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PENSÃO-POR-MORTE-Maria-Selma-da-Silva

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ABDALLA & ALCKMIM
Advocacia e Consultoria Especializada
______________________________________________________________________
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) FEDERAL DA ______ VARA DO JUIZADO ESPECIAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE GOIÂNIA-GO
MARIA SELMA DA SILVA, brasileira, solteira, desempregada, portadora do RG de nº 3357097 DGPC-GO, CPF: 950.538.161-15, residente e domiciliada na Rua do Rosário, Qd. 71, Lt. 13, Residencial Santa Fé I, Goiânia-Goiás, , vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por seus advogados infra-assinados, com escritório no endereço que consta do rodapé, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no Decreto 3.048/99 e na Lei 8.213/91, propor a seguinte:
AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO c/c PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA “INAUDITA ALTERA PARTE”
Em face de: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, pessoa jurídica de direito público interno, constituída sob a forma de Autarquia Federal, com sede à Avenida Araguaia, nº312, centro, Goiânia-Go com os seguintes fundamentos fáticos e jurídicos a serem deduzidos a seguir:
01. DA BENESSE DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA:
Inicialmente, requer a Vossa Excelência que sejam deferidos os benefícios da Assistência Judiciária, por não ter condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem comprometer o seu orçamento familiar.
Conforme inteligência do parágrafo único, do artigo 2º da Lei n.º 1.060/50, temos a definição legal da pessoa desprovida de meios financeiros, ao estabelecer que dispõem:
Art. 2º. Gozarão dos benefícios desta Lei os nacionais ou estrangeiros residentes no país, que necessitarem recorrer à Justiça penal, civil, militar ou do trabalho.
Parágrafo único. - Considera-se necessitado, para os fins legais, todo aquele cuja situação econômica não lhe permita pagar às custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo do sustento próprio ou da família.
Sendo assim, segundo dispõe o artigo 4º, da Lei n.º 1.060/50, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 7.510/86, a parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar às custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.
Pelo exposto, com base na garantia jurídica que a lei oferece, requer a Autora, a concessão do benefício da justiça gratuita, em todos os seus termos, a fim que sejam isentos de qualquer ônus decorrente do presente feito.
02. DA EXPOSIÇÃO FÁTICA:
A Autora era genitora do segurado instituidor Raphael Mendes da Silva, conforme documento de identidade em anexo. O segurado Raphael veio ao óbito em 09/04/2015 decorrente de traumatismo crânio encefálico decorrente de homicídio por arma de fogo, conforme Certidão de Óbito juntada aos autos.
A requerente entrou com o pedido de concessão de Pensão por Morte, NB 1764198597, uma vez que o filho falecido era o único mantenedor da família, porém teve o benefício negado sob o argumento de falta de qualidade de dependente.
Ocorre que, a requerente era dependente do filho, uma vez que, restou sem condições de trabalhar, sendo o segurado falecido que laborava para o sustento de ambos. O instituidor residia na casa da mãe, arcando com todas as despesas relativas à casa e a subsistência da família, uma vez que a requerente não possui nenhum rendimento mensal INCLUSIVE e deficiente mental, o problema agravou com o falecimento do filho.
O instituidor sempre ajudou a mãe no sustento da família, sendo que, nos últimos anos tornou-se o único mantenedor, pois a genitora restou desemprega devido a enfermidades que possuiu durante sua vida, se tornando uma pessoa muito debilitada. A carência e a qualidade de segurado do instituidor restam comprovadas, conforme carteira de trabalho em anexo.
A dependência econômica não se confunde com simples auxílio financeiro, ou seja, com aquele dinheiro eventual que não é destinado às despesas ordinárias da casa. Contudo, não precisa ser exclusiva, conforme interpretação analógica da Súmula 229/ex-TFR, que assim dispõe:
“A mãe do segurado tem direito à pensão previdenciária, em caso de morte do filho, se provada à dependência econômica, mesmo não exclusiva”.
Assim as mães dos segurados falecidos são consideradas beneficiárias, na condição de dependente de seus filhos, desde que devidamente comprovada a sua dependência econômica em relação a ele, valendo atinar para o que normalmente acontece na realidade: nas famílias mais humildes, os filhos continuam ajudando os pais mesmo após ingressarem no mercado de trabalho, enquanto nas famílias com razoável poder aquisitivo isso não ocorre.
