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Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital Autores: Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 16 de Março de 2020 1 54 SUMÁRIO 1 Membros do TCU ........................................................................................................ 2 1.1 Escolha dos membros do TCU ............................................................................................... 2 1.2 Escolha dos conselheiros dos tribunais de contas estaduais, do DF e dos Municípios .......... 6 1.3 Autonomia dos Tribunais de Contas ...................................................................................... 7 2 Organização do TCM/SP ............................................................................................. 8 2.1 Sede e composição ................................................................................................................ 8 2.2 Plenário ................................................................................................................................. 9 2.3 Atribuições e eleição dos membros do Plenário .................................................................. 11 2.4 Conselheiros ........................................................................................................................ 16 2.5 Câmaras .............................................................................................................................. 23 2.6 Juiz Singular ......................................................................................................................... 24 2.7 Serviços auxiliares ............................................................................................................... 24 2.8 Procuradoria da Fazenda Municipal ................................................................................... 25 3 Processo em geral ..................................................................................................... 31 3.1 Formação do processo ........................................................................................................ 31 3.2 Distribuição ......................................................................................................................... 32 3.3 Partes e o ingresso de interessado no processo .................................................................. 34 3.4 Intervenção da Procuradoria da Fazenda Municipal ........................................................... 36 3.5 Prazos .................................................................................................................................. 37 3.6 Exercício da Ampla Defesa .................................................................................................. 38 3.7 Impedimento e suspeição .................................................................................................... 39 4 Resumo .................................................................................................................... 47 5 Lista das questões .................................................................................................... 49 6 Gabarito ................................................................................................................... 53 7 Referências ............................................................................................................... 53 Olá pessoal! Nesta aula, nós vamos estudar os seguintes itens do Regimento e da Lei Orgânica: à Organização do TCM/SP; Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 2 54 à Processos em geral. O tema, especialmente processos em geral, não é dos mais exigidos em prova, até porque ele é específico de concurso do TCM/SP, por isso procurei abordar os principais aspectos. Dessa forma, alguns pontos não foram incluídos na aula e recomendo a leitura da Lei Orgânica e Regimento Interno do TCM. Além disso, quase todas as questões são inéditas. Elaborei elas no nível de dificuldade e no estilo das questões de concursos de tribunais de contas. Assim, acredito que vocês poderão treinar da melhor forma possível. Vamos ao conteúdo! Herbert Almeida 1 MEMBROS DO TCU 1.1 ESCOLHA DOS MEMBROS DO TCU Segundo a Constituição Federal, o Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.1 Quando se fala em “TCU”, devemos saber que não estamos falando de todo aquele órgão, formado por milhares de servidores. Estamos falando, na verdade, dos nove ministros do Tribunal. Portanto, o Tribunal de Contas da União é formado pelos seus nove ministros. Mas aí você pergunta: professor, então onde trabalham todos aqueles milhares de servidores? Eles trabalham na Secretaria do TCU, prestando os mais diversos serviços de apoio à atividade de controle externo. Portanto, o TCU não é formado pelos auditores, ou pelos membros do Ministério Público junto ao Tribunal ou, ainda, pelos seus servidores efetivos. O Tribunal de Contas da União é formado pelos seus nove ministros e “ponto”! Por outro lado, funcionam, junto com o TCU, uma série de órgãos, como a Secretaria, o MPjTCU, etc. Vamos estudar todos esses órgãos logo mais. Além disso, observe que a sede do TCU é no Distrito Federal. Isso, por vezes, é utilizado como pegadinha de prova. A capital nacional fica, de fato, em Brasília. Além disso, o prédio físico do TCU também está localizado em Brasília. Porém, a Constituição Federal fala que a sede é “no Distrito Federal”. Logo, para fins de prova, a Constituição Federal determina que a sede do TCU é no Distrito Federal, ou seja, não é “na capital federal” nem “em Brasília”. Agora, vamos ao processo de escolha dos membros do TCU. Nesse contexto, os ministros do TCU serão nomeados entre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos (CF, art. 73, § 1º): 1 O art. 96 da Constituição Federal trata das competências que refletem a autonomia dos órgãos do Poder Judiciário. O TC, apesar de não compor o Judiciário, goza de algumas competências e garantias deste Poder. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 3 54 a) mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; b) idoneidade moral e reputação ilibada; c) notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; d) mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior. Portanto, são cinco requisitos gerais, vejamos: Perceba que a Constituição exige que o possível ministro seja um brasileiro. Logo, tanto faz se for brasileiro nato ou naturalizado. Quanto à idade, trata-se de requisito para o ingresso no cargo. Porém, isso não impede que o ministro trabalhe após os 65 anos. Atualmente, a aposentadoria compulsória está fixada nos 75 anos. Então, o Ministro deve ingressar antes dos 65 anos, mas nada impede que ele trabalhe até os 75 anos, quando será aposentado compulsoriamente. Além disso, o requisito da idoneidademoral e da reputação ilibada é bastante subjetivo. Infelizmente, não são raras as tentativas ou até mesmo as indicações de pessoas condenadas por crimes contra a administração pública, ou por atos de improbidade ou ainda que tenham sido condenadas pelas próprias cortes de contas. Ademais, quanto aos conhecimentos jurídicos, não é demais lembrar que o candidato não precisa dotar de todos os conhecimentos. Ele deve ter conhecimentos jurídicos, ou contábeis, ou econômicos, ou financeiros ou de administração pública. Não precisa ter “todos”. Porém, existem milhares de pessoas que atendem a estas exigências. Então, como ocorre a escolha dos ministros do TCU? Segundo a Constituição, os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos: Requisitos Ser brasileiro Idade Mínimo: 35 Máximo: 65 Idoneidade moral Reputação ilibada Notórios conhecimentos Jurídicos Contábeis Econômicos Financeiros Administração Pública + 10 anos atividade que exija os conhecimentos acima Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 4 54 a) um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo: § dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento; § um de sua