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Fichamento

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Palavras-chave: Medida de Urgência. Mecanismo de Defesa. Violência Familiar. Prisão. 
	SANTOS, Cecília MacDowell. Da Delegacia da Mulher à Lei Maria da Penha: lutas feministas e políticas públicas sobre violência contra mulheres no Brasil. Oficina do Centro de Estudos Sociais, Coimbra, n. 301, março de 2008.
	
Ideia Central
	As medidas protetivas podem ser concedidas pelo juiz, mediante pedido da ofendida ou a requerimento do Ministério Público (artigo 19, caput, da Lei 11.340/2006). Por serem de caráter provisório, poderão ser revogadas a qualquer tempo, bem como substituídas por outras de maior eficácia, de modo proporcional à efetiva proteção da ofendida, podendo culminar na prisão preventiva (artigo 20 da Lei 11.340/2006)
Ressalte-se que Lei Maria da Penha afasta a lógica prisional do sistema penal, pela qual a prisão provisória atua como medida cautelar por excelência. Não que a prisão preventiva ou temporária não possa ser aplicada, mas foram introduzidas novas formas de proteção para além da prisão cautelar, que, como sabemos, é caracterizada pela carga estigmatizadora da privação de liberdade
Portanto, a prisão preventiva será aplicada apenas excepcionalmente, nos termos dos artigos 312 e 313 do Código de Processo Penal e nas hipóteses onde não há alternativa senão o encarceramento, para que se assegure a integridade pessoal da mulher.
	
Citações diretas
	Quando se verifica a não-colaboração do indivíduo com a medida restritiva de direito imposta através de medida protetiva, sucessivamente descumprida, forma-se situação complexa na qual se configuram, por um lado, a necessidade de devida diligência estatal na proteção dos direitos da mulher (integridade pessoal e vida) e, por outro, a observância à mínima intervenção penal (liberdade). (LAVIGNE e PERLINGEIRO, 2011, p. 300)
Estas medidas protetivas de urgência que obrigam o agressor são, na realidade, novas alternativas à tradicional bipolaridade do sistema cautelar penal brasileiro, que conhecia apenas dois extremos: a prisão cautelar ou a liberdade provisória. A lei cri novas medidas cautelares intermediárias, que permitem uma resposta mais efetiva e menos violenta do Estado, para situações que, a princípio, não seriam hipótese de decretação da prisão preventiva. (ÁVILA, 2007, p. 06) 
	Questões/Crítica do aluno ao texto
	 Este quadro contribui sobremaneira para a reiteração e a naturalização da violência, sentindo-se a mulher sem meios para interromper esta relação, aceitando muitas vezes o papel de vítima de violência doméstica para manter seu lar e seus filhos.

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