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DIREITO PENAL APLICADO 9

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10/08/2020 Disciplina Portal
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Direito Penal Aplicado I
Aula 9 - Culpabilidade
INTRODUÇÃO
Nesta aula, identi�caremos a culpabilidade sob dois aspectos: como princípio norteador e limitador da aplicação de
sanção penal e como elementar do crime consoante a concepção �nalista de ação. Dessa forma, analisaremos os
elementos da culpabilidade, suas causas excludentes e consectários em relação à punibilidade.
Para que possamos compreender a relevância do tema, será necessário que identi�quemos algumas teorias utilizadas
para a construção do conceito de culpabilidade, bem como a teoria atualmente predominante no nosso ordenamento
jurídico.
Como vimos nas aulas anteriores, a culpabilidade tanto pode ser identi�cada como princípio norteador de Direito Penal
quanto elemento do conceito de crime. E, nesta aula, identi�caremos as missões da culpabilidade na medida em que
representa pressupostos e limites para a aplicação da pena criminal.
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Bons estudos!
OBJETIVOS
Identi�car os conceitos de culpabilidade no Estado Democrático de Direito;
Reconhecer a culpabilidade como elemento do crime na concepção �nalista da conduta;
Analisar as causas excludentes de culpabilidade.
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CONCEITOS DE CULPABILIDADE
Ao estudarmos os conceitos de culpabilidade como princípio norteador e limitador do poder punitivo estatal na aula 1,
identi�camos dois conceitos fundamentais:
A partir desses conceitos, podemos questionar sobre a consciência da ilicitude e a possibilidade de exigir-se do agente
que pratique condutas em conformidade com a norma, ou seja, estamos atribuindo juízo de valor à conduta praticada
pelo agente para consequente aferição do quantum de pena a ser aplicado ou, ao contrário, da exclusão de sua
responsabilidade penal.
Com o advento da teoria �nalista da ação, acrescenta-se ao caráter psicológico da culpabilidade a normatividade ou
valoração da culpabilidade. Surge, assim, a teoria normativa pura da culpabilidade e o dolo e a culpa migram da
culpabilidade para o fato típico (conduta).
TEORIA ADOTADA PELO CÓDIGO PENAL SOBRE A NATUREZA
JURÍDICA DA CULPABILIDADE
1
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Imputabilidade;
2
Potencial consciência da ilicitude;
3
Exigibilidade de conduta diversa.
Fonte da Imagem:
Todavia, o Código Penal Brasileiro adotou a teoria normativa de forma limitada na medida em que reconheceu as
descriminantes putativas (erro de tipo) e o denominado erro de proibição.
Ainda em decorrência da migração do dolo e da culpa para a conduta e consequente transformação da culpabilidade
em elemento normativo, baseado em juízo de valor, surgiu na doutrina a divergência acerca da caracterização da
culpabilidade como elemento do crime ou como mero pressuposto para aplicação de pena.
A outra linha de pensamento, majoritária, reconhece a culpabilidade como elemento ou requisito do crime ao a�rmar
que “a estrutura analítica do crime não se liga necessariamente à adoção da concepção causalista, �nalista ou social
da ação delituosa” (NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014.p, 121).
Nesse sentido, ainda podemos citar Rogério Greco, Juarez Tavares, Cezar Roberto Bitencourt, Juarez Cirino dos
Santos.
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Estudaremos a seguir os três elementos que compõem a culpabilidade na concepção �nalista de ação e suas causas
excludentes.
IMPUTABILIDADE
Fonte da Imagem:
Podemos sintetizar o conceito de imputabilidade como a capacidade de compreensão e de atuação do indivíduo e que,
portanto, torna possível a aplicação de pena às condutas por ele praticadas.
O nosso Código Penal, no art. 26, ao tratar da imputabilidade, optou por descrever as situações nas quais haverá a sua
exclusão. Dessa forma, seguiremos os critérios adotados pelo Código Penal.
SISTEMAS DE AFERIÇÃO DA INIMPUTABILIDADE PELO CP
Os sistemas de aferição da inimputabilidade pelo CP são:
Biológico
Tal critério é absoluto, na medida em que a lei estabelece que os menores de 18 anos são
inimputáveis. Tal critério está expressamente previsto no art.27, do Código Penal.
Salientamos que tal critério independe dos critérios adotados no âmbito civil, ou seja, ainda
que seja possível a emancipação de um jovem de 17 anos, esta não se comunicará para �ns
de imputabilidade penal.
