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EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES E SEUS MECANISMOS DE AÇÃO: UMA REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA BIOLOGICAL EFFECTS OF IONIZING RADIATION AND ITS MECHANISMS OF ACTION: A NARRATIVE LITERATURE REVIEW Aline Pereira Rodrigues1; Aline Vitória de Lima Coutinho1; Erivelton Oliveira Rêgo1; Maria Letícia Viana de Melo1; Mario Soares Sampaio1; Amanda de Castro Amorim Serpa Brandão2 RESUMO Introdução: As radiações ionizantes podem ser irreversíveis, pois elas agem direta ou indiretamente em direção às estruturas celulares causando danos biológicos através do processo de ionização, observa-se que os danos dependem dos mecanismos de defesa, onde pode-se obtê-los de forma imediata ou tardia, classificados como determinísticos e estocásticos, sucessivamente. Objetivo: Analisar o acompanhamento e desenvolvimento do efeito de ionização das células afetadas por a radiação ionizante, apresentando os danos. Metodologia: Trata-se de um estudo realizado por meio de pesquisas bibliográficas e baseado em pesquisas de estudos originais e sites reconhecidos por ocasião da realização de uma revisão narrativa. Resultados e Discussões: Foi possível analisar danos encontrados em vítimas do acidente de Goiânia pelo césio-137, na qual 249 pessoas foram irradiadas e algumas mortas em apenas 16 dias após o ocorrido. Em relação aos animais que frequentam Chernobyl, outro histórico de acidente nuclear, aves e mamíferos possuíram cataratas, redução cerebral, tumores e má formação de células reprodutivas e cerca de 40% dos animais machos apresentaram esterilidade. Nos estudos de gravidez humana, durante o período de gestação, o feto pode sofrer riscos se a mãe for exposta a radiação, na 2a e 3a semana, ele pode levar ao óbito ou sofrer aborto, anormalidades severas entre a 4 a e 11 a semana, e anormalidades estruturais a partir da 30a semana. Conclusão: A radiação ionizante mostra sua irreversibilidade, pois age diretamente nas estruturas dos átomos podendo levar até a morte celular do indivíduo afetado, os efeitos biológicos possuem a proteção radiológica como prevenção. Palavras-chave: Efeitos Biológicos, Radiação ionizante, Mecanismo de Ação, Limiar 1de Dose, Proteção Radiológica, Lesões por Radiação Artigo apresentado à faculdade Uninasssau/ Teresina – Jóckey como requisito para aprovação na disciplina tópicos integradores I do curso de Radiologia 1 Graduando (a) do Curso de Tecnologia em Radiologia da Uninassa/ Teresina – Jóckey 2 Orientadora Professora Dra. Amanda de Castro Amorim Serpa Brandão. Nutricionista. Doutorado em Biotecnologia em Saúde. Docente da Faculdade Uninassau/ Teresina - Jóckey ABSTRACT Introduction: Ionizing radiation can be irreversible, as they act directly or indirectly towards cell structures caused by biological damage through the ionization process, it is observed that damage dependent on defense mechanisms, where the data can be obtained immediate or late, classified as deterministic and stochastic, successively. Objective: To analyze the monitoring and development of the ionization effect of cells affected by ionizing radiation, responsible for damage. Methodology: This is a study carried out through bibliographic searches and based on searches of original studies and websites based on the occasion of carrying out a narrative review. Results and Discussions: It was possible to analyze damage found in victims of an accident in Goiânia by cesium-137, in which 249 people were irradiated and some were killed in just 16 days after the event. Regarding the animals that attend Chernobyl, another history of nuclear accident, birds and mammals had cataracts, brain reduction, tumors and malformation of reproductive cells and about 40% of male animals dissipated sterility. In human pregnancy studies, during the gestation period, the fetus may be at risk if the mother is exposed to radiation, in the 2nd and 3rd week, it may lead to death or suffer abortion, severe abnormalities between the 4th and 11th week, and abnormalities appear from the 30th week. Conclusion: Ionizing radiation shows its irreversibility, as it acts directly on the structures of atoms and can even lead to the cell death of the affected individual, the biological effects have a radiological protection as a prevention. Keywords: Biological Effects, Ionizing Radiation, Action Mechanisms, Dose Threshold, Radiation Protection, Radiation Injury. 