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1 FACULDADE DE QUIRINÓPOLIS AGRONOMIA 7° PERIODO BIOLOGIA E MANEJO DE PLANTAS DANINHAS PROF. ENG. AGR. MÁRCIO S. DE OLIVEIRA CONCEITOS Erva daninha é o termo utilizado para descrever uma planta, muitas vezes, mas não sempre, exótica, que nasce espontaneamente em local e momento indesejados, podendo interferir negativamente na agricultura. O conceito é considerado por biólogos como antropocêntrico, por considerar a utilidade das plantas para o uso humano apenas. Por sua vez, é considerado correto para que não seja confundido com o conceito de espécie invasora, já que muitas plantas daninhas à agricultura muitas vezes são originárias do lugar enquanto a atividade humana, esta sim é a invasora. Em geral, é conhecida com diferentes sinônimos, que podem ter significado negativo: planta daninha, peste, inço, mato. Podem também aparecer com significações positivas: planta espontânea, planta indicadora, que sugerem uma certa possibilidade de convivência com as culturas comerciais. Entretanto, essa conceituação pode diferir conforme a ideologia (agricultura convencional e agricultura agroecológica) dos profissionais em ciências agrárias. - Características mais comuns: Crescem rápido: usam uma alta eficiência de água; Excelente adaptação climática; https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie_introduzida https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura https://pt.wikipedia.org/wiki/Antropocentrismo https://pt.wikipedia.org/wiki/In%C3%A7o https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_espont%C3%A2nea https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_indicadora https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura_convencional https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura_convencional https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura_agroecol%C3%B3gica 2 Apresentam um curto intervalo entre floração e germinação; Perenes, geneticamente poliploides (número de cromossomos alterados) e facultativamente auto compatíveis (fecundar com próprio pólen); Apresentam estruturas para dispersão, e germinam em quase todos os substratos úmidos sem uma fertilização específica; Alta dormência; Alta longevidade; Alta produção, produção contínua; Considerada como praga; (Mato competição por água, nutrientes e luz). - Tipos de Ervas Daninhas As ervas daninhas são classificadas com base no formato das folhas, em seu ciclo de vida e em sua preferência por um clima ou estação. De folhas largas ou gramíneas. As folhas das ervas daninhas têm uma infinidade de formatos, mas as gramíneas, de folhas estreitas e longas, se distinguem claramente, sendo que todas as demais pertencem ao grupo de folhas largas, As ervas daninhas de folhas largas têm sementes com um par de órgãos de armazenamento os quais, após a germinação, se transformam nas primeiras ‘folhas’, na verdade, os cotilédones – daí o outro nome usado com frequência: dicotiledôneas. As gramíneas são monocotiledôneas. Há algumas exceções nas quais uma monocotiledônea incomum pode ter folhas largas, como as ervas daninhas do gênero Commelina (figura a baixo), importantes região tropical. Outra classe semelhante às gramíneas com relativamente poucos membros são os caniços. Elas são importantes porque são difíceis de controlar. Na verdade, a tiririca, junça ou "barba de bode" (Cyperus rotundus) já foi chamada de "pior erva daninha do mundo". https://pt.wikipedia.org/wiki/Folha https://pt.wikipedia.org/wiki/Monocotiled%C3%B3nea https://pt.wikipedia.org/wiki/Commelina 3 4 5 6 Tiririca, junça ou "barba de bode": um caniço perene (Cyperus rotundus). Anuais ou perenes. As anuais germinam, florescem e produzem sementes em uma só estação. As perenes têm órgãos de armazenamento subterrâneos, geralmente rizomas, que possibilitam seu crescimento por muitos anos. Elas podem se reproduzir tanto através de sementes quanto pela extensão do rizoma, do qual crescem plantas filhas. Um terceiro tipo germina em uma estação e floresce na outra. São as chamadas bianuais. O inverno as faz ‘soltar’ um ramo alto florescente. https://pt.wikipedia.org/wiki/Cyperus_rotundus https://pt.wikipedia.org/wiki/Dispers%C3%A3o_de_sementes 7 Estação fria ou estação quente, etc. As ervas daninhas evoluíram para crescer melhor em temperaturas e duração do dia específicas. Isso tende a definir o tipo de lavoura onde são encontradas e também em que época germinam, por exemplo, anuais de inverno ou anuais de verão. Além disso, em climas tropicais com estações secas e chuvosas, algumas espécies tendem a predominar mais em uma estação do que na outra. A sua doação de pólen é carregada pelo vento, animais e insetos. Planta daninha pode ser definida como toda planta cujas vantagens não têm sido ainda descobertas ou como a planta que interfere com os objetivos do homem (Fisher, 1973). Ashton & Mônaco (1991) definem planta daninha como sendo a planta que cresce onde não é desejada. Assim, uma planta de algodão, por exemplo, é considerada planta daninha num plantio de mamona. 8 https://pt.wikipedia.org/wiki/Erva_daninha https://pt.slideshare.net/aulasdotubao/semi-reino-vegetal HISTÓRICO Os cientistas das plantas daninhas não são historiadores, mas se um cientista de plantas daninhas pensar um pouco na história de seu trabalho, ele provavelmente assume que a história é semelhante à história de outros grupos de cientistas da área de Ciências Agrárias. No meu entender assumir esta similaridade é um erro. Embora tenha 25 anos de experiência em Ciência das Plantas Daninhas é evidente que o relato a seguir pode ser considerado incompleto quando outras pessoas experientes da área o lerem. Poucos cientistas das plantas daninhas têm pesquisado a história da Ciência das Plantas Daninhas. Embora as histórias relatadas na literatura seja minuciosa e rica em detalhes, todas elas estão relacionadas exclusivamente a história do controle químico das plantas daninhas. Upchurch (1969) diz que “um enfoque para estudo do surgimento do controle das plantas daninhas é examinar como surgiram os primeiros herbicidas”. Ele está correto, mas é interessante observar que este enfoque é aquele usado comumente pelas pessoas que descrevem a história da Ciência das Plantas Daninhas. Muitos historiadores citam que os primeiros trabalhos desenvolvidos por Boley em Dakota do Norte nos Estados Unidos da América do Norte (USA), e praticamente todos os demais trabalhos desenvolvidos na mesma época foram também com controle químico das plantas daninhas. Cada um destes homens usou soluções de sais de cobre para o controle seletivo de plantas daninhas em cereais; e mais tarde sulfato de ferro e ácido sulfúrico foram usados. Trabalhos subseqüentes na Europa observaram o efeito seletivo de herbicidas a base de soluções de sais metálicos ou ácidos em culturas de cereais. Mais recentemente as sinopses históricas apontam sempre o surgimento do 2,4-D por Pokorny em 1941 (citado em 1941), a descoberta de sua propriedade de regulador de crescimento (Zimmerman & Hitchcock, 1942) e os primeiros relatos de sua ação herbicídica no campo. https://pt.wikipedia.org/wiki/Erva_daninha https://pt.slideshare.net/aulasdotubao/semi-reino-vegetal 9 2, 4-Dichlorophenoxyacetic O trabalho foi desenvolvido também na Inglaterra ao mesmo tempo com o herbicida MCPA, um produto similar quimicamente ao 2,4-D (Slade et al., 1945). O primeiro trabalho científico relatando o uso de produtos não derivados dos fenoxiacéticos foi por Bucha e Todd (1951) que descreveram as propriedades herbicida do herbicida orgânico monuron, que depois de diversificaram outras feniluréias. Quando um livro texto ou trabalho científico na área da Ciência das Plantas Daninhas discute a história, denota-se que as plantas daninhas têm estado com o homem desde que a agricultura começou a ser praticada pelo homem. Smith & Secoy (1976) relatamque os efeitos maléficos das plantas 10 daninhas já foram observados desde os primórdios da história do homem e cita a evidência de enxadas e equipamentos de capina que tem sido encontrado em épocas remotas da origem do homem. Eles também encontraram que quase todos os