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Resumo Unidade 1 - Estrutura e Função Humana

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Matéria – Estrutura e Função Humana
(Unidade 1)
Homeostase e a Membrana Plasmática
Conceito de Homeostase: Capacidade de se adaptar às mudanças ambientais e internas, mantendo as funções orgânicas acontecendo de maneira eficiente, em equilíbrio, independente, da situação. Homeostase, do grego, homeo, significa parecido ou similar e stase significa condição. Nosso organismo não é estático. Toda vez que algo perturba o equilíbrio, a homeostase, rapidamente o organismo se ajusta e retorna ao estado de equilíbrio. Mas pra que ela aconteça, é preciso que haja uma comunicação íntima entre todos os sistemas que compõem nosso organismo. 
No corpo humano, aprendemos que sempre existe a presença de um receptor, um centro integrador e um efetor.
· Receptor: será aquele que perceberá a quebra da homeostase;
· Centro Integrador: será o responsável pela tomada de decisão do restabelecimento do equilíbrio corporal;
· Efetor: será aquele responderá ou efetuará o comando do centro integrador.
EX: A temperatura ideal para o funcionamento do nosso corpo fica em torno de 36,5 °C ou 37 °C. Imagine que hoje está fazendo 20 °C lá fora e você não imaginava que teria tal queda de temperatura, saiu de casa vestindo apenas uma bermuda e uma regata. A temperatura do ambiente começa a influenciar sua temperatura corporal, porém, para que os nossos órgãos funcionem de maneira adequada, precisamos mantê-los a 36,5 ºC. Receptores localizados na superfície de nosso corpo percebem a temperatura ambiente, enviam esta mensagem para o sistema nervoso que compreende que se a temperatura corpórea diminuir, nossos órgãos poderão sofrer danos. A estratégia tomada então é enviar um comando aos músculos (efetores), para que contraiam repetidamente (tremor), gerando calor. 
Essa íntima relação entre os sistemas recebe o nome de feedback ou retroalimentação. Existem dois tipos de feedbacks: o negativo e positivo.
· Feedback negativo: É aquele que se caracteriza por reduzir um certo estímulo e reverter a direção de mudança que estava ocorrendo. Ele é responsável pela secreção da maioria dos hormônios e está diretamente relacionado com a manutenção da homeostase, ou seja, do equilíbrio interno.Ex: A regulação da quantidade de açúcar no organismo. Quando ocorre o aumento de glicose no sangue, logo após a alimentação, por exemplo, há um aumento nas taxas de insulina. Esse hormônio garante a absorção de glicose pelas células e a síntese e armazenamento de glicogênio no fígado, diminuindo, assim, os níveis de glicose no sangue. Observe que, nesse caso, o aumento da glicose desencadeou ações que reduziram o seu nível, mostrando que o feedback negativo tenta manter o equilíbrio interno do corpo.
· Feedback positivo: Por outro lado, o feedback positivo reforça a variável. Funciona da mesma forma que no feedback negativo, porém, agora, o comando enviado para o efetor é de intensificação, ou seja, aquela variável vai ser ainda mais estimulada. Ex: Situação de parto. Por meio do feedback negativo, as contrações uterinas seriam anuladas, mas se isso acontecer o bebê não irá nascer, já que são as contrações uterinas que favorecem a saída do bebê do útero. Com o feedback positivo, quanto mais contrações e estiramentos, mais contrações uterinas irão acontecer até que o bebê nasça.
No esquema abaixo, observe uma célula eucarionte, dotada de diversas organelas com diferentes funções e de um núcleo contendo em seu interior nosso material genético, o DNA. Queremos chamar atenção para o envoltório celular, denominado Membrana Plasmática. Ainda que as demais estruturas celulares sejam interessantes, serão focos de outra disciplina chamada Processos Biológicos.
Figura 1 - A) Uma ilustração de uma célula animal, com seus constituintes citoplasmáticos. B) Uma ampliação do envoltório celular, conhecido como membrana plasmática, ilustrando sua composição. Fonte: Vladimir Ishuk; KallayanneNaloka Shutterstock.
Figura 2 - Concentrações iônicas homeostáticas no meio extracelular e intracelular Fonte: Elsevier, [s.d].
Quando a membrana plasmática consegue garantir que as concentrações iônicas intracelulares estejam de acordo com a necessidade celular, a célula está em homeostase.
