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Proteínas, as moléculas com maior diversidade de funções nas celulas. Autoria Daniele Brustolim Componentes orgânicos essenciais para a manutenção da integridade estrutural e funcional das células, as proteínas participam da síntese de enzimas, hormônios, vitaminas, citocinas, substân- cias neurotransmissoras e também da formação de proteínas estruturais e de transporte. Têm como funções principais a resposta imune, a contração muscular, o transporte de diversas subs- tâncias, o crescimento entre outras. ALGUMAS FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS As proteínas são macromoléculas que possuem múltiplas funções dentro e fora das células, tais como: transporte, catálise de reações químicas, regulação do ciclo celular, função estrutural, entre outras. Assim, por vezes uma mesma proteína pode desempenhar mais de uma função. Veja al- guns exemplos: • Algumas proteínas dão formato ao citoplasma e organizam a distribuição das organelas por meio do citoesqueleto e dos seus lamentos de actina. Esses lamentos possibilitam o movimento da cé- lula, a contração de células musculares e a divisão celular. • Proteínas chamadas enzimas têm função de catalisador de reações bioquímicas, existem milha- res delas em nossas células. As enzimas fazem com que as reações bioquímicas sejam muito mais rápidas do que seriam sem o seu poder catalisador. • As proteínas da membrana plasmática fazem o transporte de nutrientes através da membrana plasmática, recebem sinais químicos de fora da célula, traduzem os sinais químicos em ação intra- celular, fazem a ancoragem da célula em um local específico, entre muitas outras funções. As proteínas são polímeros compostos por nitrogênio, oxigênio e carbono, que se formam a partir da combinação de aminoácidos com ligações peptídicas. Os compostos protéicos podem estar conjugados ao enxofre, ferro, cobalto ou fósforo em algumas substâncias orgânicas, como meta- loproteínas, hemoproteína e fosfoproteína, que são consideradas os grupos prostéticos. Esses grupos são responsáveis pela denominação da proteína como lipoproteína, nucleoproteína e gli- coproteína. As reservas endógenas de proteína são utilizadas apenas para a produção limitada de glicose por meio da gliconeogênese a partir de aminoácidos durante o jejum prolongado, cerca de 1/3 das proteínas dos tecidos são disponibilizadas para este fim. Com a progressão da inanição, ocorre redirecionamento para o sistema de produção de energia por meio da lipólise, com redução da gliconeogênese e da excreção urinária de nitrogênio. Nos períodos de crescimento ocorre incor- poração de proteínas, bem como aumentos nas taxas de síntese, degradação e reutilização des- tes aminoácidos, visando à formação de novos tecidos. Entretanto, a reutilização não é completa, ocorrendo perda de aminoácidos pelo catabolismo oxidativo e pelos fluidos orgânicos (fezes, suor, urina, pele, unhas, cabelos — 20 a 30 g/dia), sendo necessária a ingestão diária ou síntese de aminoácidos essenciais e não- essenciais. RESUMO EXPANDIDO Proteínas, as moléculas com maior diversidade de funções nas celulas. Disciplina Bioquímica Professor DANIELE BRUSTOLIM ! A velocidade do turnover protéico varia entre os órgãos, sendo mais rápida na mucosa intestinal e na medula óssea e mais lenta no músculo. A velocidade também varia com a idade, sendo maior na infância, com maior taxa de crescimento. Em relação ao consumo energético, o turnover pro- téico exige cerca de 10% a 25% do gasto energético basal, valor superior ao necessário para o metabolismo lipídico e glicídico. CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS As proteínas são compostas por mais de 20 diferentes aminoácidos, que têm atividades e vias metabólicas diferentes e são classificados em três grupos: indispensáveis (essenciais), condicio- nalmente essenciais e não-essenciais. Os aminoácidos essenciais não são sintetizados pelo corpo humano, devendo ser fornecidos pela dieta. Os aminoácidos condicionalmente essenciais são sintetizados pelo organismo, mas sua li- mitada capacidade de síntese os torna insuficientes em determinadas situações. Toda e qualquer proteína que não for usada e estiver “sobrando” no organismo não vai para os nossos músculos, mas é quebrada em aminoácidos que são transformados em compostos ener- géticos, como glicose (se for um aminoácido glicogênico) e em corpos cetônicos (se for um ami- noácido cetogênico). E dessa quebra ainda resta o grupamento amino, que é tóxico e deve ser eliminado. E por isso que nós apenas ganhamos massa muscular se fizermos muita atividade físi- ca! E ainda assim, mesmo malhando, precisamos ingerir os aminoácidos necessários para a sín- tese das proteínas, o que pode ser obtido nos alimentos ou por suplementação. Cada tecido possui um limite de armazenamento de proteínas. Além deste limite, o excesso de aminoácidos circulantes é degradado para a produção de energia ou sofre conversão em glicogê- nio (gliconeogênese) ou lipídios (cetogênese) para armazenamento. Esses processos metabólicos protéicos ocorrem por meio de reações de transaminação catalisadas pelas enzimas aminotrans- ferases ou transaminases. A transaminação é responsável pela transformação de um aminoácido em outro não-essencial mediante a transferência de grupos alfa-amino (NH + ) de um aminoácido α-cetoglutarato, glutamato ou piruvato). Nas reações de desaminação, grupos amino são removi- dos de um aminoácido com liberação de um esqueleto carbônico e amônia. Um exemplo dessa reação é o glutamato, que sofre a ação da glutamato desidrogenase, dando origem à α-cetogluta- rato e à amônia, que entra no ciclo da uréia REFERENCIAS: - MARKS, BIOQUIMICA MEDICA - DEVLIN, BIOQUIMICA COM CORRELACIONES CLINICAS.
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