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Eventos mecânicos do ciclo cardíaco - O ciclo é composto pela sequência de eventos que ocorre no coração a cada batimento. - Regula o fluxo de sangue entre as câmeras e entre essas e as artérias (impulsionado por diferença de pressão). - Contração: sístole; aumento da pressão dentro das câmaras. - Relaxamento: diástole; enchimento das câmeras. - As valvas garantem fluxo unidirecional e evitam refluxo; sua abertura e fechamento se dá de forma passiva por diferença de pressão. . Contração no VE, ↑ pressão do VE; . Pressão no VE > pressão no interior da aorta = abertura da valva aórtica; . Ejeção do sangue para circulação sistêmica. Atividade elétrica e sístole - O estimulo elétrico, propagado pelo sistema de condução do coração, promove contração da musculatura. - O retardo da passagem do estímulo pelo NAV permite alternar contração entra átrios e ventrículos. . PA nas fibras de Purkingie induzem a contração ventricular; . Neste ponto, os átrios já se contraíram e estão relaxados; - Os dois lados do coração trabalham de forma síncrona. - Um ciclo cardíaco, a uma Fc de 75 BPM = 800 ms: . Diástole ventricular = 500 ms; . Sístole ventricular = 300 ms. - Sístole atrial e ventricular se alternam: - Ventrículo em sístole = átrios em diástole; - Átrios em sístole = ventrículos em diástole. - As diástoles ventricular e atrial estão em grande parte sobrepostas, assim, o enchimento dos ventrículos se dá quase que completamente de forma passiva; - A sístole atrial tem espaço no final da diástole ventricular: Curvas de pressão arterial e ventricular - A pressão nos átrios é baixa para permitir o retorno venoso; 0~2 mmHg. - Curva de pressão atrial: registra três ondas: · Onda A: aumento da pressão do átrio pela contração; · Onda C: contração do ventrículo abalando a valva AV fechada; · Onda V: provocada pelo enchimento atrial pelo sangue venoso. - Curva de pressão ventricular: apresenta maior variação; o aumento da pressão na sístole tem de ultrapassar a pressão do interior da aorta para ejetar sangue; . Na diástole, a pressão ventricular tem de ser abaixo da pressão atrial para enchimento do ventrículo; . Sístole ventricular: · Estímulo elétrico nas firas de Purkingie provoca contração ventricular; há aumento da pressão no ventrículo ultrapassando a pressão atrial logo no início; · A valva AV se fecha de forma passiva; · A pressão intraventricular aumenta até ultrapassar a pressão aórtica; · A valva aórtica se abre e o sangue é ejetado; · Fases: . Contração isovolumétrica: as duas valvas estão fechadas e não há variação de volume intraventricular; . As válvulas das valvas se abrem e ocorre a ejeção em duas fases: . Ejeção Rápida: as valvas se abrem; maior parte da queda do volume ventricular; . Ejeção Lenta . Diástole ventricular · Fases: . Relaxamento isovolumétrico: . Enchimento rápido; . Enchimento lento; Em conjunto, essas três fases compões o enchimento passivo . Sístole atrial. Configura o enchimento ativo · No início do relaxamento ventricular, a pressão ventricular logo fica menor que a da aorta; a valva aórtica se fecha; · A queda se sustenta até a pressão intraventricular ficar menor que a pressão atrial abrindo a valva mitral dando início ao enchimento ventricular; · Relaxamento isovolumétrico: as duas valvas estão fechadas, o volume não varia; · Abertura das valvas atrioventriculares: . Fases de enchimento rápido e lento. . SG dos átrios para os ventrículos por diferença da pressão; maior parte do enchimento ventricular (cerca de 80%) . Sístole atrial. - Curva de pressão aórtica: a pressão aórtica começa a aumentar a partir da ejeção de sangue pelo ventrículo acompanhando o aumento de pressão intraventricular . Diminui ao longo da última fase de ejeção. . Ao fechamento da valva aórtica há um abaulamento denominado de incisura dicrótica; . A pressão aórtica gradativamente diminui por conta da elasticidade da aorta; . A pressão se mantém aproximadamente em 80mmHg devido à resistência periférica; . A pressão arterial tem então dois valores: · Pressão sistólica: valor máximo; · Pressão diastólica: valor mínimo. Fração de ejeção (índice de contratilidade) - Volume sistólico: volume ejetado a cada sístole; cerca de 70mL; - Volume sistólico final: permanece no ventrículo ao final da ejeção; cerca de 50mL; - Volume diastólico final: volume após o enchimento durante a diástole (soma dos outros dois volumes); - É uma medida de função cardíaca; valor de normalidade é cerca de 60%; Pré carga e pós carga - Influenciam o trabalho cardíaco; - Pré carga: carga com a qual o coração tem de trabalhar; volume de sangue que chega ao coração; volume diastólico final; - Pós carga: resistência ao bombeamento cardíaco; influencia a pressão do ventrículo para mover sangue para aorta; . Estenose aórtica = pós carga aumentada Funções das valvas: - Impedem o refluxo de sangue; - Valvas AV se ligam aos MM papilares pelas cordas tendíneas; -A contração dos papilares (sístole) tensiona as cordas tendíneas e ajuda a prevenir o abaulamento das valvas AV; consequentemente ajuda a evitar o refluxo ventrículo p/ átrio; - Bulhas cardíacas: sons de fechamentos das valvas; . São normalmente auscultados dois sons; . B1 ou primeira bulha: · Fechamento das valvas atrioventriculares e a turbulência sanguínea que se associa; · Acontece no início da contração isométrica; · Marca o início da sístole; · Som mais grave. . B2 ou segunda bulha: · Fechamento das válvulas semilunares; · Marca o início da diástole . O intervalo entre B1 e B2 é menor que o intervalo entre B2 e B1 (a diástole é mais longa durante o ciclo cardíaco) . Existem ainda terceira e quarta bulha (B3 e B4): · Ocorrem durante a diástole; · Produzidas quando a complacência ventricular é diminuída ou quando há hipertrofia ventricular patológica; · B3: audível na fase de enchimento rápido do ventrículo; . Normalmente auscultada em crianças; · B4: audível na sístole atrial; . Geralmente é patológica; SOPRO CARDÍACO - Som produzido por turbilhonamento do SG; - Ocasionado por presença de obstrução; aumento da velocidade do fluxo; estenose ou insuficiências; dilatações vasculares; · Estenose: alteração na abertura por fusão parcial das cúspides; diminuição do raio; · Insuficiência: a valva não se fecha completamente e há regurgitação de sangue. · Na estenose a alteração é na ABERTURA na insuficiência a alteração é no FECHAMENTO (importante para identificar os possíveis sons durante a ausculta) Possíveis defeitos - Estenose aórtica: . Sopro sistólico logo após B1; -Estenose pulmonar: . Sopro sistólico - Insuficiência mitral: . Sopro sistólico após B1 - Insuficiência tricúspide: . Sopro sistólico - Insuficiência aórtica: . Sopro diastólico após B2; - Insuficiência pulmonar: . Sopro diastólico - Estenose mitral: . Sopro diastólico após B2 - Estenose tricúspide: . Sopro diastólico - Pode haver sopros tanto na sístole quanto na diástole e a identificação da fase se dá pela observação da ausculta do sopro + bulha; Davi Cassiano, 119B 2 Conclusão - O ciclo cardíaco depende da função do sistema de condução do coração para induzir contração e alternância entre sístole e diástole. - Adequada função de bombeamento mantém débito sistólico adequado para suprir as necessidades do organismo de acordo com a pré e a pós carga.
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