Buscar

O Assistente Social como membro da equipe de saúde hospitalar

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

12
Universidade Anhanguera EAD – UNIDERP
Pólo Fortaleza – CENTRO
Curso de Serviço social
Trabalho de Conclusão de Curso II
O Assistente Social como membro da equipe de saúde hospitalar
Maria Evalda Macedo Pereira – RA: 2361581406
Tutora Presencial – Maria Liliane da costa Miranda
Tutora a distância – Ana Carolina Tavares de Mello
Fortaleza – Novembro de 2019
Maria Evalda Macedo Pereira – RA: 2361581406
O Assistente Social como membro da equipe de saúde hospitalar
Trabalho acadêmico destinado à nota parcial de classe da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II, do curso de Serviço Social da Universidade Anhanguera - UNIDERP, no semestre letivo 2019.2, sob supervisão da tutora presencial Maria Liliane Miranda da Costa e da tutora online Ana Caroline Tavares de Mello.
Fortaleza – Novembro de 2019
RESUMO
Trata-se de estudo por revisão bibliográfica sobre o papel do Assistente Social em equipe multidisciplinar em unidades de saúde, incluindo, neste contexto, o SUS. O estudo empreendido traz indagações crítico-reflexivas sobre a função do Assistente Social nestas equipes multifacetadas, exigindo-se um perfil interdisciplinar dentro dos marcos éticos-políticos do Serviço Social e dentro do contexto da Política Nacional de Humanização – PNH – estabelecida em nossos serviços de saúde. A interdisciplinaridade exigida do profissional assistente social, e sua atuação firme e participativa dentro destas células de atendimento ao paciente, tende a impulsionar a apreensão da realidade como uma totalidade no conhecimento do processo saúde-doença e nas demandas/necessidades dos usuários hospitalizados, direcionando à concretização de uma atenção integral ao paciente, proporcionando um acesso efetivo ao direito à saúde.
PALAVRAS-CHAVE: Assistente Social. Serviço Social. PNH. Interdisciplinaridade. SUS. Equipes multidisciplinares de saúde. 
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	07
1.1. Objetivos	09
2. A HISTÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL	10
3. O QUE É O SUS	11
4. A INSERÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE	13
5. A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL	15
6. O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE	18
7.AS LIMITAÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL NA INICIATIVA PRIVADA 22 
8. CONCLUSÃO 24 
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 	26
1. INTRODUÇÃO
O trabalho do assistente social é voltado principalmente para pessoas suscetíveis, que carecem de uma atenção humanizada.
Assim, abordar sobre o ofício do Serviço Social reclama se levar em conta todo o processo de trabalho que envolve sua atuação, e o assistente social, inserido nesse processo, se apresenta como o profissional que tem uma intervenção de natureza essencialmente política, tendo em mira tanto o necessitado quanto todos os agentes a serem envolvidos, coletiva e interdisciplinarmente, que fortaleçam a humanidade do vulnerável.
Nos serviços de saúde, mais particularmente, a exigência de um trabalho coletivo é imanente à própria natureza desse serviço, e solicita que o assistente social amplifique esse canal entre várias mãos, numa cadeia de esforços conjuntos onde a interdisciplinaridade é a tônica do processo, desde a sua gênese, na admissão do paciente até sua liberação, quer seja por meio de alta, ou por óbito, estendendo-se no acolhimento dos parentes e acompanhantes.
A discussão sobre essa interdisciplinaridade ocorre tanto nos meios acadêmicos quanto, em um viés prático, nos cenários de exercício profissional, demandando uma necessidade de exercitar a visão de totalidade sobre realidades isoladas. 
Neste diapasão, o estudo bibliográfico que ora se apresenta é fruto de uma análise da atuação do Assistente Social enquanto membro de equipe multiprofissional no ambiente hospitalar, e reforça a preocupação sobre o papel do mesmo como profissional promovente do amparo social nas unidades hospitalares, numa abordagem teórico-prática do conceito de interdisciplinaridade – assunto que precisa ser aprofundado na busca por posturas profissionais críticas. 
Tem como foco o tema da participação dos profissionais de Serviço Social em equipes multiprofissionais e como objetivo identificar as contribuições do assistente social no cotidiano da prática interdisciplinar, apreendendo as nuances de sua atuação no processo de trabalho em equipe.
Mais do que fazer uma revisão conteudista das histórias do Serviço Social e do sistema de saúde no Brasil, prima-se aqui por elucidar a (co)responsabilidade do assistente social como membro da equipe multidisciplinar bem com a importância de sua atuação profissional diante do paciente hospitalizado.
