Buscar

ANATOMIA - Unidade II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

115
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS
Unidade II
3 ARTROLOGIA
Ao notar uma manobra de um esquiador estilo livre em uma montanha, ou um jogador driblando 
e deixando os defensores para trás, se está observando as articulações em ação. Os músculos puxam 
os ossos para movê‑los, entretanto, o movimento não seria possível sem as articulações entre os ossos.
O local onde dois ou mais ossos se encontram, existindo ou não movimento entre eles, é chamado 
de articulações ou junturas.
Figura 121 – Esquiador
Figura 122 – Drible no futebol
Ainda que sempre reflitamos sobre as articulações como móveis, esse nem sempre é o caso. Muitas 
possibilitam apenas movimentos limitados e outras não consentem nenhum tipo de movimento aparente. 
A estrutura de uma determinada articulação está diretamente relacionada com o seu grau de movimento.
116
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
Unidade II
As articulações móveis são locais do corpo onde os ossos se movimentam em contato próximo um 
com o outro. Ao trabalhar com máquinas, compreendemos que as peças que fazem contato entre si 
demandam maior conservação. Contudo, em nossos corpos, damos pouca importância às articulações 
móveis até que patologias ou danos tornem a mobilidade muito precária. Se a mobilidade for limitada, 
mesmo em uma articulação altamente móvel, a qualquer instante uma articulação móvel pode ser 
transformada em uma articulação imóvel.
Os três tipos principais de articulações podem ser subdivididos em sinartroses, anfiartroses 
e diartroses. As partes ósseas das sinartroses são conectadas por um tecido de preenchimento. 
Nas sinartroses encontram‑se as articulações fibrosas, cuja conexão óssea é constituída por tecido 
conjuntivo. Já nas anfiartroses encontram‑se as articulações cartilagíneas, cuja conexão óssea é 
composta por cartilagem. As diartroses se caracterizam pela presença de uma cavidade articular 
entre os ossos articulados, preenchida por líquido sinovial ou sinóvia. As articulações fibrosas e 
cartilagíneas são estabelecidas pela continuidade dos ossos articulantes por meio do tecido interposto. 
As articulações sinoviais se fazem por contiguidade.
3.1 Articulações fibrosas
Nas articulações fibrosas os ossos são conectados entre si por fibras de tecido conjuntivo, e desse 
modo é possível muito pouco movimento. Consideram‑se os seguintes tipos de articulações fibrosas: 
suturas, sindesmoses, gonfoses e esquindileses.
3.1.1 Suturas
Nas suturas existe um pequeno afastamento entre os ossos e, consequentemente, uma pequena 
quantidade de tecido conjuntivo interposto. As suturas da calota craniana são exemplos desse tipo 
de articulação.
A morfologia dessas suturas diferem entre si, são elas: sutura serrátil, sutura escamosa e sutura plana.
Sutura 
sagital
Figura 123 – Vista superior do crânio
117
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS
Sutura 
escamosa
Figura 124 – Vista lateral do crânio
Sutura palatina 
mediana
Figura 125 – Palato duro (vista inferior)
Na sutura serrátil as margens apresentam dentículos que se engrenam de forma simples 
inicialmente, mas posteriormente pode apresentar a extremidade mais dilatada que a base, o 
que impede o afastamento dos ossos. A sutura escamosa apresenta as margens ósseas cortadas 
em bisel, às custas das faces opostas dos ossos. Já na sutura plana as margens ósseas são planas 
e lisas.
118
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
Unidade II
3.1.2 Sindesmoses
Essas articulações fibrosas ocorrem quando o afastamento entre os ossos é grande e há 
consequentemente grande quantidade de tecido conjuntivo interposto. Os dois ossos vizinhos são 
conectados por fibras colágenas de tecido conjuntivo, como, por exemplo, a membrana interóssea do 
antebraço, entre os ossos rádio e ulna; ou a sindesmose tibiofibular, conforme ilustram as figuras a 
seguir; a membrana interóssea da perna, entre os ossos: tíbia e fíbula; ou por fibras elásticas de tecido 
conjuntivo, como, por exemplo, nos ligamentos amarelos entre os arcos de vértebras vizinhas.
 
Membrana interóssea
Figura 126 – Sindesmose
Sindesmose tibiofibular
Figura 127 – Sindesmose
3.1.3 Gonfoses
Nas gonfoses temos a união das raízes de um dente com as paredes dos alvéolos dentários. As fibras 
colágenas de tecido conjuntivo conectam o periósteo do osso alveolar ao periodonto.
119
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS
Articulação 
dentoalveolar 
(gonfose)
Figura 128 – Corte vestibulolingual do primeiro molar inferior e da mandíbula
3.1.4 Esquindilese
As esquindileses ocorrem quando a margem óssea aguda é inserida em uma fenda, como, por exemplo, 
do corpo do esfenoide que se aloja em uma superfície em forma de fenda entre as asas do osso vômer.