O art.27, do Código Penal, estabelece que os menores de 18 anos �cam sujeitos às normas
estabelecidas na legislação especial. Neste caso, à lei nº 8069/1990
(//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm) (Estatuto da Criança e Adolescente). E é
importante destacar que à criança e ao adolescente não se aplica sanção penal, mas
medidas socioeducativas previstas na referida lei.
Biopsicológico
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm
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Tal critério não é absoluto e necessita da comprovação no caso concreto da ocorrência de
três requisitos:
• Causal;
• Temporal;
• Consequencial.
Em outras palavras, signi�ca dizer que o agente, em decorrência da causa excludente da
imputabilidade, torna-se, no momento da conduta, incapaz de compreendê-la e de
autodeterminar-se de acordo com essa compreensão.
Tal critério pode ser extraído dos seguintes trechos do art.26, do CP:
• Causal - “por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado”;
• Temporal ou cronológico - “era, ao tempo da ação ou da omissão”;
• Consequencial - “inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento”.
CAUSAS EXCLUDENTES DA IMPUTABILIDADE
Estudaremos a seguir as controvérsias acerca das causas excludentes de imputabilidade.
Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado
Fonte da Imagem:
A doença mental e o desenvolvimento mental retardado não se vinculam à idade cronológica do agente,
diferentemente do desenvolvimento mental incompleto que se refere à criança e ao adolescente por serem
considerados pessoas em fase de desenvolvimento.
Para João Batista Costa Saraiva, em relação ao adolescente, excluindo-se o elemento da imputabilidade, os demais
elementos da culpabilidade hão de ser considerados. Assim, há que se ter em vista, quando o Estado pretende
sancionar o adolescente com alguma medida socioeducativa, sua potencial consciência da ilicitude e a exigibilidade de
conduta diversa, circunstâncias que levam à reprovabilidade da conduta. (SARAIVA, João Batista Costa. Adolescente
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em Con�ito com a Lei. Da indiferença à proteção integral. Uma abordagem sobre a responsabilidade penal juvenil. 2.
ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2005).
Para Cezar Roberto Bitencourt, a caracterização da doença mental faz com que o agente, ainda que tenha claramente o
senso valorativo de sua conduta, não consiga evitar sua prática, faltando-lhe a capacidade de autodeterminação
(BITENCOURT, op. cit. pp. 416).
É interessante destacar, ainda, que caso estejamos falando de inimputabilidade e, portanto, incapacidade de
culpabilidade, excetuando-se os adolescentes para os quais será aplicada uma medida socioeducativa, nos demais
casos será aplicada ao agente uma sanção penal, qual seja:Atenção
, Citamos a expressão “impropriamente absolvido”, pois ainda que seja aplicada uma sanção penal (medida de segurança), ele
não poderá ser considerado culpado por ser inimputável.
EM SÍNTESE:
Aplica-se pena a quem tiver culpabilidade e medida de segurança, periculosidade, aqui compreendida como a
capacidade de perigo à sociedade e a si mesmo.
EMOÇÃO E PAIXÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A
IMPUTABILIDADE PENAL
Fonte da Imagem:
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Conforme assevera o art.28, inciso I, do Código Penal, a emoção e a paixão não isentam o réu de pena. Todavia, é
importante salientar que a emoção, vista como a intensi�cação momentânea da paixão, poderá ter in�uência sobre a
aplicação de pena.
Exemplo
, O art.121, §1º, do Código Penal, prevê o denominado “homicídio privilegiado”, cuja natureza jurídica é de causa de diminuição de
pena nos casos, por exemplo, em que o agente praticar a conduta sob o domínio da violenta emoção logo em seguida à injusta
provocação da vítima. Nessa situação, a emoção de tal forma domina os pensamentos do agente que se torna o motivo
determinante para a prática deste homicídio doloso., , Por outro lado, caso o agente não esteja “sob o domínio” da violenta
emoção, mas tão somente in�uenciado por ela, será possível a aplicação da atenuante genérica de pena prevista no art.65, inciso
III, alínea c., , Ambas as situações atenuam a pena do réu. Todavia, no primeiro caso (privilégio), o magistrado pode atenuar a pena
aquém do mínimo legal (pena prevista no tipo penal), enquanto no caso da atenuante genérica, o magistrado terá a atenuação de
pena adstrita ao mínimo previsto na lei.
A EMBRIAGUEZ E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A IMPUTABILIDADE
PENAL
Fonte da Imagem:
A embriaguez, em regra, não exclui a imputabilidade penal do agente. Contudo, o art.28, II, parágrafos 1º e 2º,
estabelece situações nas quais ela poderá, excepcionalmente, isentar o réu de pena ou diminuí-la.