O presente trabalho faz ainda um paralelo entre o projeto ético-político do serviço social com suas outras atribuições, tanto na saúde como em outras áreas de atuação, sempre norteadas pelo Código de Ética e pela Lei que regulamenta a profissão quando em atuação nas células multidisciplinares de unidades de saúde.
1.1. Objetivos: 
1.1.1. Geral:
· Identificar a corresponsabilidade do assistente social como membro da equipe multidisciplinar e a importância da atuação profissional diante do paciente hospitalizado.
1.1.2. Específicos:
· Identificar os problemas sociais surgidos por ocasião da composição da equipe multidisciplinar.
· Identificar e reduzir problemas que interfiram no tratamento do paciente. 
· Integrar a equipe multidisciplinar como forma de garantia de acesso aos direitos do paciente hospitalizado.
· Integrar a equipe multidisciplinar para aumentar a garantia e a eficácia do tratamento.
· Buscar relatórios sociais e pareceres específicos que confirmem a eficácia do trabalho em equipe no processo de recuperação do paciente.
2. A HISTÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL
O Serviço de saúde no Brasil é um dos setores mais significativos na atuação do Serviço Social. A profissão de Assistente Social emergiu na conjuntura de 1930 e estava ligada à igreja católica.
A classe trabalhadora reivindicava por melhores condições de trabalho e justiça social. Preocupada com essa situação, e a fim de manter os seus interesses de exploração da força de trabalho, a classe dominante, juntamente com o Estado, somaram forças para conter a classe operária, para ”manter” a harmonia social. Criou-se então o curso de Serviço Social para as moças de famílias burguesas com o intuito de exercer ações sociais. A Igreja passou a oferecer formação específica para moças.
O Serviço Social como profissão nasceu da articulação das classes dominantes com o objetivo de controlar as insatisfações populares e frear qualquer possibilidade de avanço do comunismo no país, se mantendo nesse viés conservador, de controle da classe trabalhadora, desde seu surgimento até a década de 1970.
Com o fim da ditadura Militar, e com muitas lutas por melhores condições de vida da classe trabalhadora, a profissão ganhou ascensão no final dos anos 1970 e ao longo dos anos de 1980.
Com o sistema de saúde cada vez mais semelhante ao modelo de saúde americano, milhões de pessoas eram excluídas ou recebiam um serviço de baixa qualidade, pois, embora houvesse muitas instituições e organizações de saúde, a maioria delas era dirigida a uma mesma clientela. 
Em 1975, na V Conferência Nacional de saúde, foi apresentado um estudo que indicava 71 órgãos, só do Governo Federal, como desenvolvedores dos serviços de saúde. No entanto, esse estudo foi censurado pelo governo. Mais tarde, foram acrescidos a esse estudo, as esferas Estaduais, Municipais, as entidades filantrópicas e as empresas prestadoras de serviços como desenvolvedores do Sistema de saúde no Brasil.
Esse estudo foi realizado dentro do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) e descrevia as seis características insuficientes do sistema. São elas: Insuficiente, mal distribuído, descoordenado, inadequado, ineficiente e ineficaz.
Nesse mesmo ano, foi sancionada a Lei 6.229/75 que criava o Sistema Nacional de Saúde e definiu as competências de cada componente do sistema. Os programas implantados, a partir
de então cobriam as áreas rurais e separava o sistema de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária. Também foram criados os programas especiais de controles e de grupos prioritários.
Em 1977, o sistema alcançava a medicina previdenciária. Foi criado o Instituto Nacional de Assistência Médica da previdência Social – INAMPS, onde foi incorporado o Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores do Estado - IPASE, o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural – FUNRURAL, e a Legião Brasileira de Assistência – LBA, que depois sucedeu o Instituto Nacional da Previdência Social – INPS e assim foi oferecido o serviço de saúde a toda a população.
A implantação do Sistema Único de Saúde – SUS – aconteceu em 1970, a partir de um movimento social organizado pelo segmento popular de estudantes e por pesquisadores da saúde. Esse movimento ficou conhecido como Movimento Sanitário ou Movimento pela Democratização da Saúde. 
Com o empenho das lutas promovidas pelo movimento da reforma sanitária, a saúde passou a ser reconhecida, na Constituição de 1988, como direito social, cabendo ao poder público a garantia desse direito, como se depreende do art. 196 da Constituição Federal – “A saúde é direito de todos e dever do Estado.” 
3. O QUE É O SUS
Em 1500, quando o governo português chegou ao Brasil, não havia nenhum benefício direcionado à saúde. Os cuidados limitavam-se aos próprios donos de terra e aos curandeiros. Com a chegada da família real, cria-se uma estrutura sanitária mínima com atendimento voltado às pessoas que estavam chegando ao Rio de Janeiro.