Esquindilese 
esfenovomeral
Figura 129 – Vista inferior do crânio
120
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
Unidade II
Nas articulações fibrosas, o movimento entre os ossos é reduzido. Elas podem ser classificadas em: 
suturas, sindesmoses, gonfoses e esquindileses.
3.2 Articulações cartilagíneas
As articulações cartilagíneas conectam dois ossos por meio de cartilagem hialina ou fibrosa. Podem 
ser divididas em dois tipos: primária e secundária. Uma articulação primária, como acontece nas 
sincondroses, é aquela na qual os ossos são unidos por uma lâmina ou barra de cartilagem hialina. Desse 
modo, a união entre a epífise e a diáfise de um osso em crescimento e a que ocorre entre a costela I e o 
manúbrio do esterno são exemplos de tal articulação.
Na região da base do crânio localiza‑se a sincondrose esfenoccipital, conforme ilustra a figura a 
seguir. Nela nenhum movimento é possível. Uma articulação cartilagínea secundária é aquela na qual 
os ossos são unidos por uma lâmina de fibrocartilagem e as faces articulares dos ossos são cobertas 
por uma fina lâmina de cartilagem hialina. Esse tipo encontra‑se na sínfise púbica, entre os ossos do 
quadril, e nos discos intervertebrais, entre os corpos das vértebras. Nela uma pequena quantidade de 
movimento é possível.
Sutura 
incisiva
Sincondrose 
esfenocciptal
Figura 130 – Vista inferior de um crânio infantil
121
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS
Sínfise púbica 
(a cartilagem foi removida)
Figura 131 – Vista anterior da pelve óssea
Sínfise 
intervertebral
Figura 132 – Corte sagital paramediano da cabeça e do pescoço (vista medial)
Algumas articulações cartilagíneas possibilitam pequenos movimentos entre os ossos. Elas são 
classificadas em dois tipos: sincondroses e sínfises.
3.3 Articulações sinoviais
As articulações sinoviais, ou também chamadas de diartroses, têm grande mobilidade e possuem 
diversas estruturas anatômicas essenciais. Nelas as as terminações ósseas articulares são recobertas por 
cartilagem hialina, de maneira a compor uma superfície lisa, o que leva a uma diminuição máxima do 
atrito, chamadas de superfícies articulares.
122
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
Unidade II
Suas superfícies articulares podem ser convexas, ou seja, esse formato de corpo articular é chamado 
de cabeça articular; ou côncavas, nesse caso, diz‑se um acetábulo. O acetábulo pode estar elevado em 
tamanho em virtude de uma protuberância de suas margens, por meio do lábio glenoidal, como, por 
exemplo, as articulações do ombro e do quadril. A incongruência de algumas superfícies articulares é 
contrabalançada por discos ou meniscos.
 Lembrete
A cartilagem articular, formada por tecido conjuntivo, consiste em 
uma camada protetora de 1 a 5 milímetros de espessura desse materialque reveste as extremidades dos ossos, que se articulam nas articulações 
sinoviais. Durante o crescimento normal, a cartilagem articular em uma 
articulação sinovial, como o joelho, aumenta em volume conforme a 
criança vai ficando mais alta.
A segunda estrutura anatômica que encontraremos nas articulações sinoviais é a cápsula articular. 
Ela forma um folheto de tecido conjuntivo em torno da articulação, isolando‑a de modo hermético. 
A cápsula articular encontra‑se presa aos dois ossos articulares, em geral, na margem das superfícies 
articulares recobertas por cartilagem.
Ela é formada por uma camada interna e outra externa. A camada interna de uma cápsula interna é 
a terceira característica anatômica, que define a articulação sinovial, pois é formada de uma membrana 
sinovial que produz e aprisiona o líquido sinovial dentro da cavidade articular. A membrana sinovial 
é altamente vascularizada e transporta muitas das trocas fisiológicas necessárias para manter as 
superfícies articulares em funcionamento.
Assim, a quarta estrutura anatômica que encontraremos nas articulações sinoviais é a cavidade 
articular. Ela, na realidade, não existe como uma cavidade, uma vez que entre as duas partes articuladas 
há apenas uma fenda capilar em razão da pressão negativa existente ou da tração dos músculos que 
passam sobre a articulação.
A quinta estrutura anatômica que compõe as articulações sinoviais é o líquido sinovial ou sinóvia. 
Ele é um líquido viscoso, claro ou amarelo‑claro, assim chamado por sua semelhança em aspecto e 
consistência com a clara do ovo. Como visto anteriormente, o líquido sinovial é secretado por células 
sinoviais na membrana sinovial e líquido intersticial filtrado do plasma sanguíneo. O líquido sinovial tem 
três papéis principais:
• Fornecer lubrificação: a fina camada de líquido sinovial que reveste a face interna da cápsula 
articular e as faces expostas das cartilagens articulares oferece lubrificação e diminui o atrito. 
Isso é alcançado pelo ácido hialurônico e pela lubricina do líquido sinovial, que diminuem o 
atrito entre as superfícies das cartilagens articulares em uma articulação sinovial até cerca de um 
quinto daquele visto entre dois pedaços de gelo.
