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PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO CARLOS ALBERTO BARBACOVI TECNOLOGIA BIM NA SEGURANÇA DO TRABALHO, CONCEPÇÃO VIRTUAL DE PROJETO TRAZ VIDA AO PLANEJAMENTO E AO CONTROLE DE RISCOS NOS CANTEIROS DE OBRA BRASÍLIA – DF 2020 CARLOS ALBERTO BARBACOVI TECNOLOGIA BIM NA SEGURANÇA DO TRABALHO, CONCEPÇÃO VIRTUAL DE PROJETO TRAZ VIDA AO PLANEJAMENTO E AO CONTROLE DE RISCOS NOS CANTEIROS DE OBRA Monografia apresentada à Faculdade Unyleya como exigência parcial à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho. Nome do Orientador: Luis Antônio dos Santos BRASÍLIA – DF 2020 CARLOS ALBERTO BARBACOVI TECNOLOGIA BIM NA SEGURANÇA DO TRABALHO, CONCEPÇÃO VIRTUAL DE PROJETO TRAZ VIDA AO PLANEJAMENTO E AO CONTROLE DE RISCOS NOS CANTEIROS DE OBRA Monografia apresentada à Faculdade Unyleya como exigência parcial à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho. Aprovado pelos membros da banca examinadora em ___/___/___, com menção___ (______________) BANCA EXAMINADORA _________________________________________________ _________________________________________________ BRASÍLIA – DF 2020 RESUMO O presente artigo tem por objetivo, determinar e analisar se o uso da Tecnologia BIM como forma de prevenção, poderá contribuir na redução dos riscos de acidentes de trabalho. Agir antecipadamente tem mostrados bons resultados na prevenção dos acidentes de trabalho, o controle e eliminação dos riscos ainda na fase de projeto é um grande desafio. Novas ferramentas vinculadas ao avanço da tecnologia têm contribuído para resolução de problemas, antes não previstos, é o caso do tema da presente pesquisa, que trata da tecnologia BIM na segurança do trabalho, concepção virtual de projeto traz vida ao planejamento e ao controle de riscos nos canteiros de obras. Para possibilitar a realização deste artigo, a metodologia utilizada baseou-se na pesquisa bibliográfica consultando artigos, monografias e publicações diversas a respeito do tema. Como resultado da pesquisa, chegou-se em uma série de aplicações possíveis com a utilização da metodologia BIM, na qual será capaz de contribuir na gestão e controle dos riscos dos ambientes de trabalho. Conclui-se que a segurança do trabalho poderá alcançar novos patamares, através do uso de novas tecnologias aplicadas a gestão da prevenção. Palavras-chave: Tecnologia BIM. Segurança do Trabalho. ABSTRACT This article aims to determine and analyze whether the use of BIM Technology as a means of prevention can contribute to reducing the risk of accidents at work. Acting in advance has good results in preventing accidents at work, the control and elimination of risks still in the design phase is a great challenge. New tools linked to the advancement of technology have contributed to problem solving, previously not a result, this is the case of the theme of this research, which deals with BIM technology in work safety, virtual project design brings life to planning and risk control on construction sites. To make this article possible, the methodology used was based on bibliographic research, consulting articles, monographs and various publications on the subject. As a result of the research, a series of possible applications was arrived at with the use of the BIM methodology, in which it will be able to contribute in the management and control of risks in the work environments. It is concluded that work safety wants to reach new heights, through the use of new technologies applied to prevention management. Keywords: BIM technology. Workplace safety. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 7 2 REVISÃO DA LITERATURA .............................................................................. 11 2.1 ACIDENTES DE TRABALHO NA CONSTRUÇÃO ............................................. 11 2.2 BIM ......................................................................................................................12 2.3 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO BIM .................................................................. 14 2.4 PREVÊNÇÃO DE RISCOS NA FASE DE PROJETO, COM O USO DA TECNOLOGIA BIM ............................................................................................. 16 2.5 VANTAGENS NA APLICAÇÃO DO BIM ............................................................. 19 3 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 27 7 1 INTRODUÇÃO Os altos índices de acidentes de trabalho registrados anualmente, tem provocado um aumento considerado nos casos de afastamentos de trabalho, doenças e mortes. Tal situação tem como reflexo, a criação de uma figura depreciativa, ou seja, uma imagem negativa do que o setor produtivo da indústria representa para todos. Neste contexto o setor da construção civil leva o rótulo de ser o setor com maiores índices de acidentes graves ou fatais, destacando-se aos acidentes que são originados nas atividades de trabalho em altura, atividades com eletricidade e escavações. A atuação da segurança do trabalho, esta relacionada na prevenção de doenças, mas principalmente na prevenção dos acidentes de trabalho, dos quais, em sua grande maioria, são decorrentes das condições dos equipamentos, maquinas, produtos e atitudes dos trabalhadores (GARRIBALDI, 2020). Os frequentes acidentes de trabalho ocorridos no setor da construção civil, estão associados geralmente pela negligência, imperícia e imprudência, juntamente com as condições de trabalho inseguras. Porém, uma certa quantia esta relacionada também as condições de projeto (MIARA E SCHEER, 2020). Novas obras demandam de uma ampla gama de informações, e essas informações devem ser transferida a todos os profissionais relevantes. Esse é o ponto onde surge a metodologia BIM, relacionada a tecnologia por meio da modelagem da construção compartilhada. Todas as informações sobre a obra geram possibilidades de cooperação, redução de custos, redução de prazo e melhoria da qualidade do serviço prestado, evitando acidentes e lapidando o nível de segurança do trabalho (IBEC, 2019). O problema desse estudo a ser compreendido é: A imprecisão na prevenção de riscos, associada as dificuldades de colaborar as etapas de obras com a segurança do trabalho, e o uso de uma linguagem complexa nessas abordagens, são fatores que contribuem de forma direta para o aumento dos casos de acidentes de trabalho na construção civil. Até onde a Tecnologia BIM poderá favorecer na redução e controle de riscos? E o que podemos esperar do futuro tecnológico para segurança do trabalho? O objetivo geral é determinar e analisar se o uso da Tecnologia BIM como forma de prevenção assistida e prevenção por meio do design, poderá contribuir 8 significativamente na redução dos riscos de acidentes de trabalho em canteiros de obras. Já os objetivos específicos são: conhecer o papel fundamental do BIM para o ramo da construção, através de pesquisa bibliográfica; compreender as fases de implantação do BIM e associar com a prevenção assistida; relatar as vantagens e desvantagens da aplicação do BIM na segurança do trabalho; verificar a viabilidade do uso do BIM na redução dos riscos de acidentes; proporcionar uma análise crítica das aplicações tecnológicas como forma de prevenção. Quanto a justificativa, destaca-se perante o notável crescimento tecnológico aopassar dos últimos anos, todos os dias vemos novas ferramentas tecnológicas sendo criadas, elaboradas afim de facilitar a elaboração e o desenvolvimento das tarefas diárias, seja para o ramo da indústria, medicina, laser ou comunicação. Aos termos essa configuração, por que não aproveitar o avanço tecnológico e utilizar essa incrível invenção para um bem maior como na prevenção de acidentes e doenças nos ambientes laborais. Este trabalho, justifica-se devido à grande necessidade de se realizar um planejamento das etapas de segurança, uma vez que as causas dos acidentes de trabalho registrados todos os anos, pouquíssimas vezes, ou em alguns casos nunca foram previstos nas fases de antecipação, fase de projeto e chegam somente a ser cogitadas no andamento da atividade ou então na sua conclusão, o que, em muitos os casos já é inoportunamente e acaba contribuindo para o crescimento dos casos de acidentes de trabalho. A tecnologia BIM, apesar de não ser tão nova, muitos profissionais ainda não a conhecem e/ou nunca ouvirão falar, mas o estudo justifica-se na pretensão de explorar esse novo conceito de modelagem, apontando o potencial dessa tecnologia a gestão da segurança do trabalho. Deste modo, sobre acidentes de trabalho, muito se vê, porém pouco se lê, a questão é que as mortes, acidentes e doenças que tenham relação com o trabalho são uma questão de saúde pública, que muitas vezes “invisível” e até “naturalizada”, conforme alguns especialistas. No Brasil, estima-se cerca de 700mil casos de acidentes por ano, conforme dados da Previdência Social, estes acidentes tem sido sempre um custo significativo, ou seja, pela forma financeira ou pelo fato de perder um ente querido, todos nós pagamos um alto preço. 9 Vidas são perdidas todos os dias por causa dos acidentes de trabalho, sendo que, conforme Garibaldi (2020), a Construção Civil está como líder no ranking dos acidentes com morte ao no país. Os trabalhadores da construção, possui até três vezes mais probabilidade de sofrer determinado tipo de acidente. No tocante dos principais riscos estão, o trabalho em altura, as movimentações de objetos e materiais, a eletricidade e atividades de escavação. Conforme o IBEC – Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos (2019), o campo da construção civil é o quinto setor com maior número de acidentes e o segundo em mortes no país. Além do mais, a probabilidade de que um trabalhador seja incapacitado permanentemente na construção civil é, aproximadamente, seis vezes maior que nas demais atividades. De acordo com Soeiro e Martins (2016), a segurança na construção demanda de meios que concedam uma eficácia maior na prevenção de acidentes. As ferramentas implementadas de modo corrente nas fases de concepção, projeto, contratação, construção e operação não têm sido satisfatório para se evitar os acidentes. A fase de projeto tornou-se uma via de estudos de vários pesquisadores nacionais e estrangeiros. Da mesma maneira que em outros países, no Brasil são identificadas necessidades de espaçosa reformulação. A tecnologia BIM - Building Information Modeling, e o trabalho colaborativo têm estimado estágio superior a ser alcançado nessa linha de evolução. Porém, é