1 INTRODUÇÃO Na noite de 08 de novembro de 1895, o físico Wilhelm Conrad Röntgen trabalhava em desenvolver novos estudos utilizando um tubo de raios catódicos, que acidentalmente ou sem intenção uma placa composta por um material fluorescente começou a brilhar. Röntgen tentou interferir o brilho colocando uma folha de alumínio e um livro entre o tubo e a placa. Aquilo que saía do tubo era capaz de atravessar os materiais que o barravam incidindo no material de platinocianeto de bário (placa fluorescente), assim, esses raios desconhecidos foram denominamos como “raios x” pelo próprio físico, e mesmo após seu estudo a nomenclatura tornou-se fixa até os dias de hoje (NAVARRO et al., 2008). Os raios x são classificados como um tipo de radiação ionizante, onde sua a forma de interação com a matéria pode causar processo de ionização no átomo do corpo incidido ocasionando danos biológicos em suas estruturas. Assim, o mecanismo de ação desse processo ocorre de maneira direta e indireta com o propósito de excitar o átomo (OKUNO, 2013). Conseguinte dessa ação, os danos biológicos das radiações ionizantes tornam-se um assunto amplo a ser discutido nesse artigo, onde o efeito de ionização de átomos será acompanhado e desenvolvido nas células do tecido afetado, visto que são as menores unidades fisiológicas e morfológicas dos seres vivos. Quanto a natureza, os efeitos biológicos são classificados como: efeitos estocásticos e efeitos determinísticos, dependendo do limiar de dose em que a estrutura do corpo foi sujeito (NOUAILHETAS, 2005). De acordo com Okuno (2013) os efeitos estocásticos são aqueles que não apresentam um limiar de dose, ou seja, não dependem de um certo nível limite de radiação, a gravidade dos riscos decorrentes dependerá do nível de dose e toda quantia vai se estocando. Em outras palavras, ocorre uma transformação celular, sua morte não acontece, mas sofre mutações, que futuramente poderá haver surgimento de neoplasias e indução ao câncer caso o mecanismo de defesa do indivíduo afetado não consiga reparar o dano causado. Seguindo a colocação de Okuno (2013) os efeitos determinísticos acontecem de imediato em um período de tempo curto após a ocorrência do dano, apresentam um certo limite de dose, seus riscos e gravidades dependem do nível da dose, ou seja, existe um certo limiar e levam à morte celular. Os riscos referentes à estes efeitos podem resultar em leucopenia, náuseas, anemia, catarata, esterilidade, hemorragia, etc, efeitos clínicos também podem aparecer caso não haja compensação de destruição celular, como exemplo: 3-5 Gy eritema, 20 Gy necrose. Diante desses efeitos que podem ser reparáveis, ou não, há maneiras de preveni-los tratando-se da área de radiodiagnóstico. Como exemplo, o IOE (Indivíduo Ocupacionalmente Exposto), ou seja, o profissional técnico/tecnólogo em radiologia deve adotar medidas e princípios de proteção radiológica que possam o proteger, não somente ele, mas sim os pacientes. Segundo Gomes (2016) esses princípios baseiam-se na justificação, otimização e limitação de doses individuais. Em relação ao o tema abordado, esse trabalho tem como objetivo realizar análise na literatura dos efeitos biológicos das radiações ionizantes em indivíduos expostos, apresentando as consequências e explicando seu mecanismo de ação. 2. METODOLOGIA O presente artigo consiste em uma revisão do tipo narrativada literatura científica. Será efetuada uma busca seletiva da literatura científica de artigos envolvendo as bases de dados eletrônicas (BVS), biblioteca digital (Scielo) e um pesquisador acadêmico (Google Acadêmico), utilizando os seguintes descritores: Efeitos Biológicos/Biological Effects, Radiação Ionizante/ionizing Radiation, Mecanismo de Ação/Action Mechanisms, Limiar de Dose/Dose Threshold, Proteção Radiológica/Radiation Protection, Lesões por Radiação/Radiation Injury. A seleção será restrita aos artigos publicados entre o ano 2007 a 