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ROCHAS MAGMÁTICAS Conhecidas também por ígneas ou eruptivas, são as rochas mais antigas do planeta, elas cobrem cerca de ¼ do planeta. O magma tem três fases: ● Fase líquida em fusão pela temperatura, altamente complexa, muitos componentes - Silicáticas ● Fase gasosa, mantida em solução por pressão, constituída predominantemente por H2O e quantidades menores de CO2, entre outros componentes; ● Fase sólida, cristais (Silicatos) em fase de crescimento ou de natureza residual De modo geral, considera-se que existem apenas dois tipos fundamentais de magmas primários, ou seja, de magmas a partir dos quais se podem formar outros tipos, por diferenciação, magma granítico e magma basáltico. Os primeiros formam 95% das rochas intrusivas, plutônicas, e os segundos constituem 98% das rochas vulcânicas, efusivas. A origem destes magmas e das rochas correspondentes constitui ponto de controvérsia. ● Exemplo de cadeias graníticas: Andes e Alpes ● Exemplo de cadeias basálticas: Cataratas Do Iguaçu (derrame basáltico) Granítico Basáltico Mais ácido Mais básico Formação aos 700 graus Formação aos 900 a 1200 graus Fusão de rochas pré existentes Fusão de rochas básicas e ultrabásicas Mais viscoso Menos viscoso Composição de silício maior que 70% Composição de silício inferior de 50% Batólito Grande corpo magmático contínuo, formado em profundidade Stock Semelhante ao batólito, só que menor. Lacólito Intrusão magmática em forma de domo Dique Corpos magmáticos, tabulares mais ou menos verticais, semelhante a paredes Sill Intrusões devido à penetração do magma em estratos pré-existentes sem quebrá-los Xenólito Fragmento de rocha pré-existente, incluso uma rocha magmática Veios: São massas produzidas pela injeção de magma em fraturas menores e menos regulares do que diques. Neck: São corpos discordantes, cilíndricos, verticais, que cortam as rochas preexistentes. Pelo estudo da litologia formadora dos necks, vê-se que eles são condutos de antigos vulcões cuja parte superior foi erodida. Batólitos e stocks: Os batólitos são massas enormes de material magmático (granítico) que afloram numa extensão de, pelo menos, 100 km 2 na superfície terrestre. Se o afloramento tiver menos de 100 km 2, temos o stock. Os batólitos não têm, aparentemente, delimitação em profundidade, passando gradualmente à zona das rochas fundidas. Os batólitos formam grande parte dos ditos “Escudo Nordestino” e “Escudo Brasileiro”. Características macroscópica: 1. São em geral duras 2. Os cristais se dispões por justaposição 3. Não apresentam estruturas segundo faixas ou camadas. 4. São maciças, quebram-se de forma irregular. 5. Apresentam uma textura cristalina, vítrea ou vesicular. 6. Não apresentam fósseis. 7. Apresentam alto teor em feldspatos. Critérios de classificação: 1. Modo de ocorrência 2. Texturas 3. Estruturas 4. Composição Mineralógica e Química Resfriamento do magma: As Rochas Magmáticas são rochas que se formaram pelo resfriamento e solidificação de um magma. Magma é o material em estado de fusão que existe abaixo da superfície terrestre e que pode extravasar através dos vulcões (passando então a se chamar lava). De sua composição vai depender a composição da rocha magmática a se formar. Se o magma resfria na superfície da Terra, após ser expelido por um vulcão, origina uma rocha ígnea vulcânica (também chamada de extrusiva), como o Basalto. ● Se o magma sobe através da crosta, mas resfria ainda dentro dela, em grandes profundidades, ele origina uma rocha ígnea plutônica (também chamada de intrusiva), como o Granito. ● Rochas que se formam no interior da crosta, mas a pouca profundidade, são chamadas de hipoabissais, como o Diabásio. O magma que extravasa na superfície, por entrar em contato com o ar e com o solo, resfria mais depressa que aquele que se solidifica no interior da crosta. Por isso, os minerais que formam as rochas vulcânicas aparecem em cristais numerosos, mas muito pequenos, pois não tiveram tempo de se desenvolver bem. Um basalto, por exemplo, é formado por piroxênio e plagioclásio, mas não se consegue distinguir esses minerais a olho nu, apenas ao microscópio. Essas rochas são classificadas como afaníticas. O granito forma-se por um processo de resfriamento bem mais lento, dando tempo para que os cristais de quartzo e feldspato cresçam mais. Assim, podem-se ver nele grãos de cores diferentes, com alguns milímetros ou centímetros de