indispensável levar em apreciação quatro recursos-chave: pessoas, processos, tecnologias e dados (MANZIONE, 2013). Dessa forma, conforme Martiniano (2018), dada a abundância de informações relacionadas aos modelos BIM, estes podem ser empregados com diferentes finalidades no processo de promoção da saúde e segurança do trabalho na construção civil. Ferramentas de modelagem 8D, exemplares que atuam na prevenção dos acidentes ainda na fase de projeto. Estudos apontam a utilização de tecnologia de realidade aumentada associada ao BIM para viabilização de treinamentos para a promoção de saúde e segurança nos canteiros de obras. Em borra muito tem-se falado no avanço tecnológico, são raros os casos associados a tecnologia como ferramenta de antecipação, levantamento e análise de riscos, para tanto, a metodologia adotada no presente trabalho trata-se da realização de uma abordagem bibliográfica, de modo qualitativo, com o propósito de inteirar os objetivos apresentados. 10 Refere-se a pesquisa bibliográfica um procedimento que poderá ter abordagens tanto qualitativas como quantitativas, ou ainda acompanhar qualquer outro tipo de pesquisa (TUMELERO, 2019). Segundo Gerhardt e Silveira (2009), o estudo qualitativo não se interessa com destaque numérico, porém, sim, com a investigação do conhecimento de um conjunto em geral, de uma composição, etc. Os pesquisadores que empregam as ferramentas qualitativas pretendem descrever o princípio das coisas, exprimindo o que vai ser feito, mas jamais quantificam os valores e as trocas simbólicas, não se submetem à prova de fatos, porque as informações consideradas são não-métricas e se valem de diversas abordagens. O tema escolhido, trata-se de um assunto recente, a pesquisa integra de uma forma direta o processo de gestão em SST – Saúde e Segurança no Trabalho e o BIM. Por ser algo aparentemente novo, a temática vem sendo estuda em um ritmo não muito acelerado, o que torna a pesquisa bibliográfica mais trabalhosa, e ainda são poucos autores que resolvem publicar ou pesquisar algo entorno desse quesito. O presente trabalho de conclusão de curso pretende abordar e estudar os avanços relativos à utilização do BIM, e para tal serão seguidas as seguintes etapas: a) apresentação do BIM e suas aplicações; b) fases de implantação do BIM; c) prevenção de riscos na fase de projeto, com o uso da tecnologia BIM; d) vantagens e desvantagens da aplicação do BIM; e) análise da tecnologia aliada a gestão de SST ao BIM. 11 2 REVISÃO DA LITERATURA A seção apresenta os conceitos referentes aos assuntos pertinentes ao objeto da pesquisa. 2.1 ACIDENTES DE TRABALHO NA CONSTRUÇÃO Acidentes de trabalho, muito se vê, porém pouco se lê, a questão é que as mortes, acidentes e doenças que tenham relação com o trabalho são uma questão de saúde pública, que muitas vezes “invisível” e até “naturalizada”, conforme alguns especialistas. No Brasil, estima-se cerca de 700mil casos de acidentes por ano, conforme dados da Previdência Social, estes acidentes tem sido sempre um custo significativo, ou seja, pela forma financeira ou pelo fato de perder um ente querido, todos nós pagamos um alto preço. Vidas são perdidas todos os dias por causa dos acidentes de trabalho, sendo que, conforme Garibaldi (2020), a Construção Civil está como líder no ranking dos acidentes com morte no país. Os trabalhadores da construção, possui até três vezes mais probabilidade de sofrer determinado tipo de acidente. No tocante dos principais riscos estão, o trabalho em altura, as movimentações de objetos e materiais, a eletricidade e atividades de escavação. De acordo com o IBEC – Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos (2019), o campo da construção civil é o quinto setor com maior número de acidentes e o segundo em mortes no país. Além do mais, a probabilidade de que um trabalhador seja incapacitado permanentemente na construção civil é, aproximadamente, seis vezes maior que nas demais atividades. Segundo Silva et al. (2019), do total dos acidentes que são analisados, 35,1% teriam potencial de ser evitados a começar pela concepção dos projetos de arquitetura, estruturas e instalações, 27,2% dos sinistros de acidentes seriam capazes de ser evitados a partir da elaboração de projetos de execução (como projetos de alvenaria, escoramento, sinalização do canteiro de obras, forma, previsão de acessos, previsão de movimentação e armazenamento de materiais, como também os demais projetos relacionados a segurança do trabalho como andaimes, linhas de vida etc.) e 9,6% dos acidentes deixariam de existir se fossem elaborados projetos dos equipamentoscomo, guinchos, elevadores, plataformas entre outros. 