livros, desde Theophrastus “(372 aC – 287 aC)”, até os tempos modernos, têm mencionado as plantas daninhas e seus efeitos maléficos ao homem. Não é difícil encontrar exemplos da batalha do homem com as plantas daninhas. A parábola do semeador (Mat. 13:18-23), e outras existentes na Bíblia, estão entre as primeiras referências. O controle das plantas daninhas tem progredido desde o arranquio manual das plantas daninhas, que depois passou a ser feito por ferramentas primitivas também manuais, depois por implementos tracionados por animais. A Ciência das Plantas Daninhas e o controle planejado das plantas daninhas começou depois da segunda Guerra Mundial com a descoberta das propriedades herbicidas do 2,4-D. 11 O Agente laranja é uma mistura de dois herbicidas: o 2,4-D e o 2,4,5-T. Foi usado como desfolhante pelo exército dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã. Ambos os constituintes do Agente Laranja tiveram uso na agricultura, principalmente o 2,4-D vendido até hoje em produtos como o Tordon. Por questões de negligência e pressa para utilização, durante a Guerra do Vietnã, foi produzido com inadequada purificação, apresentando teores elevados de um subproduto cancerígeno da síntese do 2,4,5-T: a dioxina tetraclorodibenzodioxina. Este resíduo não é normalmente encontrado nos produtos comerciais que incluem estes dois ingredientes, mas marcou para sempre o nome do Agente Laranja, cujo uso deixou sequelas terríveis na população daquele país e nos próprios soldados norte-americanos. Desta forma, esta nova Ciência das Plantas Daninhas é, e tem sido por concepção, uma ciência pragmática. Nós somos solucionadores de problemas que as plantas daninhas causam. Existem herbicidas depois do 2,4-D, mas nenhum foi tão barato, efetivo, ou seletivo. Crafts (1960) descreveu um histórico do desenvolvimento dos herbicidas citando trabalhos desde antes de 1920 quando foi descoberto que uma solução de arsenito de sódio controlava algumas espécies de plantas daninhas de forma seletiva. No estado do Colorado (USA), trabalhos publicados revelam a aplicação de bisulfato de carbono como fumigante de solo para o controle uma doença (Phylloxera) causadora de podridão de raízes em videiras. No entanto, foi observado que uma certa espécie perene de planta daninha era controlada eficientemente por este fumigante de solo, que subseqüentemente foi usado em áreas extensivas (mais de 300.000 acres) no estado de Idaho (EUA). Crafts (1960) também descreveu trabalhos nos primórdios da história da Ciência das Plantas Daninhas com cloreto de sódio e arsenito de sódio. Sendo assim, fica evidente que a história do controle das plantas daninhas tem sido apresentada, e é entendida como a história do controle químico. Embora outros métodos foram amplamente utilizados. A necessidade do controle das plantas daninhas na agricultura tem sido reconhecida desde há muito tempo, mas a introdução de métodos de controle seletivo das plantas https://pt.wikipedia.org/wiki/Herbicida https://pt.wikipedia.org/wiki/2,4-D https://pt.wikipedia.org/wiki/2,4,5-T https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Vietn%C3%A3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Vietn%C3%A3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2ncer https://pt.wikipedia.org/wiki/Dioxina https://pt.wikipedia.org/wiki/TCDD 12 daninhas proporcionou um estímulo para o desenvolvimento de o que nós chamamos de Ciência das Plantas Daninhas. Timmons (1970) notou que de 1860 a 1900 praticamente não existiam publicações na área de extensão rural nos EUA relativo a plantas daninhas. Poucas outras foram incluídas até os anos 50. O assunto controle de plantas daninhas foi sempre uma parte pouco significativa da agronomia, botânica, horticultura e fisiologia vegetal até os anos 50. Nos EUA a revista científica Weeds (agora denominada Weed Science) foi fundada em 1951 e a Weed Science Society of America foi fundada em 1959. A primeira revista científica européia, Weed Research, foi fundada em 1961. Através deste breve histórico podemos observar que o conhecimento da Ciência das Plantas Daninhas não é centrado de prestígio acadêmico, mas tem grande praticidade para a agricultura. Nossa opinião é de que é uma ciência dominada pelo pragmatismo. Prof. Assoc. Pedro Jacob Christoffoleti – Material de leitura para a disciplina – LPV 5713 - Biologia de Plantas Daninhas – PPG em Fitotecnia. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4182069/mod_resource/content/13/1%20- %20Artigo%201%20-%20Reflexoes%20sobre%20plantas%20daninhas.pdf (Pragmatismo é uma doutrina filosófica cuja tese fundamental é que a ideia que temos de um objeto qualquer nada mais é se não a soma das ideias de todos os efeitos imaginários atribuídos por nós a esse objeto, que passou a ter um efeito prático qualquer.) ORIGEM E DANOS CAUSADOS PELAS PLANTAS DANINHAS A Ciência que estuda as plantas daninhas ainda não tem nome definido. Alguns autores e a Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas a denominam Ciência das Plantas Daninhas. Outros autores a denominam Herbologia, o qual não seria um conceito totalmente apropriado devido ao termo herbo referir-se à erva (do hábito herbáceo – ver descrição do hábito de crescimento no capítulo 4) e ao fato de que nem toda planta daninha apresenta hábito herbáceo. Outros a denominam Matologia, ou seja, estudo do mato. (LEONARDO BIANCO DE CARVALHO – 2013) De maneira geral, planta daninha causa impacto negativo em alguma atividade humana, seja ela agrícola, florestal, pecuária, ornamental, náutica, produção de energia etc. Os principais impactos negativos causados por plantas daninhas estão descritos a seguir. 1 - Redução da produtividade e do valor da terra A presença de plantas daninhas em áreas cultivadas resulta em redução da produtividade devido à interferência ........ causada pelas plantas daninhas. As perdas variam conforme a espécie e podem, inclusive, inviabilizar a colheita. Nesse sentido, dependendo da espécie e da densidade de indivíduos na área, o valor potencial da terra pode ser reduzido. Em áreas agrícolas, espécies de difícil controle, como tiririca (Cyperus spp.), grama-seda (Cynodon dactylon) etc., podem reduzir o valor da terra. Em áreas de pecuária, a presença de plantas tóxicas, como guanxuma (Sida spp.), mio-mio (Baccharis coridifolia), maria-mole (Senecio brasiliensis) etc., também podem reduzir o valor da terra. Em áreas de prática de esportes náuticos e criação de peixes, a presença de altas densidades 13 de plantas aquáticas, como aguapé (Eichornia crassipes), entre outras, também pode causar o mesmo problema. grama-seda Guanxuma - Vassorinha 14 Mio-mio; Falso alecrim maria-mole ou Flor das Almas Guapé 15 Santa Luzia (Foto: Zilmar Soares) 2 - Perda da qualidade do produto agrícola A presença de restos vegetais de plantas daninhas, por ocasião da colheita, além das impurezas, pode resultar em aumento no teor de água do produto, favorecendo a ocorrência de podridão. Além disso, há a questão de contaminação de lotes de sementes. Um exemplo é a presença de arroz- vermelho (Oryza sativa) em lotes de sementes de arroz, entre outros, sendo que existe Legislação específica (Decreto 24.114 de 12/04/1934) para controlar a qualidade do lote de sementes no Brasil. Em áreas de produção de algodão e criação de ovelhas para lã, a presença de capim-carrapicho (Cenchrus echinatus), carrapicho-de carneiro (Acanthospermum hispidum) e picão-preto (Bidensspp.) pode causar problemas na produção e no beneficiamento do algodão e da lã, depreciando a qualidade do produto. 