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AUXILIO ACIDENTE 2

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Auxílio-Acidente: O que é, Como Calcular e Requisitos 
 
Auxílio-acidente é um tema fundamental do direito previdenciário. 
O Auxílio-Acidente é um benefício previdenciário que garante 50% do 
valor de seu salário de contribuição (que deu origem ao Auxílio-Doença) até 
sua aposentadoria, devido a sequelas que reduziram sua capacidade 
laborativa, mesmo que ele continue trabalhando em outra função. 
Afinal, esse benefício é concedido com relativa frequência, impactando não 
apenas a vida dos segurados pelo INSS, como também os cofres públicos. 
Segundo os mais recentes dados da Previdência Social (Janeiro de 2019), o 
número total de segurados é de 431.411, sendo que só em dezembro foram 
concedidos 3.131 benefícios, um aumento de 15,52% com relação ao mês 
anterior . 
Não se pode negar a relevância desse benefício indenizatório, que 
complementa a renda dos trabalhadores em momentos de dificuldade, quando 
precisam custear medicamentos, produtos e tratamentos, visando a 
reabilitação. 
Mas a sua concessão atende a regras próprias. 
Na prática, cada caso é único e o segurado depende do suporte de um 
advogado especialista em direito previdenciário para ter acesso ao auxílio 
acidente. 
É por isso que você deve dominar o assunto, o que começa pela leitura deste 
artigo. 
A partir de agora, vamos abordar conceitos, aplicação, funcionamento, 
principais requisitos e quem tem direito ao benefício. 
Também iremos esclarecer dúvidas comuns, como a diferença entre auxílio-
acidente e auxílio-doença acidentário. 
Boa leitura! 
SUMÁRIO 
1. O que é o auxílio-acidente? 
2. Como funciona o Auxílio-Acidente? 
3. Quem tem direito ao auxílio-acidente? 
4. Requisitos para o auxílio acidentário 
1. Requisito no auxílio por acidente de trabalho 
2. Documentos necessários para o Auxílio-Acidente 
5. Auxílio-acidente x auxílio-doença 
https://www.desmistificando.com.br/direito-previdenciario-guia-completo/
http://sa.previdencia.gov.br/site/2019/03/beps19.01c.xls
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-doenca/
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#o-que-o-auxlio-acidente
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#como-funciona-o-auxlio-acidente
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#quem-tem-direito-ao-auxlio-acidente
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#requisitos-para-o-auxlio-acidentrio
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#requisito-no-auxlio-por-acidente-de-trabalho
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#documentos-necessrios-para-o-auxlio-acidente
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#auxlio-acidente-x-auxlio-doena
1. Quais as diferenças entre Auxílio-Doença Acidentário e Auxílio-
Acidente? 
6. Como receber o auxílio-acidente (passo a passo) 
1. Passo 1 – Documentos que descrevem o acidente e sequelas 
2. Passo 2: Marcação da perícia médica 
3. Passo 3: Documentação exigida 
4. Passo 4: Realização da perícia médica 
7. Qual o valor do Auxílio-Acidente? 
8. Data de início do benefício – Auxílio-acidente 
9. Como funciona a cessação do auxílio-acidente? 
10. Renda mensal inicial (RMI) do auxílio-acidente 
11. Como funciona a cumulação? 
12. Contribuinte individual 
13. Principais dúvidas sobre o Auxílio-acidente 
1. 1. Qual a diferença entre auxílio-doença e auxílio-acidente? 
2. 2. O auxílio-acidente só é pago em decorrência de acidentes de 
trabalho? 
3. 3. O que é salário de benefício? Auxílio-acidente 
4. 4. Qual o tempo de duração do auxílio-acidente? 
5. 5. Auxílio-Acidente cobre acidentes que aconteceram fora do 
ambiente de trabalho? 
6. 6. O Auxílio-Acidente pode acumular com outros benefícios? 
7. 7. Como converter o Auxílio-Acidente em Aposentadoria por 
Invalidez? 
14. Conclusão Auxílio-acidente 
O que é o auxílio-acidente? 
Auxílio-acidente é um benefício indenizatório concedido pela Previdência 
Social, que pode ser requerido quando, após sofrer um acidente no 
trabalho (código B94) ou de qualquer natureza (B36), um indivíduo 
segurado pelo INSS apresentar sequela que reduza a sua capacidade para 
o trabalho. 
Para entender melhor, vamos analisar trechos dessa definição, começando 
pela classificação como “benefício indenizatório”. 
