Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Davi Cassiano, 119B Difusão e transporte de gases respiratórios - A troca gasosa que ocorre na unidade alvéolo – capilar é realizada por difusão. - Os movimentos de difusão dependem de diferenças de concentração entre os compartimentos. - O conhecimento das pressões dos gases respiratórios no ar alveolar é que torna possível entender a difusão. - As pressões dependem, entre outros aspectos, da composição do ar inspirado. -Biofísica dos gases respiratórios- - Pressão atmosférica = somas das pressões parciais dos gases presentes. 760mmHg ao nível do mar. - Composição do ar: · 21% O2. Portanto, pO2 ≃ 160mmHg, · 0,04% CO2; · 71% Nitrogênio; -Movimento dos gases respiratórios- - A entrada de ar no sistema se dá por movimento de massas/convecção. - O fluxo ocorre por diferença de pressão entre atmosfera e alvéolos. - A mecânica respiratória -ver aula do PP :’(- faz a pressão alveolar menor que a pressão atmosférica para que ocorra fluxo de ar. - A velocidade do fluxo de ar diminui à medida que o ar passa em direção aos alvéolos devido ao aumento da área de sessão transversa total. - Nos alvéolos, o fluxo de massa cessa e predomina o movimento aleatório das moléculas, esse movimento determina a troca por difusão alvéolo/capilar. -Gradiente alvéolo – capilar- - Na unidade alvéolo capilar os gases se movem de acordo com seus gradientes de pressão individuais. - Assim, os gases podem se mover em direções distintas pois o movimento depende da diferença de pressão parcial de cada gás em separado, entre o alvéolo e o capilar. -Composição do ar alveolar- - As pressões dos gases são diferentes nos alvéolos e na atmosfera. - A diferença se dá por conta de: · Umidificação do ar à medida que atrevesse as vias aéreas, então há uma mistura com vapor d’água. · O ar alveolar perde O2 para o capilar pois há contínua absorção por parte do capilar. Em contrapartida, ganha CO2 pela difusão no sentido contrário. · Em cada ventilação, o ar alveolar é parcialmente renovado. Então, há uma mistura do ar inspirado com o ar que já sofreu troca com o capilar. -Pressão dos gases respiratórios- -Unidade de troca gasosa- - Além da pressão atmosférica e alveolar, é preciso conhecer a pressão venosa e artéria do O2 e CO2: · pO2 veias sistêmicas(chega ao pulmão pela artéria pulmonar): ≃ 40mmHg. · pCO2 venosa ≃ 45mmHG. · Esse gradiente determina então o sentido do transporte. · A diferença de pressão do O2 é favorável à sua absorção pelo capilar. · Já a diferença do CO2 é favorável à sua difusão para o interior do alvéolo. · Assim o sangue é oxigenado ao longo do trajeto e as pressões de Oxigênio são equilibrados no alvéolo e no capilar. · pO2 arterial (Pa O2) ≃ 100mmHg. · pCO2 arterial(Pa O2) ≃ 40mmHG. - À medida que o sangue entra na unidade alvéolo - capilar, a pO2 aumenta rapidamente e a pCO2 diminui. - O equilíbrio se estabelece a cerca de 1/3 do trajeto no capilar. -Barreira de difusão: membrana respiratória- - Formada pela: · Camada de líquido que banha os alvéolos; · Epitélio alveolar e membrana basal. · Espaço intersticial. · Membrana basal do endotélio. · Endotélio do capilar. - A difusão é definida por: · Diferença de pressão; · Solubilidade do gás. · Área total de troca gasosa. · Distância por onde deve ocorrer a difusão. . Assim, o processo é passivo regido pela lei de Fick: Vgás = A x D x -Vgás = velocidade de difusão dos gases. - A = área total de troca. - P1 – P2 = gradiente de pressão entre os lados. - E = espessura da membrana - D = constante de difusão. - A ventilação pulmonar mantém o gradiente de pressão. Fatores que interferem na ventilação (Ex.: aumento da resistência das vias aéreas ao fluxo de ar asma ) pode diminuir o gradiente provocando baixa oxigenação do sangue. - As propriedades da barreira (área total e espessura) podem sofrer variações(fisiológicas ou patológicas) que interfiram nas trocas gasosas: . Fisiológicas: ocorrem a cada ciclo respiratório. · Inspiração: área de troca aumentada pela expansão dos pulmões; espessura da barreira diminuída. Aumenta a difusão. . Patológicas: presença de edema ou fibrose pulmonar. · Diminuição da área total de troca gasosa (enfisema pulmonar) prejudicial a difusão podendo causar hipóxia. -Difusão periférica- - Regida pelos mesmos princípios da difusão alvéolo capilar. - A utilização de O2 pelas células fazem com que a pO2 no tecido seja menor que no sangue arterial. A diferença de pressão provoca a difusão do O2 para as células. - O CO2 é produto do metabolismo, assim tem uma pressão maior que impulsiona a difusão para o capitar (pCO2 ≃ 45mmHG nas veias sistêmicas). -Transporte sanguíneo de O2- - Existem 2 formas de transporte de O2 no sangue: . Dissolvido no plasma: menor parte do transporte. Cerca de 2%. . Ligado a hemoglobina da hemácia: 98% do transporte. - A pO2 arterial é mantida pelo O2 dissolvido no sangue. Influencia a capacidade de ligação do O2 á hemoglobina. - Cada hemoglobina pode transportar 4 moléculas de O2, que se liga ao Fe2+ da hemoglobina. - O conteúdo de O2 no sangue é a soma do oxigênio presente (dissolvido ou ligado a hemoglobina). - Sem hemoglobina no sangue, para uma mesma pressão PaO2 de 100mmHg de um sangue com hemoglobina, há uma grande diferença no conteúdo de O2 no sangue. . Anemia: queda na concentração de hemoglobina. A depender da gravidade, pode significar uma grande diminuição no conteúdo de O2 do sangue. -Curva de dissociação de oxigênio – hemoglobina- - A PaO2 determina a ligação de oxigênio com a hemoglobina. - Oxigênio e hemoglobina se combinam de forma reversível, o que é essencial para que o oxigênio chegue ao tecido. - Saturação de hemoglobina: porcentagem de oxigênio ligado a hemoglobina sobre a sua capacidade total de transporte. - Um aumento na PO2 arterial aumenta a afinidade do O2 com a hemoglobina, porém não de forma linear e sim em forma de curva sigmoide: - Nos pulmões e sangue arterial a pO2 é ≃ 100mmHg, a saturação é de cerca de 97% e uma queda na pO2 não altera abruptamente a saturação pois a curva é mais plana nessa região. . Importante pois a hemoglobina ainda será capaz de se ligar ao O2 para promover transporte aos tecidos. - Para níveis mais baixos de pO2, como em tecidos e capilares sistêmicos, a variação de PaO2 interfere mais na saturação pois é o ponto da curva mais inclinada. . Importante pois permite um mais fácil desligamento entre hemoglobina e O2. - Alguns fatores interferem na curva de saturação em situações especiais: · pH; · pCO2; · Temperatura · Concentração do BPG nos eritrócitos. · Ex: Tecido metabolicamente mais ativo: · Aumento local da pCO2 ; · Queda de pH; · Aumento da temperatura; · A curva é desviada para direita; · Assim, para uma mesma pO2 a saturação está menor portanto há maior desligamento do O2 da hemoglobina. · Dessa foram o O2 pode passar para o tecido. · Ex: tecido metabolicamente menos ativo: · Queda na pCO2; · Aumento de pH · Diminuição da temperatura; · A curva é desviada para esquerda; · Assim, para uma mesma pO2 a saturação está menor, portanto há menor desligamento do O2 da hemoglobina; · Dificuldade maior de passagem para o tecido · Ação do BPG · Intermediário da glicólise produzido nas hemácias. · Aumento da sua concentração em hipóxia, a curva é desviada para a direta. -Oximetria de pulso- - Registra a saturação de O2. - Registro indireto e não invasivo. - A hemoglobina oxigenada absorve mais luz infravermelha que vermelha. Já para hemoglobina reduzida, o contrário é que acontece. - O equipamento emite os comprimentos de onda e detecta o que foi absorvido perlo componente pulsátil (arterial). - A análise permite a obtenção da saturação de hemoglobina com O2. Medida prática do nível de oxigenação do sangue. -Transporte sanguíneo de CO2- - Pode ser transportado de três maneiras: . Dissolvido no sangue: 7%; . Ligado a hemoglobina: 23%; . Como bicarbonato: 70%; - O organismo produz cerca de 200mL de CO2/min. A sua eliminação depende de: . Transporte sanguíneo eficiente; . Difusão na membrana alvéolo– capilar; . Eliminação pela expiração. - É produzido pelo metabolismo tecidual e difundido para o capilar. Uma parte permanece no plasma e a maior parte entra na hemácia (se ligar a hemoglobina ou virar bicarbonato). - A ligação com a hemoglobina é feita no ligamento amino – terminal da porção globina e forma a carbamina – hemoglobina. - A maior parte reage com água em presença de anidrase carbônica e forma ácido carbônico -> dissociado em H+ e bicarbonato. . O bicarbonato se forma no interior da hemácia e sai dela por trocador de cloreto e é transportado no plasma. - A ligação de O2 e CO2 a hemácia em feita em sítios diferentes. Porém, a ligação de um influencia a ligação do outro: . Aumento de CO2 desloca o O2 da hemoglobina. Efeito Bohr. . O inverso também ocorre. Efeito Haldane. 2
Compartilhar