2020, escritos no idioma português. Entre as publicações, encontram-se estudos originais e revisões bibliográficas. Serão excluídos os artigos publicados em outros idiomas, com datas inferiores ao ano proposto e que não abordem o tema em questão. Após a seleção, as informações estarão organizadas em imagens, quadros e textos contendo os dados das análises realizadas pela avaliação dos artigos e trabalhos encontrados nas bases de dados citadas acima. Para a busca de estudos, foram encontrados 11 artigos nas demais bases de dados. Após a leitura, 07 estudos foram selecionados e aceitos, os demais foram excluídos pelo motivo da ausência de coleta de dados relacionado ao tema. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 Radiação Ionizante A radiação ionizante pode causar danos aos seres vivos por meio do processo de ionização no momento em que sua energia for superior a 10 eV, e esse dano causado classifica-se como dano biológico, assim, o fóton de radiação possui energia suficiente para ejetar um elétron da órbita de um ou mais átomos, ionizando-os e os deixando excitados. Os núcleos também possuem partículas aceleradas com fontes naturais como os radionuclídeos e radiação cósmica, as partículas ionizantes arrancam elétrons e moléculas do nosso corpo desabilitando as quebras de molécula. Assim, os fótons incidentes possuem partículas de radiações ionizantes variadas, como os raios gamas e raios-x. Ambas possuem energia suficiente para desestabilizar moléculas de átomos que estão em seus caminhos até que sua energia se torne baixa e insuficiente para dar continuidade aos danos em demais tecidos (OKUNO, 2013). 3.2 Mecanismos de Ação O mecanismo de ação da radiação ionizante está incluído em dois tipos que são: mecanismo direto e mecanismo indireto. Cada mecanismo fala sobre a interação da radiação direto com a molécula e suas causas, e o que leva a destruição da molécula de DNA e a quebra da molécula da Água. Falando sobre mecanismo direto, temos em vista que essa radiação interage diretamente com as importantes moléculas do corpo que é o DNA levando a ter problema genético até a morte da célula irradiada. Tendo como consequência a falta de distribuição do material genético nas células, fazendo com que consequentemente se reproduza. No mecanismo indireto temos como referência a quebra de moléculas de água, sabemos que o organismo biológico é composto por inúmeras moléculas de água que a mesma participa de toda reação metabólica no organismo, e que em caso de exposição com a radiação as mais prejudicáveis são as moléculas de água sofrendo então radiólise onde levará a quebra da molécula e quando ocorre a quebra da molécula permite afirmar que são formados radicais livres sendo que o mesmo podendo atacar outras importantes moléculas do organismo que logo após sofrer essa irradiação tem como meios de proteção, rearranjos eletrônicos que permitem produção de radicais livres, sendo que esse radicais livres tem como características entidades químicas bastante mente reativas em relação aos átomos contidos, sendo que a última camada não apresentando o número de elétrons, lhe daria equilíbrio a estrutura (NOUAILHETAS, 2005). Figura 1: Consequências da irradiação da molécula de DNA Fonte: Nouailhetas, 2005. 3.3 Acidente Radioativo em Goiânia Em 13 de setembro de 1987 marcou-se uma das maiores tragédias do Brasil que ficou conhecida como o acidente radiológico com o césio-137, em Goiânia. Dois catadores de ferro velho andavam pela cidade a procura de materiais reutilizáveis, Wagner Mota Pereira e Roberto Santos Alves chegaram em uma antiga clínica abandonada que exercia atividades em radioterapia, eles recolheram um material revestido de chumbo, com finalidade de removê-lo para vendê-lo. O problema é que não sabiam que dentro do material havia uma cápsula com elemento bastante radioativo, o Césio-137, que por sua vez, escapou contaminando e irradiando os próximos no momento em que Roberto destruiu a proteção que revestia o elemento, no ferro velho (CHAVES, 2007). Figura 2: Local do ferro velho onde foi desmontado o aparelho radiológico. Ainda hoje permanece o terreno concretado e vazio. Fonte: Goiás, 2016. Diante do ocorrido, as