Dessa forma, também ocorre com a requerente que dependia economicamente do filho, sendo o salário que o instituidor falecido recebia o único rendimento que garantia a subsistência da família. Assim, a requerente além de ter que suportar a traumatizante perda de seu filho, ainda restou sem ter como se manter.
Mesmo não sendo necessária a apresentação de prova documental para a comprovação de dependência econômica dos pais em relação aos filhos, o requerente junta diversos documentos que comprovam que o segurado residia com sua mãe até seu falecimento.
Está claro e ficará comprovado nos autos que, o requerente era dependente de seu filho, o que requer seja reconhecido por Vossa Excelência. Diante disso, alternativa não resta à Autora senão recorrer ao Judiciário para fazer valer seu direito à percepção do benefício então pleiteado.
03. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS:
O entendimento jurisprudencial dominante na TNU é de que a prova exclusivamente testemunhal é suficiente para o reconhecimento de dependência econômica. Não se exige a apresentação de prova documental para a comprovação de dependência econômica dos pais em relação aos filhos, como segue no julgado abaixo:
“PREVIDENCIÁRIO PENSÃO MORTE DE FILHO DEPENDÊNCIA ECONÔMICA DA GENITORA”. EXCLUSIVIDADE.
A regra nas famílias humildes é a de que os filhos auxiliem os pais. Hipótese em que a presunção é a de que o menor de idade, vivendo na companhia da família, ajudava com seu salário nas despesas da casa, ainda mais quando comprovado que efetuava compras de gêneros alimentícios e vestuário para a família, o que é bastante para caracterizar a dependência econômica da sua genitora. A não-exclusividade da dependência não obsta o direito à pensão, consoante assenta a Súmula 229 do TFR, pelo que se confirma o deferimento do benefício à mãe pela morte do filho.
(6ª Turma, Rel. Des. Federal João Surreaux Chagas, unânime, DJU 09/07/1997, p. 52855);
Ainda nesse sentido:
PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. MÃE DE SEGURADO FALECIDO.
1. Sendo o filho falecido solteiro é natural e lógico que ajudasse na manutenção econômica dos pais, ademais, quando há prova oral uníssona nesse sentido.
(Ac nº 93.04.07257-3/SC, Rel. Juíza Ellen Gracie Northfleet,)
(…) Já quanto à prova material, qualquer documento que comprove a dependência é suficiente, mostrando-se despicienda a existência de ao menos três dos documentos citados nos incisos I ao XVI do § 3º do art. 22 do Decreto 3.048, de 06 de maio de 1999,visto que o próprio inciso XVII indica ser válido quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar. Ademais, a Lei 8.213/91 não exige sequer prova material para a demonstração da dependência econômica, obrigando o início de prova material apenas para comprovação de tempo de serviço, o que tornaria excessivas as exigências previstas no Regulamento de Benefícios, que daquela desbordou. Precedentes do STJ.
(APELAÇÃO CÍVEL 2005.04.01.037736-9/SC RELATOR: DES. FEDERAL VICTOR LUIZ DOS SANTOS LAUS) 2003.01.99.000885-6/GO)
Inicialmente, cumpre destacar a oportuna lição do professor FÁBIO ZAMBITTE IBRAHIM, sobre o benefício pensão por morte e a quem este se destina:
“A pensão por morte é benefício direcionado aos dependentes do segurado, visando à manutenção da família, no caso da morte do responsável pelo seu sustento.” (Curso de Direito Previdenciário: Editora Impetus, 7ª edição, 2006,Niterói, RJ, p.521)
O artigo 74 da Lei 8.213/1991 dispõe acerca da pensão por morte de segurado da Previdência Social da seguinte forma:
“Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data:
I – do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste;”
Como já mencionado, alguns dias após o óbito de seu filho, a Requerente dirigiu-se a Agência da Previdência Social mais próxima com vistas ao recebimento da pensão por morte de Raphael Mendes da Silva. Também como já descrito, houve negativa administrativa do direito à percepção do benefício, por ter entendido o instituto Réu que não estariam cumpridos os requisitos para sua instauração.