A função de transporte entre o meio extra e intracelular é então muito importante para as células. Tanto para entrar (influxo) como para sair (efluxo), todas as substâncias químicas atravessam a membrana plasmática. Os transportes pela membrana podem ser divididos de acordo com dois critérios: mediados e não mediados, e ativos e passivos. O transporte mediado é feito pelas proteínas, que podem ser carreadoras (transportadoras) ou proteínas de canais. Neste caso, as substâncias que querem entrar ou sair da célula precisam de ajuda destas proteínas ou canais. A maior parte das moléculas que são transportadas fazem uso do que chamamos de mediadores ou canais transportadores, proteínas localizadas na membrana plasmática capazes de mudar a sua conformação ao se ligarem à molécula na qual possuem especificidade, transportando-a para o MIC ou para o MEC.
Figura 3 - Proteínas transportadoras de membranas plasmáticas Fonte: Sakurra/Shutterstock
Na figura, você pode observar a membrana plasmática em destaque com suas proteínas transportadoras. À esquerda, um canal fechado e à direita, o canal aberto, permitindo a difusão dos íons de um meio para outro. No transporte não mediado, as substâncias atravessam a membrana plasmática sem a ajuda de proteínas.
Difusão simples: É o transporte passivo de moléculas através da bicamada lipídica de uma membrana biológica. A velocidade do transporte depende de 3 fatores: A magnitude da força motriz, a área de superfície da membrana e a permeabilidade.
Difusão facilitada: Pode ser chamada de transporte mediado; Necessita de um transportador: é uma proteína que se liga a moléculas de um lado da membrana e as transportas para o lado oposto por meio de uma mudança conformacional; Um transportador possui um ou mais locais de ligação que são normalmente específicos para moléculas de determinada substância.
Difusão através de canais: Um canal é uma proteína que faz o transporte através de um conduto ou um poro que se estende de um lado a outra da membrana
· Transporte ativo: No transporte ativo a célula gasta ATP e ele ocorre contra um gradiente de concentração e com uso de um mediador (carreador ou proteína de canal).
· Transporte passivo: No transporte passivo, a célula não gasta ATP. São exemplos de transporte passivo: a osmose, realizada pela água no corpo humano, quando ela vai de uma área de alta concentração de água para uma área de baixa concentração de água; a difusão simples, que ocorre quando um íon ou gás é transportado sem um mediador e sem gasto energético; e a difusão facilitada, ocorrida quando um íon ou gás é transportado com um mediador, porém, sem gasto energético.
Como o Organismo Humano está organizado
Quando observamos um indivíduo, o vemos como um livro finalizado. Porém, esse indivíduo é formado por sistemas (nervoso, respiratório, cardiovascular, urinário, endócrino, digestório, esquelético e genital). Cada sistema é formado por um conjunto de órgãos que trabalham para a mesma finalidade. Esses órgãos são formados por tecidos, que por sua vez são formados por células.
Figura 4 - Constituição corporal humana e seus constituintes celulares. Fonte: Tortora e Derrickson(2016); GrapphicsRF/Shutterstock
Os sistemas corporais não trabalham de maneira individual, mas exercem grande influência e até mesmo manutenção no funcionamento dos demais sistemas. A homeostase começa em nível celular. Se as células estão exercendo bem suas funções, logo o tecido também está. Consequentemente, o órgão funciona de maneira adequada e assim os sistemas corporais também.
Temos quatro tecidos fundamentais que compõem nosso corpo, são eles: tecido epitelial, tecido muscular, tecido nervoso e tecido conjuntivo. 
· Tecido epitelial: O tecidoepitelial é responsável pelo revestimento de superfícies externas (como a pele, por exemplo) e internas do nosso corpo (nossos órgãos). O tecido epitelial de revestimento é responsável por proteger as superfícies internas e externas do corpo ou fazer a absorção de elementos. Dessa maneira, as células que o compõem podem apresentar diferentes formatos ou estar dispostas em camadas. Ainda existe uma forma especializada de tecido epitelial, com a capacidade de secreção. Para este, damos o nome de tecido epitelial glandular.
· Tecido muscular: O tecido muscular é composto por células com capacidade contrátil. Essas células apresentam formato de fibra e, por isso, recebem o nome de fibra muscular. Temos três tipos de tecido muscular: tecido muscular estriado esquelético, que compõe a musculatura do corpo; tecido muscular estriado cardíaco (ou miocárdio), que compõe o coração; e tecido muscular liso que compõe nossos órgãos internos como estômago, intestino, útero, etc.