consequências geradas foram impactantes, a radiação se espalhou por toda a cidade, 249 pessoas encontravam-se irradiadas e contaminadas em apenas 16 dias após o acidente, já havendo mortes. A população estaria encantada com o “pó azul brilhante” (figura 4), o que a agravou ainda mais a contaminação entre ela, pois chegaram a tocar e transportar o césio-137, aumentando ainda mais os riscos (CHAVES, 2007). Efeitos determinísticos causados pela radiação gama do césio-137 foram apresentados como queimaduras, necrose e cicatrizes por pessoas que tocaram no pó. Luiza Odete Motta dos Santos, uma das vítimas, sofreu lesões no rosto e pescoço, sendo amenizadas através de cirurgias plásticas (BORGES, 2015). O símbolo da tragédia é uma garotinha chamada Leide das Neves de 06 anos, foi a vítima que recebeu a maior quantidade de radiação, Leide ingeriu o “pó azul” e infelizmente veio a falecer. Seu corpo foi enterrado em um caixão totalmente revestido com aproximadamente 700 quilos de chumbo para evitar que a radiação presente em si não disseminasse (BORGES, 2003; 2015). Figura 3: Enterro da menina Leide das Neves, primeira vítima do césio-137. Fonte: Carneiro, 2015. Figura 4: Simulação do pó branco de césio-137 exposto à luz. Fonte: Memória Globo, 2013. Outra vítima do ocorrido foi Odesson, um homem pai de família, que atualmente possui 65 anos e na época do acidente tinha 32 anos. Ele é irmão dos donos do ferro velho, no caso Ivo Alves Ferreira e Devair Alves Ferreira. Odesson também não tinha conhecimento sobre o cs-137 chegando a tocá-lo e logo mais as consequências vieram. Suas mãos sofreram queimaduras de 3º grau necessitando uma cirurgia de enxerto com gordura e pele da barriga nas mãos, falanges dos dedos indicadores foram amputadas além de doenças psicológicas (DA SILVA, 2016). Figura 5: Odesson e suas sequelas. Fonte: Irene, 2012. O estudo de Okuno (2013) aponta que o aumento de casos de câncer (efeitos estocásticos) não foi especificamente comprovado e que o efeito hereditário de pai para filhos e netos não houve. 3.4 Efeitos Biológicos: Animais Sujeitos aos Efeitos da Irradiação de Chernobyl e Riscos ao Embrião e Feto na Gravidez O maior acidente nuclear da história ocorrido na cidade de Chernobyl em 26 de abril de 1986 comprometeu milhares de vidas aos efeitos radioativos do local após o acidente com o reator 4, tanto em pessoas, quanto em animais, plantas e elementos da natureza. A região do desastre é restrita aos humanos até os dias de hoje, exceto para fins de pesquisas, porém, tratando-se dos animais, pode-se esclarecer que eles possuem hábito livre em qualquer zona de Chernobyl, mas em quantidades menores, pois logo notavam que a radiação local era o bastante para que fossem forçados a se distanciarem do local (WENDLE, 2016). O estudo de Mousseau (2016) também aponta que a alta radioatividade existente na cidadefez com que a biodiversidade dos animais fosse reduzida e que os poucos que ali vivem podem desencadear reações teciduais. Aves e mamíferos possuem cataratas e cérebros menores, também, algumas aves apresentam tumores e outras não desenvolveram formação total de células reprodutivas e cerca de 40% dos animais machos apresentam esterilidade. Plantas e insetos desenvolveram anomalia em suas estruturas. D'ippolito e Medeiros (2005) esclarecem que altas doses de radiação ionizante podem afetar o desenvolvimento celular, impedindo a sua maturação e evolução fazendo com que ocorra morte do feto ou que haja alguma malformação, mas tais consequências não costumam acontecer caso o feto seja submetido a pequenas doses de radiação, pois o sistema imunológico é capaz de auto reparar o dano, tornando-se momentâneo. Por volta da 2a a 3a semana, ou até mesmo antes disso, o feto pode levar ao óbito ou sofrer aborto. As anormalidades severas costumam aparecer em fetos mais desenvolvidos podendo ocorrer por volta da 4a a 11a semana, sendo elas o esqueleto e sistema nervoso central as estruturas sujeitas aos danos. Já a partir da 30a semana, as anormalidades estruturais não costumam acontecer, perante a isto os riscos que podem comprometê-lo são desordens funcionais. (BIRAL, 2002). D'ippolito e Medeiros (2005) afirmam que o embrião