diâmetro. Essas rochas são classificadas como faneríticas. Se a lava resfria muito depressa, forma-se vidro vulcânico, e não um agregado de minerais (ou seja, não se formam cristais). A obsidiana, material usado como pedra preciosa, é um vidro vulcânico. ● As rochas magmáticas podem se transformar em outros tipos de rochas ao longo do tempo. O intemperismo causa desagregação das partículas das rochas, depositando-as em locais específicos e formando as rochas sedimentares. Também as altas temperaturas e pressões podem transformar as rochas ígneas em rochas metamórficas. SÉRIES DE REAÇÃO DE BOWEN Norman Bowen, petrólogo Canadense, que nasceu em 1887 e morreu em 1956, examinou entre 1920 e 1950, o comportamento dos magmas, nomeadamente os processos de fusão dos materiais pétreos e consequente cristalização dos minerais. Mediante diferentes processos de arrefecimento destes magmas, este cientista observou que os minerais não cristalizaram todos ao mesmo tempo. Primeiro, cristalizam os minerais de mais alto ponto de fusão, seguidos dos restantes, por ordem decrescente do respetivo ponto de fusão. Este processo foi denominado cristalização fraccionada, e é um dos processos responsáveis pela diferenciação magmática. Existem dois tipos de série de reações de cristalização descritas na Série de Bowen com base na temperatura de formação dos minerais: as séries contínuas e descontínuas. ● O lado esquerdo do esquema representa a ordem de cristalização dos minerais ricos em Magnésio e Ferro ( constituintes máficos - escuros, e densos - d > 2,7 ) - Série descontínua. ● Do lado direito do esquema, situam-se os minerais ricos em Silício e Alumínio ( constituintes félsicos - claros, e menos densos - d < 2,7 ) - Série contínua. A série de reação descontínua toma este nome porque, por diminuição da temperatura, o mineral anteriormente formado reage com o líquido residual magmático, formando um mineral com uma composição química e estrutura interna diferente, estável nas novas condições. Todos os minerais desta série possuem ferro e magnésio. Após a cristalização da olivina a composição do magma fica relativamente pobre em ferro e magnésio e enriquecida com sílica. Com o arrefecimento progressivo do magma, atinge-se a temperatura de cristalização do piroxênio. A olivina, formada anteriormente, reage com o líquido residual formando o piroxênio que integra na sua estrutura uma maior quantidade de sílica. Os plagioclásios são os únicos minerais da série contínua, tratam-se de minerais constituídos por alumínio, sílica e com percentagens variáveis de sódio e cálcio. Os íons sódio e de cálcio podem substituir-se na estrutura cristalina, podendo formar plagioclásios cálcicos e plagioclásios sódicos, Se o plagioclásio for 100% cálcico toma o nome deanortita, se a plagioclásio for constituída apenas por íons de sódio, trata-se de uma albita. A série designa-se contínua porque a alteração gradual de íons nos plagioclásios não altera a sua estrutura interna. O plagioclásio que primeiro cristaliza é a anortita. À medida que a temperatura do magma diminui, a quantidade de plagioclásio aumenta, sendo incorporado cada vez mais sódio. Após a cristalização completa dos minerais que constituem os dois ramos, a série descontínua e a série contínua, a fração magmática resultante pode apresentar elevadas concentrações de sílica e de metais mais leves, tais como o potássio e o alumínio. Cristalizam, posteriormente, até ao esgotamento do magma residual, o feldspato potássico, muscovita e, por fim, o quartzo. Rochas intrusivas: Elas são formadas nas partes mais profundas da litosfera, sendo assim ela acaba consolidando as rochas magmáticas nas fraturas e nas falhas que possuem porém não atingindo a superfície.A cristalização acaba sendo feita de uma forma devagar por conta de seu resfriamento ser mais lento. Rochas extrusivas:Ocorrem quando o magma mais fluído chega a superfície, e são classificadas nestas formas: ● Derrame:Saída do material magmático da crosta terrestre para a superfície que a partir do resfriamento do material magmático começa a formação das rochas ● Depósitos Piroclásticos:Formados por pequenas rochas que acabam sendo expelidas durante as erupções dos vulcões. ● Estruturas fluidas - são estruturas bandeadas, originadas de diversas maneiras em lavas viscosas. ● Estruturas de fracturação primária - fraturas que se originam quando da solidificação de rochas ígneas. ● Na composição mineralógica, os minerais