16 Arroz-vermelho Capim-carrapicho Carrapicho-de carneiro Picão preto 3- Disseminação de pragas e doenças As plantas daninhas são potenciais hospedeiras de pragas, doenças, nematoides, ácaros, bactérias e vírus, sendo, portanto, fonte de inóculo desses organismos em culturas de interesse comercial. As guanxumas - Vassourinha (Sida spp.) são hospedeiras de pulgões (Aphis spp.) e da mosca - branca (Bemisia tabaci), vetores do mosaico dourado em culturas como feijão, soja, algodão e outras. O leiteiro ou amendoim-bravo (Euphorbia heterohylla) é atacado pelo vírus mosaico anão; as guanxumas (Sida spp.) são atacadas pelo vírus mosaico crespo, doenças transmitidas pela mosca-branca. O capim massambará (Sorghum halepense) hospeda o vírus-do-mosaico da cana-de- açúcar. O capim-marmelada ou papuã (Urochloa plantaginea) hospeda a bactéria da estria-vermelha da cana-de-açúcar. Outro problema potencial refere- se aos nematoides. Muitas plantas daninhas hospedam nematoides, como: carurus (Amaranthus spp.) que hospedam Pratylenchus brachiurus e 17 Meloidogyne incognita; tiririca (Cyperus rotundus) que hospeda Meloidogyne incognita, Guanxuma ou Vassourinha Aphis spp mosca - branca (Bemisia tabaci) Mosaico dourado Amendoim-bravo Planta de Fumo com virose Meloidogyne javanica, Pratylenchus brachiurus e Pratylenchus zeae; capim-arroz (Echinochloa crus-galli) que hospeda Meloidogyne incognita, Pratylenchus zeae e Pratylenchus coffea; leiteiro (Euphorbia heterophylla) que hospeda Meloidogyne incognita e Pratylenchus coffea; entre outras. 18 Raiz atacada por nematoide Nematoide 4- Maior dificuldade e custo do manejo agrícola Logicamente, uma lavoura com alta presença de plantas daninhas é mais difícil de ser manejada que outras com poucas plantas daninhas. Além disso, o custo de controle das plantas daninhas acarreta aumento no custo de produção da área. Em lavouras convencionais, há necessidade de preparo do solo mais intenso e cultivos adicionais. Em plantio direto, o uso de herbicidas pode ser maior. A presença de plantas daninhas, por ocasião da colheita, pode trazer transtornos operacionais, retardando o processo de colheita e, por consequência, aumentando as perdas e o custo de produção. 5 - Problemas com manejo e perda de água Plantas daninhas aquáticas causam prejuízos a canais de irrigação, represas de hidroelétricas, lagos de produção de peixes etc. A perda de água e o consumo de oxigênio são elevados na presença de aguapé (Eichornia crassipes), devido à alta evapotranspiração, podendo levar à morte de peixes, diminuição da quantidade de água dos reservatórios etc. Plantas aquáticas submersas, de difícil controle, podem causar muitos danos a hidroelétricas, pois podem entupir grades e danificar turbinas, reduzindo a produção e o fornecimento de energia. Outra espécie importante é a taboa (Typha angustifolia), entre outras, cuja presença em lagos e represas limita as dimensões do espelho d’água, causando problemas no uso da água. 6 - Danos à vida e à saúde do ser humano Nas atividades agrícolas, plantas com espinhos (Solanum viarum (Joá), Acacia plumosa (Monjoleiro), etc.) ou com diásporos dotados de estruturas pontiagudas (Cenchrus echinatus (Timbete), Bidens pilosa (Picão pretoetc.), plantas tóxicas ou irritantes (Conium maculatum (Salsão Bravo), Ricinus communis (Mamona), Mucuna pruriens (Feijão selvagem), etc.), entre outras, podem trazer transtornos na colheita manual e outras atividades de manejo agrícola. Além disso, em meio às plantas daninham podem ficar alojados animais peçonhentos, expondo o ser humano a perigos quando estiver exercendo alguma atividade de manejo. 19 Taboa Represa em assoreamento por vegetais Joá Monjoleiro Feijão Selvagem 7 - Danos a outras áreas de atividade humana A presença de plantas daninhas em outras áreas de interesse humano, não-agrícolas, também se constitui em sério problema, sendo que muitos dos aspectos negativos já discutidos podem ocorrer em áreas como jardins, parques, 20 campos de futebol, terrenos-baldios, beira de rodovias e ferrovias, gramados e outras áreas urbanas etc. ASPECTOS POSITIVOS A presença de plantas daninhas como cobertura vegetal traz efeitos benéficos ao solo, podendo melhorar a estruturação do solo, manter a umidade e evitar a perda de água por evaporação, diminuir o potencial de escorrimento superficial (reduzindo a erosão) etc. Além disso, as plantas daninhas podem hospedar inimigos naturais de alguma praga ou patógeno da cultura de interesse, favorecendo o controle biológico natural. Outra maneira de se utilizar de algum benefício da presença de plantas daninhas pode ser através do seu uso em ornamentação (cordas-de-viola – Ipomoea spp. e Merremia spp. são usadas como trepadeiras) ou na farmacologia. Muitas plantas daninham apresentam propriedades medicinais, como flor-das-almas (Senecio brasiliensis), mamona (Ricinus communis), melão-de-são-caetano (Momocardia charantia), mentruz (Lepidium virginicum), fedegoso (Senna obtusifolia), entre muitas outras. Algumas plantas daninhas são usadas, ainda, na alimentação humana e/ou animal. É o caso de carurus (Amaranthus spp.), jitirana (Merremia spp.), trevos (Trifolium spp.), azevém (Lolium multiflorum) etc. No caso do caruru, há, inclusive, plantações para colheita de grãos, sendo, portanto, nesse caso, uma planta cultivada. (http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/fitossanidade/leonardobian codecarvalho/livro_plantasdaninhas.pdf) jitirana (Merremia spp.) Jitirana Cabeluda 21 Azevém (Lolium multiflorum) - Joio CLASSIFICAÇÃO -QUANTO AO GRUPO DE PLANTAS a) Folhas largas – são plantas com limbo foliar largo e nervação peninérvea, incluindo as eudicotiledôneas; b) Folhas estreitas – são plantas com limbo foliar estreito e nervação paralelinérvea, incluindo as monocotiledôneas. -QUANTO AO HABITAT As plantas daninhas podem apresentar hábito terrestre ou aquático, sendo assim classificadas como plantas terrestres e plantas aquáticas, respectivamente. Podem ainda desenvolver-se tanto no solo quanto na água, sendo, assim, classificadas como plantas daninhas indiferentes (caso do arroz-vermelho – Oryza sativa). As plantas terrestres podem ainda ser classificadas como plantas de baixada, ou seja, adaptadas a solos úmidos e com alto teor de matéria orgânica (sete-sangrias – Cuphea carthaginensis, tripa-de-sapo – Alternanthera philoxeroides etc.). Há diversas classificações sobre as plantas daninhas aquáticas. As plantas daninhas aquáticas serão divididas em quatro grandes grupos: -plantas marginais (de talude);-algas (unicelulares e pluricelulares);-plantas submersas;- macrófitas (flutuantes livres, flutuantes ancoradas e emergentes), como a seguir: a) Marginais (ou de talude) – ocorrem às margens de corpos d’água (capim-fino – Urochloa purpurascens, tiririca – Cyperus spp. etc.); b) Emergentes – ocorrem em locais com lâmina d’água estreita, com as folhas acima da superfície e as raízes ancoradas ao fundo do corpo d’água (capim-arroz – Echinochloa spp., taboa – Typha angustifolia etc.); c) Flutuantes livres – ocorrem com as folhas na superfície e as raízes não ancoradas ao fundo do corpo d’água (aguapé – Eichornia crassipes, alface-d’água – Pistia stratiotes, salvínia– Salvinia auriculata etc.); d) Flutuantes ancoradas – ocorrem com as folhas na superfície e as raízes ancoradas ao fundo do corpo d’água (vitória-régia – Victoria amazônica, sagitária – Sagittaria spp. etc.); e) Submersas livres – ocorrem com as folhas abaixo da superfície e as raízes não ancoradas ao fundo do corpo d’água (algas verdes); f) Submersas ancoradas – ocorrem com as folhas abaixo da superfície e as raízes ancoradas ao fundo do corpo d’água (elódea – Egeria densa, pinheirinho-d’água – Myriophyllum aquaticum etc.). 