Erroneamente, o INSS entendeu que a Autora não se configura como dependente do ex-segurado. 
Ocorre que o artigo 16 do mesmo diploma legal elenca as pessoas que podem figurar como dependentes do segurado, entre as quais figuram a companheira, conforme se vê:
“Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I- o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido; ”
A Autora comprova documentalmente seu vínculo de genitora com Raphael Mendes da Silva, conforme se depreende da análise do farto conjunto documental colacionado a esta peça de ingresso.
Pelo que se vê, a Autora apresentou provas suficientes, conforme requerido pela Lei, para comprovação de seu vínculo de genitora com o ex-segurado. A recusa administrativa para a concessão do pleito, verifica-se, foi mero equívoco quando da análise da documentação apresentada, não devendo ser mantida por este douto juízo.
Todos os documentos trazidos aos autos evidenciam que ambos residiam juntos e sua convivência perante a sociedade. Insta destacar que toda a extensa documentação anexada é recente, comprovando que o vínculo entre Autora e ex-segurado se perpetuou até o falecimento deste.
Em cotejo com o robusto conjunto probatório acostado a esta exordial e em consonância com a legislação atinente, inafastável é o dever do Réu em conceder o benefício pleiteado pela Autora.
Ante o exposto, restando comprovada o vínculo de dependência da genitora com Raphael Mendes da Silva é patente sua condição de dependente econômica e, por consequência, seu direito à percepção da pensão por morte previdenciária.
04. DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA JURISDICIONAL:
No que pertine à antecipação dos efeitos da tutela, preceitua o artigo 300, do Código de Processo Civil, in verbis:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo
Com efeito, o parágrafo único do art. 294 deixa claro que a tutela de urgência é gênero, o qual inclui as duas espécies (tutela cautelar e tutela antecipada):
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência
O provimento antecipatório da pretensão da Autora se demonstra necessário face à subsunção dos fatos revelados ao comando normativo emergente do artigo supracitado.
A prova inequívoca que conduza à verossimilhança da alegação é cristalina, visto que foram apresentados mais de 03 (três) dos documentos elencados no § 3º do citado artigo 22 do Decreto 3.048/99.
Desta feita, é inequívoca a caracterização do vínculo de mãe e filho entre Postulante e ex-segurado.
No que concerne ao fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, têm evidenciado no sentido de que a relutância do Réu em conceder à Autora a pensão por morte, afronta um direito que lhe é legalmente assegurado.
Tenha-se por vista que se trata de pessoa enferma, com imensas debilidades de saúde, e que sempre dependeu economicamente do ex-segurado, detendo necessidade imediata de concessão da medida pleiteada, sob pena de ver-se privada, até o julgamento definitivo da ação, de verba essencial para a sua própria subsistência.
Ressalte-se, ainda que a tutela antecipada, no caso vertente, tivesse natureza irreversível, não se pode deixar de reconhecer que o risco de dano inverso, ou seja, que recai sobre a Autora, afigura-se muito mais acentuado, devendo ser priorizados, neste momento, o seu direito à saúde, por amparo ao princípio da dignidade da pessoa humana.
Por tudo quanto fora exposto, restou demonstrada a necessidade de antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, vez tratar-se de direito advindo da lei e que vem sendo negado peremptoriamente pelo Réu, bem como pela iminência de imensuráveis danos à Requerente.
05. DOS DANOS MORAIS:
Considera-se dano moral quando uma pessoa se acha afetada em seu ânimo psíquico, moral e intelectual, seja por ofensa à sua honra, na sua privacidade, intimidade, imagem, nome ou em seu próprio corpo físico, e poderá estender-se ao dano patrimonial se a ofensa de alguma forma impedir ou dificultar atividade profissional da vítima.
Vislumbra claramente que o requerente sofreu um dano moral a sua honra, a sua imagem, e a sua integridade psicofísica, visto que o mesmo já sofreu consequências graves proporcionadas pela requerida, de não poder usufruir-se do devido benefício, que é seu por direito, visto que o mesmo não pode exercer a atividade de trabalho para sustento próprio devido a patologia. A dor, o sofrimento e a angústia do requerente por ter sua credibilidade abalada em virtude do fato inesperado, foi imensa.
