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Aula 05
Controle Externo da Gestão Pública p/
TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF -
Pós-Edital
Autores:
Herbert Almeida, Time Herbert
Almeida
Aula 05
20 de Março de 2020
 
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SUMÁRIO 
1	 Introdução .................................................................................................................. 1	
1.1	 O processo de controle externo ............................................................................................. 1	
2	 Processos de contas .................................................................................................... 7	
2.1	 Julgamento de contas ........................................................................................................... 7	
2.2	 Apreciação das contas prestadas pelo Prefeito e pelo próprio TCM ................................... 22	
3	 Resumo .................................................................................................................... 31	
4	 Lista das questões .................................................................................................... 33	
5	 Gabarito ................................................................................................................... 37	
6	 Referências ............................................................................................................... 37	
 
 
Fala, meus amigos! 
Agora, nós vamos para a aula de processos de contas. Já vimos na nossa última aula uma noção 
geral do processo nos tribunais de contas. Nesta aula, vamos começar com uma parte conceitual, 
que provavelmente não será objeto de prova, mas que serve para que a gente tenha uma noção 
do que é um processo de contas e quais os outros tipos de processos tramitam nos tribunais de 
contas. 
Encerrada a parte conceitual, vamos falar sobre os processos de contas no âmbito do TCM, falando 
das contas anuais e das tomadas de contas especiais. Finalmente, teremos um capítulo específico 
sobre as contas do Prefeito de São Paulo e do próprio tribunal. 
Vamos resolver um número legal de questões, mas várias serão inéditas, já que não temos 
questões específicas do Regimento do TCM/SP e as questões sobre o tema geralmente em provas 
de outros tribunais não se aplicam à legislação do TCM, que é muito diferente dos demais tribunais 
de contas. 
Por fim, teremos um resumão esquematizado do assunto, que serve para complementar os 
resumos em tabelas que aparecerão ao longo de toda a aula! Vamos nesta! 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 O PROCESSO DE CONTROLE EXTERNO 
Inicialmente, cumpre destacar que este primeiro capítulo é mais doutrinário e introdutório. Por 
isso, vamos utilizar, na maior parte dos casos, exemplos e decisões jurisprudenciais do TCU. Isso, 
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porém, não vai gerar nenhum prejuízo, pelo contrário: assim fica mais fácil para a gente 
contextualizar, inclusive com algumas decisões da Corte de Contas federal. 
Há bastante discussão na doutrina sobre o conceito de processo. Não nos cabe, neste curso, 
aprofundar neste tema, mas vamos fazer algumas breves considerações. 
O sentido da expressão processo remete tanto a um procedimento – um conjunto de atos 
sucessivos – como a uma relação jurídica complexa – formada por direitos, deveres, competências, 
capacidades, etc. No primeiro sentido, temos basicamente os atos do processo (autuação, 
notificações, despachos, decisão, etc.); no segundo sentido, temos os sujeitos e seus direitos (as 
partes, o Ministério Público, o contraditório e a ampla defesa). É lógico que são conceitos 
relacionados e não excludentes. Por isso, um faz parte do outro. 
O Estado é encarregado por conduzir uma série de distintos processos. Temos o processo 
legislativo, o processo civil, o processo penal, o processo administrativo, etc. Portanto, o processo 
é um gênero, que, por sua vez, possui diversas espécies. 
Mesmo dentro dessas espécies, temos novamente subdivisões. Vamos, agora, pegar o processo 
administrativo. Este também pode ser um gênero, comportando como espécies o processo 
licitatório, o processo disciplinar, o processo tributário, o processo de controle externo, entre 
outros tantos casos. 
 
Essa nossa discussão doutrinária inicial serve mais para contextualização do tema. O 
assunto é bastante acadêmico e teórico e, dificilmente, seria objeto de prova. Porém, 
entendemos que a compreensão do sentido da expressão “processo de controle 
externo” é importante para uma melhor compreensão da aula e do Regimento como 
um todo. 
Em que pese a gente tenha considerado o processo de controle externo como uma 
espécie do gênero processo administrativo, há autores que entendem que, na verdade, 
o processo de controle externo tem natureza própria, distinta daquele. 
Segundo o ex-Ministro do STF Carlos Ayres Britto, os processos instaurados perante os 
tribunais de contas têm a sua própria ontologia, distinguindo-se dos processos 
parlamentares, judiciais ou administrativos.1 
A despeito da nobre consideração do ex-Ministro, optamos por considerar, ao longo 
desta aula, que os processos de controle externo são espécies do processo 
administrativo, mas sujeitos a regime jurídico próprio, fundamentado basicamente nas 
leis orgânicas e regimentos internos dos tribunais de contas. 
 
 
1 Britto, 2015. 
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Dada a natureza administrativa das Cortes de Contas, podemos concluir também que o processo 
de controle externo é uma espécie do gênero processo administrativo, mas com várias 
particularidades próprias, das quais destacamos duas: 
(i) o processamento no âmbito dos tribunais de contas; 
(ii) o regimento jurídico próprio. 
A primeira característica é muito simples de compreender. Os processos de controle externo são 
conduzidos no âmbito de um tribunal de contas. Há a participação do seu corpo técnico de 
servidores, que realizam as fiscalizações e instruem os processos; do relator que conduz os 
trabalhos e emite o voto inicial; do Ministério Público especial, que emite parecer em 
determinados processos e diz o direito nas sessões de deliberação; e do colegiado encarregado da 
apreciação e, por vezes, do julgamento. 
A segunda característica trata do regime jurídico específico. Os processos de controle seguem um 
rito especial, definido na lei orgânica e no regimento interno de cada Corte. Não há, atualmente, 
uma lei nacional sobre “o processo de controle externo”; vale dizer: não existe um “código de 
processo de controle”, semelhante ao que a gente observa no processo civil e no processo penal, 
que possuem os seus próprios códigos. 
Por isso, cada Tribunal de Contas dispõe do seu próprio regime jurídico processual, previsto na 
correspondente lei orgânica e regulamentado no regimento interno da Corte. 
Porém, admite-se a aplicação subsidiária de outras normas processuais. Mas temos que definir 
bem o sentido do que é uma aplicação subsidiária. Nesse caso, primeiro deve ser aplicado o rito 
principal, definido na legislação processual da própria Corte, especialmente na sua Lei Orgânica. 
Somente se a legislação do Tribunal for omissa, serão aplicadas outras normas processuais 
subsidiariamente. Se, por outro lado, o tema for disciplinado tanto na Lei Orgânica como na Lei de 
Processo Administrativo, deverá prevalecer somente a regra constante na Lei Orgânica. Esse é o 
sentido da “aplicação subsidiária”. 
Em regra, costuma-se falar na aplicação subsidiáriado Código de Processo Civil e da 
correspondente lei de processo administrativo (do ente da Federação ao qual o TC pertence). 
Atualmente, o Código de Processo Civil consta na Lei 13.105/2015, que possui alcance nacional. 
Logo, em qualquer TC podemos falar na aplicação subsidiária do Código de Processo Civil – CPC, 
seja no TCU, TCDF ou nos tribunais de contas estaduais e municipais. 
Além disso, também podemos ter a aplicação subsidiária da lei de processo administrativo 
“correspondente”. Vale lembrar, porém, que cada ente da Federação tem a sua própria lei de 
processo administrativo (ou pelo menos deveria ter). Logo, aplica-se, subsidiariamente, a lei de 
processo administrativo do ente da Federação ao qual o TC pertence. 
Por exemplo, no âmbito federal, temos a Lei 9.784/1999, que institui normas de Processo 
Administrativo para a administração pública federal. Assim, nos processos de controle externo do 
TCU, aplicam-se as normas processuais próprias e, subsidiariamente, as regras da Lei 13.105/2015 
(CPC) e da Lei 9.784/1999 (Lei de Processo Administrativo). 
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A jurisprudência do STF já consagrou, em alguns julgados, a aplicação subsidiária das normas de 
processo administrativo. No MS 23.550, o STF determinou que o TCU aplicasse a Lei 9.784/1999 
de forma subsidiária aos seus processos:2 
A incidência imediata das garantias constitucionais referidas dispensariam previsão legal expressa de 
audiência dos interessados; de qualquer modo, nada exclui os procedimentos do Tribunal de Contas 
da aplicação subsidiária da lei geral de processo administrativo federal (L. 9.784/99), que assegura 
aos administrados, entre outros, o direito a "ter ciência da tramitação dos processos administrativos 
em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos (art. 3º, II), formular alegações e 
apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão 
competente". 
O próprio TCU já reconheceu a aplicação subsidiária das normas de Processo Administrativo aos 
processos que tramitam naquela Corte. Nessa linha, vejamos um importante julgado do TCU sobre 
o tema: 
Acórdão TCU-Plenário 868/2008 
 3. Cabe ressaltar que os processos por meio dos quais esta Corte de Contas exerce a sua 
competência constitucional de controle externo não são regulados pela Lei nº 9.784/1999, 
uma vez que há norma específica que disciplina o rito processual do TCU. 
 4. A referida Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da 
Administração Pública Federal direta e indireta, sendo aplicável aos órgãos dos Poderes 
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. Ocorre 
que o Tribunal de Contas da União tem como origens normativas para o desempenho de sua 
missão a Constituição Federal e a sua Lei Orgânica - Lei nº 8.443/1992. Decorre daí que, 
quando o TCU estiver no exercício do rol de suas competências constitucionalmente 
conferidas, não se pode falar em função administrativa, já que se trata de atividade inerente 
ao Poder Legislativo. Assim, a Lei nº 9.784/1999 deve ser aplicada apenas subsidiariamente 
aos atos desta Corte de Contas, sempre que não houver disposição específica sobre a 
matéria na Constituição Federal e na Lei Orgânica do Tribunal. 
Há também decisões do TCU sobre a aplicação subsidiária do Código de Processo Civil. Vejamos 
alguns exemplos: 
Acórdão 3.565/2018 TCU-Primeira Câmara 
A utilização das regras contidas na Lei 13.105/2015 (Código de Processo Civil) no rito 
processual do TCU se dá de forma subsidiária, na hipótese de lacunas nas normas que 
regem o processo no âmbito do Tribunal. 
No mesmo sentido: 
 