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#quais-as-diferenas-entre-auxlio-doena-acidentrio-e-auxlio-acidente
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#quais-as-diferenas-entre-auxlio-doena-acidentrio-e-auxlio-acidente
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#como-receber-o-auxlio-acidente-passo-a-passo
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#passo-1-documentos-que-descrevem-o-acidente-e-sequelas
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#passo-2-marcao-da-percia-mdica
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#passo-3-documentao-exigida
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#passo-4-realizao-da-percia-mdica
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#qual-o-valor-do-auxlio-acidente
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#data-de-incio-do-benefcio-auxlio-acidente
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#como-funciona-a-cessao-do-auxlio-acidente
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#renda-mensal-inicial-rmi-do-auxlio-acidente
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#como-funciona-a-cumulao
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#contribuinte-individual
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#principais-dvidas-sobre-o-auxlio-acidente
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#1-qual-a-diferena-entre-auxlio-doena-e-auxlio-acidente
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#2-o-auxlio-acidente-s-pago-em-decorrncia-de-acidentes-de-trabalho
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#2-o-auxlio-acidente-s-pago-em-decorrncia-de-acidentes-de-trabalho
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#3-o-que-salrio-de-benefcio-auxlio-acidente
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#4-qual-o-tempo-de-durao-do-auxlio-acidente
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#5-auxlio-acidente-cobre-acidentes-que-aconteceram-fora-do-ambiente-de-trabalho
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#5-auxlio-acidente-cobre-acidentes-que-aconteceram-fora-do-ambiente-de-trabalho
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#6-o-auxlio-acidente-pode-acumular-com-outros-benefcios
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#7-como-converter-o-auxlio-acidente-em-aposentadoria-por-invalidez
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#7-como-converter-o-auxlio-acidente-em-aposentadoria-por-invalidez
https://www.desmistificando.com.br/auxilio-acidente/#concluso-auxlio-acidente
A primeira implicação disso é que o benefício não exclui o recebimento de 
salário, nem impede que o segurado trabalhe enquanto o recebe. 
É isso mesmo! Ele será recebido cumulativamente com o salário e até mesmo 
outros benefícios, como veremos abaixo, e se encerra somente com a morte ou 
aposentadoria. 
A segunda é que, diferentemente de modalidades como o BPC/LOAS 
(Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica de Assistência Social), o 
auxílio acidentário não tem caráter assistencial, ou seja, não se presta a 
garantir condições de vida mínimas para a dignidade do beneficiário. 
Embora também sirva para complementar a renda, o auxílio é um tipo de 
indenização, tendo por objetivo amenizar danos – nesse contexto, estão as 
sequelas provocadas pelo acidente. 
Para a sua concessão, no entanto,, essas sequelas devem ter caráter 
permanente, gerando impactos negativos na vida profissional. 
Ainda que seja comum relacionar o auxílio-acidente a ocorrências no trabalho, 
ele não está restrito a esse cenário. 
O benefício tem apoio na Lei 8.213/91, que afirma o seguinte, em seu artigo 86: 
“O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, 
após consolidação das lesõesdecorrentes de acidente de qualquer natureza, 
resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que 
habitualmente exercia.” 
Portanto, em teoria, a indenização pode ser destinada a qualquer trabalhador 
segurado que se acidente, seja no ambiente de trabalho ou fora dele, desde 
que sejam verificadas sequelas que reduzam a sua capacidade laboral. 
Como funciona o Auxílio-Acidente? 
O benefício, de natureza indenizatória, pode ser requerido logo após o fim 
do Auxílio-Doença ou mesmo quando ele não foi solicitado. 
Quando há necessidade de Auxílio-Doença, assim que o trabalhador se 
acidentou, ele será atendido em uma unidade de saúde e receberá atestado 
médico, informando a sua total incapacidade temporária para o trabalho. 
Após o prazo máximo para se manter sob atestado (15 dias corridos ou 
intercalados por um período de 60 dias), o empregado dará entrada no pedido 
de Auxílio-Doença. 
Em seguida, o trabalhador é avaliado através de documentos e por perícia. 
Caso o requerimento seja aceito pelo Instituto Nacional do Seguro Social 
(INSS), ele receberá, mensalmente, o benefício. 
Terminado o período de afastamento da empresa, assegurado com o 
recebimento do Auxílio-Doença, o contribuinte passará por nova perícia, a fim 
de verificar o seu estado de saúde. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm
https://www.desmistificando.com.br/aposentadoria-por-invalidez-concedida-judicialmente-pode-ser-cancelada/
Se constatado que o acidente causou alguma sequela permanente ao 
trabalhador, diminuindo as suas capacidades para a plena execução do 
trabalho que realizava, ele deverá entrar com o requerimento de Auxílio-
Acidente, caso o INSS já não conceda o benefício imediatamente após a 
cessação do auxílio doença. 
Depois de nova perícia e com toda a documentação que comprova o dano 
definitivo, o INSS pode conceder ou não o benefício ao acidentado. 
No entanto, como já destacado, o Auxílio-Acidente também pode ser requerido 
sem o intermédio do Auxílio-Doença. 
Quem tem direito ao auxílio-acidente? 
Diferente de outros benefícios do INSS, não basta contribuir com a Previdência 
Social para estar habilitado a receber o auxílio-acidente. 
A classe dos contribuintes individuais, que é composta por autônomos e 
prestadores de serviço sem subordinação, não pode se beneficiar desse 
serviço. 
Na verdade, essa é uma das polêmicas que cercam o tema – vamos tratar 
sobre ela em um tópico mais ao final deste texto. 
Antes, cabe nos concentrarmos nos grupos que têm acesso ao auxílio. 
Conforme o Art. 18 da Lei 8.213/91, somente as categorias a seguir estão 
cobertas por esse serviço: 
• Empregados urbanos ou rurais 
• Empregados domésticos 
• Trabalhadores avulsos 
• Segurados especiais. 
A primeira categoria reúne a maior parte dos segurados pelo INSS, que 
trabalham com registro em carteira, seja em ambiente urbano ou rural. 
A maioria deles atua sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT), o que inclui trabalhadores temporários e servidores públicos 
comissionados, desde que não tenham vínculo efetivo com a União, Autarquias 
e Fundações Públicas Federais. 
Na segunda categoria, estão os empregados domésticos, definidos pela 
prestação de serviços de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito 
residencial, em atividades sem fins lucrativos. 
Já os trabalhadores avulsos prestam serviços sem vínculo empregatício a 
várias empresas diferentes. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm
Essas atividades são mediadas por sindicatos e outras entidades 
representativas, como o órgão gestor de mão de obra para trabalhos 
portuários. 
A última categoria com direito a receber o auxílio por acidente é a dos 
segurados especiais: pessoas físicas que moram em imóvel rural, atuando em 
regime de economia familiar. 
Nesse caso, os membros da família desempenham atividades indispensáveis à 
própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar. 
Pequenos agricultores, seringueiros e pescadores artesanais integram esse 
grupo. 
Como os segurados especiais necessitam do apoio de outros membros da 
família, seus cônjuges e filhos maiores de 16 anos também podem receber o 
auxílio por acidente. 
No entanto, duas categorias de contribuintes não têm direito ao Auxílio-
Acidente. 
São elas: 
• Contribuinte Individual 
• Contribuinte Facultativo. 
Requisitos para o auxílio acidentário 
Além de pertencer a uma das categorias que mencionei acima, a concessão do 
benefício está condicionada a outros requisitos. 
O primeiro e mais óbvio é que o trabalhador seja segurado pelo INSS na 
ocasião em que sofreu o acidente. 
A legislação estabelece que não é necessário ter cumprido tempo de carência, 
ou seja, mesmo alguém que tenha sido contratado no mesmo dia em que se 
acidentou pode solicitar o benefício. 
O segundo requisito diz respeito à constatação de incapacidade ou redução na 
capacidade para o trabalho, gerada após a ocorrência de um acidente, seja ele 
de trabalho ou não. 
A relação entre a lesão ou doença consolidada e a sequela responsável pela 
perda de capacidade laboral também deve ser comprovada. 
Essa constatação é feita pessoalmente, após a análise de peritos do INSS. 
Há, ainda, um último requisito, exigido apenas quando a incapacidade for 
proveniente de acidente de trabalho. 
Requisito no auxílio por acidente de trabalho 
Nesse cenário, é preciso comprovar o nexo causal (relação causa e 
consequência) entre sequela e a atividade profissional, ou as condições 
encontradas no ambiente de trabalho. 
Um acidente de trabalho é aquele ocorrido devido ao exercício do trabalho a 
serviço da empresa ou do empregador doméstico, causando lesão corporal ou 
perturbação funcional que leve à morte ou a perda ou redução, permanente ou 
temporária, da capacidade para o trabalho. 
Doenças profissionais, do trabalho e acidentes de trajeto também são 
considerados acidentes de trabalho, justificando o pagamento de auxílio-
acidente. 
Podemos descrever a doença profissional como aquela desencadeada pelo 
exercício de atividades inerentes a determinada profissão. 
Uma secretária que passa boa parte do dia digitando relatórios e adquire 
tendinite (inflamação do tendão) é um caso clássico de doença profissional, 
pois sabe-se que essa patologia é uma lesão por esforço repetitivo (LER). 
O conceito de doença do trabalho (ou ocupacional) é um pouco diferente, visto 
que faz menção aos males adquiridos ou desencadeados por condições 
especiais nas quais o trabalho é realizado. 
Um exemplo de doença ocupacional é um trabalhador que, após anos de 
atividades junto a máquinas barulhentas, apresenta perda severa de audição. 
Repare que, em ambos os casos, a capacidade laboral dos profissionais foi 
afetada, o que sustenta o pagamento de auxílio por acidente. 
O mesmo raciocínio vale para acidentes durante o trajeto de casa até a 
empresa e vice-versa, ou durante um deslocamento a pedido do empregador. 
Ocorrências nesses períodos são equiparadas a acidentes de trabalho. 
Segundo a legislação federal, profissionais de segurança do trabalho devem 
notificar, a pedido das empresas ou empregadores, todas as ocorrências no 
ambiente laboral, através da emissão de CAT (Comunicação de Acidente de 
Trabalho). 
Documentos necessários para o Auxílio-Acidente 
Como vimos até aqui, o Auxílio-Acidente é uma indenização concedida pelo 
INSS após a constatação de permanente redução da capacidade produtiva do 
trabalhador. 
Portanto, antes de requerê-lo, ele pode ter sido beneficiado com o Auxílio-
Doença – Previdenciário ou Acidentário. 
Para o Auxílio-Doença, serão necessários documentos originais e alguns 
formulários preenchidos, como: 
• Documento oficial de identificação com foto, de modo a permitir o 
reconhecimento do requerente 
https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat/https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat/
• Número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) 
• Carteira de trabalho, carnês de contribuição e outros documentos 
utilizados para a comprovação de pagamentos ao INSS 
• O empregado deve apresentar declaração assinada pelo empregador, 
na qual consta informação sobre a data do último dia trabalhado 
• Comunicação de acidente de trabalho (CAT), se for o caso 
• Em caso de segurado especial (como trabalhador rural, lavrador e 
pescador), é necessário apresentar documentos que comprovem a sua 
situação, a exemplo de contratos de arrendamento e outros relacionados 
pelo INSS 
• Deve-se apresentar atestados, exames, relatórios e outros documentos 
médicos relativos ao seu tratamento, facilitando a análise no dia da 
perícia médica do INSS. 
Após a entrega destes documentos e de passado o processo de Auxílio-
Doença, o requerente do Auxílio-Acidente deve se dirigir a uma agência do 
INSS: 
• Novamente com seu documento de identificação oficial com foto 
• Número do CPF 
• Documentos médicos relativos ao acidente sofrido ou tratamento de 
saúde frequentado, como atestados e cópias de exames. 
O mesmo vale para aqueles que não receberam o Auxílio-Doença e solicitam, 
de imediato, o Auxílio-Acidente. 
Para a perícia, é possível solicitar a presença de um acompanhante, que pode 
ser o próprio médico do requerente, se assim desejar. 
Nesse caso, o procedimento compreende preencher o formulário de 
solicitação e apresentá-lo no dia da perícia. 
Mas não há aceitação automática – o documento será analisado e pode ser ou 
não deferido pelo perito médico. 
Auxílio-acidente x auxílio-doença 
A concessão do auxílio-acidente é válida, inclusive, para trabalhadores que 
tenham pedido auxílio-doença após o acidente. 
O auxílio-doença deve ser pago ao segurado do INSS que comprove, em 
perícia médica, estar temporariamente incapaz para o trabalho em decorrência 
de doença ou acidente. 
Portanto, é comum que empregados solicitem o auxílio-doença e, em seguida, 
percebam uma incapacidade permanente, pleiteando o auxílio-acidente. 
http://www.previdencia.gov.br/forms/formularios/form019.html
https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat/
https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/atualizacao-de-tempo-de-contribuicao/documentos-para-comprovacao-de-tempo-de-contribuicao/documentos-trabalhador-rural/
https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/atualizacao-de-tempo-de-contribuicao/documentos-para-comprovacao-de-tempo-de-contribuicao/documentos-trabalhador-rural/
http://www.mtps.gov.br/images/Imagens/Previdencia/solicitacao-de-acompanhante.pdf
http://www.mtps.gov.br/images/Imagens/Previdencia/solicitacao-de-acompanhante.pdf
Como exemplo, podemos citar o caso de um auxiliar de produção que 
trabalhava em uma fábrica de móveis na cidade de Califórnia/PR. 
Após sofrer um atropelamento em 2007, ele solicitou e recebeu auxílio-doença 
por dois meses – tempo no qual esteve totalmente incapacitado para o 
trabalho. 
Ao final desse prazo, o trabalhador entrou com o pedido de auxílio-acidente, 
visto que ficou com sequelas irreparáveis por causa de uma fratura no 
tornozelo esquerdo, decorrente do atropelamento. 
Negado administrativamente pelo INSS, o benefício foi concedido por 
determinação da Turma Regional Suplementar do Paraná do Tribunal Regional 
Federal da 4ª Região (TRF4). 
Quais as diferenças entre Auxílio-Doença Acidentário e Auxílio-Acidente? 
É relativamente comum que Auxílio-Doença e Auxílio-Acidente sejam 
confundidos. 
Mais frequente ainda é a confusão com o termo “Auxílio-Doença Acidentário”. 
Veja a diferença entre cada um dos benefícios: 
Auxílio-Doença 
É concedido pelo INSS ao trabalhador que fica temporariamente 
incapacitado para realizar seu trabalho ou atividade habitual por mais de 15 
dias consecutivos. 
Portanto, é um benefício temporário e o contribuinte não pode trabalhar pelo 
período em que o receber. 
Auxílio-Doença Acidentário 
Esse é um benefício pago aos trabalhadores totalmente incapacitados para o 
trabalho, de forma temporária, por acidente de trabalho ou doenças 
ocupacionais relacionadas a ele. 
Não há período de carência. 
Auxílio-Acidente 
Como foi exposto, é o benefício indenizatório para empregados que sofreram 
acidente dentro ou fora do trabalho e, por causa dele, tiveram algum tipo 
de redução definitiva das suas capacidades de trabalho. 
Não há carência para seu recebimento e o contribuinte pode trabalhar 
enquanto o receber. 
Além disso, pode ou não ser precedido pelo Auxílio-Doença. 
Como receber o auxílio-acidente (passo a passo) 
https://www.trf4.jus.br/trf4/controlador.php?acao=noticia_visualizar&id_noticia=13785
Assim como os demais benefícios concedidos por incapacidade, o auxílio por 
acidente requer documentação específica, além da confirmação das sequelas, 
que é realizada por perícia médica. 
Veja, a seguir, um passo a passo para requerer o benefício: 
Passo 1 – Documentos que descrevem o acidente e sequelas 
É preciso ter em mãos os documentos que comprovem o acidente e suas 
consequências, como declarações, CAT, relatos sobre consultas e atestados e 
receituários médicos. 
Passo 2: Marcação da perícia médica 
Em seguida, será necessário agendar a perícia médica, que é uma consulta 
feita por especialistas do INSS para atestar a condição de saúde e aptidão para 
o benefício. 
A forma mais simples de fazer isso é pela internet, em quatro etapas: 
1. Acesse a área do site do INSS destinada à oferta de serviços aos 
cidadãos, o MEU INSS 
2. Faça o login ou cadastro, se for o seu primeiro acesso 
3. Depois de entrar no sistema, escolha a opção “Agendamento” 
4. Selecione “Perícia” e clique em “Confirmar”. 
Também é possível realizar o agendamento da perícia pelo telefone 135, com 
atendimento de segunda a sábado, das 7h às 22h. 
Passo 3: Documentação exigida 
Para facilitar o processo de solicitação do auxílio acidentário, é importante que 
o segurado compareça à perícia com os documentos necessários para 
confirmar sua identidade, vínculo trabalhista, perda da capacidade laboral e, se 
for o caso, que sofreu acidente de trabalho (de trajeto, doença profissional ou 
ocupacional). 
Veja algumas informações relevantes: 
• Documento de identificação oficial com foto, como RG ou carteira de 
habilitação 
• Número de registro no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) 
• Carteira de trabalho 
• Laudo médico 
• Imagens obtidas através de exames de diagnóstico, como radiografias 
• Atestado médico 
• Relatórios 
https://meu.inss.gov.br/central/index.html#/
• CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), caso seja aplicável. 
Passo 4: Realização da perícia médica 
O INSS mantém médicos peritos em suas unidades. 
Esses profissionais são responsáveis por examinar e confirmar acidentes, 
doenças ou sequelas que ensejem a concessão de benefícios por 
incapacidade. 
No caso do auxílio-acidente, cabe a eles realizar uma entrevista com o 
trabalhador (anamnese), exame físico e a avaliação necessária para constatar 
a redução ou perda da capacidade laboral. 
Daí a importância de apresentar documentos que apoiem essa análise. 
Após a perícia, é possível acompanhar o andamento da solicitação do auxílio 
pelo site do INSS. 
Qual o valor do Auxílio-Acidente? 
Segundo o INSS, a forma de cálculo dos benefícios previdenciários está 
definida na seção III da Lei 8.213/91, e o valor do Auxílio-Acidente encontra-se 
em seus artigos 29 e 86. 
Assim, o valor da indenização segue à regra de 50% do valor do “Salário de 
Benefício”. 
O “Salário de Benefício” pode ser calculado de duas maneiras diferentes. 
Mas, no caso do Auxílio-Acidente, atende ao disposto no artigo 29: 
“Art. 29 O salário de benefício consiste: 
(…) 
II – para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 18, 
na média aritmética simples dos maiores salários de contribuiçãocorrespondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo.” 
Desse modo, para o caso específico do auxílio em questão, é realizada uma 
média dos valores dos maiores salários de contribuição em 80% do tempo 
contribuído à Previdência Social. 
A partir deste resultado, o valor é multiplicado por 0,5, para se chegar aos 50% 
previstos por lei. 
Por exemplo, em 10 anos de contribuição, os maiores salários do contribuinte, 
em 80% do tempo, chegaram ao resultado de um Salário de Benefício no valor 
de R$ 1.500. 
Para calcular o Auxílio-Acidente, multiplica-se este valor por 0,5, para se 
chegar aos 50% determinados pela legislação. 
Dessa forma, o valor do benefício indenizatório é, como Renda Mensal Inicial: 
https://www.inss.gov.br/beneficios/auxilio-doenca/valor-dos-beneficios-por-incapacidade/
https://www.desmistificando.com.br/erro-calculo-rmi/
• R$ 1500 x 0,5 = R$ 750 
Essa indenização será paga, mensalmente, até a aposentadoria ou óbito do 
segurado e sofrerá reajustes previstos em lei. 
Data de início do benefício – Auxílio-acidente 
De acordo com a legislação, o auxílio acidentário deve ser pago a partir do dia 
seguinte ao do fim do auxílio-doença, independentemente de qualquer 
rendimento do segurado (salário e até outros benefícios previdenciários, como 
pensões). 
A exceção são as aposentadorias, que não podem ser acumuladas ao 
benefício – falaremos mais sobre elas nos próximos tópicos. 
Se o auxílio-acidente não foi precedido por auxílio-doença, ele será devido a 
partir da data de entrada do requerimento. 
Como funciona a cessação do auxílio-acidente? 
Como já destacado, o auxílio-acidente é uma espécie de indenização após a 
perda de capacidade laboral, paga ao trabalhador mensalmente por prazo 
indeterminado. 
O benefício pode ser encerrado caso as condições que o geraram mudem, ou 
seja, se o trabalhador se recuperar totalmente da incapacidade, voltando a 
exercer o trabalho que fazia antes do acidente. 
Mas esse cenário é raro, pois a maioria das sequelas ou doenças, ainda que 
parciais, são permanentes. 
Assim, o mais provável é que o trabalhador se aposente ou faleça, justificando 
a cessação do auxílio. 
Lembrando que não é preciso que o segurado se aposente por invalidez. 
Caso opte pela aposentadoria por idade, tempo de contribuição ou qualquer 
modalidade, o pagamento do benefício será encerrado. 
Renda mensal inicial (RMI) do auxílio-acidente 
A renda mensal inicial, ou RMI, corresponde ao valor pago no princípio da 
concessão do benefício. 
Ela está prevista no artigo 86, § 1º da Lei 8.213/91 e representa 50% do salário 
de benefício do segurado pelo INSS. 
Caso o contribuinte realize duas atividades remuneradas concomitantes, os 
dois salários de benefício serão somados para calcular o valor da renda mensal 
advinda do auxílio-acidente. 
O segurado especial, que trabalha em ambiente rural para a subsistência da 
família, recebe 50% do salário mínimo vigente. 
Como funciona a cumulação? 
https://www.desmistificando.com.br/aposentadoria-por-invalidez/
https://www.desmistificando.com.br/aposentadoria-por-idade/
A cumulação acontece quando um cidadão passa a receber mais de um 
benefício previdenciário – e é bastante incomum. 
Na maioria das vezes, não é permitido acumular os pagamentos, como 
aposentadoria com auxílio-doença. 
No entanto, o auxílio-acidente pode ser acumulado a pensões e outros 
benefícios, exceto aposentadorias ou um segundo auxílio-acidente. 
A Previdência Social também veda a cumulação de auxílio-doença com auxílio-
acidente se ambos se referirem à mesma doença ou acidente que lhes deram 
origem. 
Contribuinte individual 
Contribuinte individual é aquele que exerce as atividades de trabalho por conta 
própria, sem subordinação a um empregador (pessoa ou empresa). 
Nessa categoria, se enquadram prestadores de serviços e profissionais 
liberais, a exemplo de médicos, dentistas, consultores, marceneiros, 
advogados, artistas e quaisquer outros que atuem de forma autônoma. 
Segundo determina o INSS, esses trabalhadores não têm direito ao auxílio-
acidente. 
No entanto, a determinação vem sendo questionada por, supostamente, ferir 
princípios constitucionais, como a isonomia. 
O argumento é que os contribuintes individuais, como o próprio nome indica, 
são obrigados a contribuir com a Previdência Social, tornando-se segurados. 
Assim, não faria sentido haver discriminação entre os segurados, o que enseja 
uma revisão artigo 86 da Lei 8.213/91. 
Essa é a proposta do Projeto de Lei 6870/2013, apresentado na Câmara dos 
Deputados, que busca estender o auxílio por acidente a todos os segurados do 
INSS. 
O texto, no entanto, se encontra arquivado e sem tramitação desde janeiro de 
2015. 
Principais dúvidas sobre o Auxílio-acidente 
Antes de concluirmos, vale recorrer a um tira dúvidas sobre o auxílio-acidente. 
Confira abaixo; 
1. Qual a diferença entre auxílio-doença e auxílio-acidente? 
Enquanto o auxílio-doença é devido ao segurado que está temporariamente 
incapaz para desempenhar suas atividades ocupacionais, o auxílio-acidente é 
uma indenização aos segurados que comprovarem sequela permanente que 
reduza a capacidade laboral. 
2. O auxílio-acidente só é pago em decorrência de acidentes de trabalho? 
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=602967
Não. A Lei 8.213/91 garante que o benefício pode ser destinado a 
trabalhadores que tenham sofrido qualquer modalidade de acidente, desde que 
atendam às exigências do INSS. 
Entre as principais, estão comprovar doença ou sequela permanente, confirmar 
diminuição na capacidade laboral e integrar o grupo de segurados cobertos 
pelo auxílio. 
3. O que é salário de benefício? Auxílio-acidente 
É o valor que serve como base de cálculo para os benefícios pagos pelo INSS. 
Ele pode ser obtido a partir da média aritmética simples dos maiores salários 
de contribuição, representando 80% do tempo total de contribuição. 
Vimos, acima, que a renda mensal inicial (RMI) do auxílio-acidente 
corresponde a 50% do salário de base do segurado. 
4. Qual o tempo de duração do auxílio-acidente? 
Ele é concedido por período indeterminado. 
Uma vez comprovada sequela ou doença que provoque redução permanente 
na capacidade laboral, o benefício só é encerrado mediante óbito, 
aposentadoria ou recuperação completa do segurado. 
Por ter uma natureza indenizatória, o Auxílio-Acidente não tem duração 
temporária. 
Ou seja, é um benefício vitalício, tendo seu pagamento interrompido apenas 
em duas situações: morte ou aposentadoria do contribuinte. 
De acordo com o próprio INSS: 
“Encerra-se quando o trabalhador se aposenta ou solicita a Certidão de Tempo 
de Contribuição (CTC) para fins de averbação em Regime Próprio de 
Previdência Social (RPPS) ou ainda por ocasião do óbito.” 
5. Auxílio-Acidente cobre acidentes que aconteceram fora do ambiente de 
trabalho? 
Sim, o benefício indenizatório serve para acidentes de qualquer natureza. 
Mas nem sempre foi assim. 
Para melhor entendimento, vale recorrer à contribuição de Daniel Machado da 
Rocha sobre o tema em seu livro Comentários à Lei de Benefícios da 
Previdência Social (Ed. Livraria do Advogado, 2ª Ed., 2002, p. 255). 
Segundo explica o autor, a redação original da Lei de Benefícios previa a 
concessão somente se o segurado sofresse acidente de trabalho, reduzindo a 
capacidade laborativa, prejudicando seu desempenho ou impondo maior 
esforço para o exercício de suas atividades – as mesmas que fazia até o 
acidente. 
https://www.livrariadoadvogado.com.br/comentarios-a-lei-de-beneficios-da-lei-da-previdencia-social-p45766/
https://www.livrariadoadvogado.com.br/comentarios-a-lei-de-beneficios-da-lei-da-previdencia-social-p45766/
Isso mudou, conforme Rocha destaque neste trecho do livro: 
“Atualmente, é concedido como pagamento de indenização mensal, quando 
após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquernatureza, 
resultar sequelas que impliquem na redução da capacidade de labor do 
segurado.” 
E ele completa: 
“Em lugar de acidente do trabalho, como na redação originária, entende-se que 
houve uma ampliação das hipóteses fáticas para a concessão do benefício. 
(…) Por acidente de qualquer natureza, deve ser entendido qualquer evento 
abrupto que cause a incapacidade, ainda que não guarde relação com a 
atividade laboral do segurado. Poderá ser um acidente doméstico, 
automobilístico ou esportivo.” 
As palavras do autor não deixam dúvidas. 
Um operador de máquina que fratura o braço durante um jogo de vôlei entre 
amigos, por exemplo, tem sua performance laboral comprometida. 
Impedido ou prejudicado em suas funções, logo, ele faz jus ao benefício do 
Auxílio-Acidente. 
6. O Auxílio-Acidente pode acumular com outros benefícios? 
Sim, o Auxílio-Acidente pode acumular com outros benefícios da Previdência 
Social. 
Considerando as proibições, infere-se que são possíveis as seguintes 
combinações: 
• Auxílio-Acidente e Auxílio-Doença 
• Auxílio-Acidente e Pensão por Morte 
• Auxílio-Acidente e Salário Maternidade 
• Auxílio-Acidente e Seguro Desemprego. 
Porém, também existem que não se somam ao Auxílio-Acidente. São eles: 
• Aposentadoria com Auxílio-Acidente, exceto nos casos em que a data 
de início de ambos os benefícios seja anterior a 10/11/1997 
• Auxílio-Doença com Auxílio-Acidente, quando ambos se referirem à 
mesma doença ou acidente que lhes deram origem 
• Auxílio-Acidente com outro Auxílio-Acidente. 
7. Como converter o Auxílio-Acidente em Aposentadoria por Invalidez? 
Na prática, não é possível converter o auxílio-acidente em aposentadoria por 
invalidez. Contudo, vou explicar melhor sobre a relação entre esses dois 
benefícios. 
O Auxílio-Acidente é pago ao trabalhador, como indenização, quando ele sofre 
acidente ou doença que o incapacita parcialmente e de forma definitiva para 
determinado trabalho. 
No entanto, ele ainda consegue exercer outras funções. 
Já o Auxílio-Doença (previdenciário ou acidentário) é o benefício que o 
contribuinte recebe quando está totalmente incapaz para o trabalho, mas de 
forma temporária. 
Quando, porém, a incapacidade que era parcial torna-se total e passa de 
temporária para permanente, o beneficiário pode requerer a aposentadoria por 
invalidez. 
Assim, o trabalhador que se torna incapaz de trabalhar e que não possa ser 
reabilitado em outra profissão pode solicitar a aposentadoria por invalidez ao 
INSS. 
Para isso, caso ainda não o tenha feito, o cidadão deve requerer o Auxílio-
Doença, que tem os mesmos requisitos para esta modalidade de 
aposentadoria. 
Terminado o benefício, ele já deve solicitar ao INSS a sua adequação como 
aposentado por invalidez. 
Será necessário, então, entrar em contato com uma agência do instituto e 
agendar uma perícia médica. 
• 
Conclusão Auxílio-acidente 
Neste artigo, você conferiu um panorama completo da concessão e solicitação 
de auxílio-acidente no Brasil. 
Fica claro que, embora se trate de um processo relativamente simples, o 
segurado se beneficia do apoio de um advogado especializado em direito 
previdenciário, já que cada caso é único. 
Também é importante considerar os questionamentos quanto à legislação 
sobre o tema, como a discriminação dos contribuintes individuais, que não 
podem pleitear esse benefício. 
Nesse contexto, é útil consultar um especialista em direito previdenciário para 
esclarecer dúvidas e requerer direitos. 
Se você deseja contribuir com o tema ou restou alguma dúvida, deixe um 
comentário a seguir. 
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https://www.desmistificando.com.br/como-converter-auxilio-acidente-em-aposentadoria-por-invalidez/
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