12 De acordo com Soeiro e Martins (2016), a segurança na construção demanda de meios que concedam uma eficácia maior na prevenção de acidentes. As ferramentas implementadas de modo corrente nas fases de concepção, projeto, contratação, construção e operação não têm sido satisfatório para se evitar os acidentes. A fase de projeto tornou-se uma via de estudos de vários pesquisadores nacionais e estrangeiros. Da mesma maneira que em outros países, no Brasil são identificadas necessidades de espaçosa reformulação. A tecnologia BIM - Building Information Modeling, e o trabalho colaborativo têm estimado estágio superior a ser alcançado nessa linha de evolução. Porém, é indispensável levar em apreciação quatro recursos-chave: pessoas, processos, tecnologias e dados (MANZIONE, 2013). Sendo assim, conforme Martiniano (2018), dada a abundância de informações relacionadas aos modelos BIM, estes podem ser empregados com diferentes finalidades no processo de promoção da saúde e segurança do trabalho na construção civil. Ferramentas de modelagem 8D, exemplares que atuam na prevenção dos acidentes ainda na fase de projeto, como por exemplo estudos apontam a utilização de tecnologia de realidade aumentada associada ao BIM para viabilização de treinamentos para a promoção de saúde e segurança nos canteiros de obras. 2.2 BIM BIM ou Modelagem da Informação da Construção, pode ser conhecido como um agrupamento de referências essenciais geradas e conservadas durante todo o ciclo de vida da construção. De acordo com Miara e Scheer (2020), BIM é um agregado de tecnologias, informações e processos empregados a plataformas digitais, sua função serve para auxiliar a projeção e o gerenciamento de uma edificação em todas as suas etapas. Por meio do uso do BIM um modelo digital aprimorado do projeto é construído. Essa ciência pode ser empregada a todo ciclo de um empreendimento ou em apenas algumas fases, produzindo mais assimilação e integração aos engenheiros e arquitetos. 13 Essa sinergia entre o projeto do processo e o projeto do produto antecipa problemas e exige soluções com a maior quantidade de envolvidos na cadeia produtiva como um todo. Ao mesmo tempo que deixa as tomadas de decisões mais complexas, permite mais flexibilidade nas soluções. Por exemplo, se a equipe de execução de obras (responsável pelo processo construtivo) estiver presente no momento em que for decidido qual a solução de revestimentos interno será adotada em um empreendimento, podemos optar por uma solução em revestimento com gesso, desde que a equipe de obras informe ter condições de executá-la e a equipe de produto informe que está adequado ao produto. Assim, mais possibilidades de soluções podem ser avaliadas e discutidas, além de todos decidirem juntos (CAMPESTRINI et al., 2015). Para Menezes (2011), a sistematização BIM implica na existência de um sistematização colaborativa entre os envolvidos no processo, desde o proprietário do empreendimento à equipe de projeto, até a construtora e o fabricante, percorrendo seguidamente para o gerente do edifício ou proprietário da edificação o arquivo de toda a informação – o modelo BIM, como exemplo pode ser visto na Figura 1 – Processo colaborativo – BIM. Figura 1 - Processo colaborativo - BIM Fonte: Menezes (2011). Segundo Coelho e Novaes (2008), o sistema BIM não fica limitado somente em uma introdução de nova tecnologia, mas relaciona-se à adoção de novos cursos de trabalho abrangendo o ambiente colaborativo e o planejamento nas fases iniciais do projeto. O novo modelo de integração envolve recursos inovadores de visualização, 14 aliados à transferência contínua de compreensão entre os diversos agentes participantes do processo de projeto (projetistas, construtores, contratantes, consultores, etc.). De acordo com Barreto et al. (2016), os principais benefícios com o uso da tecnologia BIM no setor da construção, destaca-se com o maior número de detalhes e informações fornecidas através da ferramenta, a relação de menos desperdício de tempo de trabalho na elaboração de projetos e soluções de projetos, a forte integração entre as várias disciplinas o que diminui consideravelmente a margem de erro, a possibilidade em realizar simulações precisas e eficazes, a facilidade na criação dos quantitativos, a geração de uma maior qualidade no produto final e a atração de novos clientes. 2.3 FASES DE IMPLANTAÇÃO DO BIM As etapas de implantação do BIM em uma organização, pode variar conforme os objetivos da empresa, usos pretendidos, processos existentes, informações que devem ser compartilhadas, infraestrutura operacional e pessoas envolvidas (NEIVA NETO; FARIA; BIZELLO, 2014). De acordo com Gonçalves (2017), os projetos em BIM exigem da organização uma mudança de paradigmas, isso inclui as pessoas, processos e tecnologia, pois a ferramenta BIM é um modelo tridimensional repleto de informações das quais são totalmente integradas. Por este motivo é muito importante que as organizações estabeleçam um plano de migração detalhado, pois a ferramenta BIM é muito abrangente. Segundo Thórus (2020), as regras do processo BIM, estão relacionadas por meio de uma estratégia de execução BIM, do qual trata-se de um documento com cronograma definido, apresentando os parâmetros mínimos de cada objeto e também os níveis de detalhamentos de cada fase, essas entendidas como LODs, sigla inglês, “Level of development” ou seja, Nível de Desenvolvimento do projeto BIM, bem como o parâmetro de nomenclaturas, os pontos de referência entre outros. Na Tabela 1 – Nível de desenvolvimento do projeto, podemos visualizar os LODs de acordo com o seu grau de progresso: 15 Tabela 1 - Nível de desenvolvimento LOD 100 Apresentação da geometria, linhas, símbolos e volumes em forma de massa. LOD 200 Nessa dimensão passa a ser adicionadas outros elementos, como quantidades, tamanhos, localização e orientação. Os elementos podem