Em 1800, as atividades de saúde eram limitadas ao controle de navios nos portos e suas ações de controles limitavam-se às endemias, epidemias e pandemias. 
Em 1808, Dom João VI fundou o colégio médico cirúrgico no hospital militar de Salvador, na Bahia. Nesse mesmo ano também foi fundada a escola de cirurgia do Rio de Janeiro, anexa também, ao colégio militar.
Em 1985, com o fim do regime militar e o movimento das diretas já, surgiram muitos movimentos sociais, sobretudo na saúde. 
Com o fim da ditadura militar, aconteceu a VIII Conferência Nacional de Saúde com intensa participação social. Durante a conferência foi instituída uma concepção ampliada da “saúde com direito universal e como dever do estado”. Essa definição serviu de base fundamental para reforma sanitária e para a definição dos princípios do SUS. 
O SUS é um dos maiores sistemas de saúde pública no mundo e seus atendimentos vão do mais simples ao mais complexo procedimento em saúde. O acesso a esse sistema é universal e gratuito a toda a população do País sem distinção de raça, cor, sexo, ou credo. É um conjunto de ações e serviços públicos organizados de forma regionalizada e hierarquizada, ou seja, os atendimentos são oferecidos nas três esferas do governo e abrange tanto as ações quanto os serviços de saúde, desde a baixa até a alta complexidade. É constituído pelas ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde de forma direta ou indireta, mediante a participação da iniciativa privada. Seu acesso se dar pelas de entradas, centradas na atenção básica e se completa na rede regionalizada e hierarquizada de acordo com a complexidade. O usuário tem garantias asseguradas a continuidade do serviço em todas as modalidades, e caso seja necessário, a iniciativa privada atua de forma complementar, e compete ao Estado a garantia e complementação desse direito.
O SUS representa, além da garantia de direitos no âmbito da saúde, um aumento na empregabilidade nos vários segmentos do governo, sobretudo nas áreas da educação e saúde. A sua implantação, além de garantir o direito à saúde também contribuiu com as políticas públicas de trabalho e renda da população. Com a sua implantação foram gerados mais 736 mil empregos diretos e indiretos até 1992. Em 2005 esse número já passava de 1,5 milhões de trabalhadores.
4. A INSERÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE
A área da saúde é considerada uma das áreas de maior vulnerabilidade social. É uma área de grande desafio profissional e de construção diária, pois as demandas de vulnerabilidade social acontecem diariamente.
Foram em reuniões ordinárias acontecidas nos dias 05 e 06 de março de 1997, que o Ministério da Saúde, reconhecendo a 8ª Conferência Nacional de Saúde e considerando a saúde como “direito de todos e dever do Estado”, resolveu reconhecer, dentre algumas categorias, o profissional do Serviço Social como membro da equipe multiprofissional de saúde.
Diante da relação saúde e doença e do reconhecimento da imprescindibilidade das ações realizadas pelos diferentes profissionais de nível superior, esse reconhecimento constitui um avanço para a categoria profissional. 
Com a implantação do SUS e das políticas públicas e sociais implantadas, o espaço reservado à profissão ascendeu ainda mais.
Dentre as políticas públicas implantadas pelo SUS, está a Política Nacional de Humanização – PNH – cujo propósito é favorecer ações de humanização no âmbito da atenção e da gestão da saúde no Brasil. 
Entre os propósitos da PNH, está a política de contagiar trabalhadores, gestores e usuários dos sistemas com os princípios e diretrizes de humanização. 
A política de humanização dos SUS trabalha com três macros-objetivos que se resumem em ampliar as ofertas da PNH aos gestores e aos conselhos de saúde, buscando a inserção da valorização dos trabalhadores do SUS nas agendas desses gestores e conselhos em assim, divulgar a PNH ao mesmo tempo em que amplia os processos de formação e produção de conhecimento em articulação com movimentos sociais e garantindo o direito dos usuários e a valorização do trabalho em saúde. 
Como o principal motivo da reforma sanitária era a defesa da universalização das políticas sociais e a garantia dos direitos sociais ampliados a saúde, a nova organização do sistema trouxe, em consonância com os princípios da intersetorialidade e integralidade, uma melhor qualidade no atendimento dos serviços de saúde.
O projeto da reforma sanitária orienta que o profissional do serviço social trabalhe com os usuários as questões do acesso às unidades, a aproximação das unidades com a realidade social, o trabalho social interdisciplinar e a participação popular.
O projeto da reforma trabalha em consonância com o projeto ético-político do serviço social.