· Tecido nervoso: O tecido nervoso é um tecido especializado na condução de informações, na comunicação entre os demais tecidos e sistemas. É formado por neurônios (unidade funcional) e células da glia (dão o suporte necessário para o funcionamento adequado dos neurônios e a manutenção do tecido).
· Tecido conjuntivo: Já o tecido conjuntivo é o tecido que forma o conjunto com os demais. Também chamado de tecido conectivo, esse tecido encontra-se associado a todos os demais, conectando cada um deles. Isso porque é o único tecido vascularizado. As células principais são os fibroblastos e fibrócitos (responsáveis pela síntese e manutenção da matriz extracelular), macrófagos, mastócitos e plasmócitos (células responsáveis pela defesa do tecido) e a célula mesenquimal (precursora destes tipos celulares). Há vários subtipos de tecido conjuntivo, como o tecido ósseo, o tecido cartilaginoso, o tecido adiposo e outros.
Os quatro tecidos fundamentais formam os órgãos do corpo humano. Alguns órgãos com funções semelhantes se agrupam formando os sistemas orgânicos. 
Figura 5 - Constituição corporal humanaFonte: Macrovector/Shutterstock
· Sistema esquelético: O sistema esquelético é formado por ossos e cartilagens e sua função é dar sustentação e forma ao organismo.
· Sistema articular: O sistema articular é formado pelas articulações, cuja função é unir segmentos do corpo humano.
· Sistema muscular: O sistema muscular é formado pelos músculos associados ao nosso esqueleto, bem como é formado pelo coração e alguns órgãos o músculo liso. A função desse sistema é a geração de movimento, ou seja, movimentar o corpo ou impulsionar e movimentar o sangue ou ainda movimentar o bolo alimentar no interior do nosso sistema digestório, por exemplo.
· Sistema nervoso: O sistema nervoso é formado pelo nosso encéfalo, medula espinal, nervos e gânglios e tem a função de percepção do ambiente interno e externo, compreender e gerar respostas para a manutenção da homeostase e gerar comportamentos.
· Sistema circulatório: O sistema circulatório é formado pelo coração e uma rede condutora, a qual nomeamos vasos sanguíneos. Tem a função de conduzir o sangue para todo o corpo a fim de serem distribuídos os nutrientes e materiais adequados para a sobrevivência celular. 
· Sistema respiratório: O sistema respiratório é formado pelo nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões. É responsável por fazer a troca gasosa, filtrar, aquecer e umidificar o ar inspirado.
· Sistema digestório: O sistema digestório tem a função de captar o alimento, digeri-lo e a partir daí absorver os nutrientes necessários para o corpo e excretar aquilo que não pudemos digerir. É formado pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso, além de algumas glândulas anexas como o fígado, o pâncreas e as glândulas salivares.
· Sistema urinário: O sistema urinário é formado pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. É responsável pela filtração do sangue e formação da urina, pela manutenção do volume plasmático, bem como a manutenção iônica plasmática.
· Sistema linfático: O sistema linfático é formado pelos vasos linfáticos e linfonodos. Faz o recolhimento do líquido que se acumula entre os tecidos (liquido intersticial) e forma a linfa, faz a absorção dos lipídeos no intestino formando o quilo e ainda pode atuar na defesa do organismo, eliminando possíveis patógenos.
· Sistema genital: O sistema genital masculino é formado pelo testículo, epidídimo, ducto deferente, glândula seminal, ducto ejaculatório, próstata, uretra, glândula bulbouretral, pênis e escroto. Já o sistema genital feminino é formado pelos ovários, tuba uterina, útero, vagina e genitália externa, também chamada de vulva, formada por monte do púbis, lábios maiores, lábios menores, clitóris e glândulas vestibulares. Ambos os sistemas são responsáveis pela formação e manutenção dos gametas (espermatozoide e ovócito) e produção de hormônios.
OBS: Alguns sistemas podem ser agrupados e formar aparelhos. É o caso dos sistemas esquelético, articular e muscular, que se juntos permitem a locomoção e, por isso, formam o que chamamos o aparelho locomotor. Esse também é o caso do Aparelho urogenital, formado pelos sistemas urinário, genital masculino e feminino.