livre escolha (mas tem que atender aos requisitos que vimos acima); b) dois terços pelo Congresso Nacional. Vamos detalhar isso aí! Dos nove ministros, três são escolhidos pelo Presidente da República e seis são escolhidos pelo Congresso Nacional. Os seis do Congresso são escolhidos “livremente”, entre as pessoas que atendam aos requisitos estabelecidos na Constituição. Portanto, o Congresso Nacional se encarrega da escolha, limitando-se apenas aos requisitos constitucionais. Porém, o nome indicado pelo Congresso não dependerá de aprovação de outra autoridade. Por outro lado, o Presidente da República faz uma escolha “limitada”. Apenas um dos ministros indicados pelo Presidente é efetivamente de sua livre escolha. Por outro lado, os outros dois são escolhidos entre os auditores e os membros do MP junto ao Tribunal, a partir de uma lista tríplice que é enviada pelo Tribunal. Os auditores mencionados na Constituição são conhecidos como “ministros substitutos”, no TCU, ou como “conselheiros substitutos” nos TCEs/TCDF/TCMs. Estes são autoridades, que prestam concurso específico para o cargo de auditor, gozando de garantias especiais. Com efeito, os auditores relatam determinados processos e, eventualmente, são convocados para substituir ministros ou conselheiros, conforme o caso. Vamos falar sobre eles logo mais. É importante não confundir o auditor com o cargo que, em muitos tribunais de contas, é chamado de “Auditor de Controle Externo”, ou, no caso do TCU, de “Auditor Federal de Controle Externo”. Este é cargo de servidor público sujeito ao regime estatutário próprio dos servidores do ente da Federação correspondente. Uma forma de diferenciar, é dizer que o “auditor” é o cargo de autoridade, ao passo que o “auditor de controle externo” é o cargo de servidor público. Voltando a falar da escolha dos ministros do TCU, o Tribunal de Contas da União enviará uma lista tríplice ao Presidente da República, de forma alternada, entre os auditores e os membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, segundo os critérios de antiguidade e merecimento. O Presidente deve escolher um nome, entre os três, e submeterá a escolha à apreciação do Senado Federal. O terceiro nome é de indicação livre do Presidente. Ele escolhe uma pessoa que preencha os requisitos constitucionais e, da mesma forma, submete a escolha à aprovação do Senado Federal. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 5 54 Entre os membros indicados pelo Presidente da República, a participação do Senado é indispensável, porém cabe à Casa Legislativa somente aprovar ou rejeitar o nome indicado pelo Presidente da República. Se o nome for rejeitado, o Senado Federal não poderá indicar outra pessoa, mas apenas devolver o caso. Nessa situação, caberá ao Presidente da República indicar um novo nome, até que ocorra a aprovação pelo Senado. Este processo de aprovação, realizado pelo Senado Federal, é conhecido como sabatina, devendo ocorrer em arguição pública,2 por voto secreto (CF, art. III, “b”). Os outros seis ministros são escolhidos pelo Congresso Nacional. Nessa situação, basta que o nome atenda aos requisitos previstos na Constituição Federal, não existindo uma lista prévia ou outras restrições. Simplesmente o Congresso selecionará o nome de uma pessoa que atenda às exigências previstas na Constituição Federal. Vale destacar, ademais, que todos os ministros são nomeados pelo Presidente da República (CF, art. 84, XV). Logo, não confunda a indicação com a nomeação. A indicação, que é a escolha do ministro, é realizada conforme critérios que vimos acima; já a nomeação é sempre de competência do Presidente da República. Além disso, após a implementação do sistema constitucional, sempre que surgir uma nova vaga, o preenchimento deverá atender à regra da origem, ou seja, se a vacância surgir de um ministro indicado pelo Congresso Nacional, o novo ministro também será indicado pelo Congresso; se for de um ministro da “livre” indicação do Presidente, o novo também será de sua livre indicação; por fim, se for de um ministro das vagas dos auditores ou membros do MPjTCU, a nova indicação recairá, respectivamente, entre os auditores e membros do MPjTCU. Dessa forma, a composição determinada pela Constituição Federal sempre será preservada. Por fim, a Constituição dispõe que os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça (CF, art. 73, § 3º). Além disso, os ministros do TCU se submetem ao regime próprio de previdência social, nos termos do art. 40 da Constituição da República. O auditor, por sua vez, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal (CF, art. 73, § 4º). 2 A arguição pública nada mais é do que uma sessão do Senado em que os membros farão determinadas perguntas à pessoa indicada para o cargo de ministro. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIORealce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 6 54 1.2 ESCOLHA DOS CONSELHEIROS DOS TRIBUNAIS DE CONTAS ESTADUAIS, DO DF E DOS MUNICÍPIOS Vamos começar este tópico com uma importante leitura do art. 75 da Constituição Federal, que dispõe que: Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros. Logo, em virtude do princípio da simetria, os tribunais de contas estaduais e do DF seguem o mesmo modelo federal, com duas diferenças: a) os seus membros são chamados de conselheiros; b) são formados por sete membros. Portanto, não temos “ministros”, mas sim conselheiros. Ademais, no lugar de nove membros, temos sete membros nos tribunais de contas estaduais. Além disso, a escolha será de competência do respectivo Poder Legislativo e do governador do estado/DF. Como sete não é um número divisível por três, “2/3” e “1/3” ensejam números fracionados. Fazendo a divisão, teríamos “4,66” membros para serem indicados pelo Legislativo e “2,33” para indicação do Executivo. Logicamente que isso não é possível. Consequentemente, muita dúvida surgiu sobre a quantidade de membros que seria indicada por cada Poder, sendo que vários estados resolveram instituir que cinco vagas seriam indicadas pelo Legislativo e duas pelo Executivo. Porém, isso inviabilizaria a aplicação do modelo federal, uma vez que o Chefe do Executivo não teria como indicar um membro entre auditores, um entre os membros do MP de Contas e um de livre escolha. O caso chegou ao STF que entendeu que, nos tribunais de contas estaduais e do DF, o Poder Legislativo indicará quatro membros, enquanto o governador indicará os outros três. Logo, o governador terá como indicar os três membros, nos mesmos moldes previstos na Constituição Federal. Sobre a composição dos tribunais de contas dos municípios ou municipais, a Constituição Federal não fala nada. Porém, a nosso ver, os tribunais de contas dos municípios também deveriam seguir Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 7 54 o mesmo modelo definido pela Constituição Federal para os tribunais de contas estaduais. Tanto é assim que os três tribunais de contas dos municípios existentes são compostos por sete conselheiros. Consequentemente, quatro membros serão indicados pelo legislativo e três serão indicados pelo executivo, seguindo a regra da indicação de um entre os membros do MP junto ao Tribunal e outro entre os auditores (conselheiros-substitutos). Em relação aos dois tribunais de contas municipais existentes, o TCM/Rio segue o mesmo modelo dos demais tribunais de contas locais, ou seja, é composto por sete conselheiros. Todavia, como detalharemos mais adiante, o TCM/SP é composto por cinco conselheiros, sendo três indicados pela Câmara de Vereadores e dois pelo Prefeito Municipal. Dessa forma, ao longo da aula, vamos considerar a composição do TCM-SP como está previsto em sua legislação, até porque, em questões de prova, o assunto seria cobrado dessa forma. 