receber informações geométricas. LOD 300 Fase onde já tem-se definido o anteprojeto e parte para o projeto executivo, os elementos passam a corresponder com as condições reais da instalação. LOD 350 Agrega-se informações importantes sobre detalhes específicos, onde servirão de base para outros projetos, como cotas e notas técnicas. LOD 400 Aplica-se ao processo de montagem, são adicionados detalhes técnicos de execução. LOD 500 Corresponde ao As Buíl (como construído). Fonte: Thórus (2020) Conforme Neiva Neto, Faria e Bizello (2014), o BIM em seu processo abrangem várias disciplinas, que de acordo com o objetivo de cada etapa do desenvolvimento dos projetos, ao final da modelagem tem-se o modelo BIM do qual resulta num conjunto de orientações e informações. Para Soeiro e Martins (2018), o processo de modelagem de um empreendimento permite a geração de componentes paramétricos. Estes componentes dependem de um longo e exaustivo trabalho por parte da equipe de projeto, até chegar a sua conclusão, porém uma vez que tenha criado, estes componentes poderão ser utilizados em qualquer ou projeto que for necessário, não perdendo mais tempo na sua elaboração. A geração e constatação do modelo na fase de projeto, possibilita a análise de possíveis divergências e impossibilidades que só poderiam ser analisadas na fase de execução, assim também os itens relacionados à segurança do trabalho que podem ser atendidas de uma forma antecipada, favorecendo a equipe de segurança. De acordo com Miara e Scheer (2020), apud Calcert (2013), a profundidade do BIM pode ser muito ampla, tudo depende da proposta de cada empreendimento, e para isso foram divididas em várias dimensões: 3D trata das dimensões tridimensionais, próprias do modelo; 4D trata do planejamento na dimensão de tempo; 5D trata do orçamento ou seja da dimensãodo custo; 6D incorpora a sustentabilidade; 7D trata da operação e manutenção da edificação ao longo de seu ciclo de vida e 8D trata da segurança do trabalho. 16 Figura 2 - Dimensões BIM Fonte: Miara e Scheer (2020) Pode-se observar nas dimensões do BIM, que a forma do uso da tecnologia está muito além de apenas especificar a altura, comprimento e espessura das linhas do projeto, o BIM abrangem outros patamares, que não menos importantes são essenciais para o sucesso do empreendimento, como por exemplo a segurança do trabalho, relacionada na dimensão 8D. 2.4 PREVÊNÇÃO DE RISCOS NA FASE DE PROJETO, COM O USO DA TECNOLOGIA BIM De acordo com Garibaldi (2020), a segurança do trabalho tem um papel fundamental na atuação sobre a prevenção de doenças e acidentes de trabalho, dos quais, na maior parte, tem suas ocorrências associados a máquinas, produtos e comportamentos do trabalhador. Segundo Miara e Scheer (2020), pode-se dividir os acidentes em três categorias, sendo elas: típico, de trajeto e relacionados a algum tipo de doença do trabalho. Destas três categorias a primeira classificada com acidente típico, são aqueles que acontecem no ambiente de trabalho e não possuem causa relacionada a doenças, mas sim aos riscos existentes nos ambientes laborais. Conforme Soeiro e Martins (2018), a segurança do trabalho é um conceito maior a qualquer ser humano, por ela estar presente no seu dia-a-dia e também em todo o seu ambiente de trabalho. Com este sentido a tecnologia BIM, passa pela criação de um novo processo, de forma a atuar também na prevenção dos acidentes, passa a munir os trabalhadores e a equipe responsável pela segurança do trabalho de 17 informações antecipadamente, das quais, podem ganhar mais experiências e prever um contexto real de suas aplicações, o que pode contribuir significativamente na redução dos acidentes de trabalho e dos seus agravos a saúde dos trabalhadores. Garibaldi (2020), afirma que as causas predominantes de acidentes e mortes nos locais de trabalho possui um potencial de serem definitivamente reduzidas com a elaboração de projetos e gestão avançada tendo como aliado as ferramentas BIM. Levando em consideração o parágrafo anterior, é importante adotar medidas preventivas, como a incorporação da tecnologia BIM e treinamentos dos colaboradores. Tais medidas são significativas na busca de um ambiente de trabalho mais sadio e seguro. Sendo que, as atividades desenvolvidas na construção civil utilizam uma grande frota de maquinários que muitas vezes, são complexas e pesadas (IBEC, 2019). Para Miara e Scheer (2020), dentre os acidentes ocorridos no setor da construção civil têm-se a uma associação no que tange a negligência, imperícia e imprudência, tal e qual as condições de trabalho e atitudes inseguras. Mas por outro lado, ainda deve-se considerar que uma parcela está representada também pela condição de projeto. De acordo com Soeiro e Martins (2018), um projeto em geral é dividido em vários outros subprojetos, até a sua conclusão, o que engloba várias disciplinas. Fato esse que, os vários subprojetos terão atividades e procedimentos diferentes, onde cada equipe responsável deverá desenvolver e analisar individualmente seus aspectos, para que só então, após poderão ser anexados ao projeto final. Diante deste cenário, e pensando na segurança dos operários, cabe a contratação de uma equipe especializada em segurança do trabalho, a qual ficará afrente da gestão da SST e realizara uma conexão entre as diferentes equipes de projeto, da qual, será a responsável por criar uma análise e compreensão dos riscos potenciais, seja através das reuniões, discussões e/ou análises dos modelos BIM. Segundo Garibaldi (2020), a prevenção assistida por meio da tecnologia BIM, da qual é aplicada por intermédio do design é uma concepção de atenuação dos riscos ocupacionais, sendo programada durante a fase de concepção do projeto. Com o uso da ferramenta BIM, a equipe de SST poderá realizar o trabalho de antecipação e identificação dos riscos ainda na fase virtual, fase de projeto, ou seja, é uma grande oportunidade de realizar aplicações preventivas antes mesmo do início da construção. 