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FORMA E PROVA DO NEGÓCIO JURÍDICO Profª Elisabete Nunes Forma do Negócio Jurídico Forma é o conjunto das solenidades que se devem observar para que a declaração da vontade tenha eficácia jurídica. Regra: Forma livre, portanto, o vigora o princípio do consensualismo - Art 107 CC. Por outro lado, alguns negócios jurídicos deverão respeitar a forma determinada em lei: Arts. 108 – Compra e venda de bens imóveis; Art. 1964 Deserção por testamento; Arts.1535/1536 casamento, sob pena, da sua decretação de invalidade, Art. 166, IV e V. PUBLICIDADE DO ATO Em alguns casos, além da forma determinada em lei, ainda há a exigência de publicidade do ato – Art. 221. O CPC comunga do mesmo princípio – Arts. 188 a 192 – Art. 405 a 429 A Forma do Negócio Jurídico destina-se a facilitar sua prova, garantias do próprio interessado e a ordem pública para a segurança das relações jurídicas; admitindo o CPC todos os meios de prova admitidos em direito, desde que não proibido expressa ou tacitamente. Prova - Conceito CF/88 – Art. 5º, LV CC – Arts. 212 a 232 CPC arts 405 A 422 Latim – Probo, probatio, probus.. Sentido Jurídico - Prova – conjunto de meios empregados para demonstrar, legalmente a existência de um ato jurídico. Serve tanto com meio para comprovar a existência concreta de um fato como também como elemento subjetivo, ou seja, um estado de convicção apresentado pelas partes, que tem como destinatário, o juiz da causa. PROVA Prova não deve ser confundida com a Forma. Forma é elemento integrante do fato jurídico, enquanto prova poder ser constituída por um elemento do negócio jurídico (contrato), ou um elemento estranho ao negócio (perícia). Prova no aspecto constitucional O direito a defesa, ao contraditório esta presente no Art. 5º, LV – garante as partes à igualdade de armas para convencer o magistrado a declarar uma tutela justa e adequada. Esse direito constitucional a prova é uma garantia do chamado de devido processo legal. Sistema socialista – predominante na Europa – caracterizado pela busca do juiz da verdade real, ressaltando a oralidade da prova. Sistema civil law – produzida perante o juiz, predominando o elemento escrito (em audiência); Sistema common law – releva a oralidade, perguntas e respostas (EUA); Sistema de Prova no Brasil No Brasil - adotou um sistema que mescla os demais tendo sido aperfeiçoado. Assim é que no CPC dispõe que o juiz tem consagrado o seu livre convencimento, respeitada a valoração probatória. Art. 369 As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. Art. 371 O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento. Objeto da Prova Destina-se a comprovar fatos e não direitos. Porém, nem todos os fatos precisam ser comprovados, alguns são incontroversos ou não estão ligados a causa. De acordo com o Art. 344 do CPC, se o réu não se apresenta no processo para exercer o contraditório, ou seja, contestar os fatos alegados pela parte Autora,, este será julgado a revelia. Significa dizer que haverá presunção de veracidade dos fatos alegados, exclusivamente com relação a direitos patrimoniais. O juiz não estará obrigado a concluir pela veracidade dos fatos, poderá julgar favoravelmente ao réu, mesmo que este seja revel. O ônus da prova – Art. 373 CPC - Regra – incumbe a quem alega.. Exceção –– Art. 6, VIII CDC Provas Ilícitas X Provas Lícitas ILÍCITAS - Ofendem a norma constitucional (LVI, Art. 5º) e infraconstitucional (contrariem as normas processuais), também chamadas de ilegítimas, portanto, são inadmissíveis como meio de prova. LÍCITAS - São todas admitidas pelo ordenamento civil para comprovar os fatos, atos e negócios jurídicos. O rol é exemplificativo, mas todos os meios haveis serão admitidos. Confissão; Prova documental; Prova Testemunha; Prova pericial; e Presunção Confissão: A confissão é o reconhecimento de um fato, contrário ao seu interesse e favorável ao adversário (rainha das provas). Anulação da confissão decorrente de erro de fato ou de coação. Documento Escrito representativo de um determinado fato jurídico. Pode ser público (documentos públicos são os emanados de autoridade pública, ou transcritos perante autoridade pública com fé pública) ou particular (cartas, memorandos, atas de assembléias de pessoas jurídicas, livros, artigos de jornal etc). Trata-se de uma prova pré-constituída. Escritura pública é condição de validade do negócio jurídico (art. 108), porém, o registro é condição de eficácia erga omnes (art. 221). Testemunha Resulta do depoimento oral de pessoas que viram, ouviram ou souberam dos fatos relacionados com a causa. Por imperativo de segurança, nos contratos acima de dez salários mínimos não se admite prova exclusivamente testemunhal. Outras limitações a prova testemunhal presentes ao Art. 228 quanto a pessoas. Escusas para outros casos pela profissão ou em proteção da família as pessoas não estejam obrigadas a testemunhar. Presunção É a operação mental pela qual, partindo- se de um fato conhecido, chega-se a um fato desconhecido admitido como verdadeiro. Presunção absoluta – juris et de jure; Presunção relativa – júris tantum. Ausentes – art. 6º Obrigação – Art. 322 – 323 - 324 Empreita – Art. 614, § 2º Propriedade – Art. 1231 Perícia - 464 a 480 CPC Meio de prova do fato jurídico produzido por um auxiliar da justiça que desempenha um múnus público. Exame – consiste na inspeção descritiva de coisas e pessoas desenvolvida por peritos. Vistoria – exame pericial realizado em bens imóveis. Avaliação – atribuir valor a determinados bens jurídicos móveis e imóveis. Inovação no CC/02 – arts. 231/232 Súmula 301 STJ – Ação investigação de paternidade, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz a presunção júris tantum de paternidade.
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