22 -QUANTO AO HÁBITO DE CRESCIMENTO Quanto ao hábito de crescimento, as plantas daninhas podem ser classificadas como: a) Herbáceas – são plantas de pequeno porte, eretas ou prostradas; em geral, apresentam caules ou colmos não lignificados. Constituem a maioria das plantas daninhas de importância agrícola. São exemplos: mentrasto (Ageratum conyzoides), caruru (Amaranthus spp.), espérgula (Spergula arvensis), gramíneas, ciperáceas (substantivo feminino plural Família de plantas monocotiledôneas do porte das gramíneas, mas de caule cheio e sem nós. (Ex.: junça, carriço, junco.)), entre outras; Ciperácias; Papiro Egipcio Capim Barba de Bode b) Arbustivas e Subarbustivas – são plantas de médio porte, com caule lignificado e ramificado desde a base. Constituem algumas plantas daninhas importantes em plantio direto, reflorestamento e pastagem. São exemplos de plantas daninhas subarbustivas: cheirosa (Hyptis 23 suaveolens), fedegoso (Senna obtusifolia), entre outras. Fruta-de-lobo, lobeira (Solanum lycocarpum), por sua vez, é exemplo de planta daninha arbustiva; Cheirosa, meloso (Hyptis suaveolens) fedegoso (Senna obtusifolia lobeira (Solanum lycocarpum) c) Arbóreas – são plantas eretas de grande porte, com caule lignificado e ramificações acima da base do caule. Constituem algumas espécies importantes em áreas de reflorestamento e pastagem. A embaúba (Cecropia peltata) é um exemplo de planta daninha arbórea; 24 d) Trepadeiras – são plantas que crescem sobre outras, utilizando-as como suporte. Podem ser divididas em: Volúveis – sobem por enrolamento, como a corda-de-viola (Ipomoea spp.), o cipó-de-viado (Polygonum convolvulus) etc.; corda-de-viola (Ipomoea spp.) cipó-de-viado (Polygonum convolvulus) Cirríferas – prendem-se por meio de gavinhas, como o balãozinho (Cardiospermum halicacabum), o melão-de-são-caetano (Momocardia charantia) etc.; balãozinho (Cardiospermum halicacabum) melão-de-são-caetano (Momocardia charantia e) Parasitas – plantas que se utilizam dos fotoassimilados da planta hospedeira. Parasitas da parte aérea podem ser holoparasitas (não contém clorofila e vivem exclusivamente do parasitismo, como o cipó-chumbo – (Cuscuta racemosa) e hemiparasitas (contém clorofila, fazem fotossíntese, mas parasitam o hospedeiro, como a erva-de-passarinho – (Struthanthus spp.). Parasitas do sistema radicular não foram registradas no Brasil, mas as mais comuns são a erva-de-bruxa (Striga spp.) e a orobanche (Orobanche spp.); 25 cipó-chumbo – (Cuscuta racemosa) erva-de-passarinho – (Struthanthus spp. f) Epífitas e Hemiepífitas – são plantas de hábito semelhante ao das parasitas, porém não utilizam os fotoassimilados da planta sobre a qual se desenvolve. Epífita Enquadram-se nesta categoria as espécies que completam todo o seu ciclo de vida sobre uma planta hospedeira. Como sabemos as epífitas não parasitam a planta utilizada como suporte. Entre as epífitas existem as formas de crescimento reptante (rasteira-baixa), rosulada (folhas próximas) e pendente. Orquideaas. Hemiepífita As hemiepífitas se caracterizam pelo desenvolvimento sobre outras plantas durante boa parte de sua existência. Podem originalmente estarem conectadas com o solo e depois subir no forófito (que serve de suporte) ou vice-versa. Anturios 26 -QUANTO AO CICLO DE VIDA Quanto ao ciclo: Anuais, bienuais, perenes: Anuais: germinam, desenvolvem, florescem, produzem sementes e morrem dentro de um ano. Propagam por frutos e sementes. Melhor época de controle - antes de produzir sementes. Ex.: carurú (Amaranthus hibridus); Bianuais: plantas cujo completo desenvolvimento se dá em 2 anos. No primeiro germinam e crescem. No segundo, p roduzem flores, frutos, sementes e morrem. Devem ser combatidas no 1º ano. Podem ser anuais em uma região e bianuais em outra. Ex.: Rubim (Leonurus sibiricus), flor das almas, carrapichão. 27 Carrapição - Triumfetta bartramia Cordão de frade - Rubim (Leonurus sibiricus) Perenes (ou vivazes): podem dar flores e frutos durante anos consecutivos. Reproduzem por sementes e por meios vegetativos. São melhor controladas através de herbicidas sistêmicos pois, sistema mecânico de controle fazem com que se multipliquem ainda mais através de suas partes vegetativas. Ex.: guaxuma ou vassourinha (Sida rhombifolia). Dentro das perenes, tem-se: Perenes simples – reproduzem apenas por sementes. De fácil controle. Ex.: Guanxuma, cuscuta ou cipó chumbo. 28 Perenes complexas – órgãos subterrâneos, superficiais. Ex. grama seda, sapé. Perenes rizomatosas - produzem caule subterrâneo (rizoma) que se propaga e se reproduz à certa distância da planta mãe. Controle através de herbicida sistêmico. Ex.: capim massambará (Sorghum halepense). 29 Perenes estoloníferas - produzem estólons, os quais emitem nós e daí raízes e a nova planta. Ex.: capim angola (Brachiaria purpuracens). Perenes tuberosas - reproduzem basicamente por tubérculos (ou batatinhas). Ex.: tiririca (Cyperus rotundus). Lenhosas: perene, de porte maior. Infestam normalmente pastagens. Ex.: assa-peixe (Vermonia ferruginea). 30 - TAXONÔMICA Ciência que lida com a descrição, identificação e classificação dos organismos, individualmente ou em grupo, quer englobando todos os grupos (biotaxonomia) de grande importância e eficiência, quer se especializando em algum deles, como ocorre no caso da fitotaxonomia e da zootaxonomia. http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/fitossanidade/leonardobiancodecarvalh o/livro_plantasdaninhas.pdf Como citado anteriormente, a classificação taxonômica é a mais importante, tendo intuito de identificar corretamente as espécies de plantas daninhas para que se possa escolher a melhor estratégia de controle das plantas daninhas que compõem as comunidades infestantes. A classificação taxonômica baseia-se no agrupamento de plantas com características semelhantes. Essas características podem ser apenas morfológicas (Morfologia vegetal é a parte da Botânica que estuda as formas e estruturas dos organismos vegetais.) (sistemas de Engler-Wettstein e Cronquist) ou mesmo filogenéticas (Em biologia, filogenia (ou filogênese) é o estudo da relação evolutiva entre grupos de organismos (por exemplo, espécies, populações), que é descoberto por meio de sequenciamento de dados moleculares e matrizes de dados morfológicos.) (sistema APG). Ainda hoje, o sistema mais usado é o de Cronquist, porém a adoção ao sistema APG tem sido crescente, principalmente entre os botânicos. O sistema de Cronquist é um antigo sistema de classificação para as plantas com flor (angiospermas). Este sistema foi desenvolvido por Arthur Cronquist (1919-1992). O sistema de Cronquist coloca as plantas com flor em duas classes amplas, monocotiledóneas e dicotiledóneas. As ordens relacionadas estão colocadas em subclasses. O esquema ainda é bastante utilizado, tanto na sua forma original ou em versões adaptadas, mas muitos botânicos estão a adoptar a classificação Angiosperm Phylogeny Group (APG) para as ordens e famílias das plantas com flor: APG O sistemaAPG III um sistema de taxonomia vegetal moderno utilizado na classificação de plantas com flor. Foi publicado em 2009 pelo Angiosperm Phylogeny Group (APG). O sistema de Cronquist começou a ser descrito em 1968, sendo publicado pela primeira vez em 1981. O sistema APG é mais recente, surgindo em 1998, sendo sucedido pelo sistema APG II (2003) e APG III (2009). As diferenças entre os sistemas não serão http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/fitossanidade/leonardobiancodecarvalho/livro_plantasdaninhas.pdf http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/fitossanidade/leonardobiancodecarvalho/livro_plantasdaninhas.pdf https://pt.wikipedia.org/wiki/Angiospermas https://pt.wikipedia.org/wiki/Arthur_Cronquist https://pt.wikipedia.org/wiki/Monocotiled%C3%B3nea https://pt.wikipedia.org/wiki/Dicotiled%C3%B3nea https://pt.wikipedia.org/wiki/Angiosperm_Phylogeny_Group https://pt.wikipedia.org/wiki/Angiosperm_Phylogeny_Group https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_APG_IV https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_sistemas_de_taxonomia_vegetal https://pt.wikipedia.org/wiki/Plantas_com_flor https://pt.wikipedia.org/wiki/Plantas_com_flor https://pt.wikipedia.org/wiki/Angiosperm_Phylogeny_Group 31 tratadas nesta obra, pois não é objeto de estudo. O fato é que o sistema APG envolve estudos avançados em genética, sendo que a diferenciação entre famílias e espécies não é feita baseada em características morfológicas, o que torna o sistema muito pouco usual, ou praticamente não usual, em condições de campo (onde é necessário para o estudo e identificação das plantas daninhas). Além disso, a classificação filogenética passou a agrupar algumas plantas morfologicamente tão diferentes na mesma família, que torna a diferenciação a campo muito difícil, como é o caso do caruru (Amaranthus spp.) e da beterraba (Beta vulgaris). No caso específico das plantas daninhas, a identificação, na quase totalidade das vezes, ocorre baseada em características morfológicas e, principalmente, através de comparações visuais com outras plantas previamente identificadas por meio de fotos, exsicatas (Exsicata é uma amostra de planta