123
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS
• Nutrir os condrócitos: a quantidade total de líquido sinovial em uma articulação é normalmente 
inferior a 3 mililitros, mesmo em uma articulação grande como, por exemplo, a do joelho. Esse volume 
relativamente pequeno de líquido deve circular para oferecer nutrientes e uma via de rejeite de resíduos 
para os condrócitos das cartilagens articulares. A circulação do líquido sinovial é estimulada pelo 
movimento articular, que também traz ciclos de compressão e expansão nas cartilagens articulares 
contrárias. À compressão, o líquido sinovial é forçado para fora das cartilagens articulares; à reexpansão, 
o líquido sinovial é trazido de volta para as mesmas cartilagens. Esse fluxo de líquido sinovial para fora 
e para dentro das cartilagens articulares provê nutrição para seus condrócitos.
• Agir como amortecedor de impactos: o líquido sinovial amortece os impactos nas articulações 
sujeitas à compressão. Por exemplo, as articulações de quadril, joelho e tornozelo são contidas 
durante a deambulação e intensamente contidas durante a deambulação acelerada ou a corrida. 
Quando a pressão eleva abruptamente, o líquido sinovial concentra o impacto e o dissemina de 
maneira invariável sobre as faces articulares.
 Lembrete
O líquido sinovial também contém células fagocíticas que retiram 
micróbios e resíduos resultantes do uso e desgaste da articulação.
As articulações sinoviais podem apresentar uma diversidade de estruturas anatômicas acessórias, 
como, por exemplo, o disco de fibrocartilagem e os corpos adiposos, os ligamentos, os tendões, as bolsas 
sinoviais e as bainhas tendíneas sinoviais. Elas são as mais numerosas no organismo e apresentam a 
superfície articular, a cápsula articular, a cavidade articular, a membrana sinovial, o líquido sinovial, os 
ligamentos, os meniscos e os discos articulares.
Os ligamentos conectam os ossos uns aos outros. Todas as articulações sinoviais são reforçadas por 
ligamentos de tecido conectivo elástico, mas não muitos.
 
Cápsula 
articular
 
Figura 133 – Articulação sinovial
124
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
Unidade II
Ligamento 
extracapsular
Cartilagem 
articular
Ligamento 
intracapsular
Menisco
Figura 134 – Articulação sinovial
Cápsula 
articular
Faces 
articulares
Cavidade 
articular
Figura 135 – Articulações sinoviais
Nas articulações complexas, como, por exemplo, a do joelho, estruturas anatômicas acessórias 
podem localizar‑se entre as faces articulares opostas e alterar as formas dessas faces, como os que são 
citados a seguir.
• Os meniscos e discos articulares são estruturas fibrocartilagíneas em forma de meia lua e localizadas 
no joelho. Os papéis dos meniscos e discos articulares não são totalmente entendidos, contudo 
as conhecidas incluem: (1) absorção de impacto; (2) melhor encaixe entre as superfícies ósseas 
da articulação; (3) oferecimento de superfícies amoldáveis para movimentos combinados; (4) 
distribuição de peso sobre uma superfície de contato maior e (5) propagação do líquido sinovial 
pelas faces articulares da articulação.
125
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS
• Os corpos adiposos, geralmente, estão localizados próximo à periferia da articulação, 
delicadamente revestidos pela membrana sinovial. Os coxins de corpos adiposos oferecem 
proteção para as cartilagens articulares e servem como material de arranjo para a articulação 
como um todo. Eles ocupam os espaços produzidos quando os ossos se movimentam e a 
cavidade articular altera de formato.
• A cápsula articular que circunda toda a articulação é contínua com o periósteo dos ossos que 
se articulam. Os ligamentos são estruturas anatômicas acessórias que amparam, fortalecem 
e reforçam as articulações sinoviais. Os ligamentos intrínsecos, ou ligamentos capsulares, são 
adensamentos da própria cápsula articular. Os ligamentos extrínsecos são separados da cápsula 
articular. Esses ligamentos podem ser encontrados externa ou internamente à cápsula articular e 
são chamados ligamentos extracapsulares e intracapsulares, respectivamente.
• Os tendões, ainda que caracteristicamente não componham parte da articulação como uma 
estrutura anatômica essencial ou acessória, geralmente atravessam a articulação ou em sua 
proximidade. A tonicidade muscular normal mantém os tendões tensos e a tensão pode restringir 
a amplitude de movimento. Em algumas articulações, os tendões são partes complementares da 
cápsula articular e oferecem resistência significativa à cápsula.
• As bolsas sinoviais são pequenas estruturas anatômicas preenchidas por líquido sinovial no tecido 
conectivo. São recobertas pela membrana sinovial e podem comunicar‑se ou não com a cavidade 
articular. Elas constituem‑se onde o tendão ou os ligamentos entram em atrito contra outros 
tecidos. Seu papel é diminuir o atrito e atuar como amortecedor de choque. Elas são localizadas 
ao redor da maioria das articulações sinoviais, como, por exemplo, a do ombro.