pode sofrer retardo mental e desenvolvimento incompleto em torno de suas 16a a 30a semanas e que há indícios de enfermidade grave na infância ou na fase adulta após a 32a semana. As estatísticas de pesquisas realizadas mostram que 0,5% para uma exposição de 10 mSv possibilitam o aparecimento de malformações, 0,4% em exposição de 10 mSv para microcefalia e 0,1% em 10mSv para retardo mental e que somente 0,5 a 5% da população podem desenvolver displasias congênitas. Com base em seus estudos, Varella e Pinhal (2015) elaboraram um quadro apresentando os danos que afetam o feto de acordo com a quantia de mGy (unidade de dose absorvida) em sua idade gestacional. Visto no que foi apresentado nos resultados acima, percebe-se que a grande maioria das pessoas não tinham e atualmente não têm conhecimento sábio referente às radiações ionizantes, pois boa parte sabe-se que as radiações ionizantes apresentam perigo dependendo de sua maneira de uso, porém não possuem a noção do que pode acontecer ao interagir com a mesma e consequentemente, também são leigos referente à proteção contra radiação a fim de preveni-los dos efeitos biológicos. Idade Gestacional <50mGy 50-100mGy >100mGy 0 – 14 dias Nulos Nulos Nulos 15 – 28 dias Nulos Provavelmente nulos Aborto espontâneo 29 – 70 dias Nulos Efeitos incertos e nem sempre detectáveis Malformações 71 – 119 dias Nulos Efeitos incertos e nem sempre detectáveis Atraso mental 120 – 189 dias Nulos Nulos Atraso mental nem sempre detectados >189 dias Nulos Nulos Nulos Quadro 1 - Efeitos de acordo com os dias gestacionais Fonte: Varella e Pinhal (2015) 4. CONCLUSÃO Com base no que foi dito e mencionado no decorrer do artigo, as radiações ionizantes em interação com os átomos da matéria ou corpo lesionado resultam em efeitos biológicos em suas estruturas, acometendo sérios riscos aos indivíduos expostos. Foi possível observar que o tipo de efeito biológico da radiação ionizante depende bastante do mecanismo de defesa, pois o mesmo possui a função de reparar os danos causados ou a serem causados, visto que possuem dois tipos de efeitos biológicos, os estocásticos, onde não há morte celular, porém há o surgimento de transformações celulares podendo ocasionar patologias futuramente, e os efeitos determinísticos, que ocorre danos imediatos após a interação com a radiação ionizante dependendo também do limite de dose que foi recebida, podendo levar a morte celular. Com isso, podemos concluir que a prevenção às radiações ionizantes, seguindo os conhecimentos dos princípios de proteção radiológica é o método mais eficaz para evitar o surgimento de efeitos biológicos físicos e psicológicos, evitando situações de mutação, esterilidade, depressão, perda de membros e até mesmo acidentes radioativos. REFERÊNCIAS CHAVES, E. Goiânia é azul: o acidente com o césio 137. Revista UFG, v. 9, n.1, p. 08-09, 2007. DA SILVA, S. Césio-137- consequências do acidente radioativo em Goiânia: estudo de caso após o acidente. Revista Eletrônica de Educação da UniAraguaia Centro Universitário, v.1, n 25, p. 17-20, 2016. DE LIMA, I. et al. Acidente nuclear de Chernobyl: os efeitos biológicos da radiação. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-UNIT- SERGIPE, v. 6, n. 1, p. 107, 2020. GOMES, N. Proteção radiológica dos trabalhadores expostos à radiação ionizante. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v.13, n.30, p.244, 2016. NAVARRO, M. Controle de riscos à saúde em radiodiagnóstico: uma perspectiva histórica. Revista Scielo, v.15, n.4, p.1039-1047, 2008. NOUAILHETAS, Y. Radiações Ionizantes e a vida, 2005. Disponível em: < http://www.cnen.gov.br/images/cnen/documentos/educativo/radiacoes- ionizantes.pdf>. Acesso em: 30 set. 2020 OKUNO, E. Efeitos biológicos das radiações ionizantes: acidente radiológico de Goiânia. Revista Scielo, v.27, n.77, p.185-200, 2013. SILVA, M., AIRES, D. Os efeitos biológicos da radiação ionizante na gravidez. Revista Eletrônica da Faculdade de Ceres, v. 8, n. 1, p. 10-10, 2019. VARELLA, I., JUNIOR, P. Os efeitos negativos da radiação ionizante nos embriões. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 13, n. 30, p. 237, 2016.
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