A sensação de impotência ao tentar solucionar o problema junto ao requerido, sendo tratado por este com descaso e negligência mesmo diante da explanação do problema, atingiu de pronto sua alma.
Dessa forma, as esferas patrimoniais e emocionais foram plenamente atingidas pela manutenção das restrições do seu benefício que lhe é de direito, sendo que os efeitos do ato ilícito praticado pelo requerido alcançaram a vida íntima da requerente, que se vê violentada perante o sistema financeiro, o comércio em geral e a sociedade, restado quebrada a paz, a tranquilidade, a harmonia e originando sequelas que lhe causaram sérios danos morais.
A indenização dos danos puramente morais deve representar punição forte e efetiva, bem como, remédio para desestimular a prática de atos ilícitos, determinando, não só à requerida, mas também a outros casos semelhantes, a refletirem bem antes de causarem prejuízo a outrem.
Com a promulgação da Constituição da República de 1988, foi definitivamente finalizada qualquer dúvida remanescente a respeito da reparabilidade pelo dano moral. O artigo 5º da Carta Magna, em seus incisos V e X, estatuiu a indenização pelo dano moral como sendo uma garantia dos direitos individuais. O artigo 5º, item V, assegura o direito de resposta proporcionalmente ao agravo, “além da indenização por dano material, moral ou à imagem”. Procurou o constituinte distinguir de maneira expressa as indenizações pelos danos material, moral e à imagem, não obstando a cumulatividade desses direitos, mesmo havendo também o exercício do direito de resposta.
Pode-se dizer que a indenização por dano moral não tem como finalidade suprir a vítima pelo prejuízo sofrido, pois não há como se definir um valor econômico exato pelos prejuízos que foram causados a autora, porém procura além de tudo, minimizar e compensar a angustia que lhe foram causados por um direito constitucionalmente violado e desrespeitado. Seria, antes de tudo, uma punição ao ofensor, não podendo ultrapassar proporções que afetem sua subsistência, mas deve servir como exemplo para que tal ato ilícito não seja mais cometido.
Dessa forma, o valor a ser pedido pela vítima não será, necessariamente, aquele sentenciado pelo juiz. Isso porque cabe ao magistrado conduzir com bom senso as questões concernentes a esse tema.
Sabe que não é possível quantificar o valor da moral ou da honra de um ser humano. Entretanto, sendo a honra, a privacidade, a intimidade e a imagem das pessoas protegidas pela lei, tais valores podem ficar à margem da proteção jurídica e gerar imposição aos seus violadores.De qualquer modo, independentemente da aplicação do aspecto preventivo e pedagógico do instituto, faz-se necessária à configuração dos elementos básicos da responsabilidade civil, quais sejam: a conduta ilícita comissiva ou omissiva, o dano e o nexo de causalidade capaz de explicar que o prejuízo de natureza moral decorreu do fato praticado ou omitido pelos requeridos. O que se encontra claramente evidente na explanação já relatada.
Desta forma não apenas causando diversos prejuízos financeiros a requerente, como também lhe causara um grande constrangimento e angustia pelas diversas vezes que procurou regularizar a situação, junto até mesmo com o próprio requerido, de forma amigável e extrajudicial, porém ao que se verifica até o presente momento, foram tentativas frustradas e infrutíferas.
Imperativo, portanto, que a requerente seja indenizada pelo abalo moral em decorrência do ato, em razão de ter sido vítima de completa e total falha e negligência da demandada, assim como seja indenizado pelo abalo moral.
Há de se constar que além de ter que conviver com a dor e sofrimento te uma mãe pela perda do filho querido, ainda tem que ser submetida a angustia e sofrimento perante a instituição que nega um benefício que é seu por pleno direito.
A análise quando da fixação do quantum indenizatório deve observar ainda outros parâmetros, destacando-se o poderio financeiro da parte culpada, com o objetivo de desestimular a prática dos atos abusivos e ilegais. A vítima por sua vez, será ressarcida de forma que amenize o prejuízo, considerando-se o seu padrão socioeconômico. O dano moral prescinde de prova, dada a sua presunção, isto é, a simples ocorrência do fato danoso, já traduz a obrigação em indenizar.