• As bainhas tendíneas sinoviais são bolsas tubulares que rodeiam os tendões onde eles atravessam 
as superfícies ósseas. Elas também podem surgir embaixo da pele que recobre um osso ou no 
interior de outros tecidos conectivos sujeitados a atrito ou pressão. As bolsas que se desenvolvem 
em situação anormal ou devido a pressões anormais são chamadas de bolsas adventícias.
Disco articular
Figura 136 – Articulações sinoviais
126
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
Unidade II
As crianças que realizam atividades esportivas vigorosasacumulam cartilagem articular de forma 
mais rápida que as que não realizam as mesmas atividades. Já os meninos tendem a adquirir cartilagem 
articular no joelho mais rapidamente que as meninas.
 Observação
As inflamações dos tendões são chamadas de tendinites. A inflamação 
da bolsa sinovial é chamada de bursite. Na presença de cargas elevadas, pode 
acontecer uma inflamação da bainha tendínea, chamada de tendovaginite.
 Saiba mais
Para saber mais sobre as articulações sinoviais do corpo humano e 
sua classificação:
LAROSA, P. R. R. Sistema articular. In: ___. Anatomia humana: texto e 
atlas. São Paulo: Guanabara‑Koogan, 2016, p. 68‑69.
Exemplo de aplicação
Vamos associar o detalhes ósseos estudados com as articulações? Relembre os principais detalhes 
ósseos dos esqueletos axial e apendicular e das cinturas escapular e pélvica. Na escápula, por exemplo, 
encontramos a cavidade glenoide, a qual se une com o úmero, ou seja, pela cabeça, formando a 
articulação do ombro ou glenoumeral.
Já a articulação do ombro é classificada morfologicamente como esferoide e funcionalmente realiza 
movimentos nos três eixos, ou seja, flexão, extensão, adução, abdução e rotação. Esportes de alto 
rendimento provocam lesões nas articulações, como, por exemplo, as luxações e as entorses. Partindo 
desses exemplos, faça uma descrição de algumas articulações sinoviais: quadril, joelho, tornozelo, ombro, 
cotovelo, punho e mão, contendo os principais componentes anatômicos, os movimentos que podem 
ocorrer e sua significância clínica.
4 MIOLOGIA
A miologia é o estudo dos músculos, que quimicamente consistem em água e sólidos. Tais sólidos são 
as proteínas, os carboidratos, os sais inorgânicos, abrangendo o cloreto de cálcio, o ferro, o magnésio, o 
fósforo, o potássio e o sódio; além das enzimas, dos glóbulos de gordura, dos extrativos nitrogenados, 
como o ácido úrico e a creatina; e os extrativos não nitrogenados, como o ácido láctico e o glicogênio. 
Sem os músculos nós, seres humanos, seríamos pouco mais do que bonecos de lojas de shopping, 
127
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS
impossibilitados de deambular, articular as palavras, piscar os olhos ou até mesmo segurar uma bola de 
futebol. Todavia, nenhuma dessas inconveniências nos importunaria, porque também permaneceríamos 
inábeis de respirar. Uma das principais qualidades dos seres humanos é a nossa competência de se mover. 
Porém, também utilizamos os músculos esqueléticos quando não estamos em movimento. Os músculos 
chamados posturais estão constantemente se contraindo para nos manter nas posturas sentado ou em 
pé. Os músculos chamados respiratórios estão constantemente trabalhando para nos manter respirando, 
mesmo durante o sono. A nossa comunicação depende dos músculos esqueléticos, seja para escrever, 
digitar ou conversar. Mesmo a comunicação silenciosa, utilizando sinais manuais ou expressões faciais, 
carece do trabalho dos músculos esqueléticos.
A quantidade de músculos em nosso corpo depende de uma série de fatores e nem todos os 
indivíduos apresentam exatamente a mesma quantidade. Alguns podem surgir em um lado do 
corpo, entretanto, não no lado oposto, como, por exemplo, o músculo psoas menor. Outros estão 
totalmente ausentes em certos indivíduos, como o músculo palmar longo. Essas características, 
como visto anteriormente, são chamadas variações anatômicas. Assim, em conjunto, encontraremos 
aproximadamente 700 músculos no corpo humano, sendo eles controlados voluntariamente com 
variações de tamanho e formato.
Manter bons estoques de glicogênio muscular é essencial para o desempenho esportivo e a 
recuperação muscular pós‑treino. A fim de ter um melhor desempenho diversos atletas e desportistas 
estão buscando a utilização dos recursos ergogênicos, tratamentos ou substâncias usadas para melhorar 
a performance. Elas são classificadas em diferentes tipos, sendo recursos mecânicos, fisiológicos, 
farmacológicos, psicológicos ou nutricionais. Dentre os diversos recursos está a creatina.
 Saiba mais
Para saber mais sobre o uso dos recursos ergogênicos.