prensada e em seguida seca numa estufa (herborizada), fixada em uma cartolina de tamanho padrão acompanhadas de uma etiqueta ou rótulo contendo informações sobre o vegetal e o local de coleta, para fins de estudo botânico.), imagens etc. Para alguns gêneros podem ser encontradas chaves dicotômicas; para outros, alguns trabalhos auxiliam na identificação, sugerindo diferenças que vão desde diferenciação na morfologia de folhas, flores e mesmo frutos e/ou diásporos. (Em botânica, diáspero é uma unidade de dispersão das plantas composta por uma semente ou esporo mais quaisquer tecidos adicionais que ajudem à dispersão). Portanto, a diferenciação por meio de características morfológicas predomina na identificação das espécies de plantas daninhas, embora também se possa adotar a classificação (não a identificação) em APG III. O mais usual, ainda, é dividir as plantas daninhas em duas Classes, segundo o sistema de Cronquist: Magnoliopsida (eudicotiledôneas) e Liliopsida (monocotiledôneas). A partir da Classe, a classificação em Ordem e Família é feita, muitas vezes, e dependendo do pesquisador, tanto em Cronquist como em APG III. Resumindo, não há consenso para esse tipo de classificação das plantas daninhas. Também é comum, destacar, dentro das monocotiledôneas, as plantas daninhas ciperáceas (Significado de Ciperáceas. substantivo feminino plural Família de plantas monocotiledôneas do porte das gramíneas, mas de caule cheio e sem nós. (Ex.: junça, carriço, junco.), em função da diferença e da dificuldade de controle dessas plantas em relação às outras monocotiledôneas. Seguindo a classificação, o que mais importa para o estudioso de plantas daninhas é identificar a Espécie para adotar a melhor estratégia de controle; quando não for possível, ao menos o Gênero. Muitas vezes, a identificação da espécie é difícil em função da plasticidade (que pode ser moldada) fenotípica das plantas daninhas. Diferenças morfológicas muitas vezes não expressam espécies distintas, sendo apenas expressão da adaptação da planta a diferentes ambientes, o que pode confundir o identificador. Além disso, há variabilidade genética muito grande em populações de plantas daninhas, o que, com o fluxo gênico, permite, ainda, o surgimento de biótipos realmente diferentes. Há ainda a questão da existência de subespécies, o que não está totalmente esclarecido pela comunidade científica. Enfim, a questão da classificação taxonômica e identificação correta das espécies de plantas daninhas é, ainda, problemática, porém se busca, da melhor maneira, identificar corretamente a planta daninha, analisando características ecobiológicas (principalmente tipo de reprodução e ciclo de vida) e morfológicas (principalmente as estruturas de reprodução sexuada e assexuada), para que se possa traçar a melhor estratégia para seu controle. Na lista a seguir estão listadas algumas das principais espécies de plantas daninhas que ocorrem no Brasil, divididas nas https://pt.wikipedia.org/wiki/Bot%C3%A2nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Semente https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporo 32 Classes das eudicotiledôneas (Magnoliopsida) e das monocotiledôneas (Liliopsida) e subdivididas em Famílias. RECORDANDO A classificação básica dos seres vivos é, em ordem decrescente: Reino; Filo; Classe; Ordem; Família; Gênero; Espécie. Em muitos casos, há tantas especializações que esta classificação não é suficiente. Por isso foram criadas algumas subdivisões dentro de ordem, classe, e espécie. 33 Classificação do Reino Vegetal O Reino Vegetal é composto de plantas vasculares (pteridófitas, gimnospermas e angiospermas) que possuem vasos condutores de seiva, e plantas avasculares (briófitas), destituídas desses vasos. Briófitas Briófitas As briófitas são plantas de pequeno porte que não recebem luz direta do sol, uma vez que habitam locais úmidos, por exemplo, os musgos. A reprodução desse grupo ocorre através do processo de metagênese, ou seja, possui uma fase sexuada, produtora de gametas, e outra assexuada, produtora de esporos. Ademais, não possuem vasos condutores de seiva, o que as torna distintas dos outros grupos vegetais. Sendo assim, o transporte de nutrientes ocorre mediante um processo vagaroso de difusão das células. Pteridófitas As pteridófitas apresentam mais variedade que as briófitas. Elas são plantas que, em sua maioria, são terrestres e habitam locais com grande umidade. Alguns exemplos desse grupo: samambaias, avencas e xaxins. Apresentam vasos condutores de seiva, raiz, caule e folhas e, da mesma maneira que as briófitas, a reprodução desses vegetais ocorre mediante uma fase sexuada e outra assexuada. Quando o caule das pteridófitas é subterrâneo, denomina-se de rizoma. Já as epífitas são plantas que se apoiam em outras plantas, todavia, sem causar-lhes danos, como as samambaias e os chifres-de-veado. https://www.todamateria.com.br/briofitas/ https://www.todamateria.com.br/pteridofitas/ 34 Chifre-de-veado Gimnospermas Araucária 35 O grupo das gimnospermas é composto por uma grande variedade de árvores e arbustos de diversos portes. São plantas vasculares (presença de vasos condutores de seiva), que possuem raiz, caule, folha e sementes. Alguns exemplos de gimnospermas: sequoias, pinheiros, araucárias, dentre outras. A reprodução das Gimnospermas é sexuada. A fecundação ocorre nos órgãos femininos pelo pólen, que é produzido pelos órgãos masculinos e transportado com o auxílio da natureza através de vento, chuva, insetos e pássaros. O que as difere do grupo das Angiospermas são principalmente suas sementes, visto que apresentam as chamadas sementes nuas, ou seja, não envolvidas pelo ovário. Angiospermas Angiospermas As angiospermassão plantas vasculares, ou seja, possuem vasos condutores. Elas habitam diferentes ambientes e representam um grupo muito variado, composto de vegetais de pequeno e grande porte. As angiospermas caracterizam o maior grupo do reino vegetal, com aproximadamente 200 mil espécies. São distintas das Gimnospermas na medida em que suas sementes são guardadas no interior do fruto. Sua reprodução é sexuada e a fecundação ocorre com a presença do pólen masculino. https://www.todamateria.com.br/gimnospermas/ https://www.todamateria.com.br/angiospermas/ 36 Lista de algumas plantas daninhas de importância Classe Magnoliopsida (eudicotiledôneas) Magnoliopsida é a designação de uma classe de angiospérmicas, isto é, de plantas com flor. Este termo é utilizado muitas vezes como sinonimo de dicotiledónea, dependendo do sistema de classificação utilizados. Esta classe encontra-se associada às dicotiledóneas, sendo por isso uma designação muito inclusiva, que varia consoante a classificação utilizada. Esta classe divide-se em 6 subclasses sendo o clado magnoliids uma delas. Esta classe não se encontra definida no sistema APG, visto este sistema não classificar os espécimes acima da ordem. (Em cladística, um clado (do grego klados, ramo) ou ramo é um grupo de organismos originados de um único ancestral comum exclusivo. Em biologia se chama clado cada um dos ramos da árvore filogenética. Por conseguinte um clado é um grupo de espécies com um ancestral comum exclusivo). A classe Magnoliopsida reúne mais de 250000 espécies, tornando-o num dos maiores e mais diversos grupos de plantas com flor, no entanto, este grupo não é considerado monofilético, não sendo por isso reconhecido como um grupo filogenético natural. (Em biologia, filogenia (ou filogênese) é o estudo da relação evolutiva entre grupos de organismos (por exemplo, espécies, populações), que é descoberto por meio de sequenciamento de dados moleculares e matrizes de dados morfológicos). A designação Magnoliopsida vem da relação que os membros desta classe possuem com o género Magnolia, pois estas apresentam características que as tornam semelhantes. REINO: Plantae FILO: Magnilophyta CLASSE: Magnoliopsida A maioria dos indivíduos pertencentes a classe Magnoliopsida possui um porte arbóreo ou arbustivo, com presença de lenhina e crescimento secundário. Além de árvores e arbusto, estes indivíduos também podem ser herbáceas, lianas, epífitas, aquáticas e parasitas entre