O fato que originou todo este constrangimento não tem nenhuma justificativa plausível por parte do requerido, trazendo toda sorte de transtornos a requerente, que se sente lesada e humilhada. O desgaste imposto a requerente, como já relatado, é ainda maior pelo fato de ter que procurar o requerido na tentativa sempre falhas de solucionar a questão.
Desta maneira, devido aos aborrecimentos e transtornos já sofridos pela requerente, faz-se necessário o pedido de danos morais, alcançando um valor que lhe seja digno, visto que caso a situação não seja regularizada, a autor corre o risco de sofrer mais insegurança e incerteza sobre seu futuro, comprometendo sua saúde mental e psicológica.
Desta forma requer seja arbitrado um valor a indenização também com intuito pedagógico.
06. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS:
Requer o Requerente que Vossa Excelência, após recebimento e autuação da presente, digne-se em:
I. Conceder os benefícios da justiça gratuita, uma vez que, conforme declaração em anexo, bem como lançada na própria petição inicial, a Requerente declara-se necessitada na forma da Lei, não podendo prover os custos do Processo.
II. Conceder a antecipação dos efeitos práticos da tutela pleiteada, com fulcro no art. 300 do Código de Processo Civil, tudo para fins de conceder o benefício de pensão por morte.
III. Determinar a Citação da autarquia ré, na pessoa do seu representante legal, no endereço retro mencionado, para comparecer à audiência conciliatória, de acordo com o artigo 319, VII, do Código de Processo Civil vigente, e, querendo, oferecer sua defesa na fase processual oportuna, sob pena de revelia e confissão ficta da matéria de fato, com o consequente julgamento antecipado da lide;
IV. Seja determinada a intimação do INSS, no endereço indicado preambularmente para QUE TRAGA AOS AUTOS TODOS OS DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS AO ESCLARECIMENTO DA PRESENTE CAUSA INCLUSIVE A CÓPIA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO, nos moldes do artigo 11 da Lei 10259/01;
V. Provar por todos os meios de prova em direito admitido, ora alegado, especialmente, oitiva de testemunhas e depoimento pessoal do requerente;
VI. Ao final, seja julgada TOTALMENTE PROCEDENTE a presente ação, sendo reconhecida a dependência entre a requerente e o segurado falecido, com a condenação do INSS no pagamento da pensão mensal por morte a parte autora, na conformidade da Lei nº. 8213/91,
VII. O pagamento das remunerações atrasadas desde a data do óbito do segurado, cujo valor deverá ser acrescido de atualização monetária e juros legais até a data do devido pagamento;
VIII. Que na hipótese de não haver o reconhecimento da procedência do pedido, que sejam condenadas o requerido ao pagamento das custas e da sucumbência dos honorários advocatícios, no importe de 20% sobre o valor da causa.
IX. Seja condenada o Requerido ao pagamento da importância de valor da causa R$ 18.740,00 (dezoito mil setecentos e quarenta reais), a título de indenização por danos morais.
X. Requer sejam as intimações efetuadas via Diário Oficial conforme determina o artigo 205, § 3º do CPC e a Resolução n. 234/2016 do CNJ, exclusivamente em nome do advogado Dr. José Alkmin, inscrito na OAB-GO 40.050, E NO ENDEREÇO AVENDIA GOIAS NUMERO 351 CENTRO GOIANIA GOIAS, ENDEREÇO ELETRONICO alkminadvocacia@hotmail.com, sob pena de nulidade nos termos do disposto nos § 2º e 5º do artigo 272 e artigo 276 do mesmo diploma legal.
Dá-se à causa o valor de R$ 41.228,00 (quarenta e um mil duzentos e vinte e oito reais).
Termos em que,
Pede e Espera Deferimento.
Goiânia, 08 de março de 2017. 
 José Alckmin Larissa Abdalla
OAB/GO nº 40.050 OAB/GO nº 24.566
 Carlos Camacho Gustavo Silva
OAB/GO nº 46.293 OAB/GO nº 47.908
____________________________________________________________________________________
Escritório: Av. Goiás, n. 351, sala 02, Centro, Goiânia-GO.
e-mail: alkmimadvocacia@hotmail.com
Tel. (62) 3432-4161 / (62) 8458-2057 / (62) 8125-2241 /(62) 9693-5649 / (64) 8134-0959

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