OLIVEIRA, L. M. et al. Efeitos da suplementação de creatina sobre a 
composição corporal de praticantes de exercícios físicos: uma revisão 
de literatura. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 11, 
n. 61, p. 10‑15, 2017. Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/servlet/
articulo?codigo=5771924>. Acesso em: 13 mar. 2019.
4.1 Tipos de músculos
Quando a contração de um músculo resulta de uma ação de vontade dizemos que esse é um músculo 
voluntário, mas quando a contração muscular escapa ao controle consciente do indivíduo, chamamos 
o músculo de involuntário.
128
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
Unidade II
Os músculos voluntários diferenciam‑se histologicamente dos involuntários por possuírem 
estriações transversais, sendo por isso chamados de estriados. Já os músculos involuntários não 
possuem estriações, sendo por esse motivo lisos.
Há ainda outro tipo de músculo, o cardíaco, que se assemelha histologicamente ao músculo 
esquelético, ainda que apresente uma ação involuntária, conforme ilustra a figura a seguir.
Estriação
Estriação
Fibra muscular
Fibra muscular
Núcleo
Núcleo
Núcleo
Músculo estriado cardíaco
Disco intercalar
Fibra de músculo liso
Músculo liso (não estriado)
Músculo estriado esquelético
Figura 137 – Tipos de músculos
Podemos também distinguir os músculos estriados dos lisos pela topografia, já que os estriados 
são, na maioria das vezes, fixados ao menos por uma de suas extremidades ao esqueleto. Já os 
músculos lisos são viscerais, isto é, são localizados na parede das vísceras de vários sistemas do organismo.
O principal papel do tecido muscular estriado esquelético é movimentar o organismo ao 
executar tração sobre os ossos do esqueleto, permitindo‑nos diversas atividades, como, por 
exemplo, andar, dançar ou tocar um instrumento musical. O músculo estriado cardíaco impulsiona 
o sangue para os vasos do sistema cardiovascular; o tecido muscular liso conduz líquidos e sólidos 
ao longo do canal alimentar e exerce papéis variados em outros sistemas, portanto, não serão 
agora foco deste livro.
129
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS
 Observação
Anatomicamente, os músculos são classificados como esqueléticos 
quando possuem pelo menos uma extremidade ligada a osso; ou viscerais, 
quando formam a parede de órgãos moles e cavitários.
4.2 Papéis dos músculos
Desses três tipos de músculos, aquele que nos interessa diretamente é o estriado ou voluntário. 
A lista a seguir resume os principais papéis de todos os três tipos de músculos:
• Manutenção da postura e posicionamento do organismo: as contrações de músculos 
específicos sustentam a postura corporal, como, por exemplo, conservar a cabeça em posição 
durante a leitura de um livro ou equilibrar a massa corporal sobre os pés ao caminhar compreende 
a contração de músculos que estabilizam as articulações. Sem a constante contração muscular, 
não seria possível sentar em postura ereta sem cair nem levantar sem tombar para frente.
• Sustentação de tecidos moles: a parede abdominal e o assoalho da cavidade pélvica consistem 
em camadas de músculos estriados esqueléticos. Esses músculos suportam o peso das vísceras e 
protegem os tecidos internos contra lesões.
• Regulação da entrada e saída de materiais: aberturas ou orifícios do canal alimentar e das 
vias urinárias são circundados por músculos estriados esqueléticos. Esses músculos possibilitam o 
controle voluntário da deglutição, defecação e micção.
• Manutenção da temperatura corporal: a contração muscular necessita de energia e sempre 
que o organismo usa energia, quando transforma parte dela em calor. A perda de calor pela 
contração muscular conserva nossa temperatura corporaldentro do intervalo indispensável para 
o seu funcionamento normal.
• Reserva de nutrientes: os lipídios são armazenados nos músculos estriados esqueléticos como 
elementos de reserva e usados nas reações energéticas. Já as substâncias minerais influenciam 
as alterações químicas musculares e a sua contração. Além disso, o glicogênio é armazenado em 
grande quantidade nas fibras musculares, transformando‑se em glicose quando há necessidade 
de energia para as células.
4.3 Componentes macroscópicos dos músculos estriados esqueléticos
O músculo estriado esquelético possui uma porção carnosa, vermelha no vivente, chamada ventre 
muscular, em que prevalecem as fibras musculares, sendo, portanto, a parte contrátil do músculo. 
Apresenta também extremidades que, quando são cilíndricas ou possuem formato de fita, chamamos 
de tendões, e quando têm formato de lâminas são chamadas aponeuroses, conforme ilustram as 
figuras a seguir.
130
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
Unidade II
Tendões
Ventre 
muscular
Figura 138 – Vista anterolateral
 
Ventre muscular
Fáscia muscular 
(rebatida) Aponeuroses
Figura 139 – Vista lateral da cabeça do braço
131
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS
Os tendões e as aponeuroses são esbranquiçados, brilhantes e muito resistentes, formados por tecido 
conectivo denso, rico em fibras colágenas, sendo responsáveis pela fixação dos músculos ao esqueleto. 