As atribuições do Serviço Social, tanto na saúde como em outras áreas de atuação, são orientadas e norteadas pelo Projeto Ético-Político, pelo Código de Ética e pela Lei que regulamenta a profissão. Ambos devem ser respeitados e implantados tanto pelo profissional quanto pela instituição.
Apesar dos avanços na saúde, e da composição da equipe multiprofissional, o Serviço Social adentrou num campo privilegiado, porém, desafiador. Trata-se de integrar as ações sociais com outros profissionais, de outros saberes, de outros relacionamentos, objetivando um melhor resultado com a integração destas ações.
Os eixos trabalhados na área da saúde não devem ser compreendidos de forma segmentada e sim numa totalidade de ações desenvolvidas de forma direta no atendimento ao usuário 
De acordo com os Parâmetros para Atuação de Assistentes Social na Política de Saúde, “a inserção do Assistente Social nos serviços de saúde é medida pelo reconhecimento da profissão e por um conjunto de necessidades que se definem e se redefinem a partir das condições históricas sob as quais a saúde pública se desenvolve”.
Solucionar problemas relacionados à marcação de consultas e de exames, solicitação de internação, transferência, problemas relacionados a alta e ao óbito, reclamações relacionadas à qualidade de atendimento, problemas de relacionamento entre usuários e equipes de saúde, desigualdade no atendimento, falta de condições na realização dos atendimentos e procedimentos, tudo isso faz parte da rotina do Assistente Social na saúde.
5. A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL 
A Equipe Multiprofissional de Saúde é formada por um grupo de profissionais de saúde que trabalham em conjunto a fim de chegar a um objetivo comum,
ou seja, ela é composta por vários profissionais, especialistas em uma determinada disciplina, em busca de um objetivo comum final. Esses profissionais decidem, em conjunto, o principal objetivo destinado ao paciente.
Apesar de trabalharem em conjunto, vale ressaltar que, para que cada equipe possa funcionar corretamente, cada profissional trabalha dentro da sua especialidade sem interferir na especialidade do outro. 
Estudos diversos mostram que uma abordagem unidirecional ao paciente não torna um tratamento eficaz e que a atuação da equipe multiprofissional conduz com mais eficácia a resolutividade do tratamento. Isso acontece em decorrência da atuação dos profissionais diversos que atuam voltados para a necessidade do paciente como um todo e assim abarcam todas as complexidades que estes apresentam. 
O trabalho em conjunto e com uma boa comunicação integraliza as ações como meio de promover o melhor tratamento, tornando-se fundamental, pois acelera a eficácia do tratamento e reduz o tempo de internação. 
Para se ter uma boa equipe multiprofissional é preciso estabelecer critérios para que cada profissional reconheça a funcionalidade e a importância do trabalho em equipe. Cada profissional tem sua especialidade e deve saber até que ponto essa especialidade deve ser trabalhada em conjunto com as demais. 
A formação das equipes multiprofissionais se origina das necessidades sociais dos seres humanos juntamente com a evolução científica e tecnológica. E embora os objetivos da equipe multiprofissional seja o agrupamento das ações com foco nos melhores resultados, deve-se ter o cuidado de não adentrar na violação dos direitos do usuário. Vale lembrar que embora se trabalhe em equipe não é permitido, sob nenhuma hipótese, a violação e a quebra de sigilo profissional. 
Na perspectiva da OMS que define saúde como um estado de bem – estar físico, mental e social e não só a ausência de doença ou enfermidade, foi que o serviço social adentrou na saúde, nas emoções, nas relações sociais e nas coletividades do paciente hospitalizado. 
As instituições de saúde são espaços coletivos onde se concentram um número muito grande de indivíduos e grupos sociais que ofertam ou recebem cuidados, sendo cada um com suas particularidades. 
Para compor a equipe multiprofissional se faz necessário um conhecimento especializado tanto no que diz respeito aos pacientes quanto aos trabalhadores envolvidos no processo.
Nas situações complexas e inesperadas que surgem diariamente e que interferem na qualidade do tratamento que requerem soluções integradas e muitas vezes imediatas, ambos, pacientes e trabalhadores, merecem qualidade no atendimento e melhores condições de trabalho e por isso se faz necessário a presença de uma equipe multiprofissional.
Dentro das instituições de saúde existem vários modelos de equipe multiprofissional. Isso depende dos objetivos de cada instituição e do que ela pretende recuperar ou solucionar.
A vantagem de se ter uma equipe multiprofissional é a possibilidade de proporcionar um tratamento integral ao usuário do sistema, de modo que se possa ampliar a qualidade de saúde deste usuário mesmo após a sua alta hospitalar.