1.3 AUTONOMIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS A Constituição da República prevê que o TCU exercerá: “no que couber, as atribuições previstas no art. 96 da Constituição Federal”. O mencionado art. 96 trata de atribuições do Poder Judiciário, ligadas à sua autonomia quanto aos demais Poderes. Poder citar, como exemplos, as seguintes atribuições: a) eleger seus órgãos diretivos; b) elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos; c) organizar suas secretarias e serviços auxiliares; d) prover, por concurso público, os cargos necessários à sua administração, exceto os de confiança assim definidos em lei; e) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e servidores que lhes forem imediatamente vinculados; etc. Organização do TCU (regras constitucionais) TCU § nove ministros; § sede no DF; § jurisdição: todo território nacional § autonomia: art. 96 da CF. Membros § brasileiros; § + 35 / - 65 anos; Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 8 54 § idoneidade moral + reputação ilibada; § notórios conhecimentos: jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; § + 10 anos de atividade que exija os conhecimentos mencionados acima. Quem escolhe Como Nomeação PR escolhe 1, entre os auditores Aprovação do Senado PR 1, entre os membros do MP 1, livre escolha CN 6 nomes indicados pelo CN TCEs e TCDF § 7 conselheiros: § 4 indicados pelo Legislativo; § 3 pelo governador (1 auditor; 1 membro MP de Contas; 1 livre). Vacância § Provimento por meio da regra da origem (o novo membro deve ser indicado pela mesma regra de quem ele está substituindo). Autonomia § Eleger órgãos diretivos; § Elaborar o seu regimento interno; § Organizar suas secretarias e serviços auxiliares; § Prover seus cargos. 2 ORGANIZAÇÃO DO TCM/SP 2.1 SEDE E COMPOSIÇÃO De acordo com a Lei Orgânica do Município de São Paulo (LOMSP), o Tribunal de Contas, integrado por cinco conselheiros, tem sede no município de São Paulo, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o município (art. 49). O Regimento Interno determina que são órgãos do Tribunal de Contas (arts. 4º e 5º): a) Plenário ou Tribunal Pleno, formado pelos cinco conselheiros; b) Primeira e Segunda Câmaras; c) Juiz Singular; d) Serviços auxiliares. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 9 54 Além disso, funcionará junto ao Tribunal a Procuradoria da Fazenda Municipal, regida por lei própria, intervindo em todos os processos da Corte, com exceção daqueles relativos à administração interna do Tribunal (LOTCM/SP, art. 37). Assim, observamosque o Tribunal possui três instâncias de julgamento em sua estrutura: § o Plenário, composto por todos os conselheiros; § as Câmaras, formadas por parte dos conselheiros; § Juiz Singular, ou seja, o conselheiro julga sozinho determinados processos. As competências e funcionamento de cada uma delas serão detalhadas a seguir, juntamente com os serviços auxiliares. Observação: vamos entrar em uma parte da aula que dependerá muito de reprodução do texto regimental. Vamos começar a falar das atribuições dos órgãos que compõem o TC. Em alguns casos, faremos observações pontuais e também vamos tentar resumir as atribuições. No entanto, todo capítulo será acompanhado da lista de atribuições. Sugiro que você faça a leitura, mas acima de tudo tente pegar a “linha geral”, para compreender as funções dos órgãos do TCM. Não tente decorar todas as competências, já que este não é um assunto tão exigido, porém é um pouco extenso. 2.2 PLENÁRIO O Plenário é o órgão máximo do Tribunal, cujas atribuições são tomadas mediante deliberação, ou seja, mediante votação dos seus membros. Com efeito, o Plenário normalmente é encarregado exclusivo daquelas competências mais relevantes do Tribunal, como a deliberação: (i) sobre o parecer prévio sobre as contas do Prefeito e as do próprio TC; (ii) sobre as contas anuais da Mesa da Câmara Municipal e das entidades da Administração Indireta do município; (iii) pedidos de informação realizados pela Câmara Municipal ou por suas comissões; (iv) adoção e revogação de medidas cautelares; etc. Além disso, o Plenário também é competente para dispor sobre questões administrativas, como a aprovação da proposta orçamentária do Tribunal, bem como das propostas referentes a créditos adicionais; a aprovação e alteração do Regimento Interno; proposta ao Legislativo, de criação ou extinção de cargos dos seus quadros e a fixação e alteração das respectivas remunerações, etc. Uma competência peculiar do Plenário que observamos na Lei Orgânica e no Regimento Interno é a de deliberar sobre a composição da lista de substitutos de conselheiros, a ser enviada ao Prefeito para escolha. Isso porque o TCM/SP não criou o cargo de conselheiro-substituto, que nos demais tribunais de contas do país é provido mediante concurso público de provas e títulos. Veremos como se dá a substituição de conselheiros no TCM mais adiante. Agora que já vimos um “resumo” das atribuições do Plenário, vamos enumerar as competências, conforme prevê o art. 31 do Regimento Interno. Aqui, não tem jeito, vamos ter que partir para a leitura seca mesmo! Vamos lá: Art. 31 - O Plenário é o mais elevado órgão de deliberação do Tribunal. Parágrafo único - São atribuições exclusivas do Tribunal Pleno: Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 10 54 I - eleger o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor; II - aprovar e alterar o Regimento Interno; III - conceder afastamentos, adicionais, aposentadorias, férias e outras vantagens legais aos integrantes do Colegiado; IV - aprovar a proposta orçamentária do Tribunal, bem como as referentes a créditos adicionais; V - apreciar, por meio de parecer prévio, as contas do Prefeito e as do Tribunal; VI - julgar as contas anuais da Mesa da Câmara Municipal e das entidades da Administração Indireta do Município de São Paulo; VII - julgar os recursos previstos no Capítulo XII, Título IV, deste Regimento; VIII - emitir parecer sobre as consultas de que trata o artigo 60, deste Regimento; IX - deliberar sobre o contido nos incisos VI, X e XI, do artigo 48, da Lei Orgânica do Município de São Paulo; X - apreciar as denúncias e representações, nos termos da Constituição Federal e da Lei Municipal nº 9.167, de 3 de dezembro de 1980; XI - apreciar e julgar os contratos e processos relativos a auxílios e subvenções, de valor superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), atualizado anualmente por portaria do Presidente, nos termos da Lei Municipal nº 13.105, de 29 de dezembro de 2000; XI-A – apreciar e decidir a respeito das auditorias operacionais; XI-B – apreciar e decidir a respeito das auditorias transversais; XII - deliberar sobre a composição da lista de substitutos de Conselheiros ou de Conselheiros interinos; XIII - expedir instruções normativas; XIV - propor ao Legislativo, ouvido o Executivo sobre as repercussões financeiras, a criação ou a extinção de cargos dos seus quadros e a fixação e alteração das respectivas remunerações; XV – referendar as informações prestadas pelo Presidente ou Relator, quando solicitadas pela Câmara Municipal, por suas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre os resultados de auditorias e inspeções realizadas; XVI - referendar as determinações do Relator aos órgãos e entidades licitantes da Administração Pública, para a adoção de medidas corretivas decorrentes do exame de cópia do edital de licitação, e a sustação do procedimento até o cumprimento das determinações expedidas. XVII – decidir a respeito da revogação de medida liminar eventualmente concedida, nos termos do inciso anterior. Plenário Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 11 54 Composição § cinco conselheiros Atribuições exclusivas § parecer prévio das Contas do Prefeito e do próprio TC; § referendar informações, solicitadas pela CM ou suas comissões, prestadas pelo Presidente ou Relator; § deliberar sobre empréstimos a serem contraídos pelo município, sustação de atos e representação ao poder competente; § apreciação de representações e denúncias; § julgamento de prestação e tomada de contas; § consulta sobre matéria de competência do Tribunal; § deliberar sobre a composição da lista de substitutos de conselheiros; § eleger o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor; § entre outras. 