Contudo, podem estar fixados também em cartilagens, cápsulas articulares, tendões de outros músculos 
e na derme. Os tendões possuem um ponto de fixação. Já as aponeuroses apresentam diversos pontos 
de fixação.
Frequentemente, a fixação de um tendão muscular ao osso estacionário é chamada de origem; a 
fixação do outro tendão muscular ao osso móvel é chamada de inserção. Uma boa associação de ideias 
é a mola de uma porta. Nesse exemplo, observamos a parte da mola fixada à estrutura é a origem; a 
parte presa à porta representa a inserção. Geralmente, a origem é proximal e a inserção distal; a inserção 
normalmente é tracionada em direção à origem.
 Lembrete
A porção carnosa do músculo entre os tendões é chamada ventre 
muscular, ele representa a porção espiral do meio da mola do nosso exemplo.
É importante lembrarmos também que existem alguns poucos músculos em que temos tendões 
interpostos a seus ventres, todavia, esses tendões não servem para fixação no esqueleto.
Envolvendo o músculo, existe uma lâmina de tecido conectivo com espessura variável, às vezes 
muito espessa, outras não, a fáscia muscular. Ela desempenha os papéis de:
• Bainha elástica de contenção: esse papel desempenhado pela fáscia, de conter ou manter 
próximas as fibras musculares entre si, é relevante para possibilitar que o músculo possa executar 
um trabalho competente de tração ao se contrair.
• Facilitar o deslizamento dos músculos entre si: relevante para impedir o atrito entre os 
músculos durante a contração.
• Retináculo: alças de sustentação compostas de tecido conjuntivo, que sustentam os tendões em seu 
lugar e, em parte, agem como apoio. São locais de desvio de músculos em seu caminho de origem até 
a inserção, como, por exemplo, o retináculo extensor dos músculos extensores longos da mão e dos 
dedos que, durante uma extensão dorsal, evita o afastamento do tendão em sentido dorsal.
 Lembrete
Os músculos estriados esqueléticos fixam‑se normalmente aos ossos 
por meio de suas extremidades. O ponto fixo (origem) do músculo não se 
desloca durante a ação muscular, enquanto a extremidade contrária, que 
se desloca, é o ponto móvel (inserção).
132
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
Unidade II
 Saiba mais
Para saber mais sobre os seguintes tópicos: tecido muscular 
estriado esquelético e organização muscular; anatomia macroscópica; 
anatomia microscópica das fibras musculares estriadas esqueléticas; 
contração muscular; unidades motoras e controle muscular; nota 
clínica (rigor mortis); tono muscular e tipos de fibras musculares 
estriadas esqueléticas:
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLISTSCH, R. B. Sistema muscular. In: 
___. Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009, p. 238‑251.
4.4 Nomenclatura dos músculos estriados esqueléticos
Os músculos estriados esqueléticos são classificados de acordo com suas diversas características, 
incluindo localização, tamanho, forma, disposição das fibras musculares, origem, inserção, número de 
cabeças, embriologia e função.
4.4.1 Localização
Alguns nomes de músculos lembram o osso ou a região do organismo na qual o músculo está integrado, 
por exemplo, o músculo temporal localiza‑se sobre o osso temporal; o músculo peitoral está localizado no 
tórax; ou, ainda, o músculo glúteo está nas nádegas; e um músculo braquial que está no braço.
4.4.2 Tamanho relativo
Termos como máximo, mínimo, longo e curto são comumente usados em nomes de músculos. 
Um músculo longo é mais comprido do que um curto. Além disso, uma segunda parte do nome 
imediatamente nos fala se existe mais de um músculo relacionado. Se existe um músculo curto, muito 
possivelmente um músculo longo está presente na mesma região, por exemplo, o músculo palmar 
longo. Ainda podemos citar o músculo glúteo máximo, como mostra a figura a seguir, sendo ele o maior 
músculo das nádegas, e o músculo glúteo mínimo, o menor.
4.4.3 Forma
Alguns músculos são chamados conforme sua forma, como o músculo pronador quadrado, que 
apresenta um formato que lembra essa figura geométrica.
133
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS
Músculo glúteo 
máximo
Figura 140 – Região glútea
 
Músculo 
deltoide
Figura 141 – Vista lateral de membro superior
4.4.4 Disposição das fibras musculares
Geralmente os músculos apresentam as fibras dispostas paralela ou obliquamente à direção de 
tração exercida por eles. Há, ainda, os músculos dispostos de forma circular. Assim, os músculos 
estriados esqueléticos podem ser classificados quanto a disposição paralela, a disposição oblíqua 
e a disposição circular. Dentre os músculos que apresentam disposição paralela pode‑se citar: 
os músculos longos, nos quais o comprimento é predominante, como, por exemplo, o músculo 
sartório; os músculos largos, nos quais o comprimento e a largura são equivalentes, por exemplo, 
o músculo glúteo máximo; os músculos fusiformes, predominantemente nos membros e que são 
longos, mas que se nota uma convergência das fibras em direção aos tendões de origem e inserção, 
por exemplo, o músculo braquial; e os músculos em formato de leque, que são largos, mas cujas 
fibras convergem para um tendão em uma das extremidades, dando‑lhes a aparência de um leque, 
por exemplo, o músculo temporal.