Outra vantagem de se ter uma equipe multiprofissional é a possibilidade do número de usuários atendidos ser cada vez maior, e replicador de conhecimentos, o que permite ações de pesquisas dentro do próprio serviço, favorecendo o crescimento profissional dos profissionais envolvidos.
Dentro da equipe multiprofissional, o Assistente Social poderá trabalhar ações assistenciais individuais ou em grupos, de acordo com a necessidade do paciente e/ou instituição. Sua participação visa uma atuação preventiva, de levantamento de pesquisas como forma de identificação, social e familiar, de situações social e econômica, com a finalidade de levantar dados importantes na realização do tratamento adequado do usuário. 
A atualização do cadastro de recursos sociais para que se possa descobrir as dificuldades dos pacientes e encaminhá-los ao atendimento adequado que promova uma terapêutica eficaz, minimizando suas dificuldades e da sua família, também é função do Assistente Social na equipe de saúde. 
Outra atividade extremamente importante dentro do ambiente hospitalar e de responsabilidade do Assistente Social diz respeito à busca ativa de usuários faltosos durante o tratamento. 
De acordo com o código de ética profissional que trata da relação dos Assistentes Sociais com outros profissionais, é dever do assistente social ser solidário com as demais categorias, sem denunciar atos que contrariem os postulados éticos e incentivar sempre que possível a prática profissional interdisciplinar, respeitando os princípios éticos das outras profissões. 
Embora o trabalho em equipe mostre resultado eficaz no tratamento em saúde, também apresenta alguns problemas e algumas dificuldades. 
É comum surgir uma divisão técnica e social do trabalho em equipe, o que muitas vezes poderá levar o paciente a ser visto de forma fragmentada.
Infelizmente, dentro do ambiente hospitalar, predomina uma rotatividade muito grande de diversas categorias profissionais e isso acarreta uma ausência de comunicação entre os integrantes da equipe. Essa variedade de profissionais traz um grande risco nas tomadas de decisões.
Devido ao grande número de opiniões e pontos de vistas diferenciados, é comum haver conflitos, o que dificulta a compreensão das capacidades de cada membro. Muitas vezes esses conflitos acontecem por que um profissional acaba invadindo a competência do outro. Até um determinado ponto esses conflitos são importantes e necessários, pois leva os integrantes da equipe a uma reflexão e análise crítica das situações para que se possa solucionar os problemas advindos dessas relações. 
Como dito anteriormente, cada profissional tem sua especificidade e sua responsabilidade, e é fundamental que elas sejam utilizadas na contribuição da qualidade do trabalho proposto. 
6. O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE
A profissão do Assistente Social é regulamentada pela Lei 8.662/93 e norteada pelo Código de Ética de 1993 que definem as competências e os valores Éticos da profissão.
A Lei 8.080 – Lei Orgânica da Saúde (LOS) e a Lei 8.142/90, que regulamentam o Sistema Único de Saúde e dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), tem como premissa a garantia do direito à saúde através de ações de promoção, proteção e recuperação, baseando-se principalmente nos princípios da universalidade, equidade e integralidade.
O trabalho do assistente, de forma geral, tem como objeto satisfazer as necessidades educacionais e sanitárias dos cidadãos promovendo bem-estar social e o serviço social hospitalar faz parte desse objetivo.
O papel do Assistente Social no âmbito hospitalar visa atender as necessidades dos cidadãos que se encontram temporariamente com problemas sociais relacionados às internações hospitalares. 
Quando ocorre o primeiro contato do Assistente social com o paciente, geralmente na admissão, as situações trazidas ao conhecimento do Assistente Social pelos usuários norteiam o profissional sobre o que a equipe irá enfrentar e que poderá repercutir direta ou indiretamente no tratamento durante o período de internação. 
Normalmente, é nesse primeiro momento que o usuário do sistema expressa as suas dúvidas e angústias relacionadas ao problema que o trouxe ao hospital. Essas angústias geralmente perduram até o momento da alta hospitalar.
Quando um usuário do sistema de saúde busca o ambiente hospitalar, ele busca algo que ultrapasse a cura da sua enfermidade. Busca conforto emocional, ética, respeito etc. A Política Nacional de Humanização - PNH foi implantada justamente para favorecer os interesses dos usuários, e os Assistentes Sociais tem como base o respeito e a defesa desses interesses, procurando entender a subjetividade do ser humano.
Alguns estudos nos mostram que infelizmente ainda há muitos profissionais, de categorias diversas, resistentes à Política de Humanização ignorando os
princípios do SUS.
A função do Assistente Social, assim como dos demais profissionais, visa colaborar com o melhor atendimento das propostas feitas pelos estabelecimentos de saúde e está ligada diretamente ao atendimento do paciente tanto nesse primeiro contato, que acontece por ocasião da sua admissão na instituição, como pelo fim do processo, que se dá quando este paciente recebe a alta médica.