outras. Muitos destes indivíduos são anuais ou bianuais, podendo por isso ser caducifólios ou perenes, consoante as espécies. A sua dimensão pode variar de alguns centímetros até vários metros de altura. Os embriões pertencentes a esta classe possuem pelo menos dois cotilédones, o que os torna dicotiledóneas. O seu sistema radicular é composto por uma raiz principal, podendo ser acompanhada por um conjunto de raízes adventícias. As suas folhas são geralmente simples, com forma pinada ou palmada, segundo a espécie, apresentando geralmente uma venação paralela. No entanto, nem sempre surgem folhas com estas características. A corola é formada por um número definido de partes, geralmente os membros do perianto surgem em número de 5, podendo ocorrer variações desse número. As pétalas podem ser distintas ou indistintas das sépalas, surgindo numa grande gama de colorações, como forma de atrair os insetos polinizadores. O odor podem também estar presente, normalmente adocicado, muitas vezes característico da espécie. O pólen destes indivíduos apresenta 3 poros, com exceção de algumas famílias mais primitivas. O formato e o tipo de frutos produzido variam consoante o género e a espécie. http://knoow.net/ciencterravida/biologia/magnoliopsida-classe/ http://knoow.net/ciencterravida/biologia/classe/ http://knoow.net/ciencterravida/biologia/angiospermica/ http://knoow.net/ciencterravida/biologia/dicotiledonea/ http://knoow.net/ciencterravida/biologia/magnoliidea-clado-magnoliidas/ http://knoow.net/ciencterravida/biologia/especie/ http://knoow.net/ciencterravida/biologia/genero-biologia/ http://knoow.net/ciencterravida/biologia/lignina/ http://knoow.net/ciencterravida/biologia/planta-herbacea/ http://knoow.net/ciencterravida/biologia/especies-caducifolias/ http://knoow.net/ciencterravida/biologia/especies-perenes/ http://knoow.net/ciencterravida/biologia/cotiledone/ http://knoow.net/ciencterravida/biologia/graos-de-polen/ http://knoow.net/ciencterravida/biologia/fruto-biologia/ 37 Família Amaranthaceae Amaranthaceae é uma família do Reino Plantae pertencente às angiospérmicas e à ordem Caryophyllales Juss. ex Bercht. & J.Presl.[1] Estão incluídas nas Eudicotiledônias, que possuem como principal característica o desenvolvolvimento de dois ou mais cotilédones. Possuí cerca de 180 gêneros, compostos por aproximadamente 2000 espécies distribuídas por todo o planeta, com predominância em regiões tropicais e subtropicais. Ex.: tripa-de-sapo Alternanthera philoxeroides Caruru - Amaranthus deflexus; Amaranthus hybridus; Amaranthus lividus; Amaranthus retroflexus; Amaranthus spinosus; Amaranthus viridis. Apaga-fogo - Alternanthera tenella Caruru - Amaranthus sp Rabo de burro Suspiro - Celosia cristata Família Asteraceae Asteraceae é uma família botânica pertencente a ordem Asterales, um dos membros das eudicotiledôneas. Também conhecidas por Compositae ou compostas, são uma das famílias com maior número de espécies entre as Angiospermas. Muitas espécies são usadas no cultivo devido ao seu valor biológico, e alguns representantes dessa família são o absinto (Artemisia absinthium), a alface (Lactuca sativa), o girassol (Helianthus), o crisântemo (Chrysanthemum sp.), a margarida (Bellis https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Plantae https://pt.wikipedia.org/wiki/Angiosperma https://pt.wikipedia.org/wiki/Caryophyllales https://pt.wikipedia.org/wiki/Amaranthaceae#cite_note-1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Eudicotyledoneae https://pt.wikipedia.org/wiki/Cotil%C3%A9dones https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia_bot%C3%A2nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Eudicotiled%C3%B4neas https://pt.wikipedia.org/wiki/Angiosperma https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultivo https://pt.wikipedia.org/wiki/Girassol 38 perenis), entre muitas outras. Elas encontram-se em regiões tropicais, subtropicais e temperadas, vegetando nos mais diversos habitats. Ex.: carrapicho-de-carneiro Acanthospermum australe Acanthospermum hispidum mentrasto Ageratum conyzoides osna-do-campo Ambrosia elatior https://pt.wikipedia.org/wiki/Clima_tropical https://pt.wikipedia.org/wiki/Habitat 39 Anbrosia grupo das losnas ou losma Ambrosia polystachya Ambrosia tenuifolia artemísia Artemisia verlotorum falso-mio-mio Aster squamatus Família Baccharis Carqueija 40 Sinônimo: Baccharis montevidensis e Eupatorium montevidense Mio-mio, vassourinha, Falso alecrim Espécie tóxica, infestante em pastagens. A intoxicação ocorre em animais provenientes de outras regiões que não conhecem a planta. Surge apenas em solos rasos e firmes. Preferem terrenos que, na estação das chuvas, estaguinam água, do subsolo até a superfície, mas que na época de estiagem, são muito secos. Dependem da pobreza do solo em molibdênio. Roçando-se a vassourinha com roçadeira de ferro ou faca sem fio, aumenta a infestação. Tem um agente tóxico mortal para o gado. carqueja Baccharis articulata Baccharis trimera mio-mio Baccharis coridifolia vassoureira Baccharis dracunculifolia assa-peixe Baccharis trinervis picão -preto Bidens alba Bidens pilosa Bidens subalternans erva -palha Blainvillea biaristata Blainvillea rhomboidea cardoCirsium arvense Cirsium vulgare buva Conyza bonariensis Conyza canadensis Conyza sumatrensis erva -botão Eclipta Alba Eclipta prostrata erva -de - veado Elephantopus mollis falsa -serralha Emilia coccínea Emilia sonchifolia mata - pasto Eupatorium laevigatum Eupatorium macrocephalum Eupatorium maximilianii 41 Eupatorium pauciflorum Eupatorium squalidum picão -branco Galinsoga parviflora Galinsoga quadriradiata macela Gnaphalium pensylvanicum Gnaphalium purpureum Gnaphalium spicatum almeirão -do -campo Hypoch aeris brasiliensis Hypochaeris radicata botão -de -ouro Jaeria hirta botão -de -ouro Melampodium paniculatum botão - de -ouro Siegesbeckia orientalis losna -branca Parthenium hysterophorus verbasco Pterocaulon lanatum Pterocaulon virgatum flor -das -almas Senecio brasiliensis erva - de -lagarto Solidago chilensis serralha Sonchus asper Sonchus oleraceus agriãozinho Synedrellopsis grisebachii dente-de-leão Taraxacum officinale erva-de-touro Tridax procumbens assa-peixe Vernonia ferruginea Vernonia nudiflora Vernonia polyanthes Vernonia scorpioides carrapichão Xanthium strumarium. Família Bignoniaceae Bignoniaceae é uma família que inclui árvores, arbustos e lianas, com aproximadamente 110 gêneros e 800 espécies. Possui vasta distribuição, nas regiões tropicais e subtropicais, sendo pouco frequente nos subtrópicos. Os maiores gêneros são Handroanthus, com 100 espécies, Arrabidaea, com 70 espécies, Adenocalymma, com 50 espécies e Jacaranda, com 40 espécies. Suas flores são polinizadas por abelhas, vespas, borboletas, mariposas, pássaros e morcegos, e as sementes são dispersadas principalmente pelo vento (GENTRY, 1980). E, ainda, são muito utilizadas como plantas ornamentais: espécies dos gêneros Spathodea, Campsis, Pyrostegia e Tabebuia. Ex.: amarelinho Tecoma stans 42 Ipé amarelo – Handroanthus sp Dolichandra unguis - Unha de Gato Mostarda Brassica rapa Sinapis arvensis Mentruz Coronopus didymus nabiça Raphanus raphanistrum Mastruz Lepidium virginicum Raphanus sativus Família Caryophyllaceae A família botânica das Caryophyllaceae, conhecida geralmente por suas espécies ornamentais, tais como cravos(Dianthus), ou outras cariofiláceas silvestres, é constituída por plantas Eudicotiledónea da ordem Caryophyllales. É constituída por 91 gêneros e aproximadamente mais de 2200 espécies. É uma família facilmente identificável de ervas, arbustos ou subarbustos, anuais, bianuais ou vivazes. Geralmente monoicas; caules prostrados (rasteiro), ascendentes ou eretos, geralmente nós intumescidos (inchado, avolumado); ramos pilosos ou glabros (sem pelos); rizomas às vezes presente. (Plantas monoicas são aquelas que apresentam ambos os sexos no mesmo indivíduo, porém em flores separadas. Uma flor só com estrutura masculina e outra flor com estrutura apenas feminina. Plantas hermafroditas apresentam ambos os sexos na mesma flor. A flor produzida terá estruturas femininas e masculinas), https://pt.wikipedia.org/wiki/Cravo