Utilizando os Termos Adequados
Toda a descrição das estruturas anatômicas que serão feitas, serão de estruturas normais. Normal é a característica que se repete na maioria dos seres humanos.
· Variação Anatômica: É uma característica interna ou externa que não é normal, mas que mantem a sua função integra.
· Anomalia: Quando a morfologia diferente gera algum tipo de prejuízo na função da estrutura anatômica.
 Anomalia: fissura lábiopalatina
O corpo humano é dividido em regiões: 
· Cabeça; As estruturas anatômicas contidas na cabeça, estão inseridas na cavidade craniana.
· Pescoço; 
· Tronco (tórax, abdome, pelve e dorso); 1) As estruturas contidas no tórax, estão na cavidade torácica.
2) As estruturas contidas no abdômen estão na cavidade abdominal.
3) As estruturas localizadas na região da pelve estão inseridas na cavidade pélvica.
· Membros Superiores (braço, antebraço e mão);
· Membros Inferiores (coxa, perna e pé).
Posição Anatômica: É a posição onde o estudo corporal é baseado.
1. Tronco ereto;
2. Membros superiores estendidos ao longo do corpo e com a palma das mãos voltadas para frente;
3. Membros inferiores estendidos e paralelos, com a ponto dos pés voltada para frente;
4. Cabeça voltada para frente e olhar direcionado ao horizonte.
Somos indivíduos tridimensionais, isso significa que possuímos profundidade, para descrever usamos os termos direcionais, que são:
· Superior: Para se referir a alguma estrutura que esteja acima de outra.
· Inferior: Para se referir a alguma estrutura que esteja abaixo de outra.
· Anterior: Para se referir a alguma estrutura que esteja mais à frente de outra.
· Posterior: Para se referir a alguma estrutura que esteja mais atrás de outra.
· Medial: Para se referir a alguma estrutura que esteja localizada mais ao centro do corpo, comparada a outra.
· Lateral: Para se referir a alguma estrutura que esteja localizada mais à lateral (direita ou esquerda) do que outra.
· Superficial: Para se referir a alguma estrutura que esteja mais próxima à superfície do corpo do que comparada a outra.
· Profundo: Para se referir a alguma estrutura que esteja mais distante da superfície do corpo quando comparada a outra.
· Proximal: Utilizado apenas para os membros superiores e inferiores, para estruturas que estejam mais próximas a região do tronco, quando comparado a outra.
· Distal: Utilizado apenas para os membros superiores e inferiores, para estruturas que estejam mais distantes da região do tronco, quando comparadoa outra.
Agora, confira alguns exemplos de uso dos principais Termos Direcionais. 
• Os olhos são superiores ao nariz. • A boca é inferior ao nariz. • O osso esterno é anterior às vértebras torácicas. • As vértebras torácicas são posteriores ao osso esterno. • O osso ulna é medial em relação ao osso rádio. • O osso rádio é lateral em relação ao osso ulna. • O músculo oblíquo externo é superficial em relação ao músculo oblíquo interno.
OBS: é importante que comparemos sempre ao menos duas estruturas anatômicas para fazer o uso dos termos direcionais.
A maneira de cortar o corpo humano foi padronizada, e chamamos de planos de secção do corpo humano. As quatro formas são:
· Plano Sagital Paramediano: divide o corpo humano em partes direita e esquerda;
· Plano Sagital Mediano: divide o corpo humano exatamente ao meio, em metades direita e esquerda;
· Plano Horizontal: divide o corpo humano em partes superior e inferior;
· Plano Frontal: divide o corpo humano em partes anterior e posterior.
Sistema Nervoso
Sistema Nervoso:  O sistema nervoso é um dos mais complexos e é o principal centro integrador para a manutenção da homeostase, representa uma rede de comunicações do organismo. É formado por um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de captar as mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e "arquivá-los". Consequentemente, ele elabora respostas, as quais podem ser dadas na forma de movimentos, sensações ou constatações.
Neurônio
A unidade funcional do SN é uma célula chamada neurônio, célula especializada na capacidade de transmissão de mensagens, sejam elas químicas ou elétricas. Existem milhões de neurônios por todo o corpo, formando o SNC e SNP. As partes que compõe um neurônio são o corpo celular, onde situa-se o núcleo da célula, citoplasma e suas principais organelas; os dendritos, pequenas ramificações que partem do corpo do neurônio; o axônio, ou fibra nervosa, pela qual o impulso elétrico será conduzido e as terminações nervosas.