A organização das atividades do Assistente Social visa a solução dos problemas resultantes por ocasião da internação. 
Como dito anteriormente, embora esse trabalho busque agrupar as informações que possam ajudar na elaboração ou adequação do tratamento mais eficaz, convém lembrar que nem tudo que foi ouvido pelo profissional do serviço social deverá ser compartilhado com os demais membros da equipe.
No capítulo V do Código de Ética que se refere ao sigilo profissional, é direito do Assistente Social manter o sigilo profissional como forma de proteger o usuário, salvo, em situações cuja gravidade envolva, ou não, fato delituoso que possa trazer prejuízo a esse usuário e/ou a terceiro, ou ainda a coletividade, e em casos de trabalho em equipe multidisciplinar as informações prestadas deverão ocorrer dentro dos limites do estritamente necessário.
É dever do profissional de serviço social denunciar falhas na instituição que firam os princípios e as diretrizes do código de ética.
Cada categoria profissional tem seu Código de Ética e deve realizar suas atividades seguindo seus princípios e agindo sempre em defesa dos direitos dos usuários.
Ainda que todos trabalhem em conjunto e em defesa desses direitos, convém lembrar que, de acordo com o art. 11 do código de Ética Profissional do Serviço Social, também é vedado ao Assistente Social intervir na prestação de serviço que esteja sendo executada por outro profissional, salvo, a pedido desse profissional e em caso de urgência seguida da comunicação imediata ao profissional, ou quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada.
Outro desafio presente no trabalho do Assistente Social diz respeito ao acompanhante do paciente hospitalizado.
Com a implantação da Política Nacional de Humanização – PNH o número de acompanhantes no ambiente hospitalar tem aumentado cada dia mais.
Muitas vezes, esses acompanhantes não possuem nenhum vinculo afetivo com o seu paciente hospitalizado.
O papel do acompanhante é o de acompanhar e participar do tratamento dispensado ao seu paciente, no entanto, na maioria das vezes esse acompanhante é alguém quase invisível dentro desse ambiente.
A equipe, por vezes, mesmo sendo multiprofissional, falha nas orientações e reduz o acompanhante a um indivíduo incapaz de compreender o processo do tratamento.
O acompanhante por sua vez é cobrado, mesmo sem entender do processo, em participar ativamente junto a equipe, pois, além de acompanhar, ele é um elo entre o paciente e a equipe. Nessa etapa, surgem os medos, os anseios e as angústias. É possível que esse processo venha a desencadear uma situação de estresse. O estresse é um dos fatores que poderá atrapalhar o relacionamento entre ambos e também o bom funcionamento do tratamento. Essas circunstâncias adversas também faz parte do trabalho social. Esses circunstâncias, apesar de serem comuns, também são bastante variadas. 
Nesse contexto, o papel do Assistente Social vai além das rotinas da instituição, eles se tornam mediadores, na tentativa de resolver conflitos entre acompanhante e equipe de saúde. O profissional deverá intervir oferecendo atendimento humanizado visto que essa área é uma área visivelmente vulnerável para os usuários e muitas das situações manifestadas aqui poderão ter conseqüências que durará pelo resto da vida. Muitas vezes essas situações circunstanciais servem de base para as próximas intervenções. Muitas vezes são necessárias algumas adaptações frente às novas situações mas mesmo assim, norteiam o profissional nas tomadas de decisões. 
O papel do Assistente Social é muito importante nos espaços de saúde devido à gestão e o planejamento de investigações, com vistas nas ações e elaborações de projetos e planos de ação social que contemplem a participação da equipe multiprofissional, usuários e acompanhantes, e que ofereçam garantias de participação de cada membro nas deliberações sobre políticas públicas e sociais.
De acordo com o parâmetros de atuação dos Assistentes Sociais na saúde, além da atuação no espaço hospitalar em defesa dos direitos dos usuários, o Serviço Social também atua do processo de políticas públicas relacionadas à saúde do trabalhador. 
O Assistente Social trabalha no desenvolvimento de ações de atendimento, prevenção e promoção da saúde bem como de fiscalização do ambiente e condições de trabalho, e ainda na defesa das condições ambientais, de acesso aos direitos previdenciários e trabalhistas envolvendo diferentes atores.
Dentre as ações de atendimento do Assistente Social estar o planejamento e a execução de políticas públicas e de programas sociais voltados para o bem-estar coletivo, buscando a integração do indivíduo na sociedade. O profissional trabalha diretamente com questões como exclusão social, acompanhamento de analise e de condições, com elaboração de projetos que propõe ações para melhorar as condições de vida comunidade envolvida.
