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Universidade do Vale do Taquari - Univates Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS Curso de Biomedicina Aluno: Renan Carlos de Amorim Professora: Verônica Contini - Genética Utilizando as referências disponibilizadas sobre o processo de inativação do cromossomo X em mamíferos, e a literatura recomendada no plano de ensino, responda às seguintes questões: 1. Explique resumidamente o que é o processo de inativação do cromossomo X que ocorre em fêmeas de mamíferos. As fêmeas de mamíferos possuem dois cromossomos X e machos apenas um. A inativação de um cromossomo X em fêmeas vai ocorrer para equalizar a expressão gênica entre os sexos. Em mamíferos placentários, a inativação do cromossomo X afeta o cromossomo X paterno ou materno de uma maneira aleatória durante o desenvolvimento embrionário, sendo que o estado inativo é herdado de forma estável, gerando adultos de dois tipos celulares, ou seja, nestes indivíduos, devido à escolha ao acaso do cromossomo X a ser inativado. 2. Qual a importância desse processo? A inativação do cromossomo X ocorre para que as fêmeas, que possuem dois cromossomos X, não produzem o dobro de produtos gênicos referentes ao X que os machos, pois eles possuem somente uma cópia do cromossomo. 3. Qual a importância das pesquisadoras Murray Llewellyn Barr (1908-1995) e Mary Lyon (1925-2014) para a elucidação do processo de inativação do cromossomo X em mamíferos? Na década de 1940 surgiu os primeiros passos para identificar o processo de inativação do cromossomo X pelo médico canadense Murray Llewellyn Barr (1908-1995), que observou um pequeno novelo de DNA junto à face interna da membrana do núcleo das células femininas que não se desenrolava durante a mitose. Nos anos seguintes, 1960, a geneticista inglesa Mary Lyon (1925-2014), constatou-se que essa estrutura era um cromossomo X inativado, e que isso era uma característica própria das células das fêmeas dos mamíferos que assegurava o desenvolvimento adequado do embrião. Nos anos seguintes, verificou-se que esse processo se dava de modo distinto em outros organismos. Nos vermes, a expressão dos genes nos dois cromossomos X da fêmea era reduzida pela metade. Já nas moscas, os machos duplicavam a expressão dos genes de seu único cromossomo X. 4. Qual a importância do trabalho recentemente publicado pelo grupo brasileiro? Em um estudo publicado em setembro na revista Scientific Reports, as geneticistas Lygia da Veiga Pereira e Maria Vibranovski, ambas do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), oferecem uma nova explicação sobre o início desse fenômeno.A partir de análise de sequências de RNA de células de embriões humanos disponíveis em banco de dados públicos, eles verificaram que a inativação do cromossomo X se dá nos primeiros dias após a fecundação, antes do que se pensava.As células humanas têm 46 cromossomos, cada uma com 22 pares de cromossomos somáticos, iguais em homens e mulheres, e um par de cromossomos sexuais: nas mulheres são dois cromossomos X e nos homens, um X e um Y. Com uma dose dupla dos genes presentes no cromossomo X, as mulheres poderiam produzir duas vezes mais proteínas relacionadas a esses genes do que os homens. Isso não acontece porque, durante o desenvolvimento embrionário, um dos dois cromossomos X é silenciado, evitando que seus genes sejam superexpressos. “A inativação de uma cópia do cromossomo X é um importante mecanismo epigenético responsável por calibrar a atividade dos genes ligados a essas sequências de DNA nas mulheres”, explica Lygia. 5. Como esse fenômeno se relaciona com a aula de citogenética? Ao longo das aulas podemos perceber a importância da inativação do cromossomo X para que não ocorra nenhum problema durante a formação da vida.
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