2.3 ATRIBUIÇÕES E ELEIÇÃO DOS MEMBROS DO PLENÁRIO Entre os membros do Plenário, três serão escolhidos pelos conselheiros para o exercício de atribuições específicas, desempenhando as funções de: a) Presidente; b) Vice-Presidente; c) Corregedor. Vamos estudá-las nos subtítulos seguintes! 2.3.1 Presidente e Vice-Presidente O Plenário do Tribunal é dirigido por seu Presidente. Portanto, o Presidente é o representante do Tribunal de Contas. Em linhas gerais, o Presidente é quem “coloca o tribunal para rodar”. Ele é quem dirige os trabalhos e representa a Corte nas suas relações externas, em atos e solenidades (LO, art. 14, “d” e “e”). Nessa linha, é o Presidente que, por exemplo, assina os ofícios dirigidos às autoridades estaduais e federais, ao Prefeito, ao Presidente da Câmara Municipal de São Paulo e aos Vereadores – mas pode delegar ao Vice-Presidente essa atribuição, bem como a de representar o TC em suas relações externas (RI, art. 27, I). Nesse contexto, a Lei Orgânica do TC dispõe que compete ao Presidente do Tribunal (art. 14): a) prover os cargos da Secretaria-Diretoria Geral e das Secretarias Processual e Administrativa, na forma dalei; b) decidir sobre exonerações, demissões, aposentadorias, disponibilidade, férias, licenças ou outras vantagens legais do pessoal das Secretarias, bem como conceder adicionais e gratificações, nos termos da lei; Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 12 54 c) admitir, dentro das dotações orçamentárias próprias e da legislação aplicável, pessoal para serviços temporários ou de natureza técnica especializada; d) executar a direção suprema do Tribunal e de seus serviços; e) representar o Tribunal, em suas relações externas; f) dar posse e exercício aos Conselheiros e aos servidores do Tribunal; g) expedir os atos relativos às relações jurídico-funcionais dos Conselheiros e do pessoal das Secretarias; h) votar, em casos expressos, ou nos de empate; i) requisitar ou expedir ordens relativas às despesas, bem como autorizar os respectivos pagamentos; j) apresentar ao Tribunal, anualmente, até o dia 31 de março do ano seguinte, relatório dos trabalhos do exercício; k) autorizar a abertura de licitações e homologá-las, proceder ao seu cancelamento ou anulação, conforme o caso. Ou seja, ele possui várias atribuições de natureza administrativa, como autorizar despesas e pagamentos, dentro dos limites orçamentários; autorizar a abertura de licitações e homologá-las, ou proceder à sua revogação ou anulação; bem como atos relacionados à gestão de pessoal (exonerações, demissões, aposentadorias, disponibilidades, férias, licenças e outras vantagens legais dos servidores do Tribunal, bem como adicionais e gratificações, etc.). Embora a Lei Orgânica só mencione os conselheiros e servidores, o Regimento Interno dispõe que compete ao Presidente dar posse e exercício também aos conselheiros interinos ou substitutos de conselheiros. Segundo o Regimento Interno, também compete ao Presidente do Tribunal atribuições específicas sobre a atividade de controle externo. Entre as atribuições, podemos citar a convocação e presidência de sessões plenárias; a presidência da Primeira Câmara do TC; a emissão de voto de desempate, quando necessário; etc. Com efeito, o Presidente da Corte deve participar das deliberações, com voto, nos termos do Regimento (art. 26, IX): (a) nos casos de empate, ainda que, anteriormente, já tenha proferido voto sobre a matéria; (b) quando for Relator certo ou original, nos casos previstos no Regimento; (c) quando avocar as funções de Relator, nos casos previstos no RI; (d) para compor o “quórum” mínimo de três conselheiros sem qualquer impedimento. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 13 54 Em suas férias, licenças, impedimentos e ausências, bem como em caso de vacância, o Presidente será substituído pelo Vice-Presidente (LO, art. 15). Para não ficar exaustivo, não citamos integralmente o art. 26 do Regimento Interno, assim como o art. 27, que lista quais das competências do Presidente são delegáveis ao Vice-Presidente, ao Corregedor, a Conselheiro, ao Secretário Geral e aos Subsecretários Administrativo e de Fiscalização e Controle. Porém, dada a relevância do tema, sugerimos que você faça a leitura integral do artigo diretamente no Regimento da Corte. O Regimento Interno também dispõe sobre as atribuições do Vice-Presidente, estabelecendo que ele será responsável por (RI, art. 28): a) substituir o Presidente em suas faltas, impedimentos, férias, licenças e afastamentos legais, bem como sucedê-lo no caso de vacância da Presidência; b) colaborar com o Presidente no exercício de suas funções, quando solicitado; c) presidir a Segunda Câmara do Tribunal; d) presidir as comissões de concurso para admissão de servidores no Tribunal; e) conhecer e processar as arguições de suspeição e impedimento do Presidente. Presidente Dirigir o Tribunal Dar posse e exercício Conselheiros Conselheiros substitutos/interinos Servidores Expedir atos de gestão de pessoal (exoneração, demissão, aposentadoria, etc.) Gestão financeira (autorizar despesas e pagamentos) Presidir a Primeira Câmara do Tribunal Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 14 54 No caso de afastamento ou impedimento do Vice-Presidente, ele será substituído pelo Conselheiro mais antigo (RI, art. 14). 2.3.2 Corregedor A existência formal do Corregedor não está contemplada na Lei Orgânica da Corte. Com efeito, somente no Regimento foi acrescida a previsão de um Conselheiro específico para desempenhar a competência de Corregedor, por meio da Resolução nº 02 de 01/09/04. Em linhas gerais, o Corregedor é responsável por assegurar a disciplina no Tribunal, auxiliando o Presidente nas tarefas de fiscalização da ordem e da disciplina na Corte. Com efeito, o Corregedor pode realizar inspeções, propor medidas de racionalização administrativa, instaurar sindicâncias e processos administrativos, processar reclamações contra servidores e membros do Tribunal, etc. Segue, agora, a lista com as atribuições do Corregedor: I – realizar, de ofício ou mediante provocação, visando a assegurar a adequada distribuição dos processos, a observância dos prazos e demais requisitos legais e regimentais, inspeções e correições nas atividades das unidades da Secretaria Geral; II – assinar prazo para saneamento das irregularidades constatadas, representando ao Presidente, em caso de não atendimento; III – receber e processar reclamações e representações contra Conselheiros e servidores do Tribunal, as quais, formuladas por escrito, deverão conter necessariamente nome e qualificação do reclamante ou representante, e a descrição, tanto quanto possível, do fato irrogado a qualquer um daqueles; IV – decidir, por delegação do Presidente, sobre a instauração de inquérito administrativo, sindicância e demais procedimentos disciplinares, indicando-lhe os membros da comissão processante a serem nomeados; V – propor ao Presidente medidas de racionalização administrativa, objetivando a celeridade da tramitação processual, o aumento da produtividade e a melhoria da qualidade dos serviços do Tribunal; VI – auxiliar o Presidente nas funções de fiscalização e supervisão da ordem e da disciplina no Tribunal; Vice-Presidente Substituir o Presidente Suceder o Presidente, em caso de vacância Colaborar com o Presidente, quando solicitado Presidir a Segunda Câmara do Tribunal Presidir as comissões de concurso Conhecer e processar arguições de impedimento e suspeição do Presidente Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da GestãoPública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 15 54 VII – exercer outras atribuições que, por correlatas e compatíveis com suas funções de Corregedor, lhe forem delegadas pelo Presidente. 