Mesmo sendo em ambiente hospitalar é possível a criação de campanhas de alimentação, saúde, educação e recreação e implantação de projetos assistenciais.
O trabalho do assistente social é o resultado de uma reorganização diária da sua atuação profissional. Diariamente criam-se novas situações que devem ser analisadas e remetidas a outras ações e até mesmo a outros profissionais. 
O serviço social tem muito a ver com a coordenação e organização dos recursos públicos porém, muitos são vistos apenas como o profissional que “ajuda” o paciente e seus familiares a enfrentar as dificuldades que surgem diante das doenças. 
Muitas vezes o paciente hospitalizado, em função da doença, perdem sua função na sociedade e serviço social é visto por este paciente como a pessoa que não medirá esforços para encontrar uma maneira de reinseri-lo novamente na sociedade. 
7. AS LIMITAÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL NA INICIATIVA PRIVADA
	
	Algumas literaturas definem que o “SUS como um sistema de saúde que oferece oportunidade igual para todos, mas esclarece que, ainda são muitos os que ainda busca a iniciativa privada como plano de saúde suplementar”. 
Nos serviços de saúde de iniciativa privada, diferente da saúde pública, o Assistente Social é um trabalhador como outro qualquer, que vende um trabalho especializado dentro das políticas públicas e sociais. Na esfera privada o profissional é limitado enquanto na esfera pública ele se sobressai. Em ambas as esfera seu trabalho tem como base o projeto das políticas públicas e projeto ético político da profissão, e é ofertado conforme a orientação de quem contrata.
Na esfera privada os desafios profissionais são ainda maiores que na esfera pública, pois a profissão é vista como mais um trabalhador assalariado que faz parte do sistema capitalista.
Embora possua a autonomia prevista, nas legislações que regem a profissão, o trabalho do assistente social como trabalhador assalariado se insere num ambiente que se mostra em condições contrárias a materialização do projeto ética político profissional. 
As maiores dificuldades do Assistente Social na saúde privada é a perda da autonomia na aplicação do projeto ético político. Existe demanda de profissional que consegue administrar esse impasse porém, de maneira limitada, pois a instituição tem o lucro como fim. Pois embora se ofereça a saúde como produto e serviço, a atividade principal é o comércio. 
Essa problemática não é exclusiva do Assistente Social, ele acaba por atingir a maioria dos profissionais da equipe multidisciplinar, porém, por tratar-se de um profissional que atende as demandas sociais o Assistente Social acaba se tornando o profissional que estar a frente das ocorrência conflituosas.
Quando surgem problemas relacionados às questões que envolvem o tratamento ou ao acompanhamento dos pacientes, ou mesmo questões relacionadas ao atendimento de outras categorias profissionais, é o profissional do serviço social que deverá se utilizar dos recursos legai e resolver esses conflitos.
O trabalho profissional do Assistente Social é o espaço social e esse espaço está ligado a diferentes definições e/ou formação social. 
Para que se tenha uma boa resolubilidade dessa atuação profissional nesses espaços é necessário que além das informações social aprendidas o profissional disponha de elementos sociais e de vivência dos sujeitos envolvidos no atendimento. 
Normalmente esses sujeitos trazem relações sociais conflituosas permeadas por questões das mais diversas ordens, das quais muitas já estão estruturadas na lei comércio. “Eu pago então, quero dessa forma”. Essa visão equivocada do que é saúde, mesmo em ambiente comercial, acabam interferindo na dinâmica do trabalho e na autonomia no interior desses espaços ocupacionais, geralmente a satisfação dos consumidores é o principal meio de avaliação e de marketing da empresa/hospital privado então, o atendimento e a satisfação do usuário implica nos resultados de absorção de novos consumidores. Embora tenha o comércio como atividade principal, os hospitais das iniciativas privadas também trabalham em parceria com o Sistema Único de Saúde – SUS por conta das políticas públicas suplementar. 
Mesmo diante das dificuldades e controvérsias, os hospitais particulares também são espaços de lutas e disputas hegemônicas. Muitos profissionais conseguem gerir a sua autonomia profissional mesmo com baixos salários, com carga horária de trabalho além do permitido em lei, mesmo com a instabilidade funcional, e até mesmo com a precarização das condições de atuação no espaço físico e social sem se deixar influenciar pela alienação aí imposta, ele consegue gerir tudo isso com autonomia, mesmo sabendo que se trata de uma autonomia controlada.
O ambiente e o processo de trabalho do assistente social atua na linha tênue existente entre as atividades profissionais e as atividades comerciais que são específicas de cada Instituição.