2 STF, MS 23.550, julgado em 4/4/2001. 
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Acórdão 1.080/2015 TCU-Plenário 
As normas processuais previstas na Lei Orgânica do TCU (Lei 8.443/92) e em seu 
Regimento Interno estabelecem rito processual próprio, no qual a aplicação do Código 
de Processo Civil se dá apenas de maneira analógica e subsidiária na falta de normas 
legais e regimentais específicas. 
 
Ok!? Professor, mas o que são os processos de controle externo? 
Vamos utilizar o artigo de Lima para entendermos melhor o que são os processos de controle 
externo. O autor cita o conceito de processo da Resolução 259/2014 do TCU, que define processo 
como o “conjunto de peças que documentam o exercício da atividade do Tribunal”.3 
Dessa forma, Lima define processo de controle externo como “aqueles típicos das atividades das 
Cortes de Contas, em especial de suas funções julgadora, fiscalizadora, opinativa, consultiva e 
ouvidora”. 
Devemos lembrar, porém, que os tribunais de contas também desempenham atividades 
tipicamente administrativas, como a contratação de servidores (em regra, mediante concurso), faz 
a gestão de recursos humanos (promoções, sanções, aposentadorias de seus servidores), promove 
licitações, administra seu patrimônio, etc. Na análise desta aula, não vamos tratar desse tipo de 
processo administrativo. Isso porque o nosso objetivo aqui é analisar o exercício das atribuições 
próprias do TC, oriundas da Constituição Federal e de normas próprios, excluindo-se as atividades 
de mera administração da Corte. 
Nessa linha, os processos de controle externo classificam-se como: 
a) processos de contas, incluindo contas de governo, contas de gestão e tomadas de contas 
especiais; 
b) processos de fiscalização, incluindo auditorias, em suas várias modalidades, inspeções, 
levantamentos, acompanhamentos e monitoramentos; 
c) processos de registro de admissões e concessões de aposentadorias, reformas e pensões; 
d) processos de denúncia, solicitações do Poder Legislativo e representações, incluindo as 
formuladas por unidades técnicas, por autoridades externas ou pelos legitimados pelo §1º do 
art. 113 da Lei no 8.666/1993; 
e) processos de consulta; e 
f) processo normativo, a exemplo da fixação dos meios de encaminhamento de processos de 
registro de aposentadoria ou pensão. 
Ressaltamos que, por organização dos regimentos internos, é muito comum se considerar os 
processos de denúncia e de representações como processos de fiscalização. Com efeito, as 
próprias solicitações do Poder Legislativo podem culminar em fiscalizações. 
 
3 Resolução TCU 259/2014 (art. 2º, XVI). 
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Dessa forma, considerando a estrutura regimental e a importância do tema, vamos analisar os 
processos de contas e de fiscalização (incluindo denúncias e representações). Os processos de 
contas serão estudados nesta aula; os de fiscalização serão abordados na próxima aula. 
 
 
Processos de controle externo 
Processo de controle 
externo 
§ Espécie de processo administrativo destinado ao cumprimento das 
competências constitucionais dos tribunaisde contas. 
Espécies § processos de contas: contas de governo, contas de gestão e tomadas de contas especiais; 
Processos de 
controle externo
de contas
de governo (parecer prévio)
de gestão
tomadas de contas especiais
de fiscalização
auditorias 
inspeções 
análises
acompanhamentos
auditorias operacionais
auditorias transversais
de registro
admissões
aposentadoria
pensão
de denúncias, representações e solicitações do 
Legislativo
de consulta
normativo
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§ processos de fiscalização: auditorias, inspeções, análises, 
acompanhamentos, auditorias operacionais e auditorias transversais; 
§ processos de registro de admissões e concessões de aposentadorias e 
pensões; 
§ processos de denúncia, solicitações do Poder Legislativo e 
representações; 
§ processos de consulta; e 
§ processos normativos. 
 
 
2 PROCESSOS DE CONTAS 
2.1 JULGAMENTO DE CONTAS 
2.1.1 Tomada e Prestação de Contas 
O assunto desta aula vai se relacionar muito com informações que já vimos ao longo do curso. Por 
isso, não vamos aprofundar alguns assuntos, mas simplesmente mencionaremos o conteúdo 
previsto na Constituição Federal, na Lei Orgânica do Município de São Paulo (LOM), bem como na 
Lei Orgânica ou no Regimento do TC. 
Segundo a LOM, tem o dever de prestar contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou 
privada, de direito público ou de direito privado, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou 
administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais o Município responda, ou que, em 
nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária (LOM, art. 47; §1º). 
Em regra, são anualmente submetidas a julgamento do TCM/SP as contas da Mesa da Câmara 
Municipal e das entidades da Administração Indireta do município de São Paulo. Assim, além da 
Mesa da CM, responsável pela gestão dos recursos da Casa Legislativa, todas as autarquias (IPREM, 
Serviço Funerário, Hospital do Servidor Público Municipal), a empresa pública (EMURB), as 
sociedades de economia mista (PRODAM, CET, SPTRANS, ANHEMBI, COHAB), bem como a 
fundação (Museu de Tecnologia de São Paulo) do município devem encaminhar suas contas ao 
TCM todos os anos para julgamento. 
Além dessa prestação de contas que deve ser encaminhada anualmente ao TCM, o Tribunal 
também pode promover o procedimento especial de tomada de contas, quando for constatada 
omissão no dever de prestar contas, ou a prática de ato que cause a perda, subtração, extravio ou 
dano em valores, bens e materiais do Município de São Paulo, por pessoa sujeita à jurisdição do 
Tribunal (LO, art. 24, § único; RI, art. 79). 
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Embora o regimento interno do TCM/SP não defina o termo prestação de contas, ele 
parece aplicar o mesmo conceito utilizado no âmbito do TCU, em que todos os 
processos de contas constituídos e submetidos regularmente àquela Corte são 
chamados de prestação de contas (IN TCU 63/2010). 
Por outro lado, quando um responsável é obrigado, por alguma disposição, a prestar 
contas, mas não o faz nos prazos legais, o TCM irá “tomar” as contas do responsável. O 
mesmo ocorrerá no caso de prática de ato que cause a perda, subtração, extravio ou 
dano em valores, bens e materiais do Município de São Paulo. Daí a designação tomada 
de contas. 
Assim, podemos dizer que, no âmbito do TCM/SP, as contas dos administradores e responsáveis 
subdividem-se em contas anuais e especiais. 
As contas anuais, também chamadas de ordinárias pela doutrina, são aquelas constituídas 
anualmente para apresentação ao Tribunal por seus jurisdicionados. Ao final de cada exercício 
financeiro, o responsável deverá “montar” o seu processo de contas e submetê-lo à apreciação e 
julgamento pela Corte de Contas. 
Já as contas especiais acontecem quando o responsável se omite no dever de prestar contas ou 
ainda quando causa dano ao erário. Nessas condições, a autoridade administrativa competente 
deverá instaurar uma tomada de contas especial. Também é possível que a tomada de contas seja 
instaurada por determinação do TC. Tais temas serão objeto de estudo adiante. 
Em linhas gerais, portanto, os processos de contas especiais ocorrem quando há omissão no dever 
de prestar contas ou ato que resulte dano ao erário. 
 
 
Prestação de contas 
Processos de 
contas
Anuais ou 
ordinárias Apresentadas anualmente ao Tribunal
Especiais
Omissão no dever de prestar contas
Perda, subtração, extravio ou dano ao erário
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Obrigação de 
prestar contas 
§ administradores públicos em geral 
§ todos que gerenciarem recursos públicos 
§ quem der causa a dano ao erário 
Observações 
§ deverá prestar contas ao órgão repassador: 
§ quem receber recursos por convênios ou instrumentos equivalentes; 
§ quem receber recursos por adiantamento. 
Subdivisão 
§ Anuais (ordinárias): prestadas anualmente pelos jurisdicionados (prestação 
de contas); 
§ Especiais: omissão no dever de prestar contas; perda, subtração, extravio 
ou dano ao erário (tomada de contas). 
 
O Prefeito e o próprio tribunal também submetem suas contas ao TCM anualmente, porém não há 
julgamento pelo TC, mas apenas a emissão de parecer prévio para julgamento no Poder 
Legislativo. Por isso, trataremos do procedimento de apreciação dessas contas em separado. 
Sobre as pessoas que terão suas contas anualmente julgadas pelo TCM, o Regimento Interno 
detalha os procedimentos relativos às contas da Mesa da Câmara e das entidades da 
Administração Indireta, conforme explicaremos a seguir. 
2.1.2 Contas anuais da Mesa da Câmara 
Conforme já vimos ao longo do curso, segundo a Lei Orgânica do Município de São Paulo, 
competiria ao TCM/SP apreciar não só as contas do Chefe do Poder Executivo e as do próprio 
Tribunal, mas também as da Mesa da Câmara Municipal, sendo todas julgadas pela Casa 
Legislativa. Contudo, pelo princípio da simetria, sabemos que a atribuição de emitir parecer prévio 
(função meramente opinativa) não alcança as contas anuais prestadas pela Mesa do Poder 
Legislativo. Nesse sentido, o STF considera inconstitucional que o Poder Legislativo julgue suas 
próprias contas, as quais devem ser efetivamente julgadas pelo Tribunal de Contas, por força do 
disposto no inc. II do art. 71 da CF. 
Nesse contexto, observamos que o regimento interno do TCM prevê os mesmos procedimentos 
para as contas anuais do Prefeito, as do próprio tribunal e as da Mesa da Câmara, mas o art. 73 
dispõe que as contas da Mesa da Câmara são efetivamente julgadas pelo TCM, nos termos do art. 
71, II, da Constituição Federal. 
Ou seja, regimento traz para as contas da Mesa da CM, que serão julgadas pelo TC, os mesmos 
procedimentos e prazos para as contas do Prefeito e do próprio Tribunal, quando não há 
julgamento pelo TC, mas apenas a emissão de parecer prévio para julgamento no Poder 
Legislativo. 
Portanto, vamos abordar aqui os procedimentos previstos no Capítulo VI doRegimento que 
entendemos aplicáveis às contas da Mesa da Câmara, retirando aqueles claramente relativos à 
emissão do parecer prévio. 
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Primeiramente, o Presidente da Câmara Municipal de São Paulo deve enviar ao TCM, até o dia 31 
de março, as contas da Mesa da CM relativas ao exercício anterior, em duas vias, compreendendo 
os seguintes documentos (RI, art. 68, §§1º e 2º): 
a) balanço geral; 
b) demonstrativos e anexo exigidos pela legislação pertinente; e 
c) relatório circunstanciado das gestões financeira, orçamentária e patrimonial. 
 
Se até o dia 31 de março, o Tribunal não tiver recebido as contas e o balanço geral, deverá 
representar à Câmara Municipal, para os fins de direito (LO, § único). No mesmo sentido, a Lei 
Orgânica do Município estabelece que compete privativamente à Câmara Municipal tomar e julgar 
as contas do Prefeito, da Mesa da Câmara Municipal e do Tribunal de Contas do Município (LOM, 
art. 14, XII). Já o regimento inclui a possibilidade de representação ao Ministério Público (RI, art. 
68, § 3º). Dessa forma, não cabe ao TC tomar as contas da Mesa da CM de imediato em caso de 
omissão no dever de prestar contas. 
As contas anuais da Mesa serão então imediatamente autuadas e encaminhadas ao Conselheiro 
Relator, que as remeterá, mediante despacho, à Subsecretaria de Fiscalização e Controle, para 
instrução e análise (RI, art. 69). 
A instrução deverá ser concluída em 35 dias, quando o processo será remetido à Procuradoria da 
Fazenda Municipal, para manifestação no prazo de 10 dias. Após pronunciamento prévio da 
Secretaria Geral (sem prazo no RI), os autos serão encaminhados ao Relator (RI, art. 70). O Relator 
deverá apresentar seu relatório e voto, em sessão extraordinária especialmente convocada, no 
prazo total de 90 dias a contar do recebimento das contas (art. 71, caput). 
Nessa sessão extraordinária, o Plenário efetivamente julga as contas da Mesa da CM, decidindo 
por sua aprovação ou rejeição. 
Embora a competência para somente apreciar as contas prestadas anualmente pela Mesa da 
Câmara seja inconstitucional, vale o prazo de 120 dias para o julgamento das contas, contados do 
recebimento, disposto no mesmo art. 48, I, da LOM. 
Composição das 
contas
Balanço geral do exercício
Relatório circunstanciado das gestões
financeira
orçamentária
patrimonial
Demonstrativos e anexos exigidos pela 
legislação
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2.1.3 Contas anuais da Administração Indireta 
Aqui observamos pequenas alterações no procedimento e composição das contas. O regimento 
interno determina que as entidades da Administração Indireta encaminharão suas contas anuais 
ao Tribunal, para julgamento, no prazo de até cinco meses contados do término do exercício 
financeiro correspondente. Ou seja, pelo regimento, essas entidades têm até o fim de maio para 
encaminhar suas contas do ano anterior ao TC (RI, art. 74). 
Contudo, a Lei Orgânica do Tribunal dispõe que as contas anuais das entidades da Administração 
Indireta devem ser remetidas ao TC em até 15 dias após a data da Assembleia Geral dos 
acionistas que aprovar o balanço. Considerando que o prazo legal prevalece sobre o regimental, 
observamos não há uma data limite fixa para todas essas entidades, devendo cada uma delas 
encaminhar sua prestação de contas em até 15 dias após aprovação do balanço em Assembleia 
Geral. 
Na prestação de contas enviadas anualmente ao TC devem ser incluídos todos os recursos 
orçamentários e extra orçamentários, gerados ou não pelas entidades cujas contas serão julgadas 
(art. 74, § único). 
 
A diferença entre receita orçamentária e receita extraorçamentária é assunto da 
disciplina de Administração Financeira e Orçamentária. De forma bem breve, a receita 
orçamentária é aquela que pode ser utilizada para custear a despesa pública. Por 
exemplo, os recursos arrecadados por meio de tributos são receitas orçamentárias. 
Por outro lado, a receita extraorçamentária constitui mero movimento de caixa, não 
fazendo parte do orçamento e não podendo ser utilizada para custear a despesa 
pública. Como exemplo temos os depósitos de fiança ou caução como garantia em um 
contrato administrativo. Esse recurso ingressará nos cofres públicos e, por isso, será 
objeto de lançamento; entretanto, ele ficará, em regra, apenas de forma transitória com 
a administração, uma vez que terá que ser devolvido, no caso de adimplemento 
contratual. 
Tanto os recursos orçamentários como os extraorçamentários devem ser registrados na 
prestação de contas. Isso porque, o Estado deverá guardar adequadamente a receita 
extraorçamentária, sob o risco de ter que responder pelo seu “sumiço”. Logo, a despeito 
de não servir para o custeio da despesa pública, a receita extraorçamentária deverá ser 
registrada e deverá constar nos demonstrativos adequados na prestação de contas 
anual. 
 
No caso das entidades da Administração Indireta, as contas deverão conter (RI, art. 75): 
a) o balanço geral do exercício findo, 
b) demonstrativos que expressem a situação da entidade, nos aspectos relativos às gestões 
econômica, financeira e patrimonial. 
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As contas das entidades serão imediatamente autuadas e encaminhadas ao Conselheiro Relator, 
que as remeterá, mediante despacho, à Subsecretaria de Fiscalização e Controle, para instrução e 
análise (RI, art. 76). 
A fase de instrução e análise deverá ser concluída em até 90 dias, quando o processo será 
encaminhado à Procuradoria da Fazenda Municipal, para manifestação no prazo de 20 dias. Após 
pronunciamento prévio da Secretaria Geral, os autos serão encaminhados ao Relator (RI, art. 77). 
Em sessão extraordinária especialmente convocada, o Relator apresentará seu relatório e voto, 
submetendo-os ao Plenário, que decidirá pela aprovação ou rejeição das contas (RI, art. 78). 
Por fim, vale notar que o prazo total para julgamento das contas das entidades da administração 
indireta é de 180 dias, conforme art. 22, IV, da LO do TC. 
 
Processos de contas anuais (ordinárias) 
Jurisdicionado Mesa da Câmara Entidades da Adm. Indireta 
Apresentação 
e julgamento 
§ apresentação: até 31/03 do ano 
seguinte;§ julgamento: até 120 dias contados 
do recebimento; 
§ se não apresentar as contas no 
prazo: representação à CM ou ao 
MP; 
§ apresentação: até 15 dias após 
aprovação do balanço em 
Assembleia Geral; 
§ julgamento: até 180 dias contados 
do recebimento; 
§ se não apresentar as contas no 
prazo: tomada de contas especial; 
Composição 
§ balanço geral; 
§ demonstrativos e anexo exigidos 
pela legislação pertinente; 
§ relatório circunstanciado das 
gestões financeira, orçamentária e 
patrimonial. 
§ o balanço geral; 
§ demonstrativos que expressem a 
situação da entidade, nos aspectos 
relativos às gestões econômica, 
financeira e patrimonial. 
§ 
 
 
Composição das 
contas
Balanço geral do exercício
Demonstrativos relativos às gestões
econômica
financeira
patrimonial
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1. (Cespe – Procurador/TC DF/2013-Adaptada) 
Em relação à prescrição administrativa e ao processo de investigação e julgamento de contas, 
julgue o item subsequente. 
No julgamento de contas de entidades da administração indireta submetidas ao TCM, serão 
apreciadas, entre outras, as contas públicas relativas a recursos extraorçamentários não 
geridos pela entidade ou unidade cujas contas estiverem sendo julgadas. 
Comentário: nas prestações de contas de entidades da administração indireta, devem ser incluídos 
todos os recursos orçamentários e extraorçamentários, geridos ou não pela entidade (RI, art. 74, 
parágrafo único). 
Gabarito: correto. 
2. (Cespe – AUFC/TCU/2010-Adaptada) 
Com relação à legislação do TCM, julgue o item. 
Na prestação de contas, o administrador de entidade da administração indireta deve incluir 
somente os recursos orçamentários e os extraorçamentários por ela geridos. 
Comentário: mais uma? É, esse tema é repetitivo em provas. Por isso, você não pode errar! As 
contas de entidades da administração indireta serão anualmente submetidas a julgamento do 
Tribunal, sob a forma de prestação de contas. Nas prestações de contas, devem ser incluídos todos 
os recursos orçamentários e extraorçamentários, geridos ou não pela entidade (RI, art. 74, 
parágrafo único). 
Gabarito: errado. 
3. (Estratégia Concursos – Inédita) 
Com relação ao RI do TCM, julgue o item. 
As contas anuais do Prefeito, da Mesa da Câmara Municipal e do próprio Tribunal serão 
submetidas ao Plenário, que emitirá parecer pela sua aprovação ou rejeição. 
Comentário: embora a LOM disponha que o TCM tem competência para apreciar as contas anuais 
do Prefeito, da Mesa da Câmara Municipal e do próprio Tribunal, destacamos mais uma vez que a 
atribuição de emitir parecer prévio não alcança as contas anuais prestadas pela Mesa do Poder 
Legislativo, visto que devem ser efetivamente julgadas pelo Tribunal de Contas, por força do 
disposto no inc. II do art. 71, da CF. Nesse sentido, o regimento interno do TC prevê que: 
Art. 73 - As contas anuais da Mesa da Câmara Municipal de São Paulo serão julgadas pelo Plenário, 
nos termos do artigo 71, II, da Constituição Federal. 
Gabarito: errado. 
4. (Estratégia Concursos – Inédita) 
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Integram a prestação de contas anuais das entidades da administração indireta o balanço 
geral do exercício findo, acompanhado de demonstrativos que expressem a situação da 
entidade, nos aspectos relativos às gestões econômica, financeira e patrimonial. 
Comentário: ultimamente, não são tão comuns questões nesse estilo “decoreba”. Porém, temos 
que dar uma treinada mesmo assim. Então, vamos lá! Sobre a prestação de contas das entidades 
da administração indireta, o art. 75 do RI dispõe que “as contas consistirão no balanço geral do 
exercício findo, acompanhado de demonstrativos que expressem a situação da entidade, nos 
aspectos relativos às gestões econômica, financeira e patrimonial”. 
Então, está correta a nossa assertiva. 
Gabarito: correto. 
5. (Estratégia Concursos – Inédita) 
A Mesa da Câmara Municipal e as entidades da administração indireta do município de São 
Paulo terão suas contas anualmente submetidas a julgamento do TCM, devendo encaminhá-
las ao tribunal até o dia 31 de março do ano seguinte. 
Comentário: a primeira parte da questão está correta, uma vez que são a Mesa da Câmara e as 
entidades da administração indireta que deverão encaminhar suas contas anualmente ao TC para 
julgamento. Contudo, o prazo de encaminhamento mencionado se aplica apenas à Mesa da 
Câmara, devendo as entidades da administração indireta remeter suas contas ao TC até 15 dias 
após a aprovação do balanço em assembleia geral. 
Gabarito: errado. 
2.1.4 Tomada de Contas Especial 
Existem diversas pessoas que possuem o dever de prestar contas. Agora, imagine que algum 
responsável não faça a sua prestação de contas no prazo previsto; ou, então, imagine que a pessoa 
tenha cometido algum ato que gere prejuízo ao erário. 
Nessas condições, deverá ser4 instaurada a tomada de contas especial, que é o procedimento 
destinado a apurar os fatos, identificar os responsáveis e quantificar o dano, com base na 
escrituração, documentos contábeis, informações e outros dados (RI, art. 79). 
 
 
4 Apesar da utilização da expressão impositiva “deverá ser”, nós vamos ver adiante que nem sempre será instaurada a tomada 
de contas especial, uma vez que existem outras medidas administrativas prévias. Porém, se as medidas administrativas não 
resolverem a situação, haverá o dever de instaurar a tomada de contas especial. 
O quê?
apurar os fatos
Quem?
identificar os 
responsáveis
Quanto?
quantificar o dano
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As regras sobre a tomada de contas especial constam nos arts. 79 a 84 do Regimento Interno, que 
vamos utilizar como referência para explicar o assunto. 
Então, vamos detalhar os conceitos. 
A tomada de contas especial será instaurada diante das seguintes situações: 
a) omissão no dever de prestar contas; 
b) prática de ato que cause a perda, subtração, extravio ou dano em valores, bens e materiais 
do Município de São Paulo, por pessoa sujeita à jurisdição do Tribunal. 
 
Segundo o Regimento do TC, o tribunal determinará a instauração da Tomada de Contas à 
autoridade administrativa encarregada do controle interno, no caso de não ter sido o 
procedimento instaurado “ex officio”, para a apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e 
quantificação do dano, na forma estabelecida em Instrução normativa, fixando prazo para 
cumprimento da determinação (art. 80). 
Ou seja, se o órgão ou entidade não tiver instaurado o procedimento de ofício, o TCM determinará 
que o controle interno instaure a tomada de contas especial. 
Se não promovido pelo controle interno no prazo fixado, o procedimento da tomada de contas 
será instaurado por proposta do Conselheiro Relator, acolhida pela Câmara ou Plenário. O Relator 
presidirá a instrução do processo, determinando a intimação do responsável e outras providências 
consideradas necessárias, fixando prazos para atendimento das diligências. Ao final da instrução, 
submeterá o feito ao Plenário ou à Câmara respectiva, para decisão de mérito. (RI, arts. 83 e 84) 
Percebemos,portanto, que a competência para instaurar a tomada de contas especial é da 
“autoridade administrativa”, que é dirigente do órgão ou entidade no qual ocorreu o fato 
ensejador de apuração. Porém, se a autoridade não adotar as medidas para a instauração, o 
Tribunal determinará ao controle interno a instauração de tomada de contas especial, fixando 
prazo para cumprimento dessa decisão. 
Logo, o processo de tomada de contas especial poderá ser instaurado por determinação: 
(i) da autoridade administrativa/controle interno; 
(ii) do Tribunal, no caso de omissão da autoridade administrativa competente. 
Ademais, o processo de tomada de contas especial, em regra, divide-se em duas fases: 
a) fase interna; 
b) fase externa. 
Tomada de contas especial
Omissão no dever de prestar contas
Prática de ato que cause dano ao erário
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A fase interna tramita dentro do órgão ou entidade jurisdicionado, inclusive com a participação do 
controle interno. Logo, esta fase é composta por todos os atos que vão desde a instauração até o 
momento da remessa dos autos para o TC. 
Por outro lado, a fase externa tem início com a remessa do processo ao Tribunal de Contas e 
culmina com o julgamento das contas. Logo, a fase externa é aquela fase que se processa no 
Tribunal. Nessa fase, portanto, teremos efetivamente um litígio, ou seja, teremos partes que 
poderão exercer o contraditório e a ampla defesa. 
Em termos bem simples, na fase interna as autoridades administrativas e o controle interno 
realizam a apuração dos fatos; na fase externa o TC analisa a tomada de contas especial e realiza o 
seu julgamento. 
Dessa forma, o rito completo de uma tomada de contas especial, após todas as medidas ao alcance 
da autoridade administrativa e do órgão do controle interno estiverem esgotados, a tomada de 
contas especial será encaminhada ao Tribunal para julgamento (RI, art. 82). 
Imagine o seguinte: uma organização da sociedade civil – OSC recebeu recursos públicos da 
Secretaria de Educação para a implementação de um programa de interesse social. Após o término 
do prazo para a conclusão do programa, o responsável da OSC não realizou a prestação de contas. 
Ele foi notificado diversas vezes pelo Secretário e, mesmo assim, não prestou contas. 
Nesse caso, o Secretário de Educação deverá determinar a instauração da tomada de contas 
especial, de ofício, para os fins legais cabíveis. Agora, imagine que o Secretário não determinou a 
instauração da tomada de contas especial. Simplesmente, ele “não fez nada”. Nesse caso, quando 
tomar ciência do caso, o Tribunal de Contas determinará ao controle interno a instauração da 
tomada de contas especial, fixando prazo para o cumprimento da determinação. Se o controle 
interno, por sua vez, não promover a tomada de contas no prazo fixado, o procedimento especial 
será instaurado pelo próprio TCM, por proposta do Conselheiro Relator, desde que acolhida pela 
Câmara ou Plenário. 
No caso do exemplo, tanto o controle interno, quanto o Secretário, poderão responder 
solidariamente com os responsáveis da OSC. 
Voltando ao regimento, observamos que os procedimentos de tomada de contas, instaurados por 
determinação da autoridade administrativa ou do Tribunal, deverão conter os mesmos elementos 
exigidos à análise das prestações de contas, acrescidos de cópia do relatório da Comissão de 
Sindicância ou de Inquérito, se for o caso, além de outras peças que permitam aferir a 
responsabilidade pelo prejuízo causado (art. 81). 
A nosso ver, os mesmos elementos exigidos à análise das prestações de contas, tais como balanços 
gerais e demonstrativos, somente se aplicariam nos casos de tomadas de contas instauradas em 
razão da omissão no dever de prestação de contas. Assim, se uma entidade da administração 
indireta não apresentar suas contas ao TC no prazo legal, o tribunal determinará à autoridade 
administrativa encarregada do controle interno que instaure a tomada de contas especial, 
contendo a documentação que a entidade deveria ter apresentado, voluntariamente, como 
prestação de contas. 
Já no caso de prática de ato que cause a perda, subtração, extravio ou dano ao erário municipal 
por um servidor da Prefeitura, por exemplo, a tomada de contas especial deverá ser instruída com 
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cópia do relatório da Comissão de Sindicância ou de Inquérito, conforme o caso, e qualquer 
documento que permita aferir a responsabilidade pelo prejuízo causado. 
 
A instauração da tomada de contas especial, apesar de ser uma obrigação da autoridade 
competente, é, na verdade, uma medida de exceção. A tomada de contas especial é 
basicamente “a última força” a ser utilizada. 
Antes, no entanto, a autoridade deverá adotar medidas administrativas internas, tais 
como diligências, notificações, comunicações, sindicâncias ou outros procedimentos. 
Isso porque, em regra, a própria autoridade administrativa dispõe dos meios para 
apurar os fatos e obter o ressarcimento, ainda que por meios judiciais. 
Imagine que um motorista de determinado órgão público, por uma conduta 
imprudente, bata o carro oficial, causando uma série de prejuízos sem cobertura da 
seguradora. Nessa situação, o motorista terá que ressarcir o erário dos prejuízos 
causados. 
A própria autoridade pública poderá instaurar, por exemplo, uma sindicância para 
apuração dos fatos e levantamento do prejuízo. Após as apurações, a autoridade poderá 
lavrar um termo para a regularização da situação. Se o motorista aceitar as condições de 
ressarcimento, que poderão até ser parceladas, bastará que a autoridade acompanhe se 
os pagamentos estão sendo realizados. Por outro lado, se o motorista não efetuar o 
ressarcimento, é possível encaminhar o processo para o setor jurídico competente, que, 
observando as exigências legais, poderá realizar a cobrança judicial.5 
Portanto, em regra, a própria autoridade dispõe de meios para obter o ressarcimento, 
motivo pelo qual a instauração de tomada de contas especial deve ser uma medida de 
exceção. 
 
 
Tomada de contas especial 
Objetivos 
§ apurar os fatos; 
§ identificar os responsáveis; 
 
5 Lembrando que o Tribunal de Contas não executa a cobrança, mas apenas emite um acórdão com eficácia de título executivo. 
Nesse caso, se não houver a quitação voluntária, a procuradoria da entidade terá que mover uma ação judicial decobrança. 
Portanto, no final das contas, a efetiva cobrança acabará recaindo, em qualquer caso, nas mãos da procuradoria competente. 
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§ quantificar o dano. 
Quando 
§ omissão no dever de prestar contas; 
§ prática de ato que implique perda, subtração, extravio ou dano ao erário 
Competência 
§ autoridade administrativa/controle interno; 
§ determinação do Tribunal; 
Características 
§ medida de exceção: primeiro deve esgotar as medidas administrativas; 
§ fases: interna e externa. 
 
 
 
6. (Cespe – Procurador/TCU/2015-Adaptada) 
Julgue o item de acordo com a LOM-SP, a LO e o RI-TCM/SP. 
O TC julgará as tomadas e prestações de contas até o término do exercício em que lhe 
tiverem sido apresentadas, prorrogáveis por mais trinta dias. 
Comentário: o Tribunal julgará prestações de contas em até 120 dias, no caso da Mesa da Câmara 
Municipal, ou em até 180 dias, no caso das entidades da administração indireta (LOM, art. 48, I; 
LO, art. 22, IV). Não foram fixados, na legislação mencionada, prazos para julgamento das tomadas 
de contas especiais e das demais prestações de contas. 
Gabarito: errado. 
7. (Cespe – Analista Legislativo/Câmara dos Deputados/2014-Adaptada) 
Acerca da fiscalização das contas dos entes públicos, julgue o próximo item. 
A tomada de contas especial deve ser encaminhada ao TCM até cento e oitenta dias após o 
término do exercício financeiro em que tiver sido instaurada. 
Comentário: conforme previsão do art. 80 do RI-TCM, o prazo de encaminhamento da tomada de 
contas especial será fixado na própria decisão que determinar sua instauração. 
Gabarito: errado. 
8. (Cespe – Técnico do MPU/MPU/2010-Adaptada) 
Acerca da atuação do sistema de controle da gestão no âmbito da administração pública, 
julgue o item que se segue. 
Diante da ocorrência de extravio ou dano de bens ou valores públicos, a responsabilidade 
para adotar providências com vistas à instauração da tomada de contas especial cabe 
inicialmente à autoridade administrativa. 
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Comentário: isso mesmo. Diante da omissão no dever de prestar contas e da prática de ato que 
cause a perda, subtração, extravio ou dano em valores, bens e materiais do Município de São 
Paulo, a autoridade administrativa competente deverá adotar providências, com vista à 
instauração de tomada de contas especial, para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis 
e quantificação do dano. Essa responsabilidade está implícita no art. 80 do RI: 
Art. 80 - O Tribunal determinará a instauração da Tomada de Contas à autoridade administrativa 
encarregada do controle interno, no caso de não ter sido o procedimento instaurado “ex officio”, 
para a apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano, na forma 
estabelecida em Instrução normativa, fixando prazo para cumprimento da determinação. 
Gabarito: correto. 
9. (Cespe – Analista Administrativo/TCE ES/2013) 
Os objetivos do processo de tomadas de contas especiais incluem 
 a) auditar as contas públicas, identificar fraudes e sentenciar os culpados. 
 b) apurar quanto foi o prejuízo ao erário, identificar os responsáveis e apurar o fato ocorrido. 
 c) apurar os fatos, quantificar os danos e sentenciar os responsáveis. 
 d) apurar os fatos, sentenciar os responsáveis e recuperar os valores desviados. 
 e) apurar quanto foi o prejuízo ao erário, identificar os responsáveis e recuperar os valores 
desviados. 
Comentário: as alternativas A, C e D estão erradas, pois não há que se falar em “sentenciar” os 
culpados ou responsáveis. O TC, em tomada especial de contas, não “audita” as contas públicas e 
nem profere sentença, que é uma decisão própria do Poder Judiciário. Vale lembrar que 
“auditoria” é um procedimento de fiscalização. Já o erro da alternativa E é dizer que o objetivo da 
tomada de contas especial é recuperar os valores desviados, o que não procede. Ela é um 
instrumento que será utilizado nessa recuperação, mas a tomada não recupera, por si só, os 
valores desviados. 
Nesse sentido, que a tomada especial de contas tem por objetivo a apuração dos fatos, a 
identificação dos responsáveis e a quantificação do dano (RI, art. 80). 
Gabarito: alternativa B. 
10. (Cespe – Auditor/TCE ES/2012-Adaptada) 
No que concerne à responsabilidade do administrador público, julgue o item que se segue. 
Tomada de contas especial só deve ser adotada pelo administrador público, 
independentemente das providências administrativas internas, para ressarcimento do dano 
provocado ao erário e do seu montante, sob pena de responsabilidade solidária. 
Comentário: a tomada de contas especial deve ser instaurada pelo administrador para apuração 
dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano, na forma do art. 80 do RI. 
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Entretanto, a instauração de tomada de contas depende da prévia realização de medidas 
administrativas, como a notificação do responsável para que apresente as contas. Por isso que o 
quesito está incorreto. 
Gabarito: errado. 
11. (Estratégia Concursos – Inédita) 
A tomada de contas especial somente será instaurada caso haja omissão no dever de prestar 
contas, no prazo determinado pela legislação. 
Comentário: não é somente a omissão no dever de prestar contas que enseja a instauração da 
tomada de contas especial. O RI (art. 79) diz que também enseja esse procedimento especial a 
prática de ato que cause a perda, subtração, extravio ou dano em valores, bens e materiais do 
Município de São Paulo. 
Gabarito: errado. 
12. (Estratégia Concursos – Inédita) 
Segundo o RI do TCM-SP, a tomada especial de contas será instaurada pelo TC sempre que 
houver omissão no dever de prestar contas ou a prática de ato que cause a perda, subtração, 
extravio ou dano em valores, bens e materiais do Município de São Paulo. 
Comentário: de acordo com o art. 79 do RI, o procedimento especial de Tomada de Contas será 
instaurado quando for constatada omissão no dever de prestar contas, ou a prática de ato que 
cause a perda, subtração, extravio ou dano em valores, bens e materiais do Município de São 
Paulo, por pessoa sujeita à jurisdição do Tribunal. Até aqui, tudo certo. 
Mas, considerando apenas as previsões regimentais, o erro da questão está na palavra “sempre”, 
uma vez que a instauração de tomada de contas especial pelo TCM só ocorrerá em último caso, na 
sequência dos seguintes eventos (RI, arts 80, 83 e 84): 
a) autoridade administrativa encarregada do controle interno não tiver instaurado de ofício; e 
b) não promovida pelo controle interno no prazo fixado por determinação do TC; e 
c) a proposta de instauração feita pelo Relator for acolhida pelo Plenário ou Câmara. 
Gabarito: errado. 
13. (Estratégia Concursos – Inédita) 
A tomada de contas especial será instaurada por determinação da autoridade administrativa 
competente. Porém, sua omissão acarreta a determinação da instauração, pelo TCM, ao 
controle interno. 
Comentário: os procedimentos de Tomada de Contas podem ser instaurados por determinação da 
autoridade administrativa ou do Tribunal (RI, art. 81). De fato, no caso de o procedimento não ter 
sido instaurado de ofício pela autoridade competente, o TCM determinará ao controle interno a 
instauração da tomada de contas, fixando prazo para o cumprimento da determinação (RI, art. 80). 
Gabarito: correto. 
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14. (Estratégia Concursos – Inédita) 
Somente na instrução do processo de tomada de contas especial instaurada pelo próprio 
TCM, o relator poderá determinar as providências que entender necessárias, inclusive a 
intimação do responsável antes de submeter o feito ao colegiado. 
Comentário: segundo o art. 84 do regimento, o Conselheiro Relator presidirá a instrução do 
processo, determinando a intimação do responsável e outras providências consideradas 
necessárias, fixando prazos para atendimento das diligências, após o que submeterá o feito ao 
Plenário ou à Câmara respectiva, para decisão de mérito. Esse dispositivo trata da fase externa do 
processo de tomada de contas especial em geral, e não apenas o instaurado pelo próprio TC. 
Portanto, a palavra “somente” tornou a assertiva incorreta. 
Gabarito: errado. 
15. (Estratégia Concursos – Inédita) 
Julgue o item de acordo com o RI-TCM/SP. 
O procedimento de tomada de contas especial, a fim de apurar de fatos e aferir as 
responsabilidades, terá como base a escrituração, documentos contábeis, informações e 
outros dados. 
Comentário: questão perfeita, de acordo com a primeira parte do art. 79 do Regimento: 
Art. 79 - O procedimento especial de Tomada de Contas, para a apuração de fatos e aferição de 
responsabilidades, com base na escrituração, documentos contábeis, informações e outros dados, 
será instaurado quando for constatada omissão no dever de prestar contas, ou a prática de ato que 
cause a perda, subtração, extravio ou dano em valores, bens e materiais do Município de São Paulo, 
por pessoa sujeita à jurisdição do Tribunal. 
Gabarito: correto. 
16. (Estratégia Concursos – Inédita) 
Caso se constate esquema de desvio de recursos públicos em obra custeada pela cidade de 
São Paulo, a empresa contratada não será alcançada pela tomada de contas especial 
instaurada para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano, 
por se tratar de pessoa jurídica alheia à administração pública que não possui o dever de 
prestar contas ao TCM. 
Comentário: a situação abordada na questão realmente se enquadra nos casos de instauração de 
tomada de contas especial, por se tratar de ato que causou extravio de recursos municipais. Por 
outro lado, já vimos que todo aquele que causar prejuízo ao erário, ainda que não faça parte da 
administração pública, estará sujeito à jurisdição da Corte de Contas (LO, art. 24, II). 
Portanto, não está correta a afirmação de que a empresa contratada não seria alcançada pela 
tomada de contas especial. 
Gabarito: errado. 
17. (Estratégia Concursos – Inédita) 
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Segundo o regimento do TCM, as tomadas de contas especiais deverão conter os elementos 
exigidos à análise das prestações de contas, cópia do relatório da Comissão de Sindicância ou 
de Inquérito, se for o caso, além de outros documentos que permitam apurar a 
responsabilidade pelo prejuízo causado. 
Comentário: o item está certo, conforme o art. 81 do RI: 
Art. 81 - Os procedimentos de Tomada de Contas, instaurados por determinação da autoridade 
administrativa ou do Tribunal, deverão conter os elementos exigidos à análise das prestações de 
contas, acrescidos de cópia do relatório da Comissão de Sindicância ou de Inquérito, se for o caso, 
além de outras peças que permitam aferir a responsabilidade pelo prejuízo causado. 
Gabarito: correto. 
2.2 APRECIAÇÃO DAS CONTAS PRESTADAS PELO PREFEITO E PELO PRÓPRIO TCM 
Como já mencionamos, o rito de processamento das contas do Prefeito e do próprio tribunal é 
praticamente o mesmo que estudamos acima para as contas da Mesa da Câmara Municipal. Só 
não é idêntico porque o TC não julga as contas do Prefeito e do próprio tribunal, mas apenas 
emite parecer prévio. Ademais, lembramos que a apreciação das contas do Prefeito recebe 
disposições próprias na Constituição Federal (por simetria) e na Lei Orgânica do Município de São 
Paulo. 
Este assunto já foi estudado ao longo do nosso curso, mas agora vamos ver os detalhes, conforme 
prevê o Regimento Interno e a Lei Orgânica do TCM. 
Só lembrando o rito geral: 
O Prefeito e o próprio tribunal deverão apresentar ao TCM a sua prestação de contas, relativa ao 
ano anterior, até o dia 31 de março (LOM, art. 48, I). No caso do Prefeito, as contas do Executivo 
deverão ser encaminhadas em duas vias (RI, art. 68, §2º). 
A Lei Orgânica do TCM dispõe que, se o tribunal não tiver recebido as contas até o dia 31 de 
março, representará à Câmara Municipal, para fins de direito, enquanto o regimento interno inclui 
a possibilidade de representação ao Ministério Público (LO, art. 25, §único; RI, art. 68, §3º). 
A contar da data do recebimento das contas, o Tribunal deve elaborar parecer prévio informativo 
e enviar à Câmara Municipal no prazo máximo de 120 dias, já contando eventuais diligências e 
apreciação definitiva de recursos administrativos nesse prazo. O mesmo se aplica às contas do 
próprio tribunal. 
Segundo a Lei Orgânica do TCM, que não menciona as contas do próprio tribunal, o parecer sobre 
as contas do Prefeito consiste em apreciação geral e fundamentada das contas do exercício 
financeiro e concluirá pela sua aprovação ou rejeição. Caso conclua pela rejeição, o Tribunal 
deverá especificar os itens impugnados, ou seja, os itens que motivaram a rejeição. Também 
observamos que o parecer compreende os atos e contratos apreciados no decorrer do exercício 
financeiro, e que hajam envolvido despesa pública – o que não impede o posterior exame de atos 
e contratos eventualmente não apreciados e dos quais tenha decorrido despesa no exercício em 
questão (LO, art. 27). 
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Por exemplo, na apreciação das contas do Prefeito referentes ao exercício de 2017, também foram 
abordados os atos e contratos que geraram despesa naquele ano e tinham sido objeto de 
apreciação pelo TCM. Vamos supor que o Tribunal emitiu, em 2018, parecer prévio pela aprovação 
das contas de 2017, contemplando os contratos X, Y e Z. Se, em 2019, o tribunal receber uma 
denúncia sobre pagamentos indevidos, realizados em 2017 em função do Contrato W, o fato de já 
ter emitido parecer prévio sobre as contas de 2017 não impede o exame do Contrato W. 
Os pareceres prévios sobre as contas do chefe do Executivo e as do próprio TCM, acompanhados 
do respectivo relatório, serão remetidos à Câmara Municipal, que é quem tem a competência 
para julgar anualmente as contas prestadas pelo Prefeito e pelo próprio TCM (LOM, art. 14, XII). 
Segundo a Lei Orgânica do Município, a Câmara tem o prazo de 120 dias, constados do 
recebimento do parecer prévio, para realizar o julgamento das contas, sob pena de ficarem 
sobrestadas (suspensas) todas as demais deliberações (LOM, art. 48, § 6º). 
 
Embora em municípios de grande porte, como São Paulo, o chefe do Executivo 
geralmente se encarregue apenas de atividades de natureza política (relativos às contas 
de governo), delegando aos seus secretários as funções meramente administrativas 
(referentes às contasde gestão), notamos que a LO incluiu no parecer prévio sobre as 
contas anuais do Prefeito eventuais atos de gestão apreciados no exercício. 
Aproveitamos para lembrar que, ao contrário do que entende a doutrina especializada 
em controle externo, este é o posicionamento do STF, conforme RE 848.826. Para o 
Supremo, os tribunais de contas estaduais ou municipais não podem julgar as contas 
dos prefeitos municipais, limitando-se a emitir parecer prévio, seja em relação aos atos 
de governo como aos atos de gestão. Vale dizer: para o STF, os tribunais de contas não 
julgam as contas dos prefeitos municipais, nem mesmo se for uma conta decorrente 
de ato de gestão. Nesse caso, a competência para julgar é sempre da câmara municipal. 
 
Mas o que são as tais contas anuais do prefeito e do próprio TC? 
Elas contêm os mesmos documentos que estudamos sobre as contas da Mesa da Câmara (RI, art. 
68, §1º): 
d) balanço geral; 
e) demonstrativos e anexo exigidos pela legislação pertinente; e 
f) relatório circunstanciado das gestões financeira, orçamentária e patrimonial. 
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Agora vamos ao rito dentro do TCM, desde o recebimento das contas até a emissão do parecer. A 
primeira parte já vimos quando falamos das contas da Mesa da CM, mas vamos repetir para que 
você tenha noção do rito de processamento das contas do Prefeito e do próprio tribunal como um 
todo, e não apenas da parte referente ao parecer prévio. 
As contas anuais do Prefeito e do próprio TC serão imediatamente autuadas e encaminhadas ao 
Conselheiro Relator, que as remeterá, mediante despacho, à Subsecretaria de Fiscalização e 
Controle, para instrução e análise (RI, art. 69). 
A instrução deve ser concluída em 35 dias, quando o processo será remetido à Procuradoria da 
Fazenda Municipal, para manifestação no prazo de 10 dias. Após pronunciamento prévio da 
Secretaria Geral (sem prazo no RI), os autos são encaminhados ao Relator (RI, art. 70). 
Em até 90 dias contados do recebimento das contas, o Relator deve apresentar seu relatório e 
voto, em sessão extraordinária, especialmente convocada em tempo hábil a possibilitar a análise 
pelo Plenário (RI, art. 71, caput). 
O relatório sobre as contas anuais compreende (RI, art. 71, §1): 
a) a apreciação da execução orçamentária, financeira, patrimonial e operacional, levando em 
conta os elementos de instrução obtidos pelos órgãos técnicos; 
b) a análise do balanço apresentado. 
Já o voto deve apresentar a conclusão pela aprovação ou rejeição das contas, especificando os 
itens impugnados no caso de rejeição (RI, art. 71, §2º). Na sessão de apreciação das contas, o 
Plenário delibera e emite o parecer prévio pela sua aprovação ou rejeição, devendo também 
indicar os itens impugnados caso decida pela rejeição (RI, art. 72). 
O parecer é então assinado pelo Presidente, pelo Relator e demais Conselheiros presentes à 
sessão, anexado ao processo e publicado no Diário Oficial da Cidade. Em seguida, o processo 
original, com o parecer prévio encartado, é imediatamente encaminhado à Câmara Municipal de 
São Paulo. Qualquer ato ou incidente processual estranho a esse procedimento não suspende o 
seu curso e será objeto de autos apartados (RI, art. 72, §§1º e 2º). 
Destacamos que, conforme a Constituição Federal, a Lei Orgânica do Município estabelece que a 
Câmara Municipal só pode rejeitar o parecer prévio do TC por decisão de dois terços dos seus 
membros (LOM, art. 40, §5º, I). 
Composição das 
Contas
Balanço geral do exercício
Demonstrativos e anexos exigidos pela 
legislação
Relatório circunstanciado das gestões
financeira
orçamentária
patrimonial
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Ademais, observamos que a Lei Orgânica do TC determina que o tribunal deve enviar ao Prefeito 
uma cópia do relatório e do parecer sobre suas contas (LO, art. 28). 
 
 
 
Por fim, o regimento estabelece que contra o parecer prévio cabe apenas o pedido de reexame, 
uma única vez e sem efeito suspensivo. Não vamos nos aprofundar sobre isso aqui, pois 
estudaremos os recursos na próxima aula. 
O Regimento não dispõe sobre as hipóteses de rejeição das contas, mas podemos citar como 
exemplos que acarretariam um parecer prévio pela rejeição das contas: a não aplicação do mínimo 
em saúde e educação, o não atingimento das metas fiscais ou descumprimento dos limites da LRF. 
 
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Contas do Prefeito e do próprio TCM 
Procedimento 
básico 
§ Prefeito e próprio TC apresentam suas contas: até dia 31 de março; 
§ TCM emite parecer prévio: 120 dias, a contar do recebimento; 
§ CM julga as contas. 
Competência 
do TCM 
§ apreciar as contas anuais do Prefeito e do próprio TC; 
§ emitir parecer prévio. 
Composição 
das contas 
§ balanço geral; 
§ demonstrativos e anexo exigidos pela legislação pertinente; e 
§ relatório circunstanciado das gestões financeira, orçamentária e patrimonial. 
Procedimento 
§ Contas são autuadas e encaminhadas ao Relator; 
§ Relator encaminha à Subsecretaria de Fiscalização e Controle p/ instrução; 
§ Procuradoria da Fazenda Municipal se manifesta; 
§ Autos remetidos ao Relator, com pronunciamento da Secretaria Geral; 
§ Relator elabora o relatório e voto (proposta de parecer); 
§ Plenário delibera e emite o parecer prévio, com proposta de aprovação ou 
rejeição das contas; 
§ O processo é enviado à CM para julgamento. 
 