2.3.3 Eleição do Presidente, do Vice-Presidente e do Corregedor O Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor serão eleitos pelos conselheiros titulares, para mandato de um ano, podendo ser reeleitos para o mesmo cargo por mais um período (RI, art. 25, caput e §1º). Quando se fala em “conselheiros titulares” é porque somente os conselheiros “mesmo” é que farão a votação. Os conselheiros substitutos ou interinos, por exemplo, não terão direito a voto. Com efeito, os conselheiros que estiverem em gozo de férias ou de licença serão convocados para a eleição (LO, art. 13, §1º). E como funciona a eleição? Vamos lá! A eleição será realizada em escrutínio secreto na segunda quinzena de dezembro. Por exemplo, a eleição para os mandatos de 2019 foi realizada na segunda quinzena de dezembro de 2018. Em caso de vacância da Vice-Presidência ou Corregedoria, também teremos eleição, que, nesse caso, será realizada em até cinco dias após sua ocorrência. Já no caso de vacância da Presidência, não haverá eleição e o Vice-Presidente assumirá automaticamente, completando o tempo do mandato (RI, art. 25, §§2º e 8º). Eleição (Presidente, Vice-Presidente e Corregedor) Regra à Segunda quinzena do mês de dezembro Em caso de vacância à Da Vice-Presidência ou Corregedoria: até 5 dias à Da Presidência: Vice-Presidente assume e completa o mandato Há uma ordem na eleição. Primeiro ocorre a eleição do Presidente, depois do Vice-Presidente e, por fim, a eleição do Corregedor (RI, art. 25, § 7º). Ordem das eleições Quanto ao procedimento da eleição, o Regimento detalha que será considerado eleito o Conselheiro que obtiver o mínimo de 3 votos. Dessa forma, se não houver quórum, será realizado um segundo escrutínio. Se, ainda assim, não for atingido o mínimo de 3 votos, haverá novo escrutínio, considerando-se eleito o que obtiver maioria relativa de votos. Em caso de empate, será escolhido o Conselheiro mais antigo no cargo (RI, art. 25, §§3º a 6º). Presidente Vice-Presidente Corregedor Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 16 54 2.4 CONSELHEIROS Já vimos que a Constituição Federal estipula regras para escolha dos ministros do TCU, sendo que tais disposições também se aplicam aos conselheiros dos demais Tribunais de Contas. Com efeito, os conselheiros do TCM serão nomeados pelo Prefeito, após aprovação da Câmara Municipal, dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: a) mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; b) idoneidade moral e reputação ilibada; c) notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; d) mais de dez anos de exercício de função ou de formação profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior. A Lei Orgânica do Município de São Paulo inclui o requisito de que o nomeado não incida nos casos de inelegibilidade, nos termos da legislação federal (LOM, art. 49, § único, V). Ainda nesse sentido moralizador, os Conselheiros farão declaração de bens, no ato da posse e no término do exercício do cargo (LOM, art. 49, § 3º). A Lei Orgânica do TCM traz algumas diferenças em relação à Lei Orgânica do Município de São Paulo. Lembramos que a esta última prevalece sobre a LOTCM, mas, caso sejam cobrados na prova os requisitos conforme a literalidade da Lei Orgânica do TCM, os conselheiros serão nomeados dentre (LOTCM, art. 5º): § brasileiros natos; § maiores de trinta e cinco anos; § de idoneidade Moral; § com notórios conhecimentos jurídicos, econômicos, financeiros ou de administração pública, portadores de diploma universitário correspondente. Já adiantamos que o TCM/SP é composto por cinco conselheiros: três deles são escolhidos pela Câmara Municipal, enquanto os outros dois são escolhidos pelo Prefeito, com aprovação da Câmara (LOM, art. 50). Ou seja, além da peculiaridade de ser o único Tribunal de Contas do país composto por apenas cinco conselheiros, observamos também que nenhum conselheiro é oriundo dos cargos de carreira, sendo todos de indicação política. Ao contrário dos demais Tribunais de Contas, o TCM/SP não criou o cargo de conselheiro-substituto e não possui a própria carreira de membro do Ministério Público de Contas. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 17 54 O tema já chegou no STF, no julgamento das ADIs 346 e 4.776, com julgamentos suspensos. Porém, até o momento, há uma forte indicação de que o STF concordará com esta composição, uma vez que os oito ministros que votaram entenderam que é constitucional a composição TCM- SP.3 Tanto a escolha dos 3 membros do TC de indicação da Câmara, quanto a aprovação dos 2 conselheiros indicados pelo Prefeito, ocorrerão após arguição em sessão pública na CM (LOM, art. 14, XVI e XVII). Em todos os casos, a nomeação é realizada pelo Prefeito e quem dá posse é o Presidente do Tribunal de Contas. Os conselheiros ocupam cargo público vitalício, sendo que não poderão perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado. Com efeito, eles não são servidores públicos efetivos, mas também não são comissionados. Dessa forma, a LO e o RI do TCM preveem que os Conselheiros terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e só poderão se aposentar com as vantagens do cargo quando o tiverem exercido, efetivamente, por mais de 05 anos (LO, art. 72; RI, art. 10). Ainda sobre os direitos, os conselheiros gozarão de férias anuais por sessenta dias (RI, art. 20). Isso mesmo, 60 dias! Em regra, a posse dos conselheiros ocorrerá em sessão especial do Tribunal Pleno, mas o ato da posse também poderá ser formalizado no Gabinete da Presidência, ou em local especialmente designado, em cerimônia simples, a critério do Tribunal (RI, art. 13, caput e §2º). Ademais, eles terão o prazo de trinta dias consecutivos para posse, a partir da publicação do ato de nomeação, prorrogável por igual período, mediante solicitação escrita (RI, art. 13, §4º). No ato de posse, o Conselheiro prestará o compromisso de desempenhar bem e fielmente o cargo, respeitar as leis e cooperar, quanto ao que lhe couber, para a sua boa execução. 3 Não vamos aprofundar neste tema, já queo processo ainda se encontra em fase de julgamento. Porém, caso queria fazer uma leitura complementar, dê uma olhada neste artigo do Procurador do MPjTCU Júlio Marcelo de Oliveira: https://www.conjur.com.br/2018-jul-31/contas-vista-manter-tcm-sp-reduzido-dizer-importa-outros Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 18 54 Ademais, é vedado ao Conselheiro, sob pena de perda do cargo, mediante sentença judicial transitada em julgado (LO, art. 8º): a) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outro cargo ou função no serviço público, nas entidades da Administração Indireta, exceto um cargo de magistério público ou particular, de nível universitário, observada a correlação de matérias, compatibilidade de horários e vedado, em qualquer hipótese, o desempenho de função de direção administrativa ou técnica de estabelecimento de ensino; b) exercer profissão liberal, qualquer atividade profissional remunerada ou emprego em empresa privada; c) exercer comércio, bem como gerência ou cargo diretivo de sociedade comercial; d) celebrar contrato com pessoa jurídica de direito público interno, com entidade da Administração Indireta ou empresa concessionária de serviço público ou contratada pela União, Estado ou Município, para execução de obras, fornecimento ou execução de serviços, exceto quando o contrato obedecer a normas uniformes; e) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, vantagens pecuniárias ou de qualquer outra natureza, em razão de processos submetidos a seu exame e decisão, ou que devam ser apreciados pelo Tribunal; f) exercer atividade político-partidária; g) exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou fundação, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe e sem remuneração. Sobre a possibilidade de firmar contratos com normas uniformes, um Conselheiro poderia firmar um contrato, agindo como pessoa física, com uma empresa pública prestadora de serviço público de distribuição de energia elétrica. Este tipo de contrato possui cláusulas uniformes para todos os usuários, motivo pelo qual não haveria qualquer vedação. O julgamento no Tribunal deve ser impessoal e objetivo. Agora, imagine que você e seu(ua) cônjuge sejam conselheiros do TCM. Isso com certeza seria