8. CONCLUSÃO
Evidenciamos, nas breves linhas deste trabalho, a existência da necessidade de uma política específica para os profissionais atuantes na área da saúde, de conviverem e atuarem entre si, cada um em sua expertise, para a promoção de uma efetiva ação sinérgica com a finalidade de garantir e respeitar a humanidade do paciente e seu bem estar físico e social.
Nesse embalo, percebeu-se que o assistente social deve contribuir para uma discussão democrática e para viabilização das decisões conjuntas aprovadas nos espaços de saúde, fortalecendo esses laços coletivos em prol dos usuários.
Outro aspecto a ser percebido pela equipe de saúde, de forma geral, e pelo assistente social, em particular, é a conscientização que sua profissão e função é tão importante e necessária quanto a do outro, passo para um bom relacionamento em equipe e de desempenho.
Nos argumentos aqui trazidos, a equipe multidisciplinar, mais que uma estratégia, é um modelo otimizado de abordagem em saúde, com resultados positivos nos aspectos clínicos, econômicos e humanísticos.
Com relação a este último aspecto – benefício humanístico alcançado pela abordagem interdisciplinar – e que lhe diz respeito, o assistente social precisa estar orientado e norteado pelo Projeto Ético-Político, pelo Código de Ética e pela Lei que regulamenta a profissão. Ambos devem ser respeitados e implementados tanto pelo profissional quanto pela instituição fomentadora dessa cooperação interdisciplinar.
Assim, o Serviço Social, no contexto da equipe multiprofissional de saúde, destaca-se na construção de ações coletivas que vão além dos procedimentos exclusivamente de cura. Avança além, estimulando toda a equipe no fortalecimento de ações que visam o alcance tanto da saúde individual quanto da coletiva, bem como permitindo acesso aos bens e serviços indispensáveis à garantia dos direitos sociais. 
O presente trabalho contribuiu, pois, para melhor entendimento do alcance da interdisciplinaridade, e que o sucesso somente virá através de exercícios e pactos cotidianos entre seus membros, onde cada qual deve respeitar a opinião dos demais colaboradores e também estar cônscio de suas (co)responsabilidades não só perante a instituição de saúde mas também perante as leis profissionais regentes.
Por fim, pode-se concluir que o trabalho do assistente social em equipes multiprofissionais deve-se fundar num processo de trabalho coletivo calcado na interdisciplinaridade e no compromisso com o cuidado e com o apoio aos vulneráveis na efetivação do acesso ao direito à saúde.
9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. CONSELHO FEDERAL DO SERVIÇO SOCIAL - CEFSS. Parâmetros para atuação de Assistentes Sociais na área da saúde – Serie- Trabalho e Projeto Profissional nas Políticas Sociais -. 2011 – 2014
2. CONSELHO FEDERAL DO SERVIÇO SOCIAL - CEFSS - Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais – CEFSS, 2009 
3. CONSELHO FEDERAL DO SERVIÇO SOCIAL – CEFSS. Seminário Nacional de Serviço Social na Saúde -2009
4. http://www.cressrj.org.br/site/servico-social, acesso em: 12/09/2019
5. https://portal.fiocruz.br/linha-do-tempo-conferencias-nacionais-de-saude. acesso em 20/09/2019
6. https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/equipe-multiprofissional/12319 acesso em: 14/10/2019
7. https://www.incnefro.com.br/ acesso em 14/10/2019
8. http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2010/anais/arquivos/0061_0016_01.pdf. Acesso em 14/10/2019
9. https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-161/a-politica-nacional-de-saude-o-assistente-social-e-os-desafios-de-uma-acao-interdisciplinar/ acesso em 14/10/2019
10. http://www.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude acesso em 14/10/2019
11. https://www.congressoservicosocialuel.com.br/anais/2017/assets/131264_o_trabalho_do_assitente_social.pdf acesso em 14/10/2019
12. MARTINELLI, Maria Lúcia. O trabalho do assistente social em contextos hospitalares: desafios cotidianos.Serv. Soc. Soc. [online]. 2011, n.107, pp.497-508. ISSN 0101-6628.http://dx.doi.org/10.1590/S0101-66282011000300007. Acesso em 14/10/2019
13. O Assistente Social Na Área Da Saúde E O Projeto Ético-Político Profissional - Adriana Bastos da Silva e Jane Cláudia Jardim Pedó, Ciências Humanas e Sociais | Aracaju | v. 3 | n.1 | p. 227-242 | Outubro 2015 | periódicos.set.edu.br 
14. Paim, Jairnilson silva O QUE É O SUS, Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, 2009

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando