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Geopolítica_ introdução ao estudo - Fichamento

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MAFRA, Roberto Machado de Oliveira. Geopolítica: introdução ao estudo. São Paulo: Sicurezza, 2006. 
Deborah Vidal Torres
“E referindo-se às relações entre o Estado e o espaço que, para ele, deveriam ter sempre íntima conexão [...] Território para Ratzel, representava as condições de trabalho e de existência de uma sociedade. A perda de território seria a maior prova de decadência da mesma.” (p. 36-37)
“O imperativo da conquista territorial é explicado por Ratzel pelas idéias de Malthus, de que o crescimento populacional e as necessidades de subsistência trariam a necessidade de aumento territorial. [...] A conquista territorial atenderia, também, às necessidades de aumento de saídas marítimas, bem como de fortalecimento dos laços entre os povos e minorias de sangue germânico (pan-germanismo).” (p. 37)
“[...] o Estado, para Ratzel, é fisicamente orgânico, e não somente um “organismo espiritual e moral”. A distribuição da população e as diferenças territoriais o tornam, além de um “organismo vivo”, também um organismo diferenciado, com partes mais vitais que outras, em face das condições geográficas.” (p. 38)
“[...] o entendimento de que civilização era o critério único e absoluto para diferenciar as sociedades, havendo “povos naturais” e “povos civilizados”. Os primeiro (naturais), vivendo sob o domínio da natureza, dependente de se seus recursos, enquanto os demais (civilizados), aproveitando os progressos científico-tecnológicos, havendo sempre uma interação entre os homens e a natureza.” (p. 38)
“ O surgimento da “Realpolitik”, que significava “a política onde se via o objetivo final para o qual tende o Estado, garantindo ao povo o território de que ele necessita para se desenvolver”, materializou, sem dúvida, uma política tipicamente expansionista, com a idéia de “espaço vital” e, portanto, imperialista.” (p. 39-40)
“Preconizou, também, que o centro natural da nova época era a Eurásia, imensa massa de terra que chamou de Terra Central ou Coração da Terra (Heartland) e que ficaria fora do alcance do Poder Marítimo, no centro da Ilha do Mundo, ou seja, da Europa, da Ásia e da África, que não seriam três continentes, mas uma única e imensa ilha.” (p. 109-110)
“A Ilha do Mundo (World Island), na concepção de Mackinder, seria fruto de uma hipotética aliança entre a Rússia e a Alemanha [...] os vastos territórios fruto dessa união possibilitariam grande capacidade de defesa em profundidade [...] haveria acesso aos mares e obtenção e um imenso litoral, capaz de possibilitar o desenvolvimento de um respeitável Poder Marítimo.” (p. 110-112)

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