O músculo que possui fibras dirigidas obliquamente e inseridas apenas em um lado do tendão, 
à semelhança da metade de uma pena de ave, é classificado como reniforme. Um exemplo disso é 
134
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
Unidade II
o músculo extensor longo do hálux. Músculos bipeniformes são os que têm o formato de uma pena 
inteira, como, por exemplo, o músculo reto femoral.
 
Músculo 
sartório
Figura 142 – Vista anterior da coxa
 
Músculo 
braquial
Músculo 
bíceps 
braquial
Figura 143 – Vista anterolateral do braço
135
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS
Músculo 
extensor 
longo do 
hálux
Figura 144 – Vista anterior da perna
Músculo reto 
femoral
Figura 145 – Vista anterior da coxa e do dorso do pé
Os músculos orbiculares da boca e dos olhos (linhas azul‑claro), conforme ilustra a figura a seguir, 
têm seus fascículos dispostos em círculo em torno de uma abertura, atuando como esfíncteres para 
fechar a abertura.
136
Re
vi
sã
o:Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
Unidade II
Músculo orbicular 
dos olhos
Músculo 
orbicular da boca
MZM
MZM
CGS
CGS
Figura 146 – Peças de cadáver fresco com compartimento de gordura superficial (CGS) 
e músculos zigomático maior (MZM) expostos
4.4.5 Número de origens
Quando bíceps, tríceps ou quadríceps compõem parte do nome de um músculo, pode‑se adotar que 
o músculo tem duas, três ou quatro origens, por exemplo, o músculo bíceps femoral, o tríceps da perna 
e o quadríceps femoral.
O músculo bíceps femoral é formado por duas cabeças de origem: o músculo bíceps femoral cabeça 
longa e o músculo bíceps femoral cabeça curta. Já o músculo tríceps da perna é formado por três 
cabeças de origem: os músculos gastrocnêmios (medial e lateral) e o músculo sóleo. Por fim, o músculo 
quadríceps femoral é formado por quatro cabeças de origem: o músculo reto femoral, os músculos 
vastos (medial, intermédio e lateral).
M. sartório
M. reto 
femoral
Músculos quadríceps femoral:
M. vasto 
intermédio
M. vasto 
lateral
M. vasto 
medial
Figura 147 – (A) Vista anterior da coxa. (B) Vista anterior da coxa com o músculo reto femoral rebatido
137
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS
 Observação
A expressão “calcanhar de Aquiles”, em sentido amplo, significa 
qualquer ponto desprotegido. Em anatomia, ele se chama tendão do 
calcâneo, é o ponto de inserção do músculo tríceps da perna. Na mitologia 
grega, o herói Aquiles foi tornado inatingível pela mãe ao ser banhado 
nas águas do rio Estige. Porém, como foi segurado pelos calcanhares 
para não afundar, essa parte continuou a ficar vulnerável. Mais tarde, na 
Guerra de Troia, foi mortalmente golpeado por Páris com uma flechada 
justamente no calcanhar.
4.4.6 Número de inserções
Os músculos também podem se inserir por mais de um tendão, sendo eles classificados como: bicaudado, 
quando existirem dois tendões de inserção, por exemplo, músculo flexor curto do hálux; ou policaudado, 
quando existirem três ou mais tendões de inserção, por exemplo, músculo extensor dos dedos.
4.4.7 Localização de suas fixações
Alguns músculos são nomeados conforme os seus pontos de origem e inserção. A origem é sempre 
o primeiro nome, por exemplo, o músculo esternocleidomastoideo tem duas origens, no esterno e na 
clavícula, e sua inserção é no processo mastoide do osso temporal.
Músculo flexor 
curto do hálux
Figura 148 – Músculos da planta do pé
138
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
Unidade II
Músculo 
extensor 
dos dedos
Figura 149 – Vista posterior do antebraço
 
Músculo 
esternocleidomastoideo
Figura 150 – Vista anterolateral da cabeça e do pescoço
4.4.8 Número de ventres
Existem músculos que apresentam mais de um ventre muscular, com tendões intermediários entre 
eles. Eles podem ser: digástrico, quando possuem dois ventres musculares, por exemplo, músculo 
139
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS
digástrico; ou, ainda, poligástrico, quando apresentam três ou mais ventres musculares, por exemplo, 
músculo reto do abdome.