mais importantes para este fim são o quartzo, os feldspatos (alcalinos e plagioclásios); minerais claros (félsicos) e os minerais ferro-magnesianos anfibólios, piroxênios e a biotita; minerais escuros (máficos). Grau de cristalinidade: ● Rochas holocristalinas ou cristalinas: constituídas exclusivamente por material cristalino. Ex: granitos, diabásio; ● Rochas holovítreas ou vítreas: exclusivamente por material vítreo. Ex: Obsidiana; ● Rochas hipocristalinas ou hipovitreas: mesma rocha encontra-se material cristalino e vítreo. Ex. basalto Grau de visibilidade: ● Fanerítica: quando os minerais constituintes podem ser percebidos a olho nu; ● Afanítica: quando os minerais formam partículas tão pequenas que não podem ser percebidos a olho nu. Neste caso, a rocha apresenta um aspecto maciço. Forma dos cristais: ● Minerais euhedrais - minerais delimitados por faces externas cristalinas. ● Ex. olivinas, piroxênios, feldspatos. ● Minerais subhedrais - parcialmente delimitados por faces cristalinas. ● Ex: anfibólios, micas, plagioclásios. ● Minerais anhedrais - desprovidos de faces cristalinas. ● Ex. quartzo, feldspatos K, fesldpatóides. Distribuição da dimensão dos cristais : ● Granular - grânulos de minerais bem evidentes de dimensões aproximadas. Ex: Granito ● Compacta - constituintes muito pequenos não permitindo sua determinação macroscópica. Ex: basalto ● Porfirítica - caracterizado pela presença de cristais maiores em relação aos outros. Ex: Dacito Índice de Coloração: ● É a porcentagem conjunta em volume de minerais fêmicos, opacos e acessórios presentes em uma rocha magmática. ● Leucocrática - (5 a 35 %) coloração claros com predominância de minerais incolores e claros (predomina quartzo, feldspatos e muscovita). Ex: Granito, Riolito ● Mesocrática - (35 a 65 %) coloração intermediária. Ex: Andesito, Diorito ● Melanocrática - (65 a 90 %) rochas escuras onde predominam os minerais ferromagnesianos (predomina piroxênio, hornblenda e biotita). Ex: Basalto, Gabro Família Granito - Riolito A cor clara dos granitos e dos riolitos deve-se a sua composição, ou seja, são formados a partir de magmas ricos em potássio, silício e sódio e pobres em ferro, magnésio e cálcio. Riolito – formado na ou próximo à superfície, possui coloração típica branca cinza ou rósea e normalmente apresenta alguns fenocristais de quartzo ou e feldspatos. Os magmas dos quais os riolitos se originam são mais viscosos e de movimentação bastante lento. Textura afanítica. Granito - mais comum dentre as rochas magmáticas, apresenta textura fanerítica e possuem coloração cinza, mas quando predomina o feldspato K e podem ter cores róseas ou avermelhadas. Família Diorito - Andesito O plagioclásio é normalmente, 50% cálcio e 50% sódio e possui em pequenas quantidades feldspato potássico e quartzo. Andesito - a variedade mais comum é o andesito pórfiro (fenocristais formam mais de 10 % do volume da rocha) e, em geral, possuem coloração cinza, esverdeada ou avermelhada. Os fenocristais são compostos de plagioclásio, anfibólio ou biotita, inseridos numa matriz afanítica de plagioclásios e algum vidro. Diorito - de textura igual ao granito, diferem apenas na composição, ou seja, o diorito é composto por plagioclásio Ca-Na e minerais ferro-magnesianos. Muitas vezes, o diorito aparece associado a granitos. Família Gabro-Basalto Com coloração preta ou verde escura, essas rochas cristalizam-se a partir de magmas ricos em ferro, magnésio e cálcio e pobres em sílica. Basalto - é a variedade extrusiva do diabásio e recobre extensas áreas da Região Sul do Brasil, onde representa a rocha ígnea mais importante. Apresenta cristalização fina a afanítica e cores escuras que podem variar do vermelho-escuro ao preto, os cristais individuais só podem ser vistos através do microscópio. Apresentam vesículas, e amígdalas preenchidas, onde, os que apresentam grande quantidade destas ultimas chama-se basalto amigdaloidal. As variedades de basalto pórfiro são comuns, sendo os fenocristais formados por piroxênios e olivinas, normalmente. Muitas ilhas marítimas e regiões costeiras são formadas por basaltos, bem como extensas áreas continentais. Gabro – equivalentes intrusivos do basalto, os gabros possuem granulação de média a grosseira. Não possui quartzo. Sendo formada predominantemente por plagioclásio Ca e piroxênio. O diabásio é uma rocha intermediária entre o basalto e o gabro.
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