.
B) Se apenas II, III, IV forem corretas.
C) Se todas forem corretas.
D) Se apenas III, IV e V forem corretas.
E) Se todas forem incorretas.

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