 
Músculo
digástrico
Músculo
temporal
Figura 151 – Vista lateral da cabeça
Músculo
reto do
abdome
Figura 152 – Vista anterior do tronco
140
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
Unidade II
4.4.9 Embriologia
Os músculos podem ser divididos em mioméricos, ou seja, derivados de miótomos, que são a grande 
maioria; e branquioméricos, ou seja, derivado dos arcos branquais (faríngeos), como, por exemplo, os 
músculos da mastigação, face, faringe, laringe e os músculos trapézio e esternocleidomastoideo.
4.4.10 Ação
Quando os músculos são chamados por suas ações, são utilizadas palavras como flexor, extensor ou 
adutor no nome do músculo, por exemplo, o músculo extensor longo do hálux.
Como visto, os nomes dos músculos são dados conforme certos critérios, a figura a seguir ilustra e 
resume alguma das classificações estudadas.
Tendão de 
origem
Bíceps
Ventre
Ventre
Tendão 
intermediário
Tendão 
intermediário
Intersecções 
musculares
Superfície de 
corte do músculo 
esfincter
Tendão de 
inserção
Quadríceps
Secção 
anatômica do 
músculo
Origens 
musculares
Aponeurose 
(inserção)
Secção 
transversal 
fisiológica do 
músculo
Tríceps
Ângulo de 
inclinação das 
fibras
C
D
A
B
E
Figura 153 – Tipos de músculos estriados esqueléticos. (A) Número de origens (pontos fixos). 
(B) Direção das fibras. (C) Músculo poligástrico. (D) Fibras horizontais. (E) Origem e inserção de um músculo largo
141
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS
 Resumo
As articulações são formadas quando os ossos vizinhos se 
articulam. Elas são classificadas de acordo com o tecido interposto 
em fibrosas, cartilagíneas e sinoviais. As articulações fibrosas são de 
quatro tipos: suturas, sindesmoses, gonfoses e esquindileses. Os dois 
tipos de articulações cartilagíneas são as sincondroses e as sínfises. 
As articulações sinoviais com liberdade de movimentos apresentam 
estruturas anatômicas, como a cápsula articular, a membrana sinovial, 
o líquido sinovial, a cartilagem articular, os ligamentos, os meniscos e 
os discos articulares. 
Os músculos estriados esqueléticos possuem características 
macroscópicas, como o ventre muscular, os tendões, as aponeuroses 
e as fáscias musculares. Os nomes que os músculos estriados 
esqueléticos receberam foram baseados na forma, no tamanho, na 
direção das fibras, no número de origens, na localização de suas 
fixações e ações. Os músculos do esqueleto axial incluem aqueles 
responsáveis pela expressão facial, mastigação, parede abdominal 
e coluna vertebral. Os músculos do esqueleto apendicular incluem 
os músculos dos membros superiores e inferiores.
 Exercícios
Questão 1. As articulações podem ser classificadas de acordo com os movimentos que são capazes 
de realizar. Denominam‑se de diartroses aquelas que permitem grandes movimentos dos ossos e de 
sinartroses aquelas que permitem pouca ou nenhuma movimentação. Dentre as articulações citadas 
abaixo, marque a única que é um exemplo de diartrose:
A) Articulações dos ossos do crânio.
B) Articulações da vértebra lombar e o osso sacro.
C) Articulação da costela com o esterno.
D) Articulações do púbis.
E) Articulação entre úmero e ulna.
Resposta correta: alternativa E.
142
Re
vi
sã
o:
 Ju
lia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
8/
05
/1
9
Unidade II
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta. 
Justificativa: denominada sutura, essa é um tipo de sinartrose, articulação composta de tecido 
fibroso e, portanto, imóvel, com grau de movimento muito pequeno e quase imperceptível.
B) Alternativa incorreta. 
Justificativa: articulação semimóvel entre os ossos conectada por discos de fibrocartilagem (entre as 
vértebras), denominados anfiartroses. 
C) Alternativa incorreta. 
Justificativa: trata‑se de uma anfiartrose do tipo sincondrose que mantém os ossos articulados por 
cartilagem hialina. Podem ser tipo temporário (placas epifisárias) e permanente (cartilagem costal).
D) Alternativa incorreta. 
Justificativa: trata‑se de uma anfiartrose do tipo sínfise, que mantém os ossos articulados por 
tecido fibrocartilaginoso. 
E) Alternativa correta. 
Justificativa: a articulação entre o úmero e a ulna permite a movimentação do braço.
Questão 2. Existem três tipos de tecidos musculares: estriado esquelético, estriado cardíaco e não 
estriado. Eles diferenciam‑se por sua morfologia e localização no corpo. Sobre o tecido muscular estriado 
cardíaco, assinale a alternativa incorreta.
A) O tecido muscular estriado cardíaco apresenta contração involuntária.
B) O tecido muscular estriado cardíaco apresenta estriaçõestransversais.
C) O tecido muscular estriado cardíaco apresenta células multinucleadas.
D) No tecido muscular estriado cardíaco é possível observar os chamados discos intercalares, que são 
complexos juncionais.
E) O tecido muscular estriado cardíaco é encontrado apenas no coração.
Resolução desta questão na plataforma.

Continue navegando