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Julieni Bianchi Morais Estágios de vida do Trypanosoma TRIPOMASTIGOTA: formato de foice e flagelado. Encontrado em esfregaço sanguíneo e em hospedeiro vertebrado. OPISMASTIGOTA: formato de foice e flagelado. EPIMASTIGOTA: formato de foice e flagelado. PROMASTIGOTA: formato de foice e flagelado. Aparece em culturas de células e em hospedeiro invertebrado. ESFEROMASTIGOTA: estrutura arredondada com pequeno flagelo. Encontrada dentro de células. AMASTIGOTA: arredondada e não possui flagelo. Sempre encontrada em hospedeiro vertebrado, dentro das células. Trypanosoma vivax Animais acometidos: ungulados selvagens e doméstico, por exemplo, os bovinos, ovinos, caprinos. Figura 1: Trypanosoma vivax na forma tripomastigota; cinetoplasto grande e terminal ou marginal, membrana ondulante e flagelo livre presente. Fonte: Livro - Classificação e morfologia de protozoários e rickéttsias em medicina veterinária, Adevair Henrique da Fonseca e Maria Julia Salim Pereira. Figura 2: monomórfico, flagelo curto e cinetoplasto terminal. Fonte: Livro Parasitologia Veterinaria 4ª edição – Taylor, Coop e Wall. Vetores Moscas tsé-tsé e tabanídeos (mutucas). Ciclo biológico 1º O vetor pica o hospedeiro contaminado com o Trypanosoma na forma tripomastigota. 2º Na probócida do vetor transforma-se em promastigota e se multiplica. 3º O vetor pica o hospedeiro novamente, inoculando promastigotas no animal. 4º As promastigotas penetram células reticuloendoteliais (responsáveis pela defesa do organismo, realizando fagocitose e pinocitose) e transformam-se em amastigotas. 5º As amastigotas vão para a circulação sanguínea e se transforma na forma tripomastigota. Família Trypanosomatidae Gênero Trypanosoma Fonte: www.educapoint.com.br/blog/pecuaria- geral/mosca-dos-estabulos-como-evitar-surtos/ Julieni Bianchi Morais Transmissão CONTAMINATIVA (vetor) – o vetor de hábito hematófago pica o boi para se alimentar, ingere a forma tripomastigota. INOCULATIVA (boi) – o vetor, ao picar novamente o hospedeiro (bovino), inocula por meio da secreção salivar as formas promastigotas. Observação: o animal pode desenvolver um quadro crônico, no qual o mesmo está contaminado e assim favorece a disseminação quando é picado por vetores hematófagos. Sinais clínicos Febre; Letargia; Anorexia; Diarréia; Anemia; Conjuntivite; Aborto; e Morte. Trypanosoma equinum Animais acometidos: equinos. Registros em cães e ruminantes. Reservatórios: morcegos hematófagos. Figura 3: Forma tripomastigota de Trypanosoma evansi (equinum). Fonte: Parasitologia Veterinária - UFSM 2ª edição. Vetores Moscas tsé-tsé e tabanídeos. Ciclo biológico 1º O vetor pica o hospedeiro (equino) e se contamina da forma tripomastigota. 2º Quando pica outros animais inoculam o Trypanosoma pela secreção salivar. Observação: nesse caso não há desenvolvimento do parasito no vetor, da forma como é ingerido é inoculado. Transmissão MECÂNICA: o vetor faz papel de transporte entre um hospedeiro e outro para que haja transmissão. Observação: a picada o tabanídeo causa bastante incômodo e dor, portanto, o animal se coça, o que facilita a transmissão. ORAL: possível ocorrência em cães, quatis e capivaras; animais infectados podem transmitir aos sadios durante ataques, por exemplo Sinais clínicos “Mal das cadeiras”- na fase aguda causa: Febre intermitente Edema subcutâneo Anemia progressiva Cegueira Letargia Paralisia progressiva dos membros. Anemia Infecciosa Equina– protozoário também associado a essa doença, causando morte por hemorragia interna generalizada. Trypanosoma brucei Animais acometidos: cães, bovinos, ovinos, caprinos, equinos, suínos, gatos, animais selvagens. Figura 4: Trypanosoma brucei pleomórfico, mostrando formas (A) delgada longa, (B) robusta curta e (C) intermediária. Fonte: Livro Parasitologia Veterinaria 4ª edição – Taylor, Coop e Wall. Julieni Bianchi Morais Vetores Mosca tsé-tsé (Tabanus, Stomoxys, Haematopota). Ciclo biológico 1º o vetor pica o hospedeiro para se alimentar e ingere a forma tripomastigota presente no sangue ou linfa. 2º no vetor, o Trypanosoma perde o revestimento glicoproteico superficial, transforma-se na forma epimastigota e se multiplica no intestino médio; depois migra em direção às glândulas salivares. 3º o parasito se transforma novamente em tripomastigota e contém um revestimento glicoproteico; agora denominado tripanossoma metaciclíco, esta consiste na forma infectante. 4º o vetor pica outro animal para se alimentar e inocula os tripanossomas metacíclicos, causando a enfermidade. 5º No local onde fora inoculado o tripanossoma metacíclico ocorre multiplicação do mesmo e dentro de alguns dias forma-se área de tumefação inflamatória cutânea. 6º os parasitos penetram a corrente circulatória e se multiplicam. Transmissão INOCULATIVA (cão) – o vetor contaminado com a forma infectante (tripanossomas metacíclicos) e inocula por meio da secreção salivar. Observação: O Trypanosoma brucei contém várias características que aumentam sua patogenicidade; como o revestimento externo de glicoproteínas, que o ajudam a escapar do sistema imunológico do hospedeiro, causando infecções parasitárias crônicas. Além disso, também é capaz de cruzar a barreira hematoencefálica ao afetar as junções herméticas dentro do cérebro. Sinais clínicos Parasitemia em sangue periférico e Tumefação inflamatória cutânea (cancro).
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