https://pt.wikipedia.org/wiki/Eudicotyledoneae https://pt.wikipedia.org/wiki/Caryophyllales 43 alfinete-da-terra Silene gallica espérgula Spergula arvensis erva-de-passarinho Stellaria media Família Chenopodiaceae Chenopodioideae é uma subfamília botânica da família Amaranthaceae. ançarinha-branca Chenopodium album https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Amaranthaceae 44 Família Convolvulaceae Convolvulaceae (ou convolvulácea) é uma família pertencente à ordem Solanales, família da batata-doce, dentro do clado das Angiospermas (plantas com flores). As espécies desta família são frequentemente reconhecidas pelas suas flores em forma de cone e por se apresentarem como trepadeiras sem gavinhas, com frequência rizomatosas, como ervas ou subarbustos. A família possui distribuição cosmopolita (Um cosmopolita ou cidadão do mundo é uma pessoa, indivíduo que deseja transcender), sendo menos diversas em regiões de clima frio, compreendendo aproximadamente 58 gêneros e mais de 1900 espécies. corda-de-viola Ipomoea acuminata Ipomoea grandifolia Ipomoea hederifolia Ipomoea nil Ipomoea purpurea Ipomoea quamoclit Ipomoea ramosissima Merremia aegyptia Merremia cissoides Merremia dissecta Família Cucurbitaceae Cucurbitaceae é uma família de plantas eudicotiledôneas fabídeas, de haste rastejante, rupícolas ou terrícolas, frequentemente com gavinhas de sustentação, que reúne cerca de mil espécies entre as quais várias domesticadas e de grande importância econômica tais como abóbora, melão, melancia, bucha, cabaça (cuia), abobrinha, pepino, etc. As plantas dessa família podem ser dióicas (é a designação dada em botânica e micologia às espécies em que os sexos se encontram separados em indivíduos diferentes) ou monóicas (uma espécie em que cada indivíduo apresenta órgãos sexuais dos dois sexos. As estruturas reprodutoras também podem receber essa denominação) e a maioria são anuais, ou seja, morrem depois de se reproduzirem. https://pt.wikipedia.org/wiki/Solanales https://pt.wikipedia.org/wiki/Angiosperma https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia https://pt.wikipedia.org/wiki/Plantae https://pt.wikipedia.org/wiki/Eudicotyledoneae https://pt.wikipedia.org/wiki/Fabidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Rup%C3%ADcola https://pt.wikipedia.org/wiki/Gavinha https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie https://pt.wikipedia.org/wiki/Ab%C3%B3bora https://pt.wikipedia.org/wiki/Mel%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Melancia https://pt.wikipedia.org/wiki/Bucha https://pt.wikipedia.org/wiki/Caba%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Caba%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Abobrinha https://pt.wikipedia.org/wiki/Pepino https://pt.wikipedia.org/wiki/Dioicia https://pt.wikipedia.org/wiki/Bot%C3%A2nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Micologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie https://pt.wikipedia.org/wiki/Sexo https://pt.wikipedia.org/wiki/Monoicia https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o_(anatomia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Sexo https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_anual 45 Possuem uma ampla distribuição global, mas ocorrem principalmente nos trópicos e subtrópicos. Os frutos desta família são do tipo perônio (abobora, bucha, pepino, melancia), às vezes referidos como pseudobagas. melão-de-são-caetano Momocardia charantia Família Euphorbiaceae erva-de-santa-luzia Chamaesyce hirta gervão Croton glandulosus quebra-pedra Phyllanthus niruri leiteiro Euphorbia heterophylla Croton lundianus Phyllanthus tenellus mamona Ricinus communis. Família Fabaceae Caesalpinioideae e Mimosoideae. A existência de dois nomes igualmente válidos para a família - Leguminosae e Fabaceae - se deve à possibilidade de uso de nomes alternativos consagrados em algumas famílias botânicas, regra prevista no Código Internacional de Botânica. Houve durante certo tempo uma confusão a respeito de se tratar o grupo como uma única família (Leguminosae/Fabaceae) composta por três subfamílias https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%B3pico https://pt.wikipedia.org/wiki/Pseudobaga https://pt.wikipedia.org/wiki/Caesalpinioideae https://pt.wikipedia.org/wiki/Mimosoideae 46 (Faboideae/Papilionoideae, Mimosoideae e Caesalpinioideae) ou ainda como três famílias separadamente (Fabaceae, Mimosaceae e Caesalpiniaceae). Atualmente os sistemas que trazem as três subfamílias como famílias separadas estão em desuso e os nomes Fabaceae, Mimosaceae e Caesalpiniaceae devem ser evitados. Estudos morfológicos, moleculares e filogenéticos recentes suportam a hipótese de que Fabaceae é monofilética,[10] indicando que seria mais apropriadamente tratada como uma única família. As leguminosas ocorrem em quase todas as regiões do mundo, exceto nas regiõesárticas e antárticas e em algumas ilhas. A família é considerada como a de maior riqueza de espécies arbóreas nas florestas neotropicais, além de haver grande número de táxons endêmicos nesta região. Alguns ecossistemas brasileiros, como a floresta amazônica e o cerrado, são centros de diversidade para o grupo e muitas das espécies que são exclusivas destes ambientes. No Brasilocorrem cerca de 222 gêneros e 2822 espécies, sendo mais da metade delas são endêmicas. Juntamente com cereais, alguns frutos e raízes tropicais, um número elevado de Fabaceae tem sido utilizado como alimento humano há mais de um milênio e a utilização dessas plantas está intimamente relacionada com a evolução humana. Diversas plantas alimentícias podem ser citadas como: Glycine max (soja), Phaseolus vulgaris (feijão), Pisum sativum (ervilha), Cicer arietinum (grão-de- bico), Medicago sativa (alfafa), Arachis hypogaea (amendoim) entre outras. Uma das hipóteses de surgimento do nome do Brasil relaciona o nome do país à árvore pau- brasil (Caesalpinia echinata), que é uma árvore nativa da Mata Atlântica, pertencente à família Fabaceae e à subfamília Caesalpinioideae. fedegoso Senna obtusifolia Senna occidentalis arranha-gato Acacia bonariensis Acacia plumosa https://pt.wikipedia.org/wiki/Fabaceae#cite_note-:4-10 https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rtico https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%A1rtida https://pt.wikipedia.org/wiki/Neotropical https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecossistema https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Cereal https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_humana https://pt.wikipedia.org/wiki/Glycine_max https://pt.wikipedia.org/wiki/Glycine_max https://pt.wikipedia.org/wiki/Feij%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Pisum_sativum https://pt.wikipedia.org/wiki/Cicer_arietinum https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicago_sativa https://pt.wikipedia.org/wiki/Arachis_hypogaea https://pt.wikipedia.org/wiki/Pau-brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Pau-brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Caesalpinia_echinata https://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_Atl%C3%A2ntica 47 leucena Leucena leucocephala dormideira Mimosa pudica guiso-de-cascavel Crotalaria incana pega-pega Desmodium incanum Crotalaria lanceolata Crotalaria micans Crotalaria pallida Crotalaria spectabilis Desmodium tortuosum soja-perene Glycine wightii anileira Indigofera hirsuta Indigofera truxillensis meladinha Stylosanthes guianensis Stylosanthes viscosa trevo-vermelho Trifolium pratense trevo-branco Trifolium repens tojo Ulex europaeus Família Lamiaceae A família botânica das Lamiaceae (antiga Labiatae, Adanson - ou Labiadas, Lamiales) é a 7ª maior família de plantas com flores, compreende atualmente conforme a APG, de 236 a 258 gêneros e de 6970 a 7193 espécies, subdividida em 7 subfamílias. São arbustos, ervas e raramente árvores. A maioria das plantas desses grupo são aromáticas e geralmente são utilizadas no paisagismo por possuírem diversidade no tipo de flores e também na culinária. Podem ser perenes ou anuais. São popularmente conhecidas como "família da hortelã". Outro exemplos de