 
 
18. (Cespe – AUFC/TCU/2011-Adaptada) 
Julgue o próximo item, referente aos sistemas de controle na administração pública brasileira 
e ao TC. 
Caso sejam constatadas irregularidades nas contas do Prefeito, o TC deverá emitir parecer 
prévio pela rejeição dessas contas, o que tornará o chefe do Poder Executivo inelegível para 
as eleições que se realizarem nos oito anos subsequentes à emissão da referida peça técnica. 
Comentário: ao Tribunal de Contas compete, na forma estabelecida no Regimento Interno, 
apreciar as contas prestadas anualmente pelo Prefeito, mediante parecer prévio a ser elaborado 
em 120 dias, a contar de seu recebimento. 
A legislação prevê que, aqueles que tiverem suas contas rejeitadas por irregularidade insanável 
que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão 
competente, ficarão inelegíveis pelos oito anos seguintes, contados a partir da data da decisão. 
Não cabe ao TC, contudo, declarar a inelegibilidade.O Tribunal apenas julga as contas e envia as 
informações aos órgãos competentes da Justiça Eleitoral. 
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Gabarito: errado. 
19. (Cespe – ACE/TCE PE/2017-Adaptada) 
Tendo como referência a LOM e as normas do Regimento Interno do TCM, julgue o item 
subsecutivo. 
As contas prestadas anualmente pelo prefeito de São Paulo serão apreciadas pelo plenário do 
TCM/SP, mediante parecer prévio. 
Comentário: segundo o art. 48, I, da LOM, compete ao tribunal apreciar as contas prestadas 
anualmente pelo Prefeito e pelo próprio tribunal, que serão apresentadas obrigatoriamente até 31 
de março de cada exercício, mediante parecer prévio informativo. 
O Regimento Interno, por sua vez, dispõe no art. 72, que as contas anuais do Prefeito e do próprio 
Tribunal serão submetidas ao Plenário, que decidirá, emitindo parecer pela sua aprovação ou 
rejeição. 
Gabarito: correto. 
20. (Cespe – Técnico Jurídico/TCE-RN/2015 – Adaptada) 
Na prestação de contas que o TCM deve fazer anualmente à Câmara Municipal, deverão estar 
incluídos o balanço geral, acompanhado dos demonstrativos e anexo exigidos pela legislação 
pertinente, e relatório circunstanciado das gestões financeira, orçamentária e patrimonial, 
bem como o parecer prévio emitido pelo próprio tribunal. 
Comentário: o tribunal presta contas anualmente à CM, que é quem detém a competência para 
julgá-las (LOM, art. 14, XII). Mas, antes de encaminhá-las à CM, o Plenário deve emitir parecer 
prévio informativo sobre as contas, que “consistirão no balanço geral do exercício, acompanhado 
dos demonstrativos e anexos exigidos pela legislação pertinente, bem como do relatório 
circunstanciado das gestões financeira, orçamentária e patrimonial” (RI, art. 68, §1º). 
Após a emissão do parecer prévio, os autos originais contendo toda essa documentação e demais 
documentos gerados no procedimento de apreciação das contas previsto nos arts. 68 a 72 do RI, 
incluindo o parecer, serão encaminhados à Câmara Municipal. 
Portanto, a questão está correta. 
Gabarito: correto. 
21. (Estratégia Concursos – Inédita) 
As contas anuais do Prefeito e do próprio tribunal serão imediatamente autuadas e 
encaminhadas ao Conselheiro Relator. Após instrução pela Subsecretaria de Fiscalização e 
Controle, manifestação da PFM e pronunciamento da Secretaria Geral, os autos serão 
encaminhados ao Relator, que terá mais 90 dias para apresentar seu relatório e voto ao 
Plenário. 
Comentário: o Relator de fato elabora seu relatório e voto após manifestação da Subsecretaria de 
Fiscalização e Controle, da PFM e da Secretaria Geral. Contudo, o Relator não possui mais 90 dias 
após tais manifestações para apresentar o relatório e o voto, conforme art. 71 do RI: 
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Art. 71 - Em sessão extraordinária especialmente convocada em tempo hábil a possibilitar a análise 
da matéria pelo Plenário, no prazo total de 90 (noventa) dias a contar do recebimento das contas, o 
Relator apresentará seu relatório e voto. 
Ou seja, o Relator deve apresentar seu relatório e voto ao Plenário em até 90 dias do recebimento 
das contas, prazo em que já estão incluídas as manifestações anteriores da Subsecretaria de 
Fiscalização e Controle (35 dias), da PFM (10 dias) e da Secretaria Geral. 
Gabarito: errado. 
22. (Estratégia Concursos – Inédita) 
Compete ao TCM apreciar as contas prestadas anualmente pelo Prefeito, mediante parecer 
prévio, que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento. 
Comentário: o TCM não segue o prazo de 60 dias fixado no art. 71, I, da CF, pois a Lei Orgânica do 
Município de São Paulo estabeleceu o prazo de 120 dias para emissão do parecer prévio sobre as 
contas do Prefeito e remessa à Câmara Municipal (LOM art. 48, I). 
Gabarito: errado. 
23. (Estratégia Concursos – Inédita) 
O Tribunal de Contas emitirá parecer prévio sobre as contas anuais prestadas pelo Prefeito, 
no prazo de noventa dias, contados do seu recebimento. 
Comentário: embora o art. 19, I, da LO estabeleça que compete ao Tribunal dar parecer sobre as 
contas prestadas pelo Prefeito no prazo de 90 dias, e o art. 26 fale em 60 dias, temos que lembrar 
que o prazo foi alterado para 120 dias na Lei Orgânica do Município (LOM, art. 48,I). Portanto, o 
prazo correto é de cento e vinte dias, e não noventa. 
Gabarito: errado. 
24. (Estratégia Concursos – Inédita) 
O Tribunal de Contas tem o prazo de 120 dias para apreciar e emitir parecer prévio das contas 
do Prefeito, sendo que desse total, 35 dias competem à instrução pela Subsecretaria de 
Fiscalização e Controle, e a Procuradoria da Fazenda Municipal possui 10 dias para 
manifestação. 
Comentário: isso mesmo. O prazo do TCM é de 120 dias do recebimento das contas (LOM, art. 48, 
I). No Regimento Interno, temos os prazos de manifestação da Subsecretaria de Fiscalização e 
Controle (35 dias) e da Procuradoria da Fazenda Municipal (10 dias), antes da elaboração do 
relatório e voto do Relator, os quais serão levados ao Plenário para deliberação e emissão do 
parecer prévio (RI, arts. 69 a 71). 
Gabarito: correto. 
25. (Estratégia Concursos – Inédita) 
O Prefeito de São Paulo deverá prestar suas contas relativas ao ano anterior no prazo de 60 
dias após a abertura da sessão legislativa da Câmara Municipal. 
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Comentário: o Prefeito deverá apresentar a sua prestação de contas ao TCM até o dia 31 de março 
(LOM, art. 48, I). 
Gabarito: errado. 
26. (Estratégia Concursos – Inédita) 
O Relator das contas anuais do Prefeito deve apresentar seu relatório e voto ao Plenário, em 
sessão extraordinária especialmente convocada, no prazo de 90 dias úteis, a contar do 
recebimento das contas. 
Comentário: a questão está corretíssima, conforme art. 71 do RI: 
Art. 71 - Em sessão extraordinária especialmente convocada em tempo hábil a possibilitar a análise 
da matéria pelo Plenário, no prazo total de 90 (noventa) dias a contar do recebimento das contas, o 
Relator apresentará seu relatório e voto. 
O prazo de 90 dias úteis pode gerar alguma dúvida, mas lembre-se que já vimos que os prazos em 
dias referidos no regimento “serão contados em dias úteis, procedendo-se à sua contagem com a 
exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento” (art. 119). 
Gabarito: correto. 
27. (Estratégia Concursos – Inédita) 
O Tribunal emitirá parecer prévio informativo sobre as contas prestadas anualmente pelo 
Prefeito e pelo próprio tribunal, no prazo máximo de 120 dias úteis, contados da data de seu 
recebimento. 
Comentário: agora temos uma pegadinha. Considerando o comentário da questão anterior, você 
pode ter pensado que a questão está correta, uma vez que o prazo para emissão do parecer prévio 
é mesmo de 120 dias. Porém, esse prazo está definido na LOM e não é mencionado no regimento 
interno. Assim, a contagem em dias úteis não se aplica! Esse é o único erro na assertiva. 
Gabarito: errado. 
28. (Estratégia Concursos – Inédita) 
Caso ocorra qualquer incidente processual estranho ao procedimento previsto no regimento 
de emissão do parecer prévio sobre as contas do prefeito, o processo será suspenso até a 
adoção das medidas necessárias. 
Comentário: após a emissão do parecer prévio pelo Plenário, ele será assinado pelo Presidente, 
pelo Relator e demais Conselheiros presentes à sessão, anexado ao processo e publicado no Diário 
Oficial da Cidade, encaminhando-se em seguida os autos originais, ao qual foi encartado, à Câmara 
Municipal de

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