18 Conforme IBEC (2019), o uso da tecnologia BIM possibilita uma gestão mais enxuta com um maior controle, contribuindo para os processos industriais, desta maneira tem-se o controle das técnicas mais apuradas, garantindo ambientes de trabalho mais seguros. A importância do BIM na fase de projeto, também deve-se ao fato que ele pode ser utilizado como ferramenta de quantificação dos materiais necessários para as proteções coletivas, ou seja, quando definido todas as partes e peças de proteções necessárias, como por exemplo fechamento de abertura dos pisos e demais equipamentos de prevenção contra quedas, estes podem ser especificado ainda no pré-projeto e na pré-quantificação das principais subcontratações e parcerias comerciais (GARIBALDI, 2020). Para Soeiro e Martins (2016), a aplicação do BIM na prevenção de riscos dos ambientes de trabalho estaria atrelada com os seguintes aspectos: • Prevenção na fase de projeto; • Simulação da construção para análise de riscos; • Elaboração de contratos com garantias de níveis de prevenção; • Utilização de dispositivos móveis durante a execução da obra; • Localizadores para controle de operações; • Análise de medidas de prevenção durante as fases de operação e manutenção. Segundo Miara e Scheer (2020), as principais tecnologias BIM utilizadas como ferramenta auxiliares de prevenção destaca-se: • Realidade aumentada; • Verificação de regras de forma automáticas; • Tecnologia de posicionamento – GPS; • Sistemas de identificação de riscos em BIM; • Visualização 4D no BIM; • Internet das coisas e sensores wireless. De acordo com IBEC (2019), a través da realidade virtual ou realidade aumentada, pode-se determinar a execução da edificação, suas etapas de execução bem como os maquinários e equipamentos envolvidos. Por permitir testar o modelo virtual na interação entre todos os equipamentos, dispositivos, estrutura e instalações é fator que contribui para que o acidente não ocorra. 19 Para Garibaldi (2020), o uso da tecnologia BIM na mitigação dos riscos dos ambientes de trabalho pode ser visto conforme aplicações a seguir: • Pré-fabricação: possibilidade de produção no chão de fábrica, ao qual é um ambiente mais controlado e seguro. Esta pré-fabricação com o uso do BIM possibilidade a eliminação de várias circulações em escadas, fossos, aberturas, horas de trabalho e evitar a condição ergonomicamente imprópria por exigência da atividade; • Análise dos riscos: criação de regras definidas e automatização, através do uso de modelos BIM com digitalização aprimorada, das quais é possível a busca por áreas de situações de riscos como aberturas do piso ou risco de quedas; • Coordenação do local: como é possível a construção da obra de forma virtual, da mesma maneira aplica-se na exploração dos diversos cenários, com a capacidade de coordenar os locais que iram auxiliar na prevenção dos riscos de acidentes. Podendo além de tudo utilizar a modelagem BIM como uma maquete virtual otimizando tempo e facilitando o entendimento das medidas de proteção; • Detecção de choque: possibilidade de visualizar os locais com o risco de choque e aplicar medidas de controle para cada etapa da obra; • Comunicação visual: visualização de todas as etapas da obra por todas as pessoas, equipes que faram parte do empreendimento. Aumenta a possibilidade de decisões como um todo e auxiliar no seu entendimento; • Coordenação de segurança diária: acesso da equipe de segurança ao modelo BIM no local de trabalho, facilitando as inspeções e a validação das disposições de segurança atendidas. Conforme Garibaldi (2020), a prevenção por meio do projetoem todas as suas capacidades desempenhará um papel importante na redução da taxa de lesões e na garantia de que cada trabalhador retorne diariamente à sua família. 2.5 VANTAGENS NA APLICAÇÃO DO BIM Segundo Silva e Vendimiati (2020), uma das vantagens que podem ser citadas quanto a implantação do BIM nas questões de SST, esta na possibilidade de produzir 20 modelos virtuais de proteções, o que torna útil quando o assunto é a comunicação e interpretação por parte dos trabalhadores que iram realizar suas atividades naqueles ambientes, como por exemplo abaixo representado na Figura 3 – Sistema de proteção contra quedas. Figura 3 - Sistema de proteção contra quedas Fonte: Silva e Vendimiati (2020) Outra vantagem também a ser apresentada é o uso dos modelos de planeamento (4D), os quais permitem a visualização das medidas de segurança aplicadas em cada frente de trabalho e realizar a comparação desses dados com o que foi executado, o que permite que a equipe de SST possa identificar não- conformidades em tempo real, sendo possível uma intervenção mais eficaz se assim for necessário (SOEIRO E MARTINS, 2016). 