plantas dessa família são: Alecrim, Orégano, Timo, Menta, Hortelã, Lavândula, Sálvia, etc. hortelã Hyptis lophanta Hyptis mutabilis Hyptis pectinata Hyptis suaveolens rubim Leonorus nepetifolia Leonorus siribicus urtiga-mansa Stachys arvensis Família Malvaceae guanxuma Sida carpinifolia Sida cordifolia Sida rhombifolia Sida santaremnensis Sida spinosa Sida urens malvisco Urena lobata malva Wissadula subpeltata Família Nyctaginaceae erva-tostão Boerhavia difusa Família Onagraceae Onagraceae é uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor - divisão Magnoliophyta), pertencente à ordemMyrtales. https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Bot%C3%A2nica https://pt.wikipedia.org/wiki/APG https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAnero_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie https://pt.wikipedia.org/wiki/Sete https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Plantae https://pt.wikipedia.org/wiki/Angiosperma https://pt.wikipedia.org/wiki/Flor https://pt.wikipedia.org/wiki/Magnoliophyta https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_(biologia) 48 A ordem à qual pertence esta família está por sua vez incluida na classe Magnoliopsida (Dicotiledóneas): desenvolvem portanto embriões com dois ou mais cotilédones. cruz-de-malta Ludwigia elegans Ludwigia leptocarpa Ludwigia octovalvis Ludwigia sericea Ludwigia tomentosa Ludwigia uruguayensis Família Oxalidaceae trevo Oxalis corniculata Oxalis latifolia Família Plantaginaceae tanchagem Plantago major Plantago tomentosa Família Polygonaceae Polygonaceae é uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor - da divisão Magnoliophyta), pertencente à ordem Caryophyllales. A ordem à qual pertence esta família está por sua vez incluída nas Eudicotiledôneas, usadas como veneno medicinal lento: desenvolvem portanto embriões com dois ou mais cotilédones. São ervas, arbustos, árvores ou lianas. Folhas simples, alternas, com estípulas. Presença de Ócrea (concrescimento de estípulas axilares que envolvem o caule). Ex.: Polygonum persicaria (erva de bicho - hermafrodita); Triplaris sp. (dioica); Rumex spp.(língua de vaca). Apresenta duas subfamílias: usado como sangue de bicho tripaulo, e tem como função, e uso para eliminar animais, humanos e/ou qualquer ser biológico, derivado de água e sangue. O uso de seu sumo pode ser altamente nocivo a saúde, causando problemas cardíacos e respiratórios. Quando em contato com a pele, causa uma espécie de mucosa, ou ferida, podendo infeccionar o local, causando até mutilações no membro. Seu poder depende da quantidade usada. Quando em grandes escalas, pode vir a causar cânceres, a até a morte lenta. Seu uso é altamente nocivo, e proibido em diversos países Africanos e Asiáticos como Gana, Nigéria, Gabão, Japão, e Índia. Polygonoideae Eriogonoideae cataia Polygonum acumunatum Polygonum convolvulus Polygonum hydropiperoides Polygonum lapathifolium Polygonum perspicaria língua-de-vaca Rumex acetosella Rumex crispus Rumex obtusifolius -Família Rubiaceae poaia-branca Richardia brasiliensis Richardia grandiflora Richardia scabra erva-quente Spermacoce capitata Spermacoce latifolia Spermacoce verticillata -Família Sapindaceae balãozinho Cardiospermum halicacabum -Família Solanaceae quinquilho Datura stramonium joá-de-capote Nicandra physaloides fisális Physalis angulata Physalis pubescens maria-pretinha Solanum americanum joá-vermelho Solanum capsicoides joá-bravo Solanum palinacanthum Solanum sisymbrifolium Solanum viarum https://pt.wikipedia.org/wiki/Classe_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Magnoliopsida https://pt.wikipedia.org/wiki/Semente https://pt.wikipedia.org/wiki/Cotil%C3%A9done https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Plantae https://pt.wikipedia.org/wiki/Angiosperma https://pt.wikipedia.org/wiki/Flor https://pt.wikipedia.org/wiki/Magnoliophyta https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Caryophyllales https://pt.wikipedia.org/wiki/Semente https://pt.wikipedia.org/wiki/Cotil%C3%A9done https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Polygonoideae&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Eriogonoideae&action=edit&redlink=1 49 -Família Urticaceae urtiga-brava Urtica dioica -Família Verbenaceae Lantana câmara Lantana canasens Lantana fucata Lantana trifolia gervão Verbena bonariensis Verbena litoralis Classe Liliopsida (monocotiledôneas) -Família Alismataceae chapéu-de-couro Echinodorus grandiflorus sagitária Sagittaria guyanensis Sagittaria montevidensis Família Araceaealface-d’água Pistia stratiotes -Família Commelinaceae trapoeraba Commelina benghalensis Commelina diffusa -Família Cyperaceae alecrim Bulbostylis capillaris Bulbostylis juncoides tiririca Cyperus difformis Cyperus distans Cyperus esculentus Cyperus ferax Cyperus iria Cyperus lanceolatus Cyperus meyenianus Cyperus polystachyos Cyperus rotundus Cyperus sesquiflorus Cyperus surinamensis junco Eleocharis acutangula Eleocharis elegans Eleocharis interstincta Eleocharis sellowiana falso-alecrim Fimbristylis autumnalis Fimbristylis dichotoma Fimbristylis miliacea tiririca-do-brejo Pycreus decumbens -Família Hydrocharitaceae elódea Egeria densa Família Hypoxidaceae falsa-tiririca Hypoxis decumbens Família Juncaceae junquinho Juncus microcephalus -Família Marantaceae caeté Thalia geniculata -Família Molluginaceae molugo Mollugo verticillata -Família Nymphaeaceae mururé Nymphaea ampla -Família Poaceae capim-peba Andropogon bicornis capim-colchão Andropogon leucostachyus capim- barba-de-bode Aristida longiseta grama-sempre-verde Axonopus compressus cevadilha Bromus catharticus capim-carrapicho Cenchrus echinatus capim-de-rhodes Chlorisn barbata Chloris distichophylla Chloris gayana Chloris polydactyla Chloris radiata capim- dos-pampas Cortaderia selloana grama-seda Cynodon dactylon capim-mão-de-sapo Dactyloctenium aegyptium milhã Digitaria ciliaris Digitaria horizontalis Digitaria sanguinalis Digitaria nuda capim-amargoso Digitaria insularis capim-arroz Echinochloa colona Echinochloa crus-galli Echinochloa crus-pavonis Echinochloa elodes Echinochloa polystachya capim-flecha Echinolaena inflexa capim-pé-de-galinha Eleusine indica capim-barbicha-de-alemão Eragrostis pilosa capim-de-várzea Eriochloa punctata capim-sapé Imperata brasiliensis capim-macho Ischaemum rugosum grama- boiadeira Leersia hexandra Luziola peruviana capim-olímpio Leptochloa virgata azevém Lolium multiflorum capim-gordura Melinis minutiflora arroz-preto Oryza sativa arroz- vermelho Oryza sativa capim-colonião Panicum maximum capim-santa-fé Panicum rivulare capim-do-brejo Paspalum conspersum Paspalum modestum capim-quicuio Pennisetum clandestinum capim-elefante Pennisetum purpureum Pennisetum setosum 50 pastinho-de-inverno Poa annua capim-favorito Rhynchelytrum repens capim-camalote Rottboellia exaltata capim-rabo-de-burro Schizachyrium condensatum capim-rabo-de- raposa Setaria geniculata Setaria vulpiseta capim-canoão Setaria poiretiana capim- massambará Sorghum halepense capim-moirão Sporobolus indicus papuã Urochloa plantaginea capim-braquiária Urochloa decumbens capim-angola Urochloa mutica Família Pontederidaceae aguapé Eichornia azurea Eichornia crassipes Eichornia paniculata língua-de-cervo Heteranthera limosa Heteranthera reniformis mururé Pontederia cordata Pontederia rotundifolia -Família Portulacaceae beldroega Portulaca oleraceae maria-gorda Talinum paniculatum Talinum triangulare -Família Typhaceae tabôa Typha angustifolia -Família Umbeliferae gertrudes Apium leptophyllum caraguatá Eryngium elegans Eryngium horridum Eryngium pandanifolium. ESTRATÉGIAS EVOLUTIVAS E DISSEMINAÇÃO DE PLANTAS DANINHAS BANCO DE SEMENTES DE PLANTAS DANINHAS COMPETIÇÃO E ALELOPATIA METODOS DE CONTROLE DAS PLANTAS DANINHAS INTERAÇÕES HERBICIDAS PLANTAS COMPORTAMENTO DOS HERBICIDAS NAS PLANTAS SELETIVIDADE DOS HERBICIDAS MECANISMO DE AÇÃO DOS HERBICIDAS INTERAÇÃO DOS HERBICIDAS X SOLO IMPACTO AMBIENTAL DOS HERBICIDAS EQUIPAMENTO PARA APLICAÇÃO DOS HERBICIDAS CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM CULTURAS ANUAIS E PERENES
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