 
A seguir, encontramos as células da glia. São elas: Células de Schwann, Oligodendrócitos, Astrócitos, Microglias e Células Ependimárias. 
A bainha de mielina é a própria membrana plasmática da célula de Schwann e do oligodendrócito, envolvida sobre o axônio do neurônio. Como já vimos, no início deste capítulo, a composição da membrana plasmática é fosfolipídica, portanto, isolante elétrica.
Dessas, vamos destacar as células de Schwann e os oligodendrócitos. São duas células que têm a mesma função, porém, em locais diferentes:
· Células de Schwann: As células de Schwann encontram-se no SNP, enrolando-se ao redor dos axônios dos neurônios, formando a bainha de mielina.
· Oligodendrócitos: Os oligodentrócitos se encontram no SNC e são responsáveis pela formação da bainha de mielina, que aumentará a velocidade da propagação do impulso nervoso.
As demais células irão trabalhar na manutenção das condições adequadas para que estes neurônios sobrevivam e exerçam suas funções de maneira adequada.
· Astrócitos: São células da neuróglia, as mais abundantes do sistema nervoso central e são as que possuem as maiores dimensões, conectam os neurônios aos vasos sanguíneos, garantindo uma permeabilidade e nutrição seletiva e protegendo-os contra substâncias nocivas. Levam esse nome pelo seu formato (astro=estrela, cito=célula). Existem dois tipos de astrócitos: os protoplasmásticos e os fibrosos.
· Micróglias: São as menores células da glia e funcionam como fagócitos. Ou seja, células que removem restos celulares e microrganismos.
· Ependimárias: São células cubóides ou prismáticas que compreendem a neuróglia epitelial. São responsáveis pelo revestimento simples dos ventrículos, cavidade essa compreendida entre o cerebelo (teto) e ponte, bulbo e parte do mesencéfalo (assoalho).
Classificação dos Neurônios:
· Multipolares: possuem vários dendritos e um axônio.
· Bipolares: possuem um dendrito e um axônio.
· Pseudounipolares: apresentam próximo ao corpo celular, prolongamento único, mas este se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o sistema nervoso central. 
 Função:
· Motores (eferentes): controlam órgãos efetores, como glândulas e fibras musculares.
· Sensoriais (aferentes): recebem estímulos do organismo ou do ambiente. 
· Interneurônios: estabelecem conexões entre outros neurônios, formando circuitos complexos.
Potencial de Ação: É a capacidade do neurônio produzir atividade elétrica. O potencial de ação do neurônio é composto pelas fases de repouso, despolarização, repolarização e hiperpolarização.
· Repouso: o potencial elétrico da membrana dos neurônios está em torno de -60 a -70Mv.
· Despolarização: A inversão de carga elétrica negativa para positiva.
· Repolarização: É quando o neurônio começa a remover a carga positiva (K+), com a abertura dos canais de potássio vai voltando a negatividade.
· Hiperpolarização: É qualquer mudança no potencial de membrana que torna a membrana celular mais polarizada, ou seja, é o aumento no valor absoluto do potencial de membrana. Assim sendo, qualquer mudança que afaste o potencial de membrana do valor nulo é considerada uma hiperpolarização.
Meio intracelular: predominam íons orgânicos com cargas negativas e potássio (K+).
Meio extracelular: predominam sódio (NA+) e cloro (CL-).
Nós ou Nodos de Ranvier: Entre as células gliais que envolvem o axônio existem pequenos espaços, os nódulos de Ranvier, onde a membrana do neurônio fica exposta. Nas fibras nervosas mielinizadas, o impulso nervoso, em vez de se propagar continuamente pela membrana do neurônio, pula diretamente de um nódulo de Ranvier para outro.
Sinapses: É a comunicação entre os neurônios. No sistema nervoso humano, a maior parte das sinapses é do tipo química, Essas substâncias químicas são chamadas de neurotransmissores (os mais conhecidos são a adrenalina e a acetilcolina). Essas substâncias químicas ficam armazenadas no interior do neurônio em pequenas bolsas, chamadas de vesículas sinápticas. As vesículas sinápticas liberam os neurotransmissores no momento certo para que a sinapse possa acontecer.