21 Figura 4 - Analise do modelo virtual com o executado em obra Fonte: Soeiro e Martins (2016). Conforme IBEC (2019), outra grande vantagem esta associada ao uso das ferramentas BIM no planejamento e controle de obras, uma vez que, pode-se realizar o planejamento a longa data, sendo assim, a obra é planejada de uma maneira mais eficiente, o que contribui de fato no ganho da produtividade e qualidade. Por conseguinte, com uma maior estruturação dos métodos a sua execução ocorre com maior segurança, do qual resulta em melhores qualidades de vida para o trabalhador. De acordo com Mirian e Scheer (2020), o fornecimento de informações constantes durante a execução dos serviços, torna-se possível ao associar a tecnologia de realidade aumentada com a internet das coisas. Essa associação facilitariam as tomadas de decisões, bem como, uma melhor supervisão dos trabalhadores dos quais portariam sensores de monitoramento. 22 Segundo Soeiro e Martins (2018), em uma pesquisa realizada nos EUA - Estados Unidos da América, apontou que somente cerca de 43% das empresas estudadas utilizavam BIM para segurança do trabalho, e em alguns desses casos a tecnologia permitiu o trabalho com obras mais complexas o que tornou essas empresas mais competitivas, elevando desta maneira também os níveis de segurança. Com o uso do BIM foi possível a identificação dos riscos antes mesmo do início das obras, sendo permitido resolução de situações de conflitos de atividades e regulamentações, foram identificados aberturas sem proteções, escadas desprotegidas, realização de simulações de escavações e aterros com a visualização dos cenários propícios a riscos de acidentes, essa ultima análise foi realizada já na fase 4D (SOEIRO E MARTINS, 2018). Conforme Martiniano (2018), outras vantagens que a metodologia BIM apresenta está relacionada a fases e categorias do andamento da obra das quais podem ser agrupadas de acordo com a Tabela 2 – Categorização das aplicações BIM. Tabela 2 - Categorização das aplicações BIM CATEGORIA DESCRIÇÃO Visualização de riscos Durante as fases de construção é possível a visualização e identificação de riscos que estão expostos os trabalhadores por meio da utilização de modelos 3D com dimensões do tempo 4D. Monitoramento em tempo real Identificar a localização dos operários e verificar utilização de equipamentos de proteções, realizando um monitoramento em tempo real, do qual também pode-se monitorar a produtividade. Prevenção na fase de projeto Checagem automática por meio de algoritmos. Identificação dos possíveis riscos na fase de projeto, situações aos quais os trabalhadores estarão expostos como por exemplo o trabalho em altura. Organização da informação Criação de banco de dados com informações relativas à segurança do trabalho, apresentando informações dos problemas, causas e soluções de maneira fácil e organizada. Percepções do uso do BIM para a segurança do trabalho Estudos de viabilidade do BIM na gestão de SST. Estruturas temporárias Visualização da montagem, utilização e desmontagem de andaimes, afim de identificar previamente os riscos originados da atividade. Treinamento Aplicação do BIM associada a realidade virtual e aumentada, visando a simulação de situações de riscos com maior detalhamento possível. Equipamentos e máquinas Modelagem dos equipamentos ou máquinas, com a finalidade de identificar situações de riscos aos trabalhadores, como por exemplo a utilização de um guindaste. Gestão de riscos Interação do projeto com a construção utilizando BIM para gerenciar os riscos. Fonte: Martiniano (2018). 23 De acordo com Soeiro e Martins (2018), o uso da tecnologia BIM poderá ter uma integração com dispositivos móveis, o que permitiria um fluxo de informações em tempo real, contribuindo para uma avaliação integral da obra, o que se tornaria uma ferramenta perfeita na gestão de SST. 24 3 CONCLUSÃO Diante do exposto neste artigo, conclui-se que o controle dos riscos e a redução dos acidentes de trabalho é possível ser realizada por meio da tecnologia BIM. Ainda, destaca-se que a imprecisão e as dificuldades em associar as etapas de obras com a segurança do trabalho, vivenciadas pelos profissionais de SST por longas datas, pode contar com essa valiosa ferramenta, na batalha contra os acidentes de trabalho, da qual, traz vida ao planejamento e ao controle dos riscos nos canteiros de obras. Desta forma, percebe-se que a ferramenta BIM é uma tecnologia muito avançada e em constante evolução, o reconhecimento e antecipação dos riscos nos ambientes de trabalho, agora são possíveis antes mesmo da concepção da edificação, através da utilização dos modelos virtuais. Análises mais detalhadas, treinamentos mais realísticos, são os pontos fortes que a tecnologia permite. Na fase de antecipação dos riscos é possível, projetar e dimensionar os elementos de proteções coletivas, necessários para cada situação de risco pré identificada, possibilitando testar os modelos antes mesmo da sua construção, a qual permite uma análise aprofundada e detalhada da sua aplicabilidade. O objetivo geral, assim como os objetivos específicos foram