É necessário indagarmos acerca do conceito de embriaguez e podemos sintetizá-lo como a intoxicação transitória
decorrente da ingestão de álcool ou substância de efeitos psicotrópicos que pode variar de uma excitação de sentidos,
depressão, sono até o coma.
As fases relevantes para �ns penais são:
Ainda, podemos classi�car a embriaguez em:
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Atenção
, Segundo dispõe o art.28, do Código Penal, somente a embriaguez acidental e completa isenta o réu de pena (art.28, §1º, do
Código Penal). Entretanto, nos casos de embriaguez patológica ou dependência química, é possível a aplicação de medida de
segurança por equiparação à doença mental (vide, por exemplo, o art.45, da lei de drogas – Lei nº 11343/2006
(//www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm)).
Fonte da Imagem:
Ainda, nos casos em que for comprovada a redução da capacidade de discernimento ou autodeterminação em
decorrência da embriaguez acidental, a pena pode ser reduzida de um a dois terços (art.28, §2º, do Código Penal).
De forma oposta, a embriaguez também pode ser considerada circunstância agravante genérica, prevista no art. 61,
inciso II, alínea l, do Código Penal, nos casos em que o agente se embriaga com a �nalidade de praticar delito.
Saiba Mais
, Um interessante é a denominada teoria da actio libera in causa (ações livres da causa), segundo a qual leva-se em consideração,
para �ns de responsabilização penal, o momento da ingestão da substância e não da prática da conduta., , A referida teoria não
foi recepcionada pela Constituição da República de 1988 (Art. 5º, LVII, CRFB/1988). Porém, ainda é citada em muitos livros de
Direito Penal.
POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm
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Fonte da Imagem:
A potencial consciência da ilicitude compreende a percepção do agente acerca da ilicitude do fato por ele praticado e
não pode ser confundido com o conhecimento da lei pelo agente.
O desconhecimento da lei é inescusável, logo o que se questiona aqui não é a relação de contrariedade entre a conduta
e o ordenamento jurídico, mas se o agente possui capacidade de discernimento e autodeterminação para compreender
essa relação.
Exemplo
, Vejamos, por exemplo, o agente que viaja à Bolívia e lá compra 20 caixas de chá de coca industrializado para trazer ao Brasil a
�m de brincar com amigos. Ele sabe que existe a conduta criminosa de trá�co ilícito de drogas e o que se questiona, nesse caso,
é se ele teve capacidade para compreender se sua conduta estaria caracterizada ou não como trá�co. Essa falsa percepção da
realidade denomina-se erro de proibição e será por nós estudada na próxima aula.
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
Fonte da Imagem:
O último elemento que compõe a culpabilidade como requisito do conceito analítico de crime contempla a exigibilidade
de conduta diversa, ou seja, a possibilidade de exigir-se do agente que, no caso concreto, atue em conformidade com o
ordenamento jurídico.
Em outras palavras, esclarece Fernando Capez que a exigibilidade de conduta diversa consiste na “expectativa social
de um comportamento diferente daquele que foi adotado pelo agente” (CAPEZ, Fernando, op.cit. p. 352).
Para que possamos identi�cá-lo se faz necessário analisar suas causas excludentes, ou seja, as situações que
ensejam a inexigibilidade de uma conduta diversa por parte do agente diante do caso concreto, a saber: coação moral
irresistível e obediência hierárquica (art.22, do Código Penal).
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COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL
Quando estudamos o fato típico e, especi�camente a conduta, vimos que a coação física absoluta excluiria a própria
conduta do agente coagido, na medida em que este se transformara em mero instrumento de execução da conduta do
coator.
Aqui, a nossa indagação recai sobre a irresistibilidade da coação moral para �ns de exclusão da culpabilidade do
agente, pois este pratica a conduta típica e ilícita, já que tem a percepção de que não possui outra opção em
decorrência da coação psíquica sofrida decorrente de grave ameaça, entretanto ainda possui sua capacidade volitiva,
ainda que ín�ma.
Fonte da Imagem:
Vejamos, por exemplo, a situação na qual um indivíduo tem seu �lho sequestrado. Sob ameaça de não retornar a vê-lo,
se sente obrigado a subtrair vultosa quantia da agência bancária na qual trabalha como gerente.
Nesse caso, ele tem a percepção de que pratica um crime, todavia não vislumbra outra opção para salvar seu �lho que
não a prática do delito, bem como não há que se cogitar da existência de uma expectativa social de que ele atue de
forma diversa. Dessa forma, ainda que a conduta seja típica e ilícita, não será considerada culpável por inexigibilidade
de conduta diversa.
OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA
1
Necessidade de relação de direito público na qual haja hierarquia funcional;
2
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Que a ordem emanada pelo superior hierárquico não seja manifestadamente ilegal, ou seja, aquela situação na qual o
subordinado acredite que a ordem seja legal.
Atenção
, Em ambos os casos poderemos indagar acerca da responsabilidade penal do agente coator ou do superior hierárquico, ou seja, a
responsabilização penal pela conduta praticada será do coator ou do superior hierárquico., , No caso do coator, também será
aplicada a sanção pela coação (constrangimento ilegal) além da conduta praticada pelo coagido, acrescida da agravante genéricaprevista no art.62, inciso II, do Código Penal., , Em relação ao superior hierárquico, este será responsabilizado pela conduta
praticada pelo subordinado acrescida circunstância agravante genérica prevista no art.62, inciso III, do Código Penal.
ATIVIDADE
1 - Leia a notícia transcrita abaixo e responda às questões formuladas:
Homem é morto em briga por uma dose de pinga e suspeito é preso
Crime aconteceu na madrugada desta quarta-feira, em Aquidauana, MS.
Preso confessou o homicídio.
Um homem de 53 anos foi morto na madrugada desta quarta-feira (24), em Aquidauana, a 131 quilômetros de Campo
Grande, durante briga por causa de uma dose de pinga. Segundo informações do boletim de ocorrência, o crime
aconteceu no bairro Alto, perto da rodoviária do município. Testemunhas falaram sobre o suspeito e como ele é
conhecido da Polícia Militar (PM), policiais foram até a casa dele. O suspeito, de 35 anos, foi encontrado na residência
dele e confessou o crime. Ele disse aos policiais que brigou com a vítima por causa da dose de pinga e que deu três
golpes com uma tampa de metal na cabeça dela. O caso foi registrado como homicídio.
Disponível aqui (glossário). Atualizado em: 24/08/2016 09h30
Indaga-se:
A partir dos estudos sobre culpabilidade, caso o agente estivesse embriagado, seria aplicável a tese defensiva de
exclusão de punibilidade?
Responda de forma objetiva e fundamentada.
Resposta Correta
2 - A coação física irresistível e a coação moral irresistível afastam respectivamente a:
Culpabilidade e tipicidade
Tipicidade e culpabilidade
Tipicidade e ilicitude
Ilicitude e tipicidade
Justi�cativa
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2016/08/homem-e-morto-em-briga-por-uma-dose-de-pinga-e-suspeito-e-preso.html
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3 - (Concursos) Walter, ao chegar à casa de sua namorada Amélia, a encontra abraçada a outro homem. Ao ver a cena
é dominado pelo ciúme e desfere um soco no irmão de Amélia. Surpreendido pelo pai de Amélia, é levado por este à
Delegacia de Polícia. Lá chegando, Walter alega em sua defesa não ser responsável pelos seus atos, pois havia bebido
um pouco antes de encontrar sua namorada e como não estava acostumado a beber perdeu o controle sobre seus
atos. Diante do caso exposto assinale a alternativa correta. A defesa de Walter está:
Correta, pois a sua embriaguez foi culposa, logo sua imputabilidade será excluída.
Correta, pois a sua embriaguez foi acidental, logo sua imputabilidade será excluída.
Incorreta, pois ainda que a sua embriaguez tenha sido culposa, foi incompleta, logo não terá sua imputabilidade excluída.
Incorreta, pois ainda que a sua embriaguez tenha sido acidental, foi incompleta, logo não terá sua imputabilidade excluída.
Justi�cativa
4 - (Concursos) Canguçu, com 40 anos de idade, ao chegar em casa solicita que sua mulher Lucinda pegue um remédio
para sua indisposição estomacal e outro para sua pressão arterial, indo deitar-se no quarto do casal com as luzes
apagadas. Lucinda, embora acostumada a preparar os dois remédios para Canguçu, por equívoco, acaba dando para
este ingerir um remédio que é utilizado para depressão e outro para emagrecimento.
Cerca de 30 minutos depois de ingerir os remédios, Canguçu começa a ter alucinações e acaba agredindo sua sogra
Armanda com um soco no rosto, provocando-lhe lesões corporais graves. É comprovado que Canguçu não possuía, ao
tempo da agressão em sua sogra, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento, justamente em razão da embriaguez provocada pelos remédios. É correto a�nar que
Canguçu:
Terá excluída a culpabilidade em razão da embriaguez acidental e completa.
Poderá ter a sua pena reduzida em razão da embriaguez acidental e incompleta.
Terá excluída a culpabilidade em razão da embriaguez culposa e completa.
Poderá ter a sua pena reduzida em razão da embriaguez culposa e incompleta.
Justi�cativa
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