Para que uma sinapse aconteça, precisamos de dois neurônios, sendo um neurônio présináptico e um neurônio pós-sináptico. Entre esses dois neurônios, há um pequeno espaço que os separa chamado de fenda sináptica.
Quando o neurônio pós-sináptico despolariza sob ação do neurotransmissor, dizemos que esse neurotransmissor é excitatório. Quando o neurônio pós-sináptico hiperpolariza sob ação do neurotransmissor, dizemos que esse neurotransmissor é inibitório.
Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP)
O sistema nervoso é dividido em duas partes: 
· Central: Protegido pelos ossos do crânio e da coluna vertebral, formado pelo Encéfalo e Medula Espinal, protegidos por três membranas denominadas meninges.
 
O encéfalo é dividido em: cérebro, cerebelo e tronco encefálico. Por sua vez, o cérebro é subdividido em telencéfalo e diencéfalo, e o tronco encefálico em mesencéfalo, ponte e bulbo.
O telencéfalo é ainda dividido em dois hemisférios (direito e esquerdo), por meio da fissura longitudinaldo cérebro. Cada hemisfério é dividido em cinco lobos: lobo frontal(sensibilidade), parietal(sensibilidade), temporal(audição, linguagem), occipital(visão) e insular. Nesses lobos, encontramos os principais centros de controle como raciocínio, linguagem, movimento, memoria, inteligência, emoções, sentidos etc. Cada lobo do telencéfalo é formado por diversos giros, que são separados um do outro pelos sulcos.
No diencéfalo, uma região logo abaixo do telencéfalo, encontramos estruturas responsáveis pelo controle do sistema nervoso autônomo e a glândula hipófise. A hipófise é responsável por produzir hormônios que controlam quase que todas as outras glândulas do corpo.
O tronco encefálico é dividido em mesencéfalo, ponte e bulbo e suas funções estão relacionadas ao controle da atividade elétrica cortical, do sono e da vigília e dos nervos que controlam funções da cabeça. O cerebelo está relacionado à manutenção da postura, do equilíbrio e da coordenação motora. Já a medula espinal, por sua vez, serve como um meio de condução das informações do encéfalo para a periferia do organismo do pescoço para baixo e vice-versa. Por isso, quando há lesão medular, pode-se perder o controle motor e a sensibilidade dessas regiões. Porém, a medula espinal não ocupa todo o interior do canal vertebral. Em uma pessoa adulta ela apresenta aproximadamente 45 cm e termina na altura da segunda vértebra lombar (L2).
· Periférico: Espalhado por toda a periferia do corpo, desprotegido por ossos. Formado por nervos e gânglios e terminações nervosas.
 
Sua função é conectar o sistema nervoso central ao resto do corpo. Existem dois tipos de nervos: os cranianos e os raquidianos.
· Nervos Cranianos: distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo, e sua função é transmitir mensagens sensoriais ou motoras, especialmente para as áreas da cabeça e do pescoço.
· Nervos Raquidianos: são 31 pares de nervos que saem da medula espinhal. São formados de neurônios sensoriais, que recebem estímulos do ambiente; e neurônios motores que levam impulsos do sistema nervoso central para os músculos ou para as glândulas.
De acordo com a sua atuação, o sistema nervoso periférico pode ser dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo.
· Sistema Nervoso Somático: regula as ações voluntárias, ou seja, que estão sob o controle da nossa vontade bem como regula a musculatura esquelética de todo o corpo.
· Sistema Nervoso Autônomo: atua de modo integrado com o sistema nervoso central e apresenta duas subdivisões: o sistema nervoso simpático, que estimula o funcionamento dos órgãos, e o sistema nervoso parassimpático que inibe o seu funcionamento. A função do sistema nervoso autônomo é regular as funções orgânicas, para que as condições internas do organismo se mantenham constantes.
· De maneira geral, esses dois sistemas têm funções contrárias. Enquanto o sistema nervoso simpático dilata a pupila e aumenta a frequência cardíaca, o parassimpático, por sua vez, contrai a pupila e diminui os batimentos cardíacos.
Toda a informação percebida é enviada por uma via aferente até o SNC, e toda resposta enviada migra por uma via eferente até o SNP efetor que executará o comando. As vias são como autoestradas de mão dupla, enquanto há informações sendo levadas, há informações sendo trazidas pela medula espinal até o encéfalo e trazidas dele.

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