alcançados, uma vez que, através da pesquisa bibliográfica, foi possível verificar que, a metodologia BIM como forma de prevenção assistida e prevenção por meio do desing, contribui na redução e eliminação dos riscos, sendo assim, consequentemente influencia na redução dos acidentes de trabalho. O processo de implantação do BIM, requer uma metodologia programada e controlada da organização. A definição dos objetivos, usos, processos e informações que se desejam ser coletadas por meio desta metodologia, devem ser claramente discutidas por toda equipe envolvida. Um ambiente coorporativo, com um plano de trabalho e metas bem detalhadas, das quais pretende-se alcançar é fundamental para implantação do BIM junto a área da saúde e segurança do trabalho. Observou-se que o BIM é uma tecnologia muito ampla e que sua profundidade, detalhes e aplicações são muitas, mas o que chama a tenção neste processo de implantação, são as formas que suas dimensões foram divididas. Na pesquisa realizada, observou-se que durante a fase de implantação, a qual inicia-se com a dimensão do nível 3D, passando pelo 4D, 5D, 6D e 7D, nada se comenta ou sugere- se referente a segurança do trabalho. Então, somente no 8D são discutidos tais 25 assuntos, ou seja, esse modelo de implantação deveria ser revisto, pois pensar em segurança do trabalho somente depois de ter as etapas de concepção de projeto finalizada, orçamento e cronograma concluído, não faz o maior sentido, já é muito tarde, pois a segurança do trabalho deveestar envolvida já na fase de estudo da edificação, a qual é a etapa onde deve-se pensar, analisar e propor soluções eficazes na prevenção dos acidentes de trabalho. Por outro lado, as vantagens apresentadas com o uso desta tecnologia, quando bem aplicadas são diversas. A virtualização dos modelos de proteções, favorece a compreensão e interpretação por parte dos trabalhadores. Os modelos 4D, fornecem para as equipes de SST, uma visualização completa das medidas de segurança aplicadas no empreendimento, com a possibilidade de revisões em tempo real. A possibilidade da criação de um senário virtual, através de simulações, contribui na realização dos treinamentos frente a situações adversas. A través da coleta de informações mais detalhadas, cria-se a possibilidade da equipe de SST, realizar uma gestão aprofundada, contribuindo de fato para eliminação dos riscos e redução do número de acidentes. Para a realização desta pesquisa, foram utilizadas publicações nos meios eletrônicos, monografias e artigos acadêmicos. Visto que, o assunto, a pesar de não ser uma novidade recente, até agora são poucos os estudos apontados nesta direção, o que por algumas vezes limitou o aprofundamento em um determinado tema. Já por outro lado, percebe-se que o cenário BIM abrangerá grandes influencias na gestão da saúde e segurança do trabalho. Por fim, é importante salientar que, o controle e a prevenção dos riscos de acidentes de trabalho estão muito além de uma tecnologia. Os sistemas de informática, softwares, maquinas e equipamentos, não trabalham de forma autônoma, é preciso que alguém os operem, os programem, para que as atividades possam realmente acontecer. Então, ter uma equipe de trabalho comprometida, subordinada por uma gerência que realmente se preocupa com as pessoas, é um passo fundamental para o sucesso da segurança do trabalho, pois é este o artigo mais valioso ao qual devemos realmente proteger. Ainda, seguem algumas sugestões para trabalhos futuros, proporcionando a continuidade dessa temática: a) desenvolvimento de um estudo de caso, que verifique e desenvolva todas as etapas de segurança na fase de projeto, utilizando a 26 metodologia BIM, podendo utilizar uma edificação já construída, em andamento ou ainda a ser executada; b) desenvolvimento de uma plataforma de treinamento virtual, com situações cotidianas vivenciadas pelos trabalhadores, apontando as etapas de segurança necessárias e meios para prevenir e evitar os acidentes de trabalho; c) criação de uma plataforma de análises de dados, a qual permitisse a realização do monitoramento da exposição aos riscos, da qual uma determinada equipe estaria exposta conforme fosse avançando nas etapas de construção. Portanto, a pesquisa possibilitou a visualização mais aprofundada do tema, a qual expressou que é possível utilizar a tecnologia a favor da segurança do trabalho, evitando acidentes e contribuindo para ambientes de trabalhos mais saudáveis. 27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARRETO, Bruna Vieira et al. O BIM no Cenário de arquitetura e Construção Civil Brasileiro. 2016. Disponível em: http://www.fumec.br/revistas/construindo/article/view/4811. Acesso em: 12 out. 2020. CAMPESTRINI, Tiago Francisco et al. Entendendo BIM. 2015. Disponível em: http://www.gpsustentavel.ufba.br/downloads/livro_entendendo_bim.pdf. Acesso em: 11 out. 2020. COELHO, Sérgio Salles; NOVAES, Celso Carlos. Modelagem de Informações para Construção (BIM) e Ambientes Colaborativos para Gestão de Projetos na Construção Civil. 2008. Disponível em: http://www2.pelotas.ifsul.edu.br/gpacc/BIM/referencias/COELHO_2008.pdf. Acesso em: 24 set. 2020. GARIBALDI, Bárbara Cristina Blank. BIM e Segurança do Trabalho. 2020. 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