bastante complicado, já que o marido nunca iria contrariar o voto da sua esposa, certo? Se assim o fizesse, certamente ele teria problemas ao chegar em casa, rsrsrs. Conselheiros Direitos, garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens Conselheiro do TCE-SP Aposentadoria c/ vantagens do cargo Só após 5 anos de efetivo exercício Férias: 60 dias /ano Prazo p/ posse: 30 dias consecutivos, prorrogável por mais 30 dias Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 19 54 Para evitar este tipo de situação, não podem ser Conselheiros, simultaneamente, parentes na linha ascendente ou descendente, na linha colateral até o segundo grau, ou ligados pela afinidade (LO, art. 7º). Exemplos de parentes de segundo grau são: irmãos e os avôs. Já os sogros e os cunhados são exemplos dos ligados por afinidade. É importante notar que essas incompatibilidades se aplicam entre conselheiros titulares, substitutos e interinos (RI, art. 17, §1º). O Regimento Interno estabelece que, em caso de eventual problema de incompatibilidade por parentesco, o Tribunal comunicará o fato ao Prefeito ou ao Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, dependendo da autoridade a quem competia a escolha do conselheiro, para os fins de direito (RI, art. 11, parágrafo único c/c art.13, §5º). Lógico que se trata de uma regra sem aplicação prática, pois ninguém realizaria a nomeação de dois parentes para ocupar cargo de Conselheiro já sabendo da vedação prevista na legislação. Porém, ainda que seja “lei morta”, o tema pode cair em prova. Sobre a antiguidade dos conselheiros, a legislação dispõe que ela será determinada na seguinte ordem (RI, art. 9º): a) pela data do início do exercício; b) pela data da nomeação, se a do exercício for a mesma; c) pelo tempo de serviço público, se coincidirem as datas anteriores; d) pela idade, se não suficientes os critérios acima estabelecidos. Antiguidade Vimos aqui as principais definições sobre os conselheiros na legislação, mas lembramos que é fundamental a leitura literal da Lei Orgânica e do Regimento Interno. Agora, vamos ao nosso resuminho! Conselheiros Noções gerais § Número: 5; § 2 indicados pelo Prefeito, aprovados pela CM. § 3 pela CM. § Nomeação: Prefeito; § Posse: Presidente do TC; § Prazo para posse: 30 dias, prorrogável por mais 30 dias; Exercício Nomeação Tempo de serviço público Idade Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 20 54 Direitos § Direitos, garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens: mesmas dos Conselheiros do TCE-SP; § Aposentadoria com vantagens do cargo: após 5 anos de efetivo exercício; § Férias: 60 dias anuais. Vedações § exercer outro cargo ou função, exceto magistério de nível universitário; § exercer profissão liberal, atividade profissional remunerada ou emprego em empresa privada; § exercer comércio, gerência ou cargo diretivo de sociedade comercial; § celebrar contrato com entidade pública, empresa concessionária de serviço público ou contratada pela União, Estado ou Município, exceto com normas uniformes; § receber vantagens pecuniárias ou de qualquer natureza; § exercer atividade político-partidária; § exercer cargo de direção ou técnica em sociedade civil, associação ou fundação, exceto de associação de classe, sem remuneração. Parentesco § Não podem ocupar, simultaneamente, cargos de Conselheiro, parentes consanguíneos ou afins, na linha ascendente ou descendente ou na colateral, até o segundo grau. Antiguidade § exercício -> nomeação -> tempo de serviço público -> idade. 2.4.1 Substitutos de Conselheiros e Conselheiros interinos Já vimos que o TCM/SP não criou o cargo de Auditor, também conhecido como conselheiro- substituto, que nos demais tribunais de contas é provido mediante concurso público de provas e títulos. Então agora vamos estudar como funciona a substituição dos conselheiros no TCM/SP, quando necessário, por meio dos Substitutos de Conselheiros e Conselheiros Interinos. A Lei Orgânica do TCM estabelece que os Conselheiros serão substituídos, em suas férias, licenças ou impedimentos e,em caso de vacância do cargo (até o provimento), por integrante de uma lista de 10 nomes que o Tribunal deve enviar ao Prefeito, anualmente. O Regimento Interno complementa que a lista será enviada até o dia 1º de março e que a indicação dos nomes será feita em reunião reservada do Colegiado (RI, art. 16, caput e § único). Ou seja, o Tribunal elabora uma lista de 10 nomes, mas é o Prefeito quem escolherá um deles para substituição do conselheiro. Já a posse e exercício será dada pelo Presidente do TC. Os integrantes dessa lista devem (LO, art. 10): § satisfazer os requisitos exigidos para o cargo de Conselheiro no art. 5º da LO; § serem titulares de cargos na Administração Municipal há mais de 5 anos. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 21 54 Já vimos que os requisitos previstos para o cargo de conselheiro na Lei Orgânica do Município de São Paulo e na Lei Orgânica do TCM possuem algumas diferenças, devendo prevalecer a primeira, a menos que a prova cobre a literalidade da LO/TCM. Agora sabemos que a LOM exige que o Conselheiro tenha 10 anos de função profissional em determinadas áreas de conhecimento, enquanto a LO do TCM exige apenas 5 anos de função pública ao Substituto de Conselheiro. Nesse caso, o requisito previsto na LOM prevalece sobre o da LO do TCM? A resposta é NÃO! A própria Lei Orgânica do Município prevê que a substituição dos Conselheiros será definida por lei (art. 50, §2º). No caso, essa lei é a Lei Orgânica do TCM, que estabeleceu o Conselheiro Substituto deve satisfazer os requisitos exigidos para o cargo de Conselheiro no art. 5º e ser titular de cargo na Administração Municipal há mais de 5 anos. Lembramos que o art. 5º da LO prevê que o Conselheiro deve: (i) ser brasileiro nato; (ii) maior de 35 anos; (iii) idoneidade moral; (iv) notórios conhecimentos jurídicos, econômicos, financeiros ou de administração pública, portadores de diploma universitário correspondente. Ou seja, não há exigência de 10 anos de função profissional na LO do TCM. Portanto, não há incompatibilidade entre a LOM e a LO do TCM em relação aos requisitos para Substituto de Conselheiro. Dessa forma, lembre-se que o Substituto de Conselheiro não precisa satisfazer os requisitos exigidos para o cargo de Conselheiro na LOM, mas sim os dispostos na LO do TCM. É no Regimento Interno que encontramos a distinção entre Conselheiro Interino e Substituto de Conselheiro (art. 17): o primeiro é aquele escolhido para exercer interinamente suas funções no caso de vacância do cargo de conselheiro, até o seu provimento; já o segundo, é o indicado para substituir o conselheiro em suas férias, licenças ou impedimentos. Nesse caso, os processos distribuídos ao Conselheiro titular que se afastar do exercício serão assumidos por seu substituto, retornando à direção daquele quando cessado o afastamento (RI, art. 19, §2º). Ocorrendo vaga de cargo de Conselheiro, o Prefeito submeterá à aprovação da Câmara Municipal, dentro do prazo de 15 dias, o nome da pessoa que pretende nomear. Se a Câmara não estiver funcionando, ou não for convocada a reunir-se extraordinariamente, a mensagem será enviada no primeiro decêndio dos trabalhos legislativos imediatos (LO, art. 12, caput e § único). Enquanto durar a substituição, o Conselheiro Interino ou Substituto de Conselheiro não poderá ser afastado do cargo, assegurados apenas os afastamentos provisórios para gozo de férias, licença, nojo (no caso de falecimento de um de seus pais, irmãos, filhos ou cônjuge), gala (casamento) e para prestar serviços obrigatórios por lei (LO, art. 11). Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 22 54 Lembramos que, ao indicado para substituir Conselheiro ou assumir interinamente suas funções no caso de vacância, se aplicam as mesmas incompatibilidades previstas para os conselheiros titulares: não podem ser Conselheiros, simultaneamente, parentes na linha ascendente ou descendente, na linha colateral até o segundo grau, ou ligados pela afinidade. Verificada a incompatibilidade, o Presidente comunicará o fato ao Prefeito, para nova designação (RI, art. 17, §§1º e 2º). Eles também prestarão o compromisso de desempenhar bem e fielmente o cargo de Conselheiro, respeitar as leis e cooperar, quanto ao que lhe couber, para a sua boa execução, e possuem as mesmas prerrogativas e impedimentos do titular enquanto no exercício das funções do cargo (arts. 17 e 19). Além das exceções expressamente estabelecidas em lei, o substituto de Conselheiro, ou Conselheiro interino, não poderá participar da elaboração da lista de substitutos/interinos, nem de deliberação acerca de matéria funcional de natureza administrativa interna do Tribunal (RI, art. 18). Agora, que tal um resuminho? Substitutos de Conselheiros e Conselheiros interinos Noções gerais § Conselheiro interino: vacância do cargo de conselheiro; § Substituto de conselheiro: afastamentos do conselheiro titular; Requisitos § ser brasileiro nato; § maior de 35 anos; § idoneidade moral; § notórios conhecimentos jurídicos, econômicos, financeiros ou de administração pública, portadores de diploma universitário correspondente; § ser titular de cargo na Administração Municipal há mais de 5 anos. Escolha § TC envia ao Prefeito lista de 10 nomes que satisfaçam os requisitos; § Prefeito designa um dos nomes para substituição. § Em caso de vacância: o Prefeito deverá submeter um novo nome à CM em 15 dias § Posse: Presidente do TC. Prerrogativas, impedimentos e incompatibilidades § mesmas do Titular. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 23 54 Vedações § não podem participar da elaboração da lista de substitutos/interinos; § não podem deliberar acerca de matéria funcional de natureza administrativa interna do Tribunal. 2.5 CÂMARAS São órgãos do Tribunal a Primeira e Segunda Câmaras, as quais funcionam como “pedaços” do tribunal encarregados de julgar determinados processos. Com efeito, o Regimento Interno dispõe que compete às Câmaras (art. 32): § apreciar e julgar contratos cujo valor, quando da distribuição, seja superior a R$ 500.000,00 e não ultrapasse R$ 5.000.000,00, atualizados anualmente por portaria do Presidente; § apreciar os processos relativos a auxílios e subvenções até o limite máximo previsto no inciso anterior; § decidir os embargos de declaração de suas próprias decisões. O Regimento também dispõe que essas matérias, com exceção dos embargos de declaração, poderão ser remetidas ao Tribunal Pleno pelo Relator ou por deliberação darespectiva Câmara, se suscitada por Conselheiro, quando a relevância da matéria assim justificar (art. 32, § único). Quanto à composição, temos que a Primeira Câmara é presidida pelo Presidente do Tribunal e composta pelo Vice-Presidente e pelo Conselheiro mais antigo (art. 183). Já a Segunda Câmara é presidida pelo Vice-Presidente do Tribunal e composta pelos demais Conselheiros (art. 184). O Regimento prevê que nas férias, licenças e afastamentos legais do Presidente de qualquer das Câmaras, ele será substituído pelo Presidente da outra Câmara (art. 15). Por exemplo, durante as férias do Vice-Presidente do Tribunal, o Presidente da Corte presidirá as duas Câmaras. Primeira Câmara Presidente do TC (preside) Vice-Presidente do TC Conselheiro mais antigo Segunda Câmara Vice-Presidente do TC (preside) Demais conselheiros (2) Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 24 54 Os membros integrantes das Câmaras são renovados, anualmente, a partir da posse do Presidente e do Vice-Presidente do Tribunal (art. 185). 2.6 JUIZ SINGULAR O Tribunal também funciona em regime de juízos singulares, ou seja, cada conselheiro pode julgar, isoladamente, determinados processos de natureza mais simples ou que envolvam valores menores do que aqueles de competência dos órgãos colegiados. Dessa forma, o Juiz Singular preside a instrução dos feitos que lhe forem distribuídos, bem como ordena as providências que entender necessárias à formação de sua convicção (RI, art. 189). O Regimento Interno dispõe que são competências do Juiz Singular (art. 33): § apreciar, para fins de registro, a concessão inicial de aposentadorias e pensões, compreendidas a legalidade do ato e a exatidão das verbas que compõem os proventos ou a pensão; § julgar as prestações de contas relativas a despesas feitas sob o regime de adiantamento; § apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, e das contratações por prazo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; § apreciar e julgar os contratos cujo valor, quando da distribuição, não ultrapasse R$ 500.000,00, atualizado anualmente por portaria do Presidente. § decidir os embargos de declaração de suas próprias decisões. Sobre os contratos de até R$ 500.000,00, o Regimento estabelece que poderão ser remetidos ao Plenário pelo Juiz Singular ou por proposta de Conselheiro, quando a relevância da matéria assim justificar. 2.7 SERVIÇOS AUXILIARES Segundo o Regimento Interno do TCM, os serviços auxiliares relativos à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta do Município, bem como os de administração interna do Tribunal, serão supervisionados e coordenados pela Secretaria Geral, e distribuídos entre (RI, art. 34): § a Subsecretaria Administrativa, e § a Subsecretaria de Fiscalização e Controle. A Subsecretaria Administrativa tem por fim gerenciar as atividades e os recursos administrativos de apoio ao funcionamento do Tribunal, competindo-lhe, sob o aspecto processual, a instrução dos feitos que envolvam matéria administrativa de cunho interno (art. 37). Já a Subsecretaria de Fiscalização e Controle tem por finalidade prover o apoio técnico-executivo necessário ao exercício do controle externo pelo Tribunal, cabendo-lhe o planejamento e a execução das atividades inerentes a esse fim (art. 39). Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 25 54 2.8 PROCURADORIA DA FAZENDA MUNICIPAL O Regimento Interno dispõe que funcionará, junto ao Tribunal, a Procuradoria da Fazenda Municipal, na forma estabelecida em lei (art. 6º). A Lei Orgânica do TCM estabelece que a PFM exercerá o procuratório da Fazenda Pública junto ao Tribunal e intervirá, obrigatoriamente, em todos os processos submetidos à apreciação da Corte, salvo os processos relativos à administração interna do Tribunal (art. 37). Ou seja, a PFM atua para defender os interesses da Fazenda Pública perante o TCM/SP, manifestando-se por escrito nos autos e, oralmente, nas sessões do Tribunal Pleno ou das Câmaras (art. 110). 1. (Cespe – Agente/TCE PB/2018 – adaptada) Conforme o RI, é permitido aos conselheiros do TCM/SP a) dedicar-se a atividade político-partidária. b) exercer cargo de gerência em sociedade comercial. c) exercer direção remunerada de fundação sem finalidades lucrativas. d) exercer, concomitantemente ao cargo de conselheiro, profissão liberal ou emprego em empresa privada. e) exercer, concomitantemente ao cargo de conselheiro, uma função de magistério. Comentário: as vedações aplicáveis aos Conselheiros constam no art. 8º da LO Vejamos aquelas que interessam para a resolução da questão: Art. 8º - Desde a posse, é vedado, aos Conselheiros, sob pena de perda do cargo, mediante sentença judicial transitada em julgado: I - Exercer: a) ainda que em disponibilidade, qualquer outro cargo ou função no serviço público, nas entidades da Administração Indireta, exceto um cargo de magistério público ou particular, de nível universitário, observada a correlação de matérias, compatibilidade de horários e vedado, em qualquer hipótese, o desempenho de função de direção administrativa ou técnica de estabelecimento de ensino; (letra E) Serviços Auxiliares Secretaria Geral Secretaria de Fiscalização e Controle Secretaria de Administração Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce FABIO Realce 26 54 b) profissão liberal, qualquer atividade profissional remunerada ou emprego em empresa privada; (letra D) c) comércio, bem como gerência ou cargo diretivo de sociedade comercial. (letra B) IV - Exercer atividade político-partidária. (letra A) V - Exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou fundação, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe e sem remuneração. (letra C) Portanto, o Conselheiro do TC pode exercer função de magistério, conforme prevê o art. 8º, I, “a”, da LO. Gabarito: alternativa E. 2. (Cespe – Auditor de Controle Externo/TCE PA/2016 – adaptada) Se dois conselheiros tomarem posse no TCM na mesma data, será considerado mais antigo aquele que tiver sido nomeado primeiro; caso a data da nomeação tenha sido a mesma, o de idade maior será considerado mais antigo.Comentário: segundo o Regimento, a antiguidade do Conselheiro será determinada na seguinte ordem (art. 9º): (i) pelo exercício; (ii) pela nomeação; (iii) pelo tempo de serviço público; (iv) pela idade. Agora, vamos analisar a questão. O primeiro critério é a data do início do exercício. Porém, se eles entraram em exercício na mesma data (e também foram nomeados na mesma data), aplicaremos o terceiro critério, qual seja, o tempo de serviço público. Assim, o de maior idade seria o mais antigo somente se a questão tivesse informado que possuíam o mesmo tempo de serviço público. Gabarito: errado. 3. (Cespe – Auxiliar Técnico de Controle Externo/TCE PA/2016 – adaptada) Se dois irmãos forem nomeados na mesma data para cargos de conselheiro do TCM, o mais novo não poderá tomar posse. Comentário: não podem ocupar, simultaneamente, cargos de Conselheiro, parentes na linha ascendente ou descendente, na linha colateral até o segundo grau, ou ligados pela afinidade (LO, art. 7º). O Regimento Interno diz apenas que, em caso incompatibilidade por parentesco, o Tribunal comunicará o fato ao Prefeito ou ao Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, dependendo da autoridade a quem competia a escolha do conselheiro, “para os fins de direito”. Portanto, a legislação não define a idade ou qualquer outro critério para resolução de incompatibilidade por parentesco. Gabarito: errado. 4. (Cespe – Procurador/MPjTCDF/2013 - adaptada) O conselheiro do TCM, à semelhança do que ocorre com o procurador-geral do município, é indicado pelo Prefeito, e sua indicação deve ser aprovada pela CM, após arguição pública. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 27 54 Comentário: os conselheiros do TCM serão indicados pela Câmara Municipal (três deles) e pelo Prefeito (os outros dois), sendo que os indicados pelo Prefeito se submeterão à aprovação da CM. Segundo a LOM, a aprovação ocorrerá após arguição em sessão pública (LOM, art. 14, XVI e XVII). Gabarito: errado. 5. (Cespe – Auditor de Controle Externo/TCE ES/2012 – adaptada) Os auditores do TCM podem substituir os conselheiros em seus impedimentos, mediante convocação do presidente do TC. Comentário: uma das principais atribuições dos auditores no demais Tribunais de Contas é justamente substituir os conselheiros em seus impedimentos. Porém, o TCM/SP não criou o cargo de Auditor, também conhecido como conselheiro-substituto. Segundo a LO do TCM, os Conselheiros serão substituídos, em suas férias, licenças ou impedimentos e, em caso de vacância do cargo (até o provimento), por integrante de uma lista de 10 nomes que o Tribunal deve enviar ao Prefeito, anualmente (LO, art. 9°). Gabarito: errado. 6. (Cespe – Assessor Jurídico/TCE RN/2015 – adaptada) Os substitutos de conselheiro ou conselheiros interinos do TCM/SP, no exercício de substituição dos conselheiros, têm prerrogativas e impedimentos em grau idêntico ao dos conselheiros do TCE/SP. Comentário: os conselheiros do TCM possuem as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (LO, art. 32). Já os substitutos de conselheiro ou conselheiros interinos do TCM/SP, enquanto no exercício das funções do cargo, possuem as mesmas prerrogativas e impedimentos do titular (RI, art.19). Portanto, questão correta. Gabarito: certo. 7. (Cespe – Auditor de Controle Externo/TCDF/2014- adaptada) Segundo o Regimento Interno do TCM, o substituto de conselheiro ou conselheiro interino terá as prerrogativas e os impedimentos do conselheiro, quando o substituir. Comentário: já vimos que o substituto de conselheiro ou conselheiro interino, quando estiver substituindo conselheiro, terá as mesmas prerrogativas, impedimentos e incompatibilidades do titular (RI, art. 19). Gabarito: correto. 8. (Estratégia Concursos – Inédita) Segundo a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, o tribunal deve encaminhar ao Prefeito lista de candidatos à substituição de Conselheiro, que satisfaçam os requisitos exigidos para o cargo e tenham mais de cinco anos de função pública na Administração Municipal. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 28 54 Comentário: isso mesmo. A Lei Orgânica do TCM estabelece que os Conselheiros serão substituídos, em suas férias, licenças ou impedimentos e, em caso de vacância do cargo (até o provimento), por integrante de uma lista de 10 nomes que o Tribunal deve enviar ao Prefeito, anualmente. Além disso, os integrantes dessa lista devem satisfazer os requisitos exigidos para o cargo de Conselheiro no art. 5º da LO e serem titulares de cargos na Administração Municipal há mais de 5 anos (LO, art. 10). Gabarito: correto. 9. (Estratégia Concursos – Inédita) O Tribunal de Contas do Município de São Paulo compõe-se de sete Conselheiros e tem sede na cidade de São Paulo. Comentário: o TCM compõe-se, na verdade, de cinco conselheiros. A sede realmente é em São Paulo (LOM, art. 49). Gabarito: errado. 10. (Estratégia Concursos – Inédita) O Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor serão eleitos pelos Conselheiros titulares, para mandato de um ano, podendo ser reeleitos para mais um período. Comentário: a questão reproduziu corretamente o art. 25, caput e §1º, do Regimento, que assim dispõe: Art. 25 - Os Conselheiros elegerão, entre seus pares, o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor do Tribunal, para mandato correspondente a um ano, podendo ser reeleitos para o mesmo cargo por mais um período. § 1º - Terão direito a voto apenas os Conselheiros titulares, devendo ser convocados para a eleição aqueles que não estiverem em exercício. Gabarito: correto. 11. (Estratégia Concursos – Inédita) O Presidente do Tribunal de Contas do Município de SP possui competência para participar das deliberações, com direito a voto, nos casos de empate, ainda que já tenha proferido voto sobre a matéria anteriormente. Comentário: nos termos do art. 26, IX, do Regimento, compete ao Presidente proferir voto: a) nos casos de empate, ainda que, anteriormente, já tenha proferido voto sobre a matéria, observado o disposto no parágrafo único do artigo 172 deste Regimento; b) quando for Relator certo ou original, nos casos previstos neste Regimento; c) quando avocar as funções de Relator, nos casos previstos neste Regimento; d) para compor o “quorum” mínimo previsto no artigo 154, deste Regimento; Gabarito: correto. 12. (Estratégia Concursos – Inédita) Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 04 Controle Externo da Gestão Pública p/ TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40005 29 54 As competências do Presidente do TCM devem ser somente por ele exercidas, sendo vedada a delegação. Comentário: na verdade, o Presidente poderá sim delegar, algumas de suas atribuições, como a de representar o TC em suas relações externas (RI, art. 27, I). Gabarito: errado. 13. (Estratégia Concursos – Inédita) Os Conselheiros do TCM são nomeados pelo Presidente do Tribunal, e devem satisfazer aos seguintes requisitos: ter mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; idoneidade moral e reputação ilibada; notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; mais de dez anos de exercício de função ou de formação profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior. Comentário: a assertiva está quase perfeita. O único erro é que a nomeação dos conselheiros é feita pelo Prefeito, e não pelo Presidente do Tribunal, na forma do art. 5º da LO. O Presidente do Tribunal
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