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Universidade Estácio de Sá

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Universidade Estácio de Sá-Campus Alcântara 
Direito Empresaria Aplicado II 
Aluno (a): Fabiene Figueiredo da Silva 
Matrícula:201504479301 
Professor (a): Tania kale 
Data:07/05/2020 
AV1 
 
 
Caso Concreto 2: 
 
Maria e Bernardo são casados e possuem conta corrente no Banco 
Brasileiro S.A. Para efetuar o pagamento de um tratamento dentário 
da esposa, Bernardo emite um cheque no valor de R$ 10.000,00 (dez 
mil reais) em favor do dentista Alberto. Sendo assim,o dentista 
depositou o cheque e foi surpreendido pela devolução do cheque por 
falta de fundos. Tendo em vista que não conseguiu o pagamento do 
cheque, Alberto promoveu execução em face de Maria, tendo em vista 
que foi a usuária do tratamento dentário. Analisando caso concreto, 
responda as seguintes questões: 
 
a) Tendo em vista que a conta corrente é conjunta, será procedente a 
execução em face de Maria? 
 
Não. Somente o assinante da cartula ainda que seja pertencente a 
conta conjunta, que é preciso responder pela falta de fundos no 
pagamento em cheque em que existe então uma ilegitimidade 
passiva da esposa no caso enunciado. Considerando que conta 
 
corrente é do tipo conjunta e alguma fase da mesma se 
encontrará procedente execução. 
 
b) Quais os requisitos legais que devem conter num cheque: 
LEI No 7.357, DE 2 DE SETEMBRO DE 1985. 
 
Art . 1º O cheque contêm: 
I - a denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em 
que este é redigido; 
II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada; 
III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado); 
IV - a indicação do lugar de pagamento; 
V - a indicação da data e do lugar de emissão; 
VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes 
especiais. 
Parágrafo único - A assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes 
especiais pode ser constituída, na forma de legislação específica, por chancela mecânica 
ou processo equivalente. 
 
 
 Doutrina 
 
O pagamento feito por cheque tem efeito pro solven-do, ou 
seja, até a sua liquidação, não se extingue a obrigação a que se 
refere. Desta forma, o pagamento de aluguel por cheque sem 
fundos não impossibilita a retomada do bem locado, ainda que 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%207.357-1985?OpenDocument
eventual quitação fornecida pelo locador não faça menção ao 
cheque. Da mesma forma, a instituição financeira proprietária 
fiduciária não perde o direito de busca e apreensão do bem objeto 
de alienação fiduciária em garantia, caso o pagamento da prestação 
pelo fiduciante tenha sido feito com um cheque sem fundos. As 
partes, no entanto, podem pactuar que o pagamento de determinada 
obrigação por cheque tenha efeito pro soluto, hipótese em que 
restará ao credor da obrigação apenas um direito cambial no caso 
de o cheque não ser liquidado por insuficiência de fundos. 
 
Um cheque sem fundos deve ser protestado pelo credor, no 
prazo fixado em lei para sua apresentação a pagamento, para fins 
de conservação do direito creditício contra os coobrigados do 
cheque. Para o exercício do direito creditício contra o emitente e 
seu avalista, o protesto não é necessário. O cheque, como acontece 
com a letra de câmbio e a nota promissória, pode conter a cláusula 
“sem despesas”, pela qual se dispensa o credor de protestar o título 
para conservação- do direito creditício contra um ou mais 
coobrigados (art. 50). O protesto do cheque poderá ser lavrado no 
lugar do pagamento ou do domicílio do emitente (Lei n. 9.492/97, 
art. 6º). A execução do cheque sem fundos prescreve, contra 
qualquer devedor, no prazo de 6 meses contados do término do 
prazo de apresentação a pagamento (art. 59). O direito de regresso 
de um coobrigado contra outro, contra o deve-dor principal ou seu 
avalista prescreve em 6 meses contados do pagamento ou da 
distribuição da execução judicial con-tra ele (art. 59, parágrafo 
único) 
 Fabio Ulhoa Coelho 
 
 
 Jurisprudência 
 
“CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE COMPENSAÇÃO POR 
DANOS MORAIS. CONTA CORRENTE CONJUNTA. EMISSÃO DE 
CHEQUE SEM PROVISÃO DE FUNDOS POR UM DOS 
CORRENTISTAS. IMPOSSIBILIDADE DE INSCRIÇÃO DO NOME DO 
CO-TITULAR DA CONTA, QUE NÃO EMITIU O CHEQUE, EM 
CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. OCORRÊNCIA DE DANO 
MORAL.- Celebrado contrato de abertura de conta corrente conjunta, 
no qual uma das co-titulares da conta emitiu cheque sem 
provisão de fundos, é indevida a inscrição do nome daquele 
que não emitiu o cheque, em cadastro de proteção ao 
crédito.- Nos termos do art. 51 da Lei 7357/85, "todos os obrigados 
respondem solidariamente para com o portador do cheque". Tais 
obrigados, de acordo com o art. 47, I e II, da mesma lei, são os 
emitentes, endossantes e seus avalistas. Com efeito, a Lei 7357/85 não 
prevê a responsabilidade do co-titular da conta corrente pelos 
cheques emitidos pelo outro correntista, sendo incabível a 
sua extensão, pois "a solidariedade não se presume; resulta 
da lei ou da vontade das partes" - art. 265 do CC/02.- Destarte, a 
co-titularidade da conta corrente limita-se ao exercício de direitos 
referentes aos créditos nela existentes e às respectivas movimentações. 
A responsabilidade pela emissão de cheque sem provisão de fundos é 
exclusiva daquele que apôs a sua assinatura no título.- A inscrição 
indevida em cadastros de proteção ao crédito ocasiona dano moral in 
re ipsa, sendo despicienda, pois, a prova da sua ocorrência. 
Precedentes.Recurso especial conhecido e provido. ”(STJ – REsp nº 
981.081/RS, 3ª Turma, unânime, Relª. Minª. Nancy Andrighi, DJe 
09/04/2010) 
 
 
 
 
 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128218/lei-do-cheque-lei-7357-85
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128218/lei-do-cheque-lei-7357-85
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712030/artigo-265-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02

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